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Hilemorfismo Arievlis
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hilemorfismo-arievlis · 7 years ago
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ARGUMENTO DA CONTINGÊNCIA (cosmológico modal)
Argumento lógico para a existência de Deus
A contingência do mundo ou do universo é melhor explicada por Deus. 
Tudo que existe tem uma explicação para a sua existência, quer na necessidade de sua própria natureza, quer numa causa externa.
Se o universo tem uma explicação para sua existência, essa explicação é Deus.
O universo existe.
Logo, o universo tem uma explicação para sua existência (de 1, 3).
Logo, a explicação da existência do universo é Deus (de 2, 4).
Se as premissas forem verdadeiras, logo a conclusão será inevitável, quer gostemos ou não. Não importa que tenhamos outras objeções à existência de Deus, pois, uma vez que admitamos a validade das três premissas, temos de aceitar necessariamente a conclusão. Por fim, a pergunta que devemos fazer é: o que é mais plausível, essas premissas serem verdadeiras ou falsas? Analisando a premissa 1 Consideremos primeiro a primeira premissa. De acordo com ela, há dois tipos de coisas: as que existem necessariamente, e as que são produzidas por alguma causa externa (contingências). Permitam-me explicar. As coisas que existem necessariamente existem por uma necessidade da sua própria natureza. Para elas, é impossível não existir. Muitos matemáticos pensam que números, conjuntos numéricos e outras entidades matemáticas existam dessa forma. A sua existência, portanto, não seria causada por outra coisa qualquer; elas apenas existiriam necessariamente. Em contrapartida, as coisas cuja existência é causada por outra coisa qualquer, não existem necessariamente, ou seja, objetos físicos conhecidos, como pessoas, planetas e galáxias, pertencem a essa categoria, cujo nome nos é assimilável por contingências. Portanto, a Premissa 1 assevera que tudo o que existe pode ser explicado por uma dessas duas maneiras. Essa afirmação, quando se refletida na referida premissa, parece-nos sólida e verdadeira. Como o Dr. Craig exemplifica: "Imagine que você está fazendo uma caminhada pela mata e, então, se depara com uma bola translúcida no chão do bosque. Naturalmente, você fica pensando em como foi que ela chegou ali. Se algum de seus companheiros de caminhada lhe dissesse: “Não se preocupe com isso! Não existe explicação para a existência disso!”, você acharia que ele é maluco ou que apenas queria que você continuasse andando. Ninguém levaria a sério a sugestão de que a bola existia ali literalmente sem nenhuma explicação." Suponha agora que você aumente a bola dessa história para o tamanho de um caminhão. Isso em nada serviria para satisfazer ou remover a exigência de uma explicação. Imagine agora que fosse do tamanho de um prédio. Do mesmo modo, a exigência continuaria. Presuma que fosse do tamanho de um continente ou de um planeta. Sim, teríamos o mesmo problema. Agora, consideremos que seja do tamanho de um universo inteiro. Teríamos exatamente o mesmo problema. Mais uma vez, nos fica evidente que mero aumento do tamanho da bola nada faz para afetar a necessidade de uma explicação. Uma vez que qualquer objeto poderia ser substituído pela bola nessa história, isso proporciona a base para pensar que a Premissa 1 deve ser verdadeira. Alguns ateus até aceitam que a Premissa 1 seja, de fato, verdadeira, porém, eles pensam que assim o é para todas as coisas que há no universo, mas não em relação ao universo em si. Em síntese, tudo o que existe no universo tem uma explicação, mas o próprio universo não teria explicação. Como o Dr. Craig salienta: "Essa resposta comete o engano que tem sido apropriadamente chamado de “falácia do táxi”. Pois, segundo o gracejo de Arthur Schopenhauer, filósofo ateu do século XIX, a Premissa 1 não pode ser despachada como um táxi, uma vez que se chegue ao destino desejado! Não se pode dizer que há uma explicação para a existência de tudo e então, de repente, deixar o universo de fora. Seria arbitrário alegar que o universo é uma exceção à regra. (Deus não é uma exceção à Premissa 1: ver abaixo em 1.4). A nossa ilustração da bola no meio da mata mostra que o mero aumento do tamanho do objeto a ser explicado, até mesmo tornando-se o próprio universo, nada faz para dispensar a necessidade de uma explicação para sua existência." Não obstante, alguns filósofos sustentam que é impossível haver uma explicação para a existência do universo, pois tal explicação estaria em algum estado prévio de coisas em que o universo não existia ainda. Mas isso seria o nada, e o nada não pode ser a explicação de alguma coisa. Portanto, o universo deve existir exatamente de modo inexplicável. Essa linha de raciocínio, no entanto, é obviamente falaciosa, pois assume que o universo é tudo o que existe; se o universo não existisse, nada existiria. Noutras palavras, a objeção considera que o próprio ateísmo é verdadeiro. Quem levanta a objeção está, portanto, utilizando uma petição de princípio em favor do ateísmo, isto é, argumentando em círculos. O teísta concordará que a explicação do universo deve ser (explicativamente) algum estado de coisas anterior em que o universo não existia, mas esse estado de coisas é Deus e sua vontade, não o nada. Mas, então, por que não o nada? Na verdade, esta pergunta está um tanto mal formulada. A indagação correta seria: pode algo vir do nada? Se não existia nada físico, então teríamos apenas duas opções: (1) O Universo emergiu de alguma substância não-física, de natureza ontológica, que existia naquele estado. (2) O Universo surgiu a partir de absolutamente nada. E É ESSE o maior erro dos ateus! O nada não é material e o nada também não é imaterial, o nada simplesmente não é. O nada absoluto é justamente aquilo que não tem NENHUM predicado positivo. Justamente por isso ele não é algo ontológico. Muitas vezes os ateus surgem falando que “o Universo surgiu do nada” sugerindo que ele surgiu do vácuo quântico. O que eles falham em perceber, no entanto, é que o vácuo quântico é um ente cheio de características, ou seja, ele não é um "nada", mas um mar de energia flutuante dotada de uma rica estrutura e sujeita a leis físicas de diversas espécies. O próprio fato do vácuo quântico ser estudado pela ciência demonstra que ele tem um caráter ontológico, pois assim como a ciência não pode estudar o "não-cachorro" ou "não-humano", ela não pode estudar o "não-ser". Nesse caso, absolutamente coisa alguma positiva poderia se falar acerca do nada. Só poderíamos negar as suas características. Essa é a verdadeira definição do nada. No momento em que os ateus começam a dizer que, por exemplo, a lei da gravidade criou o Universo, eles estarão admitindo que alguma substância ontológica é o estado do qual emergiu o Universo, só discordando qual é a natureza dessa substância. Igualar “Lei da Gravidade” ou “Vácuo Quântico” com “Nada” seria simplesmente uma tolice. Logo, em função do argumento da contingência, parece que a Premissa 1 é de, fato, muito mais plausivelmente verdadeira do que falsa, e isso é tudo o que precisamos para um bom argumento. Analisando a Premissa 2 Seria ela mais plausivelmente verdadeira do que falsa? Embora, à primeira vista, essa premissa pareça dúbia, o que é embaraçoso de fato para o ateu é que ela equivale à resposta ateísta típica ao argumento da contingência. (Duas declarações são logicamente equivalentes se for impossível que uma seja verdadeira e a outra seja falsa. Elas permanecem ou caem juntas.) Assim, o que o ateu quase sempre diz em resposta ao argumento da contingência? Ele, tipicamente, afirma o seguinte: (A) Se o ateísmo é verdadeiro, não há explicação para a existência do universo. Haja vista que, no ateísmo, o universo é a realidade máxima, ele existe exclusivamente como fato bruto. Isso equivale logicamente a dizer que: (B) Se o universo tem uma explicação para sua existência, então o ateísmo não é verdadeiro. Logo, não é possível afirmar (A) e negar (B). Mas (B) é praticamente sinônima da Premissa 2! Portanto, ao afirmar que, dado o ateísmo, o universo não tem explicação, o ateu está admitindo implicitamente a Premissa 2: se o universo tem de fato uma explicação, então Deus existe. Além disso, a Premissa 2 é por si só muito plausível. Basta pensarmos naquilo de que o universo é composto: toda a realidade espaço-temporal, inclusive toda matéria e energia. Por isso, se há uma causa para que o universo exista, tal causa deve ser um ser não físico, imaterial, além do tempo e do espaço. (Ver Argumento Cosmológico Kalam) Ora, só há dois tipos de coisa que caberiam nessa descrição: um objeto abstrato, como um número, ou então uma mente incorpórea. Mas objetos abstratos nada podem causar; faz parte do significado de ser abstrato. O número sete, por exemplo, não é capaz de causar nenhum efeito. Logo, se há uma causa para a existência do universo, ela tem de ser uma Mente incorpórea e transcendente que os cristãos entendem ser Deus. Analisando a Premissa 3 Bem, a Premissa 3 é inegável para qualquer um que sinceramente procure a verdade. É óbvio que o universo existe! Conclusão e considerações finais Dessas três premissas, infere-se que Deus existe. Logo, se Deus existe, a explicação para a sua existência está na necessidade da sua própria natureza, visto que, conforme até mesmo os ateus admitem, é impossível que Deus tenha uma causa. Portanto, se for válido, esse argumento prova a existência de um Criador do universo que é necessário, incausado, atemporal, ilimitado, imaterial, pessoal. Temos aqui, portanto, um argumento logicamente válido e bastante forte para a existência de Deus.
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hilemorfismo-arievlis · 7 years ago
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Consequencialismo é um termo filosófico criado por Elizabeth Anscombe em “Modern Moral Philosophy”, 1958, para defender a tese de que um agente é responsável tanto pelas consequências intencionais de um acto, como pelas não intencionais quando previstas e não evitas. 
tecnologia linguística
Tudo que influencia em nosso psiquismo tem uma veracidade concreta em si mesmo
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hilemorfismo-arievlis · 7 years ago
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1) A causa formal é, como dissemos, a forma ou essência das coisas: a alma para os animais, as relações formais determinadas para as diferentes figuras geométricas (para a circunferência, por exemplo, o lugar preciso dos pontos equidistantes de um ponto chamado centro), determinada estrutura para os diferentes objetos de arte, e assim por diante.
2) A causa material ou matéria é "aquilo de que" é feita uma coisa: por exemplo, a matéria dos animais são a carne e os ossos; a matéria da esfera de bronze é o bronze, da taça de ouro é o ouro, da estátua de madeira é a madeira, da casa são os tijolos e cimento, e assim por diante.
3) A causa eficiente ou motora é aquilo de que provêm a mudança e o movimento das coisas: os pais são a causa eficiente dos filhos, a vontade é a causa eficiente das várias ações do homem, o golpe que dou nessa bola é a causa eficiente do seu movimento, e assim por diante.
4) A causa final constitui o fim ou o escopo das coisas e das ações, ela constitui aquilo em vista de que ou em função de que cada coisa é ou advém, e isso, diz Aristóteles, é o bem de cada coisa.
(Giova
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hilemorfismo-arievlis · 7 years ago
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Princípio (do latim principiu) significa o início, fundamento ou essência de algum fenômeno. Também pode ser definido como a causa primária, o momento, o local ou trecho em que algo, uma ação ou um conhecimento tem origem. Sendo que o princípio de algo, seja como origem ou proposição fundamental, pode ser questionado. Outro sentido possível seria o de norma de conduta, seja moral ou legal. Na filosofia, é uma proposição que se coloca no início de uma dedução e que não é deduzida de nenhuma outra proposição do sistema filosófico em questão.
Ser: uma relação de infinitas formas concretas espirituais, físicas e etc.
Emprego do verbo “ser”: implica na compreensão de um Ser a partir de um aspecto em totum, isso porque designa tal aspecto possível (que é um Ser) que se relaciona com muitos outros aspectos possíveis contidos no círculo de latência possível formador de um Ser concreto em totaliter.
Causa possível: aspecto concreto ou abstrato que surge das relações de vários seres.
Ação: atividade mental, física, espiritual ou de qualquer outra natureza possível dentro de Deus.
Possível: aquilo que existe concretamente ou que pode existir dentro de Deus (o absoluto concreto infinito).
Causa possível: aspecto concreto ou abstrato que surge das relações de vários seres.
Abstrato: um recorte e isolamento de um aspecto possível, da realidade em totaliter (absolutamente concreta (Deus)), feito pelo espírito da criatura cognoscente.
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hilemorfismo-arievlis · 8 years ago
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http://filosofar.blogs.sapo.pt/80576.html
http://brasilescola.uol.com.br/filosofia/substancia-categorias-aristoteles.htm
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hilemorfismo-arievlis · 8 years ago
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CONHECENDO VERDADES DA REALIDADE CONCRETA
O CONHECIMENTO DAS SUBSTÂNCIAS E ACIDENTES
Nosso conhecimento inicia nos acidentes sensíveis; essas propriedades nos levam a conhecer a essência; e, por sua vez captamos os acidentes como derivadas dessa substância, obtendo assim um conhecimento superior deles.
A composição substância/ acidentes é conhecido pela inteligência-sentidos: em nosso conhecimento do ente singular e concreto, dá-se um continuo ir e vir da substância aos acidentes.
O ir e vir do conhecimento sensível dos dados concretos:
Acidentes sensíveis > essência > distinção e relação de acidente e essência >> CONHECIMENTO SUPERIOR.
A) Conhecimento confuso do composto. Diante de um objeto, experimentamos suas qualidades e demais características (acidentes). Ao inicio, não conhecemos distintamente a natureza (substância) desse objeto, mas admitimos os acidentes como manifestações secundárias de um sujeito subsistente; nosso entendimento não pode captar os acidentes sem entender simultaneamente seu sujeito.
B) Dos acidentes à substância. Uma vez que se conheça de modo impreciso o sujeito dos acidentes, estes por serem manifestações da substância, constituem o conhecimento natural para chegar ao que essa substância é, sua natureza ou essência, partindo do mais externo do ente, chagamos a seu interior.
C) Da substância aos acidentes. Quando descobrimos o que uma coisa é, sua essência, esse conhecimento funciona como nossa luz, que ilumina todos os acidentes derivados dessa substância, permitindo, nos adquirir uma noção, mas adequada de cada um deles e de suas soluções mútuas.
Conhecemos a essência por meio dos acidentes.
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hilemorfismo-arievlis · 8 years ago
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CAPÍTULO IV - A ESSÊNCIA DOS ENTES
A essência como determinação do modo de der de um ente.
Substância: é aquilo que a coisa é, um copo, uma caneta, um homem.
Essência: é aquilo que faz uma coisa ser o que ela é, isto é, aquilo que ele é, e, não outra coisa, a capacidade de um corpo, a necessidade de uma mesa. A essência do corpo é aquilo que faz que um corpo seja uma coisa e não outra.
Natureza: é a essência enquanto princípio de atuação, ou seja, princípios de atos segundo.
Ente: uma coisa (copo) e toda sua totalidade.
O princípio de individuação é quem é o responsável em fazer com que as coisas semi-iguais se diferenciam por meio da matéria-prima. A natureza não tem um oposto.
Contrários:
Contrário de ato -- potência
Contrário de forma -- matéria -- em um ente os contrários
Contrário de essência -- ato de ser estão precisamente presentes
Contrário de substância -- acidente uma vez quando não é uma coisa (binômio) é outro (seu contrário). 
ESSÊNCIA: aquilo pelo qual uma coisa é o que é. Em sentido estrito, a essência corresponde principalmente à substância (e não aos acidentes), porque só é propriamente aquilo que subsiste, o que é em ser (substância). Por isso a essência do ente se encontra na substância. É pela sua essência que um ente é incluído em gêneros e espécies que são agrupamentos de entes das mesma ou semelhante essência.
Traços que completam a noção de essência.
a) Enquanto princípio de operações, a essência se chama NATUREZA. As criaturas agem de um modo ou de outro, sempre determinados pelo seu modo de ser próprio (essência).
b) Enquanto a essência é significada pela definição, recebe o nome de QUIDIDADE (quiddites). A definição expressa o quid.
c) A essência que enquanto conhecida torna-se referível a muitos indivíduos é denominado UNIVERSAL: a essência dá sempre nas coisas singulares, mas o intelecto pode abstrai-la do indivíduo tornando-a aplicável a vários entes que têm um modo de ser semelhante. Esta consideração lógica da essência também é chamada SUBSTÂNCIA SEGUNDA.
d) O termo “essência”, indicando o princípio no qual se recebe o ser de um ente, acentua sua relação com o ato de ser. 
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hilemorfismo-arievlis · 8 years ago
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III - ESTRUTURA DE ATO E POTÊNCIA NO ENTE
1 - Noções de ato e potência.
A primeira determinação de ato e potência surge da análise do movimento. Parmênides, no seu princípio acerca do ser, não é capaz de dar conta da multiplicidade e do devir. Aristóteles resolve o problema justamente com a doutrina do ato e da potência, descrevendo o movimento não como a impossível passagem do não-ser ao ser, mas como a passagem do ser em potência ao ser em ato.
A capacidade de ter uma perfeição recebe o nome de potência. Não é a mera privação de algo que se vai adquirir, mas uma capacidade real que existe no sujeito para umas determinadas perfeiçoes que serão posteriormente atualizadas. A potência contrapõe-se o ato, que é a perfeição que o sujeito possui efetivamente. 
Aristóteles entende o ato e a potência sob dois aspectos: 
Físico: ligado ao movimento, nele aparece um contraditório radical entre ser em ato e ser em potência deixa de existir enquanto tal, por tornar-se ato.
Metafisico: no aspecto metafísico do ato e da potência, estes são princípios constitutivos e estáveis de todas as coisas; assim, as substâncias corporais estão constituídas de matéria prima (potência) e forma substancial (ato). Nesta consideração metafísica, adverte-se que a potência, uma vez atualizada pela forma segue presente no composto. 
O ATO: ato é em geral qualquer perfeição de um sujeito; a cor de alguma coisa, as qualidades de uma substância, a mesma perfeição substancial de um ente, as ações de entender, querer e sentir etc. É uma realidade primeira, evidente e por isso indemonstrável, conhecida e distinguida na sua contraposição com a potência.
A POTÊNCIA: a potência é o que pode receber um ato, ou o tem já contraditórios.
A, potência é distinta do ato.
B, O ato e a potência não são realidades completas, mas sim aspectos ou princípios que se encontram nas coisas, e, juntas.
C, A potência se contrapõe ao ato como imperfeito ao perfeito.
D, Porém, a potência não se reduz a uma simples privação de ato, mas é uma capacidade real de perfeição. 
2 - Classes de ato e potência
A, POTÊNCIA PASSIVA A qual corresponde o ato primeiro. Ato primeiro: potência para ser algo. Tipos fundamentais de potência passiva: a) Matéria (prima/forma substancial). Matéria: uma forma de potência passiva entre outras. Prima; substrato potencial último. b) Substância/acidente. A substância em relação aos acidentes é potência passiva. A substância é potência passiva em relação aos seus acidentes porque estes são perfeições posteriores da substância. c) Essência/ato de ser. Essência: determina o que é, e deve ser. Em relação ao ato, todos os demais princípios em relação especial. 
B, POTÊNCIA ATIVA/ATOS SEGUNDOS: A potência ativa é a capacidade de agir, ou seja, de produzir ou dar perfeição a outro ente. A potência ativa tem de certa forma o caráter de ato, porque um ente age sempre na medida em que está em ato, e para produzir uma perfeição em outrem se deve antes possuir tal perfeição. Porém, nas criaturas esta potência ativa tem algo de passividade porque as capacidades só estão no momento da ação. As ações e as potências operativas são, em um ente, acidentes. Ou atos, que não ato de ser, ou seja, acidentes.
3 - Prioridade do ato
a) Prioridade de perfeição: a potência está subordinada ao seu ato, por ser imperfeita em relação a ele (ato).
b) Prioridade cognoscitiva: a potência é sempre conhecida através de seu correspondente, já que ela não é mais do que capacidade de receber, ter ou produzir ato. Primeiro que se conhece.
c) Prioridade causal: nada age senão enquanto está em ato; padecer ou ser sujeito passivo da ação de outro é precisamente receber um ato. Só pode haver ação quando o agente está em ato.
d) Prioridade temporal: no mesmo sujeito, a potência tem certa prioridade temporal em relação ao seu ato correspondente. Porém, levando em consideração a aquisição dessa potência, que se dá sempre mediante um agente externo, o ato deste (um ato age na medida em que está em ato) é anterior à potência adquirida.
CONCLUSÃO:  O ato “é” em sentido própria e principal e a potência, só de maneira secundária. Na medida em que está em potência, um ser não “é” propriamente, mas “pode ser”. Diretamente, tem o ser o que é em ato, de forma indireta, em ordem ao ato, é real também a potencialidade das coisas.
ANEXO:  Inversão da prioridade ato / potência realizada pela filosofia transcendental: Descartes, ao fechar as portas dos sentidos como fonte de conhecimento, deu à afirmação do sujeito como função de conhecimento o caráter de fundamento primeiro. Em Kant, o universal e necessária há de ser encontrado nas “condições de possibilidade” (BEDINGUNGEN DER ERNÖGLICHUNG) de todo conhecimento, a priori formais de estrutura funcional do sujeito cognoscitivo, e não no conhecimento efetivo (WIRKLICH), que será sempre particular. O mais importante é a potência (possibilidade), porque o ato transformou-se apenas ao afetivo singular e não necessário.
4 - A relação entre ato e potência enquanto princípios constitutivos dos entes.
a) A potência é o sujeito no qual se recebe o ato.
b) O ato é limitado pela potência que o recebe: lembre-se do papel da essência em relação ao ato de ser, que nas criaturas determina mas ao mesmo tempo delimita aquilo que o ente pode ser.
c) O ato se multiplica pela potência: a matéria é princípio de individuação nos entes materiais.
d) Ato e potência se relacionam como o participado e o participante: participar é ter algo em parte, de modo parcial. Quem possui algo em potência, o possui sempre de modo parcial, em relação a ter algo “por essência”, de modo total e pleno. 
e) A composição de ato e potência a unidade substancial do ente.
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hilemorfismo-arievlis · 8 years ago
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II - OS PREDICAMENTOS (ARISTÓTELES)
A substância e os nove tipos de acidentes constituem os dez gêneros supremos de ente chamados também predicamentos ou categorias. São os diferentes modos de ser. Como o ser é refletido no conhecer e na linguagem, a esses modos de ser correspondem os diversos tipos ou gêneros de predicados que podem atribuir-se a uma coisa; daí o nome predicamento (do latim “predicare” _ afirmar, atribuir) e categoria (do grego _ julgar, atribuir).
Aristóteles foi o primeiro a tratar filosoficamente desse assunto, e o fez nos seus livros de lógica, mas também nos de física e metafísica. 
1, ele extraiu da experiência o seguinte ELENCO DE CATEGORIAS:
Substância (Pedro é homem).
Qualidade (Pedro é bom).
Quantidade (Pedro é alto).
Relação (Pedro é filho de Antonio).
Onde (Pedro está no quarto).
Posição (Pedro está sentado).
Posse (Pedro tem papel e caneta).
Quando (Pedro chegou às 19h).
Ação (Pedro está escrevendo).
Paixão (Pedro tem sede).
Todos os acidentes tem em comum o inerir na substância, o ser em um sujeito (esse in). O ato de ser do acidente está na substância. Cada acidente possui uma essência própria e, por isso, determina a substância de um modo original. A rigor, não é possível definir a essência de cada um dos predicamentos, por que, são os gêneros supremos sob os quais se encontra a noção, que por não ser um gênero, não forma parte de nenhuma definição, e porque são realidades imediatamente evidentes, porém, cabe exemplifica-los e descrevê-los.
2, NOVE GÊNEROS DE ACIDENTES
A) Acidentes que afetam intrinsecamente a substância:
Quantidade: extensão, tamanho, volume.
Qualidade; As qualidades são acidentes que fazem a substancia ser de tal modo e que surgem de sua essência (ou mais estritamente, de sua forma). Por isso, a cada classe de substância corresponde em conjunto de qualidades; uma cor ou figura determinada, umas capacidades de atuar etc. por derivar-se da forma, as qualidades se encontram também nas substâncias carentes de matéria ou espirituais. Nos corpos, as distintas qualidades inerem na substância através da quantidade; e assim a cor necessita como suporte da superfície etc. todos os entes corpóreos possuem corpo, mesmo transparentes, mas ainda assim o possuem.
Relação; Determina a substância na sua referencia a outras; quanto a seu termo, podem considerar-se acidentes extrínsecos. Ex; a fraternidade (ser irmão de) é a ordenação mútua dos irmãos entre si; a relação que convém a uma pessoa por referencia a seus pais é a filiação.
B) Acidentes extrínsecos:
São determinações reais da substância, que porém não a afetam em si e por si mesma, mas somente de maneira externa e por sua relação com outros objetos; os acidentes extrínsecos inerem na substância que afetam, mas se fundamentam, imediatamente, sempre em algum dos acidentes extrínsecos.
O “onde” (ubi); é a localização. O ubi não implica uma modificação interior do sujeito, determinando-o apenas por sua relação com outras substâncias adjacentes:
A “posição” (hábitos); é o acidente que resulta na substância por ter ou possuir algo contíguo ou imediato (estar vestido, usar uma caneta, um relógio etc.).
O “quando” (quando); é a situação temporal da substância corpórea.
C) Acidentes em parte intrínsecos e em parte extrínsecos:
Ação: Nasce em uma substância enquanto sujeito princípios agente de um movimento em outro objeto.
Paixão: Surge nos corpos enquanto sujeitos passivos da atividade de outros. Tanto a ação como a paixão são acidentes correlativos, e se dão apenas em ações transeuntes, passageira.
A ordem entre os acidentes:
Um acidente pode ser sujeito de outro. Ex. a cor, uma qualidade, afeta a substancia através da quantidade (tamanho da superfície).
Um acidente pode estar em potência em relação a outro (o difamo pode ser iluminado, por exemplo).
Alguns acidentes podem ser considerados causa de outros (a ação do pai que gera o filho é causa da relação de ambos, tanto do pai quanto do filho).
A quantidade é, na ordem dos acidentes, o primeiro nas substancias corpóreas.
3 - QUALIDADE
É o acidente que modifica intrinsecamente a substância em si mesma, fazendo-a ser de um modo ou de outro. Sua importância deriva do fato de ser o mais intrínseco dos acidentes, e de estar presente tanto nas substâncias corpóreas quanto nas espirituais.
Espécies de qualidades:
A, Qualidades passíveis: modificações que afetam a substância, fazendo-a suscetível de proceder à alteração física: temperatura, cor, grau de unidade etc.
B, A forma e a figura são qualidades dos corpos que delimitam a sua quantidade, dotando-a de dimensões e contornos determinados.
C, As potências operativas: são determinações que capacitam a substância a desenvolver algumas atividades; são também chamados de faculdades ou capacidades operativas; inteligência, vontade, memoria etc.
D, Hábitos; são qualidades estáveis pelas quais o sujeito está bem ou mal disposto segundo o que convém à sua natureza. Hábitos intelectivos: saúde, doença etc. Hábitos operativos: virtude, vícios etc. o vicio é algo que atrapalha as ações operativas (acidentes).
Hábitos são por assim dizer, disposições estáveis a determinadas ações. Os hábitos operativos podem ser distinguidos segundo as potências às quais aperfeiçoam:
Intelectuais: ciência, prudência etc.
Vontade: justiça etc.
Apetite sensível: fortaleza e temperança / entre a virtude e a vontade
Semelhantes aos hábitos são as disposições, que definem apenas pela sua menor estabilidade.
4 - RELAÇÃO
É o acidente cujo a natureza consiste na referência ou ordenação de uma substância a outra; ser para alguém (ser para outro).
Elementos da relação real.
As relações podem ser de razão (existem apenas na mente de quem as relaciona) ou mais reais. Toda relação real é composta pelos seguintes elementos:
Sujeito (pessoa ou coisa no qual inere a relação);
Termo (o ente com o qual o sujeito se relaciona);
Fundamento (aquilo que ordena a relação);
A relação mesma.
Exemplo; na relação de filiação:
Sujeito _ filho Termo _ pai
Relação _ filiação. Relação é a referência do sujeito a um outro.
A relação consiste em uma referência ou esse ad, e não é uma determinação interna do sujeito no qual inere, por isso é necessário que haja no sujeito um fundamento distinto da relação mesma.
Importância das relações
A, Todos os entes constituem segundo seu grau de perfeição uma ordem hierárquica na qual as realidades inferiores estão em função das superiores e todo o conjunto se ordena a Deus como sua causa primeira; por exemplo; os animais são inferiores aos homens, e estão em função dos mesmos.
B, No âmbito do conhecimento, as relações são imprescindíveis, pois a ciências lidas sempre com a ordem supracitadas além de ser ela mesma sempre fruto de uma relação (sujeito / objeto).
C, A relação é um dos fundamentos da bondade que os homens atingem no agir, pois este sempre pressupõe relação com os demais (Deus e os outros homens e o resto da criação). Exemplo, a criação está inferior ao homem, contudo nossa relação mais crucial é aquela em relação aos outros homens/ pessoas.
Tipos de relações reais:
A, Relações segundo a dependência no ser; Esta se dá quando uma realidade depende em sua existência de outra (por exemplo, criaturas em relação ao criador); neste caso, a relação oposta não é mútua, mas intelectual (a relação oposta será apenas a razão). A dependência do ser tem que ser sempre unilateral, diferindo assim criador de criatura. 
B, Relações mútuas baseadas na ação e na paixão; Paternidade/filiação, cujo fundamento é ação no pai (geração) e paixão no filho (ser gerado); são mútuas porque se baseiam em um mesmo fundamento; a causalidade transitiva. A geração que é a causalidade transitiva.
C,  Relações segundo a convivência ou desconveniência fundados na quantidade e na substância; as relações que tem como fundamento a quantidade se dão quando uma delas é tomada como medida para as outras; as baseadas na qualidade, na semelhança e dessemelhança; e as baseadas na substância, nas relações de identidade e diversidade. 
As relações de razão As relações são de razão quando faltam um ou mais elementos requeridos para a relação real. Exemplo de relação de razão:
Relação entre conceitos lógicos: gênero/espécie, espécie/individuo etc.
Relação de identidade consigo mesmo (falta um termo real distinto).
Relação com termos irreais (presente/futuro).
Relações de razão, às quais, corresponde uma relação real sentido contrário (criador/criatura).
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hilemorfismo-arievlis · 8 years ago
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I - SUBSTÂNCIA E ACIDENTE (ARISTÓTELES)
NATUREZA DAS SUBSTÂNCIAS E ACIDENTES
-Substância é um substrato onde se aderem os acidentes; é sempre aquilo que a coisa é. -Não existe dois ou mais núcleos substanciais do ser, mas existem múltiplos acidentes. -Ser: ato próprio da substancia. -Ente se predica da substância e dos acidentes de modo análogo; de maneira em parte igual (ambos são) e em parte distinta; pois a substancia é em virtude de um ato de ser próprio, e o acidente é em virtude do ato de ser da substancia na qual se apóia.  Um só ente em sentido próprio (a substância) com modificação e perfeição que o completam (os acidentes).Toda a realidade substancial e acidental de um ente “é” em virtude de um único ato de ser, que pertence propriamente à substância. -Sujeito é aquele que é
A SUBSTÂNCIA  (aspectos fundamentais).
É o sujeito ou substrato no qual se assentam os acidentes.
É o subsistente. Não é em outra coisa, mas em si mesma (subsistente existe em si).
ACIDENTES:
Os acidentes não existem em si, mas nas substâncias, no sujeito. Acidentes, considera-se outro modo de ser que as coisas é, por exemplo: o vermelho do livro, seu peso; o branco do copo, seu peso; o azul da cadeira, seu peso e etc.
A substância existe em si, enquanto o acidente existe em outro. Os acidentes são realidades cujo a essência convêm ser em outro como a seu sujeito.
CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES SEGUNDO SUA ORIGEM:
A) Acidentes próprios da espécie: propriedades comuns da espécie. B) Acidentes inseparáveis de cada indivíduo, por exemplo: alto, branco. C) Acidentes que procedem de um agente externo, por exemplo: queimadura.
O SER (ATO PRÓPRIO DA SUBSTÂNCIA)
-Próprio da substância: existente em si mesmo e é independente. -Acidentes não têm ser, dependem de seu ser que faz parte. -O acidente é de certa forma também ente, porém não possui um ato de ser próprio, o ato de ser da cor vermelha do livro é ato de ser do livro. O ato de ser é próprio da substancia. Como conseqüência do diverso modo de ser, “ente” se predica da substância e dos acidentes de modo análogo; de maneira em parte igual (ambos são) e em parte distinta; pois a substância é em virtude de um ato de ser próprio, e o acidente é em virtude do ato de ser da substância na qual se apóia.
O COMPOSTO DE SUBSTÂNCIA E ACIDENTE
Toda a realidade substancial e acidental de um ente “é” em virtude de um único ato de ser, que pertence propriamente à substância. Por outro lado, a distinção real de substância e acidentes não destroem a unidade do ente, pois não são vários entes que se unem para formar um conjunto, mas um só ente em sentido próprio (a substância) com modificação e perfeição que o completam (os acidentes). Toda a realidade substancial e acidental de um ente “é” em virtude de um único ato de ser, que pertence propriamente à substância. 
Tríplice modo de relacionar-se da substância e dos acidentes
A) A substância é substrato do acidente, enquanto lhe dar ser. B) A substância é causadora dos acidentes que derivam dela mesma, que procede do agente externo, é transitórios. C) A substância tem uma capacidade passiva (potência de ser uma coisa vermelha, por exemplo) de receber o ulterior aperfeiçoamento que lhe conferem os acidentes, que por isso também se chamam formas ou atos acidentais. Ou seja, de certa forma a substância é potência em relação aos acidentes (atos) que aperfeiçoam a substância.
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hilemorfismo-arievlis · 8 years ago
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Atividade e passividade no corpo. — Os corpos aparecem ao mesmo tempo como ativos e passivos. Estão sujeitos ao que a ciência chama inércia, quer dizer, a uma impotência para modificar por si mesmos seu estado, e ao mesmo tempo manifestam, sob a provocação de agentes físicos, atividades determinadas: o fogo queima, o corpo do animal se move, a árvore cresce e dá frutos. Estes dois aspectos contrários das realidades corporais se explicam pelo duplo princípio que os constitui: a matéria é, assim, princípio de passividade e de inércia, enquanto que a forma é princípio de atividade.
79         4.    A noção de espécie.
a)     Definição. Todo corpo pertence a uma espécie determinada, quer dizer, a uma categoria de seres com a mesma natureza (espécie mármore, espécie carvalho, espécie lobo, espécie humana). É a forma substancial que é, no corpo, o princípio específico, quer dizer, o princípio que, unindo-se à matéria, produz um ser de uma iluda espécie.
b)     A forma é o fundamento da diferença específica. É então a forma substancial que servirá para definir o que se chama a diferença específica, quer dizer, o caráter essencial, que situa um ser numa dada espécie. Assim, a diferença específica do homem (animal racional) será o caráter de racional, que define a forma substancial do homem ou alma racional.
c) As formas substanciais e, por conseguinte, as diferenças específicas da maior parte dos seres permanecem desconhecidas na sua essência. Daí se definirem estes seres por suas propriedades ou, mesmo simplesmente, em certos casos, por seus caracteres exteriores: é assim que se definirá a espécie carvalho descrevendo a forma das folhas e do fruto deste vegetal.
5. A forma acidental. — Todo ser corporal pode receber formas acidentais, que não mudam sua natureza, mas apenas sua maneira de ser. Assim, o mármore (matéria segunda) pode tornar-se estátua ou coluna, ou bacia, estátua de Júpiter ou estátua do Mercúrio. A água pode tornar-se vapor ou gelo. As formas acidentais são atos segundos em relação ao corpo, que está em potência destes atos diversos.
Art. II.    O PRINCÍPIO DA  INDIVIDUAÇÃO
80         1. O problema da individuação. — Apresentou-se a questão de saber se a individuação (o fato de ser um indivíduo, quer dizer, um ser uno em si mesmo e distinto dos outros) provém da matéria ou da forma substancial. Esta questão se apresenta com o fim de explicar como uma espécie (por exemplo, a espécie humana) pode comportar indivíduos múltiplos (João, Tiago, Paulo etc), quer dizer, comportar seres ao mesmo tempo idênticos (uma vez que têm todos a mesma natureza) e distintos (uma vez que um não, é o outro).
2. A individuação pela matéria. — Responde-se comumente que é a matéria que é o princípio da individuação. Com efeito, a forma, por si mesma, é universal (assim, a razão, que faz o homem, nada tem por si de individual; uma razão que não seja mais do que razão formaria por si só uma espécie). Ao contrário, recebendo a forma, a matéria, por estar dotada de quantidade, quer dizer de dimensões e, por conseguinte, de finitude, limita e restringe a forma, determina-a, e, portanto, a individualiza.
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hilemorfismo-arievlis · 8 years ago
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http://www.consciencia.org/cursofilosofiajolivet3.shtml
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hilemorfismo-arievlis · 8 years ago
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SUBSTÂNCIA (ESSÊNCIA E FORMA)
Aquilo que faz o ser o que é
PRINCÍPIOS (UNIDADE ESSENCIAL): MATÉRIA E FORMA. 
Há, nos seres princípios intrínsecos de sua constituição, princípios que os resultam como são. Cada matéria tem uma inércia, uma plasticidade. 
Matéria-prima e forma substancial não são seres, mas apenas princípios de ser.
Matéria-prima é potência e pura potência, quer dizer, capaz de converter-se em qualquer corpo, graças a sua absoluta indeterminação original; a forma substancial se apropria da matéria prima (matéria indeterminada) e gera a matéria segunda (determinada pela forma substancial).    O corpo em ato: o corpo, como tal, tem então dois princípios constitutivos intrínsecos: a matéria primeira e a forma substancial (forma+ matéria) que é substância. 
Analogia metafórica: a matéria prima é a célula embrionária, a matéria segunda são as células normais. 
A união da matéria e da forma se faz sem intermediário, uma vez que a forma substancial é o ato primeiro da matéria. Ou dois princípios do corpo se unem então por si mesmos, sob a ação de um agente físico, e formam por si mesmos um corpo único, uma única substância (o homem, composto de um corpo e de uma alma, é um ser único).
A forma acidental. — Todo ser corporal pode receber formas acidentais, que não mudam sua natureza, mas apenas sua maneira de ser. Assim, o mármore (matéria segunda) pode tornar-se estátua ou coluna, ou bacia, estátua de Júpiter ou estátua do Mercúrio. A água pode tornar-se vapor ou gelo. As formas acidentais são atos segundos em relação ao corpo, que está em potência destes atos diversos.
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hilemorfismo-arievlis · 8 years ago
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Lógica e substância 01
Entender os princípios intrínsecos da constituição do ser é entender a substância.
Princípios geram o corpo.
Essência é a fusão de dois princípios: matéria e forma.
Matéria primeira +  forma substancial = substância corporal indeterminada. Forma substancial se apropria da prima (matéria indeterminada) que gera a matéria segunda. Matéria-prima é potência e pura potência, quer dizer, capaz de converter-se em qualquer corpo, graças a sua absoluta indeterminação original. E por isto que se diz que a forma ê ato da matéria. Humano: alma racional (forma substancial) é o ato que faz da matéria-prima um corpo humano.
ESSÊNCIA:
Essência é uma padrão que determina uma forma – a forma pode expressar inúmeros acidentes, mas o padrão se mantém expresso nela. A forma expressa a essência:
É aquilo que não muda no ser.
É aquilo que é necessário e próprio no ser que, sem a qual, ele não é aquilo que realmente é.
FORMA (expressão da essência):
Aquilo que delimita a essência de um ser: delimitação de um arranjo de elementos necessários que se organizam em um sistema padrão.
Aspeto, maneira de organização, padrão coerente.
O modo a coisa se expressa à percepção.
FORMA TEM AS SEGUINTES QUESTÕES: padrão de expressão geométrica e de funcionamento, Ou seja: todo ser tem funções de ligações elementares que formam sua estrutura funcionante e geométrica (quando tem).
FUNCIONAMENTO:
Trabalhar; cumprir sua função.
Executar movimentos, mover-se bem e com regularidade: máquina que funciona automaticamente.
ACIDENTE:
Aquilo que é mutável no ser, característico de sua particularidade e não necessário para ele ser o que é.
Todo acidente tem essências. Há uma hierarquia em cada ser, uma hierarquia de acidentes e essências infinitas.
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hilemorfismo-arievlis · 8 years ago
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ARISTÓTELES e a descrição de do que se percebeu
Aristóteles não dava nomes com achismo, ele não inventava  não confundia hipóteses com fatos, e sim descrevia o que via e como via, ele dava nome às coisas existentes. Entendia a lógica de relação das coisas (funcionamento) e dava mais nomes (descrição), transferindo tudo à sua mente em forma de conhecimento. Foi a busca da verdade, da conformidade da representação mental (consciente) com a realidade das coisas em si que o fez ser grande. 
Realidade: aquilo que é, a substância em si que não depende de uma consciência para tê-la existindo. Verdade: representação cujo a forma condiz com a coisa em si que é representada. Aquilo que é pensado de forma a representar corretamente a estrutura (forma) de um ser.  Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta. Opiniões: crenças não analisadas e criticadas, que são superficiais e que tem grandes chances de estarem erradas.
E por isto que se diz que a forma ê ato da matéria. Assim, a alma racional (forma substancial) é o ato que faz da matéria-prima um corpo humano. matéria-prima é potência e pura potência, quer dizer, capaz de converter-se em qualquer corpo, graças a sua absoluta indeterminação original. Por que Aristóteles foi um dos maiores filósofos?
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