Tumgik
imergirassol · 2 years
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rascunho
eu desacredito no amor. acho que sou individualista demais pra isso. talvez seja da natureza humana. olho pro receptor do meu amor projetando seu olhar sobre mim. logo minha atenção repousa em mim, e não no objeto de meu amor.
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imergirassol · 4 years
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introspecção sufocante
Vivendo em memórias, entorpecendo-as
A certeza de ter feito as melhores escolhas é inalcançável
Então, duvidando de cada passo, me torno minha própria promotora
A senhora e a subordinada, ambas coexistindo dentro de mim
Dou-me as mais altas sentenças mas não vejo justiça sendo feita, adiando o final de minha pena
Quero parar de viver na espera de que todas minhas metas sejam alcançadas
Quero parar de reviver minhas memórias doídas para sugar qualquer novo aprendizado delas
Parar de viver na culpa de ser um ser humano egoísta que não faz jus ao que recebeu
Quero estar segura de que eu mereço viver feliz e que faço pessoas felizes com a minha existência
Quero extinguir toda a dor que um dia já causei à alguém
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imergirassol · 5 years
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A morte e seus devaneios
Por vezes temos um posicionamento muito imaturo quando perante à morte. A esperança nos mantém vivos, ao mesmo tempo que enquanto há vida, há esperança. Eu gostaria de ver a morte com bons olhos, uma tentativa de fazer jus a todo o tempo passado, a energia transformada e aos momentos vividos.
Ora, só porque tem um fim significa que não vale a pena vivê-la?
Só porque não recordamos todas as lembranças de cor é motivo suficiente para desmerecer a vivência das mesmas? O verbo em ação?
A lembrança é só mais uma faceta, um resquício, uma memória da vivência, logo não se deve sobrepô-las ao verdadeiro ato de viver. Não podemos substituir uma pela outra visto que a consequência só existe unicamente e exclusivamente porque houve uma ação que a antecedeu.
Assim como o ditado “1000 palavras não podem substituir o valor de uma imagem”, mil lembranças não substituem momentos operantes, a imagem em ação. A morte tem esse poder, apagar o valor do momento até que a última gota de vida se dissipe, uma alteração de valores desvanecendo a beleza do tempo.
Infelizmente me encontro incapaz, pelo menos agora, de observar a morte por uma ótica positiva. Seria lindo, talvez utópico, se a tratássemos como só mais um encerramento de etapa, parabenizando os esforços realizados durante a vida e reconhecendo que apesar de sermos errantes, demos nosso melhor.
No entanto nada repara a ganância que temos intrinsecamente em nosso ser, a falta de desapego nos dá sede por mais tempo, mesmo sabendo que tivemos tempo mais que suficiente. Isso traz a tona a culpa de não termos vivido conscientemente uma vida cheia de oportunidades, de termos apertado o confortável botão do piloto automático, esperando que alguém vivesse nossas vidas por nós, nos põe em direção ao arrependimento.
O arrependimento sempre foi motivo de incômodo pois nos expõe sem nenhum tipo de proteção ao erro explícito, e dessa vez não haverá segunda chance, pois o tempo que nos foi dado não existe mais, se esgotou, se cansou de esperar por nossa mudança, por nossa ciência de nós mesmos.
E parafraseando Alice através do espelho concluo: “O dinheiro é muito coisa, menos tempo”. A frase “tempo é dinheiro” de Benjamin Franklin no meu ponto de vista é a pior forma de se enxergar a dádiva da vida. Veio de uma interpretação no mínimo mal intencionada do filósofo Teofrasto que disse: “O tempo é muito caro” e faço coro às palavras do mesmo. O tempo não é empático, não é mocinho nem vilão, ele nos dá (se dá) antes de tirar de nós. Ele é a única possibilidade de experienciar o mundo, portanto, é nosso bem mais precioso e custa caro perceber isso. Com benevolência e altruísmo, ele nos permite experienciar tudo ao nosso alcance. Incapaz de julgar, dá sem pedir nada em troca e assim toma sem pedir licença nem permissão.
Sendo assim, sejamos gratos por cada segundo, cada momento e conscientes de cada emoção, cada acalento. Às vezes, pensamos longe demais e deixamos de viver, essa é a maior estupidez que se pode cometer, desperdiçar seu precioso tempo em coisas fúteis e inoportunas. Se deixar levar pela ganância é se conformar com o mínimo que a vida pode te dar. E talvez é justamente estando disposto à transformação e desconstrução, aprendendo a se desapegar da sua zona de conforto que se descobre a arte de viver.
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imergirassol · 5 years
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Os acontecimentos são coisas que experimentamos, a morte é a remoção da possibilidade da experiência.
Epicuro
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imergirassol · 5 years
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Terna reticência estóica
Por que eu não sei como corresponder
Eu só reenceno o que vejo
Formas sistemáticas de reação
Sem saber o que realmente desejo
Como eles tratam com tanta naturalidade
Algo que, para mim, é tão aterrorizante?
Deixar alguém pousar em sua subjetividade
E te ler inteiro em um instante
Ainda dizem que é a essência da vida
Ter alguém para te acompanhar
Que, no meio dessa corrida
Esteja lá para te transbordar
Mas a vida em si é bela
Apesar de seus assombros
É uma imensa tela
Reunindo os encantos dos escombros
Ora, se é em si independente
Como posso deixar alguém simplesmente
Entrar em meu definido centro
E se tornar o mais importante lá dentro?
Não seria jogar fora toda ternura colocada
A fim de erradicar o efêmero
E colocar em risco minha autonomia almejada
Seguindo o rumo dos ventos?
Não
Não posso terceirizar o suprimento das correspondências de meus sentimentos
Seria me expor a uma vulnerabilidade tóxica
E compromete a imparcialidade de minha ótica
Por hora, por mais falho que aparente
Prefiro me ausentar, me tornar indiferente
Neutralizar uma faceta da vida
Para que a dor não seja sentida
Saber quem sou e do que preciso
Isso não vem nem antes do amor
Pois o amor próprio é aquela pequena camada que suaviza o impacto da dor
Dor é essa que não pode ser evitada
Mas sim atrasada
Guardá-la para quando estiver mais preparada.
E somente aí embarcarei na ternura em proeminência
E entenderei que o amor é uma imensurável reticência.
Amor:
Uma palavra muito pequenina para resumir uma inefável quantidade de sentimentos que não possuem definição, e muitas vezes nem se tem consciência de sua existência, coitados.
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imergirassol · 5 years
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Gratidão é imensidão
É realmente indescritível o prazer de se sentir amada. Saber que você é suficiente e especial o bastante para reunir todas aqueles que são de extrema importância para seu crescimento e bem estar, a quem você deseja do fundo do coração todos os sentimentos mais harmoniosos existentes.
Gratidão é a palavra mais própria para resumir o efeito do encanto do amor. Um sentimento que irradia luz, que elimina qualquer resquício da aura pesada que a culpa e o arrependimento trazem consigo.
E agora permita-me ir além. Gratidão não é conformar-se de que sempre esteve certo, é justamente o contrário, é reconhecer que o erro foi uma das principais variáveis que o trouxe aqui. E foi a contínua tentativa ao acerto que reconstruiu o que você é hoje. 
Uma mistura de orgulho do passado e pertencimento ao presente que faz a humildade transbordar, em gotas de orvalho mais puras e concisas, uma essência linda de fascinação pela vida.
É estar consciente de que, por mais errante que sou, há beleza em sermos meros aprendizes. Erramos pois chegamos agora nesse mundo caótico que já possuía ritmo, já possuía rumo. Além de beleza, existe uma maturidade e sabedoria, pois através das experiências doloridas e impiedosas, ou até as mais graciosas, somos o que somos hoje.
E nesse ciclo incessante de metamorfoses, percebo que o que antes me definia, agora é só mais uma das diversas partes que me compõem, mais um bloco de construção que constrói a minha imensidão e me torna grata.
Grata pelo simples mistério de existir, pelo simples segredo de amar, pelo simples prazer de ser amada.
02/06/2019
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imergirassol · 5 years
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Tempo para curar a alma
Às vezes, a causa de toda angústia, da fúria e da imaturidade se dá devido a não termos respeitado nosso próprio e único tempo. Tempo para curar, para desintoxicar e desinfetar as feridas que a vida trouxe consigo em suas árduas e ríspidas batalhas. 
Pode ser que, a causa de minhas profundas cicatrizes tenha sido você, quem moldou todo esse arsenal de defesa desnecessária que tenho hoje. Mas por ora, prefiro me responsabilizar inteiramente pela maneira que lidei e reagi com o que me foi dado, ser responsável por meus próprios fardos. Desta maneira retiro de você toda a culpa pelo mal não intencionado e sou capaz de perdoar, nos libertando da toxicidade e dependência corrosiva que ela traz. 
A questão que permanece e que requer uma quantidade muito maior de energia é o auto-perdão. Uma capacidade conquistada com bastante ponderação para descobrir até que ponto deixamos a ferida curar com o tempo ou se trabalhamos para desinfectar a lesão para que não se transforme em algo maior e se intensifique, dificultando o processo de tratamento.
O ato de perdoar é muito maior do que simplesmente esquecer e seguir em frente, e é exatamente isso que torna o auto-perdão algo muito mais difícil de ser conquistado. Somos ensinados a deixar o que nos machucou de lado e reprimir todo sentimento indesejado, mas não é nada eficiente pois convivemos com essas memórias e é impossível esquecer de algo que nos persegue diariamente.
E quando se trata de você, alguém que terá de conviver pelo resto da vida, não é viável deixar a ferida fermentando em desgosto e apreensão. Todo momento temos escolhas a fazer e ficaríamos malucos se exigíssemos que somente as melhores escolhas fossem tomadas, visto que, vivemos em uma sociedade multifacetada onde o certo sempre é relativo e verdades absolutas não existem. 
Portanto, tendo em vista que na hora de fazermos decisões temos sempre as melhores da intenções, quando descobrimos que não foi necessariamente A melhor das escolhas, podemos descansar em tranquilos, pois sabemos que foi com A melhor das intenções, ou seja, A melhor opção que havia em nosso controle. Sem exigir mais do que podemos dar.
Como Epicuro, nos conformar que há coisas fora de nosso alcance que não podemos controlar, como o passado. Algo que aconteceu não pode ser mudado porque queremos, assim, sejais grato ao passado pelo que és hoje.
“Eu não era, fui, não sou mais, não me importo.” Usando isso nos libertamos de culpas e arrependimentos de forma madura. Algo não aconteceu, mas deveria ter acontecido, mas não aconteceu, não me importo. Se conformar que não temos máquina do tempo mas estamos no presente, logo a única coisa capazes de mudarmos é o futuro, a escolha é inteiramente sua.
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imergirassol · 6 years
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Motor e Resistência
Palavras de conforto; são as que espero sair de tua boca.
Esperançosas, prestes a serem faladas, cheias de vontade e energia.
Possuem uma capacidade inacreditável de curar.
Mas de que adianta seu potencial se tu as trocas por aquelas que machucam?
Em tua intenção de educar, me aconselhar, acabas por desligar a compreensão.
Esse piloto automático que ligastes, só está a mandar ordens.
O pensamento positivista tirou a paz do que antes foi meu porto seguro. Ordem e progresso não vão me acalentar, pois são incapazes de empatia.
E eu estou aqui, em uma rotina de autoconforto, a me conformar com seus pseudo conselhos que não ponderas, que não percebes o potencial convertido para o mal.
Pois esta tua pseudo atenção te cegou.
Finges que é para o meu bem quando de fato nem procuras entender o complexo de minha incessante angústia.
Não é que eu esperasse algo de ti, no entanto, já que não ajudas também não interfiras e dificulte meu processo de cicatrização. Consideração indesejada não é útil, muito menos benéfica, pois foi tirado seu poder de promover o bem, funciona somente como força de resistência que requer mais energia ainda para ser superada.
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imergirassol · 6 years
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O jogo entorpecido
Cansada estou, pois sei que de nada valem meus esforços, é impossível estabelecer diálogos com quem somente deseja ouvir a si próprio.  A cada suspiro uma estremecida. Confusa e sem esperanças, analiso profundamente meus passos à procura do encontro de uma saída, uma solução.
Entretanto o nível de dificuldade aumenta ao jogar com um manipulador.
“Aja com cautela”, me aconselham. Com atenção, percebo peões caindo no jogo do sequestro.
Tenho de escolher entre salvar a mim mesma ou me desgastar no resgate de peças que foram intoxicadas, correndo o perigo de ser intoxicada e cair no mesmo jogo.
A cautela desgastante me guia no caminho racional da resolução, não deixando minhas emoções interferirem. A persistência é indispensável.
A cada passo, uma parte de mim devo abrir mão, a minha quebra de nada se compara a dor de meus aliados que tiveram de se quebrar por inteiro para enxergar a desapontante verdade.
Verdade é essa que alguns escolhem não ver. Mas nós não. Nós não nos submetemos à alienação de que tudo está bem, a alienação do esquecimento. Perdoamos e demos fim ao sentimento tóxico que nos corroeu, porém não nos livraremos dos resquícios dessa corrosão que foi marcada com brasa quente em nossos corações.
Reunindo forças, sabemos que estamos quase lá, e que toda essa dor um dia nos trará paz e a segurança de quem se pode confiar. Quem esteve do seu lado nos momentos mais difíceis, nos momentos de maiores inseguranças em que a desistência parecia o caminho mais confortável, esses sim merecem o mérito.
Com olhos bem abertos, superamos e nosso período de sofrimento já está em seu fim. Somos gratas aos bons momentos que puderam proporcionar antes de tudo se tornar um jogo, mas cansamos de correr atrás de quem só tem em mente a leveza de sua própria consciência, quem suplica por empatia sem dá-la primeiro, alguém incapaz de ver por outras perspectivas. 
O tempo é o único que pode curar nossas feridas, portanto não nos culpe por darmos mais importância a ele, nem tente ocupar seu papel, uma complexidade que não consegue entender, quem dirá substituir. Não tente redistribuir sua culpa por causa do peso de sua cruz. Aceite o resultado do jogo que, apesar de o ter manipulado, não conseguiu ganhar.
check mate.
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imergirassol · 6 years
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Cárcere
Ela não conseguia ver o céu.
Estava afundada na vasta escuridão de seus mais frios pensamentos.
Sozinha e sufocada, uma mistura inapropriada de sentimentos. Sentimentos estes que não a deixam sentir.
Hoje vejo que ela faz parte de mim.
Entretanto ela não me define. Não mais.
Descobri que eu sou mais que essa pequena parte que um dia foi eu.
De vez em quando ela toma parte de mim, revivendo lembranças de um passado torturante.
E me encontro novamente naquela imensa e sufocante escuridão.
Fecho os olhos o mais rápido possível, na tentativa de dormir, na esperança dela se ausentar, com medo do controle ser tomado por ela, como nos velhos tempos.
A procura de amor próprio que me possibilitará ver o céu novamente, cheio de liberdade e possibilidades. A estrela guia nessa noite tempestuosa.
E assim deixar essa imensidão escura, meu quarto, minha mente.
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imergirassol · 6 years
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O martírio recíproco
Eles juntos eram uma máquina. 
Estavam a todo vapor e por falta de sincronia, a máquina desmoronou, despedaçou-se.
Agora as peças estão destruídas demais para gastar energia se remontando.
E o que sobrou dessa linda conexão foi memórias e sofrimento.
Memórias distorcidas por apenas verem suas próprias perspectivas.
Sofrimento é este que parece eterno.
As peças despedaçadas estão a espera da cura que só o tempo pode proporcionar.
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imergirassol · 6 years
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A renúncia
Já dizia meu pai: “aproveite essa curta viagem que é a vida, e não tema em viver cada momento com todo seu coração”.
Porém eu não percebia que é necessário abrir mão.
Afinal, como vou ter espaço para novas memórias se não consigo me desfazer das antigas?
As boas memorias são uma solução poderosa e benéfica, mas em alta quantidade tem o efeito contrário e destrutivo. Cheguei a um ponto em que quase toda a solução já tinha sido corrompida por causa de seu excesso.
Era a hora de dar adeus e seguir em frente.
Aprendi que na vida bons companheiros de viagem vão caminhar contigo nessa estrada e assim, construir lembranças fantásticas, tendo em cada uma, um motivo diferente para valorizar essa viagem.
Porém esses companheiros estão de passagem e também têm de seguir com seus trajetos. A gratidão é essencial nesse aspecto.
Seja grato a o que esta pessoa te proporcionou e o guarde com carinho em suas memórias, quem sabe se reencontram em outros rumos, no entanto não espere que seja a mesma coisa, pois não será, visto que andaram distâncias em trajetos diferentes e evoluíram, logo, algo novo será formado pois não são as mesmas pessoas de antes.
É importante que os deixe sair para que outros possam entrar.
A vida é muito curta para ficar se prendendo a lembranças e ao passado.
Quando percebi que eu estava a viver lembranças, o quanto era nocivo pra mim e quanto a solução havia corroído minhas lindas memórias, tomei um tempo para abrir mão, só então que a solução deixou de ser maléfica  e comecei a viver o presente, e finalmente, deixei o passado ser o passado.
Meus companheiros de viagem terão lugar honrado em minhas memórias. Adeus, ou melhor, até breve.
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imergirassol · 6 years
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A vulnerabilidade da confiança, um ciclo
Me sinto vulnerável.
Fraca, como se algo sugasse minha energia.
“não se culpe” repito para mim mesma, no entanto é inevitável, essa mania que tenho de ver as perspectivas dos outros e deixar a minha em segundo plano.
Com autoestima quebrada, junto os cacos da confiança que depositei nas pessoas, e meu coração que estava inteiramente entregue, mais uma vez se fecha.
A cada vez que me fecho, mais difícil é para me abrir e deixar o sol que há em mim brilhar. Processo natural da quebra do ciclo de confiança.
As pessoas me fizeram assim. É incrível a capacidade de distorção das palavras. A verdade é que somos cruéis e mal intencionados, machucamos uns aos outros por falta de sabedoria e amor próprio.
Falo isso por que não foi uma ou duas vezes que isso me ocorreu, mas dezenas de vezes vejo isso se repetindo em meu curto período de vida. De alguma forma sempre me encontro na mesma situação, e a dúvida de que “a causa disso tudo possa ser eu” permanece. Mesmo sabendo a genuinidade de minhas ações e a honestidade de minhas palavras, eu acabo duvidando de minhas próprias condutas.
Manipulação. Sequestro. Distorção.
De fato só quero o bem para as pessoas, perdoo muito rápido e as ações caem no esquecimento, porém a dor, esta sim é inesquecível e o sentimento terá lugar eterno em meu coração.
É como uma folha de papel que você amassou com suas ações, por mais que tente desamassar com suas palavras jamais será uma folha como antes era. Assim é meu coração, que muito pisado, cansou de se despedaçar para caber em suas mentiras, castigado pelo simples pecado de ser verdadeiro.
Ora, “querer ser livre também é querer livre os outros” como dizia Simone de Beauvoir, então por que não querer o bem ao outro. Só estamos nos destruindo sendo agressivos com o propósito de ferir, como se fossemos instintivos, o que mais nos faz parecer com animais selvagens do que com seres pensantes capazes de usufruir a razão para a resolução de problemas.
É claro que você tem seus motivos, todos temos motivos para agirmos de determinada maneira, porém é essa maneira que não me foi adequada e por mais que tenha sido a única forma que você encontrou para se defender, somente trouxe dor e negatividade para recantos de águas que já estavam turbulentas demais, agravando tempestades árduas de se curar. Por isso, respeite meu espaço, meu tempo e não seja rápido ao julgar conclusões que não estão lá.
E no final, a conclusão é que as pessoas machucam e isso é inevitável. Me encontro hesitando em opinar abertamente sobre assuntos por medo dos traumas se repetirem de novo e de novo sem cessar.
Traumas se transformaram em inseguranças e na incapacidade de confiar.
Mesmo sendo grata por ter aprendido tanto com essas inoportunas experiências, não as desejo a ninguém. É horrível e agonizante a vontade não suprida de se pronunciar. Se calar para que não haja a distorção de palavras parece a escolha mais sensata.
As pessoas machucam e pelo que tenho vivenciado isso não muda, passa de pessoa a pessoa como uma doença epidêmica, e me causa leves pontadas na barriga, um sentimento de desgosto misturado com desesperança.
Mesmo tendo perdoado acho esse estado deplorável, ser tão vulnerável a ponto de atacar tudo e a todos a procura de suprimir suas dores e inseguranças o que só causa mais dor e insegurança ainda, como um vírus contagioso.
Portanto aconselho a espalhar o máximo de positividade e gentileza nessa curta viagem que é a vida, assumir seus erros e superar, sempre procurando ser uma pessoa melhor que um dia já foi. Não melhor que os outros, já que é impossível se comparar a outro indivíduo, alguém que viveu experiências completamente diferentes das suas. Mesmo que em uma realidade semelhante, nos diferenciamos em nossos aprendizados e em nossos métodos de aplicação do nosso conhecimento. A competitividade cega, já a humildade, esta sim te abre os olhos e te conforta o coração.
me perdoe, sinto muito, sou grata.
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