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Patricia Silva
Meu nome é Patrícia, tenho 32 anos, e sou estudante de Jornalismo. Moro com minha mãe e minha filha Natália que é a paixão da minha vida. Tenho um gato que se chama “O Maria Rita Lee”, em homenagem às minhas cantoras prediletas, Maria Rita e Rita Lee. Obs.: Não gostava de gatos e o pior de tudo é que eu achava que ele era fêmea. Rs... Esse “O Maria Rita Lee” se tornou um personagem! Coitado, sofreu para me conquistar. (Rs) Continuando, amo gatos (Rs), escrever, observar, cozinhar, dialogar, viajar e assistir series (viciada).
Escrevi um livro, “As faces da lua”. Foram dois anos de trabalho árduo com muito esforço. Esse livro se trata de um romance sobre uma mulher que está associada -inconscientemente - às fases da lua (as quatro principais), sem mudar o seu relacionamento com o mundo real. Afinal, qual a mulher que, assim como a lua, não desprende de si um elo misterioso e sutil, feminino e eterno?
No decorrer do livro eu tive uma crise de identidade. Eu queria ser a minha personagem! Idealizei nela o que eu queria ser, uma mulher com autoestima elevada não só como ser humano e sim como uma mulher completa. Eu não me via mais como Patrícia e sim como minha personagem, Laura. Enquanto eu escrevia a história dela, me sentia tão forte, tão capaz de tudo, era como se a energia positiva da Laura estivesse tomado conta de mim. Eu me sentia tão viva! Mesmo em pensamentos!
Depois que publiquei o livro eu me desvinculei da minha personagem. Pronto. Voltou tudo ao normal. Foi de escada abaixo, era como se estivesse faltando algo... Como se eu tivesse perdido a minha personalidade e minha autoestima tivesse sumido. Por quê? Porque eu sempre me auto sabotei, sempre me achei incapaz de conquistar os meus sonhos, sempre me diminui perante outras pessoas e sempre carreguei um sentimento de rejeição. Por conta desses sentimentos eu deixei de lado o meu livro, não fui atrás de nada, tinha vergonha de dizer que havia escrito um livro, por medo das pessoas acharem que eu era uma escritora fudidona, que escrevia pra caralho e tudo mais. Algumas pessoas me perguntavam: - Você escreveu um livro? Você é escritora? Eu respondia: Sim, escrevi, mas sou principiante como escritora. Dizia isso para que as pessoas não esperassem muito de mim. Novamente eu me auto sabotando e me diminuindo.
E até hoje eu vivo me auto sabotando! Moral da história, será que precisarei escrever outro livro para me sentir plenamente viva e completa? A gente acredita que a felicidade está sempre ligada a uma outra pessoa. Eu achava que a minha personagem era a pessoa que estava fazendo eu me sentir viva e completa. Será que precisamos de outrem para sermos felizes? Não, a gente tem que se amar e se valorizar, aceitar que não precisamos de ninguém para ser feliz. E principalmente entender que cada pessoa tem o seu momento e que não somos melhores de que ninguém! Por mais admirável que seja a minha personagem eu tenho que aceitar que eu não preciso ser ela para me sentir completa. Será que talvez, Laura, inconscientemente, não aceita ser feliz sem ser eu? Eu sou ela e ela sou eu? Na realidade, eu penso em tantas coisas... Como agora, estou pensando nas palavras de Laura (personagem):
“Mas, infelizmente, não sou real! Sou uma personagem fictícia de uma escritora real, viva, deste séculos! Preciso afirmar meus conceitos e não permitir que duvidem do que eu represento, porque, embora seja uma personagem literária, não tenho máscara e ao ler esse livro você descobrira quem eu sou. E você? Já se perguntou quem realmente é?”
Ops, eu me empolgo, aliás, estava esquecendo do principal... É um privilégio fazer parte do blog InsideSeeing. A ideia de poder falar sobre tudo sem se preocupar com julgamentos está sendo libertador. Gratidão, Mah! Guria inteligentíssima que tem muito a me ensinar nesse mundo de blogueira. (Rs) Adorei te conhecer, sua unicórnio! É CARINHOSO! É porque ela ama unicórnio e arco íris! As cores que ela pinta o cabelo dela diz tudo e, atualmente, é VERDE!
Depois de quatro anos do meu livro publicado, depois de relê-lo novamente eu percebi que não concordo com muita coisa que eu escrevi. Isso é um bom sinal... Estou evoluindo! Gratidão!!!
Vou encerrar por aqui... Se deixar continuo escrevendo... Calma, calma.... Só tenho uma última coisa a dizer ou melhor, a perguntar...
Afinal, somos quem somos, mas também somos quem queremos ser? Sintam-se à vontade... Será um prazer dialogar com vocês!
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