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Quem dorme à noite comigo É meu segredo, Mas se insistirem, lhes digo, O medo mora comigo, Mas só o medo, mas só o medo.
E cedo porque me embala Num vai-vem de solidão, É com silêncio que fala, Com voz de móvel que estala E nos perturba a razão.
Gritar quem pode salvar-me Do que está dentro de mim Gostava até de matar-me, Mas eu sei que ele há-de esperar-me Ao pé da ponte do fim.
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Acusam-me de mágoa e desalento, como se toda a pena dos meus versos não fosse carne vossa, homens dispersos, e a minha dor a tua, pensamento. Hei-de cantar-vos a beleza um dia, quando a luz que não nego abrir o escuro da noite que nos cerca como um muro, e chegares a teus reinos, alegria. Entretanto, deixai que me não cale: até que o muro fenda, a treva estale, seja a tristeza o vinho da vingança. A minha voz de morte é a voz da luta: se quem confia a própria dor perscruta, maior glória tem em ter esperança. Carlos de Oliveira, in «Trabalho Poético»
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Músicas de 2013 Júlio Resende - Medo (dueto com Amália Rodrigues)
Quem dorme à noite comigo É meu segredo, Mas se insistirem, lhes digo, O medo mora comigo, Mas só o medo, mas só o medo.
E cedo porque me embala Num vai-vem de solidão, É com silêncio que fala, Com voz de móvel que estala E nos perturba a razão.
Gritar quem pode salvar-me Do que está dentro de mim Gostava até de matar-me, Mas eu sei que ele há-de esperar-me Ao pé da ponte do fim.
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No dia 9 de Agosto de 2013 houve uma vaga de calor. De certo modo ele morreu dentro de um seu romance- Não foi notícia de abertura. Os telejornais mostraram mulheres gordas em Carcavelos e um sujeito pequenino (parece que ministro) a falar de “cultura política nova.” Mais tarde este dia será lembrado como a data em que morreu Urbano Tavares Rodrigues.
Manuel Alegre (via beauty-needs-nature)
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A quick history of art told through kitten street art
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Cuidei que tinha morrido
Ao passar pelo ribeiro
Onde às vezes me debruço
Fitou-me alguém corpo inteiro
Dobrado como um soluço
Pupilas negras tão lassas
Raízes iguais às minhas
Meu amor quando me enlaças
Por ventura as adivinhas
Meu amor quando me enlaças
Que palidez nesse rosto
Sob o lençol de luar
Tal e qual quem ao sol posto
Estivera a agonizar
Deram-me então por conselho
Tirar de mim o sentido
Mas depois vendo-me ao espelho
Cuidei que tinha morrido
- Pedro Homem de Mello
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Contar-te longamente as perigosas coisas do mar. Contar-te o amor ardente e as ilhas que só há no verbo amar. Contar-te longamente longamente. Amor ardente. Amor ardente. E mar. Contar-te longamente as misteriosas maravilhas do verbo navegar. E mar. Amar: as coisas perigosas. Contar-te longamente que já foi num tempo doce coisa amar. E mar. Contar-te longamente como dói desembarcar nas ilhas misteriosas. Contar-te o mar ardente e o verbo amar. E longamente as coisas perigosas.
Manuel Alegre (via quoteiros)
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Vim morrer a Gondarém Pátria de contrabandistas. A farda dos bandoleiros Não consinto que ma vistas.
Numa banda a Espanha morta Noutra Portugal sombrio Entre ambos galopa um rio Que não pára à minha porta. E grito, grito: Acudi-me. Ganhei dor. Busquei prazer. E sinto que vou morrer Na própria pátria do crime.
Por mor de aprender o vira Fui traído. Mas por fim, Sei hoje, que era a mentira Que então chamava por mim. Nada haverá que me acoite Meu amor, meu inimigo, E aceito das mãos da noite A memória por castigo.
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Meu Amigo Esta Longe
Nem um poema, nem um verso, nem um canto, Tudo raso de ausência, tudo liso de espanto Amiga, noiva, mãe, irmã, amante, Meu amigo está longe E a distância é tão grande.
Nem um som, nem um grito, nem um ai Tudo calado, todos sem mãe nem pai Amiga noiva mãe irmã amante, Meu amigo está longe E a tristeza é tão grande.
Ai esta mágoa, ai este pranto, ai esta dor Dor do amor sozinho, o amor maior Amiga noiva mãe irmã amante, Meu amigo está longe E a saudade é tão grande.
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Perdigão perdeu a pena
Perdigão perdeu a pena Não há mal que lhe não venha. Perdigão que o pensamento Subiu a um alto lugar, Perde a pena do voar, Ganha a pena do tormento. Não tem no ar nem no vento Asas com que se sustenha: Não há mal que lhe não venha. Quis voar a uma alta torre, Mas achou-se desasado; E, vendo-se depenado, De puro penado morre. Se a queixumes se socorre, Lança no fogo mais lenha: Não há mal que lhe não venha.
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Foi..
Por momentos senti uma onda de motivação.
Fui tomar um café.
Passou.
A motivação traz sempre trabalho.
e as ruas do Porto tão belas que são..
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Joana Vasconcelos - http://www.publico.pt/cultura/noticia/joana-vasconcelos-foi-a-ajuda-fazer-a-exposicao-individual-mais-vista-de-sempre-em-portugal-1602980#/0
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