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⚔ ╰ A altivez dos passos diz que é nobre o sangue que corre em JULIAN MORNINGSTAR. Sendo RESOLUTO e TEMPESTUOSO, ele foi escolhido como hospedeiro e protegido de MARTE. Aos VINTE E SEIS ANOS, cursa o NÍVEL I. Sua reputação é conhecida além das fronteiras, e dizem que se parece com KIM SUNWOO.
basic info.
nome: julian morningstar.
idade: vinte e seis anos.
deus patrono: marte.
seon: ignis. tem a aparência de de chamas douradas e vermelhas, constantemente tremeluzindo como se estivessem em conflito, à beira de se apagar ou se intensificar.
traços positivos: resoluto, empático, sagaz.
traços negativos: volátil, recluso.
conexões: mikah morningstar (primo).
orientação sexual: bissexual.
atividades extracurriculares: meditação e harmonização divina.
reputação: conhecido pelos rumores sobre seu temperamento e por sua paixão pela música. alguns sussurram que ele carrega uma espécie de "maldição", em razão dos rumores que o seguem desde os rompantes no passado.
pontos essenciais: o fato de estar fadado a lutar contra si mesmo; o fardo de uma conexão divina que serve como um constante lembrete de suas piores características; a tentativa de se desvencilhar do peso da nobreza de sua linhagem.
aesthetic: cabelos ligeiramente desalinhados, um corte discreto na carne macia de um lábio inferior, olhos castanhos aquietados ao som do violino encaixado no ombro, lâminas polidas à perfeição, cicatrizes nos dedos, o som de respirações controladas em um quarto silencioso.
background.
A vida de Julian teve horizontes restritos, que na realidade compunham o espaço exato entre as quatro muralhas da casa Morningstar onde crescera, mas que parecia pequeno o suficiente para caberem na palma de uma mão. Doce porém recluso, Julian aceitava em silêncio as lições intermináveis a que era submetido da manhã até o pôr-do-sol, recolhendo-se então para o quarto. Na companhia de um punhado de serventes ou uma de suas irmãs, fazia o que mais amava no mundo inteiro; a música fluía dele, e qualquer um que passasse pelo quarto afirmaria com convicção de que, naqueles breves minutos, mel vertia das paredes e o ar adquiria uma melancolia viciante. Ele era bom, muito bom, mas tinha consciência de que talento nenhum seria suficiente para ensombrar as expectativas da família, que eram conhecidas desde muito cedo: ele deveria ser escolhido por um deus ou deusa, e deveria fazer jus ao sobrenome Morningstar.
Com cerca de quinze anos, veio o primeiro apagão. Julian se recorda de acordar em uma cama de hospital, das mãos enrugadas de uma senhora sem rosto enxugando suor de sua cabeça e dos murmúrios sóbrios dos pais. Boa parte de suas memórias anteriores estava temporariamente comprometida pelo efeito dos remédios. Recebeu a explicação concisa de que, no decorrer de uma acalorada partida de esgrima com o filho de um dos membros da nobreza, suas pernas o haviam levado ao chão sem motivo aparente. A única coisa de que tem memória é o som do ranger dos próprios dentes ao empunhar o florete. A sensação voltou, vezes incontáveis durante o restante de sua adolescência; em todas as ocasiões nas quais o coração ameaçava correr, era como se o corpo apagasse. Parecia uma tentativa do corpo de protegê-lo contra algo que ainda não conhecia, e de que apenas viria a sentir o gosto aos dezessete anos: para seu pai, a notícia de que o filho havia se envolvido em um conflito físico foi encontrada com confusão. Simplesmente não se encaixava. Os olhos castanhos de Julian eram tão brandos, seu comportamento tão alinhado; como poderia ele ter sido responsável pela aparência desagradavelmente colorida do rosto de outro garoto? Sem discussões, o quadro foi encoberto pela família e varrido para baixo do tapete em questão de dias. As consequências, no entanto, mancharam a grande casa Morningstar. Serventes não seguiam mais o príncipe no final do dia para ouvi-lo transformar o quarto em primavera com a música, e ele odiava o receio no rosto das irmãs quando se aproximava de modo brusco.
Incapaz de entender por que suas mãos formavam punhos antes que ele as pudesse domar e seu rosto se contorcia na face monstruosa de alguém que não conhecia, cada um de seus passos tornou-se, por esse motivo, cuidadosamente calculado na intenção de evitar explosões. Destruíra seu quarto uma vez, depois de acumular toda a frustração de um dia de encontros diplomáticos que torciam seus nervos de maneira desagradável, e um mesmo baú de madeira outras duas vezes, depois de partidas corriqueiras de esgrima com outros nobres. A raiva apenas ganhou nome quando foi escolhido por Marte no primeiro ritual, e foi imediatamente sucedida por uma raiva de face diferente — mais parecida com ressentimento, e dessa vez direcionada ao deus que o escolhera. Apesar da resistência que o acompanhou durante toda a formação, Hexwood simbolizava uma distância necessária da casa onde cresceu. Dentro da academia, Julian se mantinha cuidadosamente observador e distante; havia vivido no emaranhado de formalidade e exigências dos Morningstar por tempo suficiente para entender que, quanto maior o poder concentrado em um cômodo, maiores as animosidades.
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