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Jorge Luis Borges y sus cuentos
17 posts
Blog creado por las alumnas del 3 Enfermería con el objetivo de presentar obras y la biografía del autor Jorge Luis Borges. - Gislaine (13), Milena Brito (21), Thalia (33), Élica (12), Ana Rute (3), Tifanny (34), Paula (28) y Rayane Kelle (32).
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Quem pintou?
Em uma manhã de segunda-feira,Milly acorda as 06:00 horas para cumprir suas devidas funções de rotina.Portanto,essa toma banho,faz o café da manhã,veste sua blusa e calça branca, e dessa forma segue para o hospital que execua sua função como enfermeira.No entanto,ao sair pelo portão da casa,Milly encontra o cobrador de imóvel onde mora.
- Bom dia,Milly!
-Bom dia Sr. Manoel,o que foi dessa vez?
- Hoje é dia 3 de maio,o dia do pagamento.
- Ah,é verdade Sr.Manoel.Qual o valor estabelecido?
- 450,00 reais,Milly.
- Pronto,está aqui.
Após a conversa com o Sr.Manoel,Milly indaga consigo:
-Quando possuirei minha casa própria?
Porém,o conformismo da demora da realização do seu sonho,invade os seus sentimentos,voltanto novamente para a sua situação presente.Ademais,Milly segue para o seu trabalho.Ao chegar no local de destino o diretor do estabelecimento convoca todos os funcionários para uma reunião.
- Bom dia a todos.Esta reunião tem por intuito falar sobre uma premiação,no qual prestigiará apenas um funcionário.
- Sr.Lucas Júnior,como será feito essa premiação? – indaga um funcionário.
- Bom,será para o melhor funcionário do mês de maio.
- E qual será o prêmio? – pregunta um funcionário.
- Uma casa rebocada.
A alegria invadiu aquela sala de reunião,porém Milly não tinha esperança de ganhar,visto que essa ia competir com diversos profissionais mais capacitados.Então,ela seguiu o seu trabalho de rotina e no fim do expediente,retornou para sua casa.
Os dias passaram e o último dia do mês chegou.Logo,ao chegar no trabalho,um nova reunião aconteceria.
- Bom dia,equipe.Como é do conhecimento de todos,o grande dia chegou.-Falou o diretor da instituição.
- Então,Sr.Lucas Júnior,quem é o funcionário do mês ?
O silêncio predominou naquele lugar e de repente algo surpreendente acontece.Todos os funcionários começam a bater palmas e Milly não entende nada e pergunta:
- O eu está acontecendo pessoal?
- Você é a funcionária do mês. – Afirma o diretor do estabelecimento.
- Como? –Pergunta Milly.
- Desde o começo seria você,todos os funcionários estavam disfarçando. –Argumenta Lucas Júnior,
Milly quase sem acreditar,agradece emocionada à todos os contribuintes,pois esses sabiam da sua situação financeira.
- Vamos conhecer sua casa nova Milly? – Convida o diretor.
- Sim estou ansiosa.
Então o diretor entregou a chave da casa para Milly e depois levou-a para conhecer sua nova casa.Chegando lá,Milly muito se alegra e emocionada declara:
- Essa é a casa que eu tanto sonhava!
Ela agradece novamente.
E no dia seguinte ,Milly fez a mudança,levando todos os seus pertences para a casa nova,era um dia de domingo.
Na segunda-feira,Milly vai para o trabalho, e ao sair de sua casa,o vizinho do lado comenta:
- Fiquei sabendo sobre a sua casa.
- Pois é,foram os meus colegas de trabalho que me presentearam no sábado.- Afirma Milly.
- E porque eles deram somente rebocada? Deviam ter dado ao menos uma “pintadinha”.
Desapontada Milly responde calmamente:
- Para mim essa casa é um milagre, e se eu consegui uma casa própria,também conseguirei a tinta para pintá-la.
O vizinho envergonhado pela a sábia resposta,retira-se devagar.Então Milly segue para o hospital.
Ás 12:00,no almoço,quando Milly coloca sua comida no prato e dá alguns passos à frente,um homem desgovernado esbarra nela e como consequência o prato de vidro do restaurante cai no chão, e de repente ela pensa:
- E agora? Ficarei com fome,pois eu trouxe somente o dinheiro do almoço e já paguei.
Então,Milly esperou até a merenda da tarde para se alimentar.Porém,em nenhum momento ela murmurou e pacientemente esperou a hora de se alimentar.E às 15:00 ela merendou.Enfim,depois de um dia turbulento,Milly retorna para casa, e ao chegar algo interessante aconteceu,uma parte de sua casa estava pintada.Rapidamente ela pemsou em agradecer o vizinho,
- Boa noite,Senhor!
- Opa Milly,Boa Noite! O que te fez vir na minha casa depois da nossa conversa hoje de manhã?
- Eu vim dizer obrigado.
- Mas pelo o que?
- Por ter pintado uma parte da minha casa.
- Eu? Quem pintou não foi eu.
-E quem foi  então?
- Foi um homem que tinha uns nomes escritos em um pano,mesmo na coxa.
Milly sem enteder,retorna para a sua casa pensativa e assim deitou-se na cama e adormeceu. No dia seguinte,ela acordou,tomou o café da manhã e antes de ir para o trabalho,foi comprar algumas frutas.Chegando lá,ela comprou o que estava precisando e rapidamente foi para o hospital.
Ao adentrar no estabelecimento,uma profissional corre em sua direção.
- Corre Milly,houve uma colisão de moto e carro,o que estava na moto é o seu pai, e o do carro era um homem alcoolizado,e esse último está muito grave,é uma emergência.
-E o meu pai?
- Milly,temos que cuidar logo do mais grave,o seu pai está recebendo alguns cuidados,mas você tem que cuidar do mais grave,pois você tem a especialização de urgência e emergência.
Então,primeiramente ela atendeu o homem alcoolizado,para que após isso fosse cuidar do seu pai.Logo,o fim do expediente chegou,mas antes de ir para casa,ela foi ver o quadro clínico dos pacientes, e ambos estavam bem.Portanto,seguiu para a sua casa.Chegando lá,ela não acreditou,a sua casa estava toda pintada  e era ainda a mais bonita entre todas as outras de sua rua. O seu vizinho logo gritou:
-O pintor é aquele homem ali,que está dobrando a esquina.
- Obrigado! – Milly fala para o vizinho.
Milly rapidamente tenta alcançar o pintor.Chegando perto dele,cansada ela pergunta:
- Quanto foi o seu trabalho ? Eu gostei muito!
- A pintura da sua casa já foi paga à muitos anos atrás. – Relata o pintor.
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O romance de Lucas
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Tudo começa com um rapaz chamado Lucas que morava em uma comunidade humilde, la ele morava com sua mãe e seu pai que era um lenhador e a mãe dona de casa.Ele ajuda seu pai desde seus 11 anos e nunca frequentou a escola,mas sabia ler pois mesmo sem a escolaridade, ele dedicava a sua noite na leitura e cálculos.
Então aos seus 18 anos conheceu uma bela jovem, que chamava-se Isa, ele a conheceu por conta do chefe de seu pai, pois ela era filha dele.
Ele ao fazer a entrega da Madeira avistou Isa com um vestido longo, cabelos ao vento, e de uma simpatia extrema.
Ele ficou encantado, e ao falar com ela ficaram próximos, pois ela ficou muito interessada para o conhecer melhor.
No outro anoitecer Lucas dormiu no galpão para acorda cedo para resolver negócios, Isa sempre acompanhava o serviço, e ao chegar em sua casa percebeu que esqueceu sua bolsa com seus pertences, rapidamente voltou para pegar sua bolsa, ao chegar lá, Lucas escuta um barulho, e rapidamente levantasse para saber o que era, Isa ao acender as luzes avista o Lucas, pois Lucas que estava muito assustado ficou aliviado ao ver que era Isa, ele fala:
- olá Isa, nossa que bom ver você!
- olá Lucas, você parece assustado, o que houve?
- não foi nada, apenas não sabia que era você. Que havia chegado.
- Ah, te assustei?
- Não, estou feliz por vê-la!
- Também estou contente por te ver Lucas. Mas vou ter que ir embora!
- Não Isa, fica mais um pouco!
- Não posso mais vou ficar!
- Me fala, como você está?
- Eu estou bem Lucas e você?
- Estou melhor agora com você aqui!
- Nossa Lucas não sei oque dizer!
Lucas e Isa continuaram a conversa e ele falou de todos os seus sentimentos para ela. Disse que a amava e que queria namorar com ela.
Depois de todas as declarações,Lucas a pediu em namoro e Isa aceitou, então eles continuavam a conversar e pôr todas e as palavras que antes eram segredo para fora, e foram descobrindo mais ainda o sentimento.
Depois de um mês de namoro eles decidiram contar a família, os pais reagiram com um pouco de receio, mas ao perceber o relacionamento sincero e apaixonado respeitaram e apoiaram a felicidade dos dois.
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Autoria: Élica Fernandes-12
3° Enfermagem
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Garoto na Rua
Texto autoral de: Thalia Quélvia 
  Era apenas mais um dia de sol, e eu naquela manhã, só queria dar uma volta pelo quarteirão. Então, resolvi caminhar pelas ruas e logo mais fui surpreendida com um lindo buquê de flores. Era um garoto que passava por ali distribuindo essas flores e arrancando sorrisos das meninas. Aproximei-me dele com intuito de saber o motivo.
- Por que andas por ai distribuindo essas flores? Perguntei-lhe.
- É apenas um modo que encontro para mostrar para as meninas que elas são especiais e merecem todo o amor do mundo. Respondeu ele.
Agradeci-lhe por esse gesto. Voltei para casa, porém, não deixei de pensar nele. Era um menino simples, de olhos castanhos, de boa aparência e meigo em seu jeito. Logo pensei “retornarei aquela, o encontrarei novamente e perguntarei seu nome.” Mal pude esperar por outro dia.
   Na manhã seguinte, retornei ali, ainda era cedo. Então sentei na calçada e o esperei passar, porém, ele não apareceu. Fiz isso durante 3 dias, mas todos só me traziam decepções. Até que então, parada na porta da minha casa, o vi passar.
- Ei moço das flores!
- Pois não?
- Lembra-se de mim?
- Claro! Como poderia esquecer uma moça tão bela e graciosa?
    Meu coração bateu forte naquele momento. Senti minha mãe tremer. Havia algo diferente em seu jeito.
Perguntei-lhe seu nome, era Jonas. Conversamos por bastante tempo e marcamos de sair no outro dia. Esse episódio se repetiu durante alguns dias. Ele vinha sempre me buscar para sairmos, estávamos nos conhecendo melhor. Senti que entre a gente rolava alguma coisa diferente, mas ainda indefinida.
     Certo dia, ele convidou-me para ao cinema. Aceitei. Comecei a me arrumar cedo, por volta de umas quatro da tarde e o filme só começava as sete da noite. Talvez eu estivesse um tanto ansiosa, mal podia esperar para vê-lo. A cada minuto que se aproximava, meu coração batia mais rápido e mais forte. Não sei se era coisa da minha cabeça, mas percebi que ele sentia o mesmo.
     Ele chegou às seis e cinquenta da noite. Eu já estava pronta, a sua espera. Aproximou-se e me abraçou calorosamente. Me senti segura em seus braços e percebi que onde queria passar o resto da minha vida. Saímos logo após. No caminho, conversávamos sobre tudo, desde os jogos da semana até os nossos maiores medos. Ele era incrível. Chegamos, compramos os nossos ingressos e fomos aguardar o inicio do filme. Estávamos um ao lado do outro e eu pensei “Seria hoje o dia em que tomaria alguma atitude?”
     O filme era de terror. Algumas cenas me deixaram assustada, aproveitei para segurar sua mão e ele retribuiu calorosamente, além de rir dos meus sustos e olhar dentro dos meus olhos e falar coisas do tipo “vai ficar tudo bem!”
Ate que então o abracei muito assustada por contada de uma cena. Ele me segurou forte em seus braços, a cena acabou e não nos largamos mais. Me afastou lentamente, o filme tinha acabado. Ele segurou em uma mexa do meu cabelo, puxou para mais perto e beijou-me lentamente. Foi melhor do que eu imaginava. Me afastei aos poucos como o desejo de ver seu rosto. Ele me abraçou novamente. Assustei-me e acabei caindo da cama com o barulho do despertador.
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Cabelos de Fogo
Paula Gadêlha Maia - 28
    O que você faria se você fosse um cara desacreditado e sem perspectiva para seus sonhos?
Em Carlsbad, uma pequena cidade do condado de San Diego, vivia Johnathan Groffin ou Natan, como era chamado por seus pais. Era um jovem de dezessete, quase perto dos seus dezoito anos. Morava com seus pais, trabalhava no Puzzles que era uma loja e vide locadora que ficava perto da sua casa. No colégio tinha seus méritos. Namorava Kathy Hutch, a líder de torcida da escola, era o capitão do time de futebol americano e tinha tudo para se dar bem no que fizesse. Mas ele não acreditava tanto assim no seu potencial.
     Eram umas duas ou duas e meia da manhã, quando fui despertado pelo barulho do meu celular vibrando. Tinha um sono leve por conta dos problemas de insônia. Levantei com os olhos entre abertos e peguei o celular que estava na mesa, uma mensagem anônima, com certeza era algum engraçadinho querendo tirar onda com a minha cara. Quando vi o conteúdo, fiquei perplexo com o que acabará de ver. Não era uma simples mensagem, mas sim um vídeo de Kathy me traindo com o meu melhor amigo Marcus Hitchfelt ou “grande homem”, como tínhamos costume de chamar um ao outro. Naquela hora eu não conseguia enxergar nada na minha frente, apenas raiva e uma visão embaçada, acho que havia lagrimas em meus olhos. Jurei para mim mesmo que acabaria tudo naquele mesmo dia. Seis horas em ponto. Não consegui dormi depois daquele vídeo. Eu não conseguia acreditar que ela havia feito aquilo comigo. Resolvi me arrumar e acabar com tudo isso de uma vez. Cheguei na escola com a cabeça quente e por ironia do destino acabei esbarrando com Mary Margareth Bloom ou a garota mais nerd daquela escola. Acho que ela nunca teve amigos e nunca ninguém a respeitou. Todos a chamavam de cabeça de tomate ou cabelo de fogo, se não a chamasse por algo pior. Bom, ela tinha que esbarrar em mim no momento que eu não estava bem. Olhei para ela com os olhos mais mortíferos desse mundo e gritei a seguinte frase:
- Vê se presta atenção por onde anda, cabeça de tomate.
Ela já estava acostumada a receber esses tipos de insultos. Algumas vezes ela respondia e acho que hoje era uma dessas, mas me virei e não esperei sua resposta. Precisava resolver meus assuntos pendentes. Vi Kathy indo em direção ao auditório, gritei seu nome e eu tenho a certeza de que ela não ouviu. Quando eu ia começar a correr em sua direção, o senhor B apareceu na minha frente.
- Preciso que você vá a minha sala agora. Vamos lá me acompanhe.
- Mas senhor B, eu preciso resolver um assunto com Kathy.
- Não me importo com seu namorico, preciso que você me acompanhe agora.
Eu realmente não poderia contestar a palavra do treinador. Talvez ele só quisesse me elogiar como sempre fazia. Acompanhei ele até sua sala. Havia uma expressão séria em seu rosto.
- Chamei você para conversar sobre algo sério. Bom, vou ser logo curto e grosso, tenho outras coisas para resolver.
- Você está fora do time, Natan.
- Fora!?
Minha reação naquele momento foi uma das piores, não sabia ou que fazer nem o que dizer.
- Sim, fora. Preciso que me entregue seu caso e todo o equipamento.
- Mas o que eu fiz, treinador?
- Encontraram drogas no seu armário.
- Mas eu nunca usei drogas.
Naquele momento eu já gritava e não conseguia mais me controlar, acho que a escola toda tinha ouvido os meus gritos.
- Natan, baixe o seu tom de voz. Só me entregue suas coisas até o fim do turno da tarde e pode ir.
Sai batendo a porta e resolvi não ir atrás de Kathy, não agora. Fui em direção ao local onde ninguém poderia me encontrar. Sentei e achei que estivesse sozinho, mas a cabelo de fogo estava lá. Parecia que ela tinha tirado o dia para me seguir naquela escola. Notei que haviam lagrimas em seus olhos e um cigarro em sua mão. Mas por que diabos eu estava me importando com o estado daquela nerd? Eu nem sequer gostava dela. Precisava de fato pensar em como iria conseguir uma bolsa pra faculdade. Afinal, eu estava fora do time. Resolvi ir para casa, lá eu iria conseguir recolocar meus pensamentos no lugar e pedir conselhos a meu pai. De fato, ele iria me ajudar. Corri para meu carro para chegar o mais rápido em casa e conversar com ele.
    Cheguei e o silencio era ensurdecedor. Nenhum sinal das vozes e risadas da minha mãe e do meu pai. Talvez mamãe tivesse saído para fazer compras e o papai estivesse dormindo, como de costume. Resolvi subir as escadas e ir para meu quarto, precisa pensar antes de ir atrás dele. Todavia, acabei dando de cara com o pior bilhete da história. Era caligrafia da minha mãe rabiscada muito rápido “Natan, seu pai faleceu hoje pela manhã no hospital. Me encontre na casa da sua tia-avó Mirallys. Agora, todo o castelo havia desmoronado e lágrimas escorriam sem parar no meu rosto. Perdi a esperança na vida, perdi a esperança em tudo.
      Passaram-se alguns meses da morte do meu pai. Eu já não ia tanto a escola como costumava ir. Alguns colegas do time vieram me visitar e minha mãe sempre pedia que eles voltassem em outro momento. Uma vez eu desci para atender a porta, já que a campainha não para de fazer barulho, e lá estavam Kathy e Marcus. Fiz questão de fechar a porta na cara deles dois. Num domingo de manhã, dia anterior ao dia de aula, minha mãe apareceu em meu quarto para falar algo que sempre falava.
- Natan, meu filho, vá a escola.
Eu comecei a gritar como um louco pedindo pra que ela se retirasse de lá e acabei por impulso fechando a porta em sua cara. Poderia está sendo fácil para conviver sem meu pai, mas para mim não estava sendo. Era umas oito horas da noite quando resolvi sair para caminhar, fazia isso para pensar e não chorar somente dentro de um quarto monótono. Vi alguém que não via a muito tempo. Eram eles mesmo, os cabelos de fogo de Mary Margareth. Segui em outra direção, não queria que ela me visse e falasse de um assunto que com certeza iria me fazer chorar pela quinta vez.
Falhei lamentavelmente. Ela me viu e correu em minha direção fazendo algumas perguntas.
- Ei, Natan, você já está melhor? Por que está faltando tantas aulas?
- Garota, olha para minha cara e me diz se eu tô bem. Vai procurar um jogo na internet ou sei lá.
Aquela altura do campeonato eu já havia desistido de tudo, principalmente dos meus sonhos.
- Qual é Natan? Todos esses anos você me tratou mal e eu nunca sequer joguei alguma palavra contra você.
- Acha que é o único que tem problemas nessa vida?
Sua voz estava embargada.
- Você não sabe o que a dor de perder alguém pode fazer.
Eu comecei a gritar mesmo virado de costas para ela e agora ela chorava, ouvi seus soluços.
- É, talvez eu não saiba mesmo o que é perder alguém, mas minha mãe sim, vai saber muito bem o que é perder alguém daqui alguns meses.
- Perder alguém não fácil, mas não significa que você precisa desistir de tudo.
Ela já gritava essas palavras chorando, enquanto lágrimas também escorriam pelo meu rosto. Ela não estava mais ali, já havia ido embora.
  Na manhã seguinte resolvi ir a escola e dessa vez quem faltou foi Mary Margareth. Continuei indo frequentemente. Meses depois recebi a noticia de que ela havia falecido vitima de uma leucemia. Talvez eu gostasse dela. Afinal, ela me fez perceber que a vida é muito curta para perder tempo sem correr atrás de nossos sonhos.
    Obrigada cabelo de fogo por me fazer acreditar de novo e viver mais uma vez.
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Doce Morte
     Eram três horas da manhã ou algo assim. A madrugada estava fria, igual ao meu copo de whisky com gelo. Não dormia bem há alguns dias, um sopro de insônia, eu diria. Era algo constante, e quando conseguia pelo menos cochilar, a mesma moça aparecia em meus sonhos ou até em devaneios que tinha durante o dia. Não me lembro muito bem do seu rosto, mas relembro-me do ambiente aonde ela aparecia para me visitar durante o sonho. Uma noite clara de lua cheia, lobos uivavam, eu estava sozinho, acho que mais perdido do que sozinho. Ela vinha até mim cantando sempre a mesma canção, parecia ser de ninar e eu a conhecia. Era uma música do The Smith, se não me engano era “asleep” ou algo do tipo. Envolta em vestes brancas, ela cantava docemente em cima de uma pedra, uma pedra estranha, mas uma pedra. Em suas vestes haviam gotas de sangue e estavam um pouco rasgadas, porém, o que eu mais ansiava ver, não conseguia.
     Saí do meu devaneio com o baralho do despertador. Seis e trinta da manhã, hora de ir ao trabalho. Não poderia faltar ou me atrasar outra vez, meu chefe já havia me chamado a atenção umas outras vezes. Arrumei-me e fui na esperança de encontrar meu melhor amigo lá, o John. Crescemos juntos, mesma escola, mesmo grupo de amigos e por sorte, mesmo local de trabalho. Trabalhávamos na Digital Marks e quando cheguei na minha mesa que por coincidência era ao lado da de John, ele me esperava. A decoração ainda era aquela do memorial de Hully, que havia falecido há um mês através de uma morte muito estranha.            Cortinas pretas, panos pretos, etc. Mesmo com todo esse clima triste, John me cumprimentou com um “olá” entusiasmado. Não tiro sua razão, até porque naquela mesma semana tinha acabado de descobrir que seria pai. Me convidou pra ser padrinho do pequeno Henry, porque ele jurava que o bebê seria homem. Como já tínhamos uma grande intimidade, resolvi contar sobre os sonhos bizarros que eu andava tendo.
- John, você já teve algum sonho bizarro?
- Bom, acho que quando criança, sim. Por que? Você anda tendo algum?
Com o tom de ironia de sempre, ele começou a caçoar disso, como sempre fazia com tudo bobo que eu lhe contava, afinal esses sonhos são uma bobagem, não sei o porquê de eu pensar tanto neles.
- Ta com medinho disso aí, é? Aposto que é por conta do tanto de whisky que você anda bebendo. Quantas garrafas você tomou só este mês?
Querendo ou não John se preocupava bastante comigo, pelo fato de eu ser sozinho e não ter ninguém para compartilhar minhas amarguras.
- Ah cara, acho que umas sete ou dez garrafas.
- Sete ou dez?! Você ficou maluco? Não é atoa que você anda com uma cara tão ruim.
- Não consigo dormir, que quer que eu faça? Leia um livro durante toda a noite? Prefiro beber mesmo.
- Mas me diz aí, o que você sabe sobre esses sonhos bizarros que você dizia ter quando criança?
- Olha cara, meu avô contava sempre a mesma história.
- Que história é essa?
- Ah, a história de uma moça que assombrava os sonhos das pessoas. Ele contava também que ela cantava durante o sonho.
- Você não lembra como ele descrevia a fisionomia dessa moça?
- Não cara, só lembro dele relatando sobre um vestido branco e uma lua muito clara. Nunca dei muita atenção pra essas histórias, era algo que ele fazia pra tentar me assustar, mas eu sempre preferia prestar atenção nos meus desenhos. Nunca caí nesse papo furado.
- Já era de se esperar isso de você, cara.
Dei um soco de leve em seu braço e rimos.
- Bom, acho que hoje vou sair mais cedo já que Rodrick não está aqui para nos vigiar. Até amanhã.
        Comecei a arrumar minhas coisas enquanto John falava sobre um assunto qualquer e se despedia. Não estava prestando muita atenção, pois só conseguia pensar em descobrir quem era aquela moça de branco que cantava para mim em todos os sonhos. Era uma hora da tarde quando cheguei ao Morgad’s, um barzinho que tinha em frente ao meu apartamento. Ia para lá pensar e beber algo quando estava enjoado de olhar para as paredes monótonas do meu apartamento. Um verde musgo, que em alguns momentos me deixava enjoado só de olhar. Parei para pensar na moça que me tirava o sono todas as noites durante o meu sono, enquanto bebia algo para acalmar os ânimos. O pensamento saiu da minha mente no momento que eu reconheci seu corpo passando pela porta e sentando a duas mesas da minha, na mesa seis. Tinha algo estranho em seu visual, não era o habitual branco rasgado e com gotas de sangue, mas sim um suéter e uma saia, ambos pretos. Levantei meio extasiado com o cheiro do perfume que ela havia deixado ao passar e ao mesmo tempo zonzo, por conta da bebida, que agora corria em minhas veias. Fui até Cedrick, que também era um grande conhecido meu e trabalhava ali a anos. Ele com certeza conheceria aquela jovem moça.
- Ei cara, quem é aquela garota sentada na mesa seis?
- Não sei do que você está falando, não estou vendo de ninguém. Cara, quanto você bebeu? Deve ter sido bastante!
- Não cara, ela está bem...
Quando me virei para apontar, a mesa onde antes era habitada por uma jovem linda, agora se encontrava vazia. Talvez ele esteja certo, talvez eu estivesse muito bêbado ou só talvez eu estivesse ficando louco. Corri para o meu apartamento às pressas, precisava descansar. Antes de sair, pedi a Cedrick para anotar a conta, que depois eu retornaria para acertar o que devia.  Cheguei em minha casa aos pontapés, se é que eu podia chamar aquilo de casa. Ela estava
uma bagunça, não tinha uma faxina há alguns meses e talvez continuasse daquele jeito por mais alguns outros meses. Joguei minhas coisas em um local que eu julgava ser uma cadeira.      Fui em direção ao meu quarto para descansar e no caminho bebi algumas outras doses de mais whisky. Deitei em minha cama para dormir e recuperar o sono perdido na noite anterior, porque sempre era assim. Caí em um sono profundo e calmo, ouvindo sempre a mesma canção que parecia ser de ninar. Agora, eu sabia onde encontra-la e não me sentia mais tão perdido. Mas dessa vez, eu vi outras coisas. Vi uma data, um nome escrito, que se não me falha a memória era Mary Bubbles Ford. Eu conseguia cantar e ela me complementava. Vi seu corpo surgir detrás da mesma pedra, que agora tinha formato de um túmulo. Mas finalmente vi o que eu tanto desejava, vi seu rosto. Seus olhos eram azuis como uma manhã de natal, na qual todos estão felizes. Eles transmitiam paz. Sua voz era doce e calorosa, que me chamava pelo nome e complementava a mesma canção de sempre. Eu não parava de repetir o mesmo verso “cante para mim, eu estou cansado”. Naquele mesmo momento, ela me pegou pela mão e me puxou para mais perto de si, selou seus lábios aos meus. Eles tinham gosto doce, mais tão doce, que era quase impossível sentir a dor mortificante. Eu fui junto com ela naquele beijo e nunca mais retornei. Para sempre selei minha ida, sem horário para voltar. A data que esqueci de contar-lhes, era 06/06/2006 ou data da morte de Michel Edward II. Meus parentes mais próximos sempre me chamaram de Mike, agora como você sabe minha história, sinta-se a vontade para me chamar assim também.
Por Milena Brito Lopes - 21
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A Segunda Chance
Em uma noite de chuva, um jovem homem caminhava pensativo sobre as ruas de Kaliningrado, Rússia. Segundo informações ele acabará de ser expulso de casa por sua mulher Kity a qual ele amara por toda sua vida. Após ter perdido as forças, sentou-se no chão e começou a chorar. Ele exclamava frases como: Porque ela me deixou? O que eu fiz para merecer isso? De repente em meio a neblina aparece uma jovem garotinha vestida de vermelho.  Seus cabelos negros dava um perfeito contraste com sua pele clara e seus olhos cinzas. - Por que choras jovem rapaz? Ela fala com a voz mais angelical que já se ouvirá. O rapaz enxugou as lágrimas e tentou falar-lhe em meio a soluços. - Ela me deixou, a minha amada mulher me deixou! Agora eu não tenho mais nada para me fazer feliz, ela era o meu bem mais raro e agora a perdi. Não sei o que fiz para merecer isso. A garotinha gentilmente senta-se perto dele e levanta seu rosto que estava voltado para o chão por todo aquele diálogo. - Você tem certeza que a amava? Ela fala olhando nos olhos dele. - Sim, ela é tudo para mim! Ele respondeu rapidamente. - Siga-me! Ela fala com sua voz suave e doce caminhando em direção à neblina que se tornava cada vez mais densa. O rapaz ficou parado olhando fixamente para ela enquanto essa se perdia em meio a escuridão. - Têm certeza que não virá comigo Vitor? Essa pode ser sua última chance de ser feliz. Seu tom de voz agora era um pouco mais rígido que da última vez.
Imediatamente o rapaz correu em meio a neblina atrás da garotinha que não podia ser vista por ele agora. Quando o Vitor realmente adentrou o nevoeiro pode perceber que não estava mais na rua onde ele se encontrava anteriormente. Em vez disso, ele se via no começo do namoro com Kity, mais precisamente no dia em que ele a pediu em namoro.  Ela estava feliz com um lindo buquê de Tulipas azuis, era a sua preferida e combinava perfeitamente com seus olhos também azuis e ele de joelhos entregando uma linda aliança de compromisso. O jovem rapaz imediatamente retorna a chorar. - Ela é linda, não acha? A menina aparece por trás dele e fala. - Quem é você? O Vitor tenta perguntar, mas já era tarde pois ela não estava mais lá. Subitamente o nevoeiro voltou a ficar mais denso e por alguns estantes ele não pôde enxergar. - É assim que se encontra seu coração  Vitor? Vazio, escuro, frio, sem ninguém! Ela falava, mas por conta de escuridão ele não a conseguia ver.
- Você está errada, eu a amo ela está aqui no meu coração. Eu não sei por que ela me deixou. Eu sempre a tratei tão bem! Vitor gritava com todas as suas forças. Como num piscar de olhos várias lembranças o dominaram de uma vez como se fosse um filme. Ele o viu todas as vezes que já havia xingado, ameaçado bater e insinuado interesses por outra mulher na frente de sua esposa. A última lembrança que penetrou em sua mente foi do dia 12/04/95, em que Kity recebeu a notícia que infelizmente havia perdido seu bebê. Ele pode reviver aqueles agoniantes momentos de sua esposa, pode ver o sofrimento que isso a ocasionou e também pôde perceber que ele não deu o apoio que ela merecia. - Hummmmm, eu acho que já deu por hoje. PARA! A garotinha ordenou e eles apareceram do lado da casa da esposa do rapaz. – Agora você sabe por que ela te deixou? Sua voz agora era ameaçadora e penetrante.
- Desculpa! Eu me arrependo, desculpa, desculpa. Ele repetia em meio aos choros e suplicas como uma criança após quebrar o jarro novo da mãe. - Você realmente a ama? Agora ela segurava  rosto do jovem firmemente com os seus olhos cinza intimidador. - Com todo meu coração, eu estou arrependido. Ele responde ainda aos choros, porém com uma voz firme e submissa. - Eu sei que você a ama. Ela fala soltando o rosto do Vitor e assumindo a voz doce.
Quando ela termina de concluir essa frase estrala o dedo e os dois aparecem novamente no dia em que ele pediu Kity em namoro.
- Olha Papai, você só vai ter mais essa chance de mudar o nosso futuro, eu sei que dessa vez você não vai machucar minha mãe eu confio em você te vejo daqui há alguns anos. Diz a mamãe que eu a amo muito, quer dizer, se você lembrar  dessa nossa conversa. A garotinha sorri e some em uma explosão de luz azul.
Autora: Rayane Kelle Chaves: N° 32
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Resumo de algumas obras:
• O Imortal: relata a história de um general romano que sai a procura da imortalidade; fato que o autor aprofunda em suas reflexões filosóficas, como pode ser conferido neste trecho: “Ser imortal é insignificante; com exceção do homem, todas as criaturas o são, pois ignoram a morte; o divino, o terrível, o incompreensível é saber-se imortal”. No entanto, ao deparar-se com sua busca, toda a sua vida é alterada, não bem como ele imaginava, a fim de explicar a questão da relação entre mortais e imortais no conto “O imortal”, de Borges.
• O jardim dos caminhos que se bifurcam: uma das mais importantes narrativas do autor no que se refere a falar de uma de suas metáforas preferidas: o labirinto. O protagonista do conto está sendo perseguido e foge para o lugar onde viveu seu descendente, um rei que disse que se ausentaria do mundo para construir um labirinto e escrever um livro. Contudo, o que o leitor não perde por esperar é a relação dessa história com a do próprio protagonista.
• Biblioteca de Babel: o autor fala do mundo como se este fosse uma biblioteca, tendo um dos mais impressionantes começos literários da história da literatura: “O universo (que outros chamam a  Biblioteca) constitui-se de um número indefinido, e quiçá infinito, de galerias hexagonais, com vastos postos de ventilação no centro, cercados por varandas baixíssimas.”
• A memória de Shakespeare: o protagonista desse conto encontra alguém que se diz ser portador da memória do bardo inglês. Fazem um trato, de forma que a memória possa ser passada. No entanto, as coisas não saem exatamente como o personagem narrador dessa história esperava, o que acaba sendo um exercício de reflexão sobre a memória e a criatividade.
• O Aleph: neste conto, temos novamente Borges lidando com o tema da universalidade, pois um episódio nos leva a este ponto, lugar, ou seja lá como posso ser chamado, em que se pode enxergar todo o universo. Uma história bastante enigmática.
• O outro: tema de muitas histórias literárias, a representação o duplo, do personagem que se repete, não poderia se ausentar da obra do escritor argentino. Mais do que isso, ele escolheu a si mesmo para representar nessa pequena peça narrativa que impressiona. Em um banco de uma praça, o ancião Borges encontra o jovem Borges e os dois têm um diálogo que abarca a criação literária e a vida, posto que ambas não se podem entender separadas.
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Breve biografia do autor:
- Nasceu em Buenos Aires, na Argentina, em 24 de agosto de 1899.
– Interessou-se pela leitura graças à biblioteca do pai, composta quase exclusivamente por livros em inglês.
– Herdou do pai um problema na visão que o cegou ainda relativamente jovem. Nunca aprendeu a ler em braile.
– Trabalhou como publicitário, escrevendo anúncios a iogurtes.
– Viveu a maior parte da vida com a mãe, que lhe costumava ler e escrever o que ditava.
– Casou duas vezes: a primeira aos 68 anos – durou três anos – e a segunda algumas semanas antes de morrer, com a assistente que contratou para substituir a mãe.
– Morreu em Genebra, na Suíça, a 14 de junho de 1986. Tinha 86 anos.
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