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𝗳𝗹𝗮𝘀𝗵𝗯𝗮𝗰𝗸, noite dos espíritos

Não tinha jeito. Demitrius sempre soube o quanto a mãe era determinada, que raramente desistia quando decidia algo. Era difícil imaginar que tal característica tivesse mudado no submundo. De um lado para o outro na festa, podia sentir o olhar da mulher, o arrepio na espinha por saber que em algum momento iria, inevitavelmente, trocar palavras com a mãe. Cansado, Dem se sentou no chão, em algum lugar mais afastado, na borda da clareira. Era um risco? Sim. Mas rezava que os seres que desejavam tanto respeito, o respeitassem naquele momento. Ou pelo menos respeitassem o reencontro que estava fadado a acontecer. Poucos minutos depois que se sentou, o fantasma que estava o seguindo desde o início da festa se abaixou na sua frente, com uma certa distância, e então outro apareceu.

Dem não podia negar que tinha visto a aparição antes, mas não tinha reconhecido, ou alguma parte de si queria muito não reconhecer o homem agora sentado a sua frente, bem mais próximo que a mulher com vestido floral. Não tinha muita diferença em aparência em seu padrasto, só uma melancolia, um arrependimento, que nunca imaginou ver no rosto de seu estoico pai. Aquilo seria o bastante para Demitrius desabar, ter esperanças de um pedido de desculpa sequer. Mas naquela altura do campeonato, Dem sabia melhor.

Naquela noite cheia de lembranças, por um segundo, Dem fechou os olhos, sem se importar muito com os campistas que de vez em quando o olhavam, ou pior, os dois fantasma bem a sua frente. Se viu adolescente, com uma mochila nas costas em pé na sala de sua antiga casa. O olhar vazio do padrasto, que nunca realmente soube se estava ou não assistindo alguma coisa da televisão ligada. Na lembrança, sua própria voz soava distante, ofuscada pelo tempo. Mas Dem realmente disse alguma coisa antes de sair? Não importa o quanto a lembrança machucava, ou por quantas noites passou repassando mentalmente aquele exato momento, podia sentir as bordas de sua memória enuviando. 

No segundo seguinte, a lembrança mais marcante da mãe veio. O primeiro aniversário que ganhou um bolo de verdade, um bolo decorado com vela e tudo. Não sabia como aquilo fora possível, mas a quantidade de oferendas a Deméter durante pelo menos um mês cresceu consideravelmente. Na época, Dem não acreditava em nada disso, mas sabia o quanto aquilo era importante para a mãe, então respeitava suas decisões. Demitrius nunca gostou muito de festas de aniversário, mas aquele dia. Aquele dia com certeza foi especial. Na maior parte do tempo foi só ele e a mãe, com jogos que conseguiam pensar na hora, e ocasionais visitas de amigos, que não duravam muito.

Dem quase se deixou levar por mais uma lembrança, mas sabia que a partir dali iriam começar a vir suas missões, coisas que deveriam deixá-lo orgulhoso, suas vitórias, conquistas, mas após tanto tempo no acampamento, aquilo só o deixava com um gosto amargo na boca. Odiava ser estraga prazer, mas quando parava para pensar, não via sentido em nada daquilo. Dem soltou um risada anasalada sem humor. Por isso não passava muito tempo parado. Quando suas mãos ficam ociosas, sua mente fica livre para vagar por cantos que Dem, sinceramente, não quer ir. Não sem companhia, pelo menos. E como tudo aquilo era passado, eram lembranças, era impossível ter companhia para visitas como essas.

Quando abriu os olhos novamente, o padrasto e a mãe ainda estavam ali, parados, o encarando, esperando alguma coisa. Claro, Dem sempre fora quem iniciava as conversas. Sempre fora o interruptor para interações naquela casa. Em certo momento, sua mente infantil achava que era o motivo da família se manter tão unida. Um pensamento egocêntrico, com certeza. Mas pessoas mudam. E esperou mais um pouco, esperou que eles percebessem isso. Quando o clima finalmente o sufocou, Dem olhou para cima, para copa das árvores e abriu a boca.

“ Eu perdoo vocês ” disse primeiramente. Sabia o que deveria perdoar em relação ao padrasto, mas mesmo sua mãe parecia precisar daquelas palavras então só continuou falando. “ Eu consegui me virar todos esses anos, e aqui eu tenho uma família. ” Em nenhum momento Dem olhou para eles, mesmo quando abaixou a visão. Tinha tanto coisa para falar, mas nada vinha a mente. Nenhum aviso teria sido o bastante para o preparar para aquele momento. “ E mãe. Não se se você já saber, mas Deméter me odeia. ” Finalmente olhou para o mulher, com uma risadinha cínica. Não esperou uma reação e olhou para outro lado. Sabia que fantasmas podiam falar, tinham alguns cantando até. Mas seus pais estavam calados até ali.

Os dois estavam calados, vez ou outra se entreolhavam, e isso estava o dando nos nervos. Se não tinham nada para falar, tudo bem. Não é como se Dem estivesse a quase vinte e cinco anos esperando aquele momento mesmo. Na verdade, achava que aquele reencontro só aconteceria quando eventualmente morresse, seja em missão, ou por qualquer outro motivo, natural ou não.

Quando Dem se levantou, o padrasto e a mãe ficaram no mesmo lugar, o acompanhando apenas com o olhar. Talvez eles só queriam um momento a sós com o filho, talvez aquelas palavras tinham sido o suficiente, talvez... talvez... Mas não era justo. Se eles tinham aparecido para acalmar um pouco sua pós vida, tudo bem. Mas Demitrius não receberia uma única palavra de conforto? Continuaria recebendo tratamento de silêncio do padrasto? Depois de tantos anos ele não aprendera nada? E a mãe? Não esperava aquilo dela. Como um misto de emoções que se recusava a deixar sair, olhou para o dois uma última vez, com amargor. Iria proteger a memória da mãe a todo custo, então não adiantava passar um minuto a mais ali, com aquelas figuras que o observavam.

“ Nós te amamos... Demitrius ” Foi o que escutou assim que deu as costas, uma voz feminina baixa, ríspida, dolorosa. Então eles estavam tímidos? Dem iria processar aquele encontro mais uma vez depois, talvez até se encontrassem de novo até a noite acabar. Sem olhar para eles, voltou e sentou onde estava. Ficaria ali mais um tempo, mas sem eles. Mesmo com a regra, tirou a máscara por um momento e fechou os olhos. Uma movimentação leve ao seu redor, mas continuou parado, sabia que eles ainda estavam ali. Poderia se enganar por um momento que os pais estavam realmente ali, que era uma noite de outono normal e que nada sobrenatural existia. Um sonho que Dem nunca achou que iria querer. Mesmo com tudo o que passou, não trocaria seus irmãos, seus amigos, por nada.  Com um movimento rápido, colocou de volta a máscara. Quando abriu de novo os olhos, estava sozinho. Se eles tivessem saído a muito tempo, então quer dizer que Demitrius estava fantasiando uma vida normal sozinho.

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BRASSIC (2019- ) Season 4 | Episode 3

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jvnniper​

Vê-lo apagar o cigarro em si mesmo, fizera os lábios de Juniper entreabrirem em surpresa. No entanto, tratou de fechá-los rapidamente e recompor sua expressão. A resposta não convenceu-o e prova disso era a maneira como os olhinhos semicerraram, quase sumindo do rosto. Por não querer responder que sim, estava fugindo de alguma coisa, decidiu desviar a atenção de volta para o mais velho entre os dois, apenas dando de ombros antes de soltar: ━━ Já que não vai fumar agora, pode me dar o cigarro, então? ━━ Pediu, abrindo a mão espalmada para cima para ele. ━━ Já que você está com medo de sair da clareira, se importa se eu for sozinho? ━━ Provocou, propositalmente.

Dem odiava parecer um fornecedor de cigarro, mas fumar era uma escolha, não tinha como negar. Tirou um do maço e colocou na palma do mais novo, com uma leve carranca, e um isqueiro de plasma. Mesmo que único motivo que ainda fumava era por não fazer diferença pro seu corpo, parecia hipocrisia negar no momento. “Sabe. Da última vez que eu vi uma ninfa, a primeira coisa que ela fez foi me xingar, a segunda foi tentar me matar.” Disse olhando ao redor. Quanto mais tempo passava naquela clareira, pensava na possibilidade de alguma deidade coringar e tentar matá-lo. “Não acho que o povo da floresta tem essa reação pra todo mundo.”

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haneul-ko​

haneul não o respondeu, ele parecia sua voz da consciência questionando suas escolhas com uma pitada de sarcasmo. e bem, tinha razão. entretanto, ela não sabia muito o que responder. podia dizer que era mais forte do que ela? sim, porém tinha medo de que ele usasse alguma magia para pará-la. algo dizia que ela precisava entrar naquele portal amarelo e haneul queria. ao ultrapassar o portal, olhou para trás vendo que a porta pela qual passaram, sumira. “ah droga…” ao voltar sua atenção para a floresta a sua frente, haneul observou-a mudar de forma, se transformando em um labirinto escuro e cheio de folhas. não sabia o que fazer, mas antes de qualquer coisa precisava perguntar: “você engoliu o cigarro? tipo… engoliu mesmo?” então olhou para baixo, sentindo que algo puxava sua roupa. não era algo, mas sim o pé de alguém que mais uma vez pisava na cauda de sua saia. “você pode, por favor, parar de pisar na minha saia?”

Dem continuou a seguindo, não sabia por onde, mas simplesmente continuou. Quando a porta sumiu, teve quase certeza que aquilo deveria ser o capricho de alguma deidade, tinha que ser, já estava até acostumado com isso. Quanto mais o tempo passado, mais certeza tinha daquilo, principalmente com o labirinto. “Não engoli. Só queria apagar.” Não queria segurar o cigarro babado, que estava no chão desde... alguns segundos? O susto da porta sumir o pegou de um jeito que há muito tempo não acontecia. Então só apontou mais ou menos onde tinha caído. Demitrius deu alguns passos para trás, tendo certeza que não estava pisando mais em nada de tecido, mas não querendo se afastar muito. “Foi mal. Mas não é bom se afastar muito. A gente não sabe muito o que está acontecendo aqui”. 

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rileydwkns​

“ah, sempre tem alguém para fazer essas coisas, né? mas, não sou dessas.” deu de ombros, com um sorriso leve no rosto. “vinte anos?! quantos anos você tem?” exclamou um tanto assustada, já que ele não parecia tão velho assim. “olha, nem ficaria surpresa se tivesse… vi várias crianças que tenho quase certeza de que não eram crianças quando chegaram. se tirar vinte anos de mim, eu volto a ser criança! então… talvez... exista?”

Dem jogou a cabeça para trás, soltando uma risada alta e leve. “Se me tirasse vinte anos, eu ainda teria vinte anos de vida, sabe?” Falou, dando leve pausas na fala, como se estivesse fazendo os cálculos mentalmente. Mas mesmo que tivesse, não achava que tomaria de qualquer forma. Sabe-se lá quais efeitos colaterais teriam. Melhor não arriscar. “Meu sonho era saber quem teve essa ideia”

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masonxr​

     ⌜ μ ݁ ⸻               ouvir que o efeito duraria por uma hora fez com que o semideus se acalmasse um pouco mais.  “ graças aos deuses porque eu estou começando a sentir uma dorzinha nas costas. ”  assim que terminou sua fala, arrumou sua postura. a partir daquele evento, ele com certeza mudaria seus atos.  “ hey, hey. eu nunca falei mal da sua rotina, eu tenho preguiça de fazer a sua rotina, é diferente. ”  e realmente tinha, para mason autocuidado não era necessário, ou pelo menos ficava em última opção. o caso a parte é com seus produtos para cabelo, que só resolveu melhorar a qualidade depois de ouvir boas piadas sobre ele.  “ … eu não passo nem em dias de sol, quem dirá nubla… ”   ele teria continuado sua frase, porém ao ver seu reflexo no copo em que segurava na mão, talvez seria melhor não ser tão cabeça dura.  “ é, eu acho que eu vou começar a te escutar mais… menos sobre a minha bagunça, essa ai eu vou te escutar é nunca, tem coisas muito preciosas lá. ”

Dem riu. Se tivesse com papel e caneta, escreveria um grande “eu te avisei” e colaria na testa. Com o máximo de produtos “ergonômicos” que poderia ter, sempre priorizou o confortável, saudável e arrumado. Sempre... vírgula. De uns dez anos para cá que faz isso, mas ninguém precisa saber então... sempre fez isso. “E a preguiça tem seus resultados” disse, em tom de brincadeira. “Mas não precisa fazer a rotina inteira. Só passar protetor solar já faz uma grande diferença” Mesmo sendo filhos de Hefesto, sentia que aquilo fazia uma grande diferença. Eram filhos da forja, afinal, não do deus do Sol. Mesmo com o aparente descontentamento de Mason, saber que o efeito era temporário deixava a conversa bem mais leve, e Demitrius bem menos despreocupado, mas não podia mentir que não conseguia relaxar completamente. Com os olhos arregalados, Dem olhou para os lados, como para conferir se tinha mais alguém ouvindo a conversa  “Vai chover? Sr. M vai acordar de bom humor? O que está acontecendo aqui?”

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SON YEJIN for Vogue Korea April 2022

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Pela reação de todo mundo, Dem se esforçou muito para não tocar em nenhuma bebida, se esforçou mesmo. Foi só bobear por dois minutos que já estava daquele jeito. O jeito era aceitar e espero o efeito passar. “Mas como que a shakira vai tocar se ela está vida?” Mesmo escutando música com frequência, não se importava muito com o que estava, desde que tivesse tocando alguma coisa. Então só deu de ombro. “É bom ver esses shows. Mesmo no pós-vida, tantos artistas continuam querendo tocar”. 

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“muito respeito aos que já partiram, mas…” foi comentando para a pessoa mais próxima de si, com uma bebida na mão. ainda não decidira se daria uma chance para ela, mas, enquanto isso, puxaria papo com as pessoas. “tô com uma saudades de umas músicas mais atuais… ou nem precisa ser tão atual. shakira tá aí um tempão e eu adoraria ouvir umas músicas dela, das mais antigas.”

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rileydwkns​:

notou que algo o incomodou, seja sua presença repentina ou qualquer outra coisa, mas disfarçou com uma risada sem graça. “surpresa!” mexeu as mãos para enfatizar suas palavras, voltando a sorrir um tanto esquisita. “não sou nova aqui… é uma das bebidas mesmo. nem sei fingir ser outra pessoa, dá muito trabalho.”

Dem suspirou aliviado. Não tinha sido avisado de nada, ou se foi não se lembrava de nada. Como... quem? Ou melhor, por quê? Com o cigarro pendurado no canto da boca, colocou as duas mãos no bolso da frente da calça. “É verdade. Ser outra pessoa dá trabalho. Tomara que não tenha ninguém por aí tentando enganar os outros com essas bebidas.” Com uma leve risada, segurou o queixo, meio que para fazer graça. “Se tivesse uma bebida para me deixa mais novo, eu nos meus vinte?” E um suspiro propositalmente dramático. 

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haneul-ko​:

haneul percebeu que o homem que parou ao seu lado não estava se importando nem um pouco em estar pisando na longa cauda de sua saia. por um momento, pensou em puxar o tecido bruscamente e fazer cara de brava, saindo de perto logo em seguida, porém ficou com medo de estragar sua roupa tão bonita que fora um presente de sua tia, há alguns anos. a filha de nemesis, então, pigarreou, mas nada feito. o homem parecia estar atento a outra coisa e muito mais preocupado com seu cigarro e sua roupa do que, de fato, com o que acontecia ao seu redor. haneul pigarreou novamente, mas dessa vez mais alto, tentando chamar sua atenção. novamente: nada feito, e, para atrapalhá-la ainda mais, a música pop de um artista famoso começou a tocar no volume máximo. ele era incrível, haneul sabia, mas tinha coisas mais importantes para se preocupar. respirando fundo, pensou em maneiras de se vingar que não a prejudicasse tanto e a única coisa “boa o suficiente” que pensara era em se fazer de sonsa e empurrá-lo para longe da cauda de sua roupa. mas seria infantil demais, fora que talvez ela comprasse uma briga com alguém bem mais forte do que ela, não havia necessidade para tal coisa. “ei, dá licença?” o chamou fazendo o que mais detestava: cutucando-o no ombro. “você está pisando na minha saia.” forçou um sorriso, tentando ser o mais simpática possível. e antes que o semideus pudesse responder, haneul viu algo amarelo brilhando atrás dele. era estranho como a fenda brilhante no ar chamava sua atenção e quase como uma ímã a puxava para perto de si. haneul não sabia explicar, mas algo a chamava lá dentro, algo muito mais forte do que ela conseguia resistir. “o que… o que é aquilo?”

Com o cigarro meio pendurado na boca até perceber a semideusa o cutucando. Com o susto, acabou empurrando o cigarro todo na boca com a intenção de apagá-lo. Dem demorou um pouco para se situar na situação em que estava, e o que possivelmente ainda ia acontecer, alguns passos para trás, breves segundos de tosse, um cigarro na mão e um gosto horrível na boca. Não tinha sido sua intenção pisar no vestido, e se sentia um pouco mal por ter feito, mas o que está feito está feito. “Desculpe eu...” Antes que pudesse terminar a frase, Dem olhou para trás, uma porta amarela. Queria muito poder responder, mas sinceramente não fazia a mínima ideia. Não sabia que sentimento era, se queria se aproximar ou sair correndo. Como tudo naquela festa, parecia alguma uma coisa que iria lhe tirar da zona de conforto, e não queria sair de sua zona de conforto. Era chamado de zona de conforto por uma motivo. “Eu sei lá. Ei... tem certeza que vai aí? Uma porta aparece do nada e você vai entrar?” Disse, contestando, mas seguindo de qualquer forma. Melhor dois semideuses numa situação de perigo do que sozinho. 

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jvnniper​:

Apesar de ainda não ter chegado ao ponto de querer voltar para seu chalé, Juniper não podia dizer que estava confortável. Não estava desde cedo, quando tivera que passar por todos os preparativos para estar ali. Na verdade, estava ali para manter as aparências de quem não devia nada a nenhum morto. Mas devia. E era o motivo pelo qual acabava se esgueirando pelos cantos, quando não encontrava companhia. Foi por isso que acabou escutando o outro resmungando. ━━ Vai um pouco mais para lá. ━━ Indicou o limite da clareira com um gesto da cabeça. ━━ Não acho que algum deles vá te seguir até lá só para tentar te impedir de fumar. Talvez tentem te matar de alguma fora, mas aí já é outra história. ━━ Brincou com o outro, oferecendo um sorriso pequeno, quase tímido.

Esmagando a ponta do cigarro na pele mesmo, Dem desistiu de fumar naquele momento. Era melhor adiar do que realmente ir ao limite da clareira e acabar numa queda de braço com uma ninfa ou sei lá. Naquele cenário, qualquer coisa que morasse na floresta era muito mais perigoso para Demitrius do que os fantasmas soltos (até os mais perversos dos espíritos teriam pensamentos parecidos com o que ele imaginava que as ninfas pensavam dele, sinceramente). “Nah! Prefiro viver e salvar o cigarro para outra dia.” Disse tentando não soar emburrado. Era um homem adulto e estava ali fazendo birra por não poder fumar! E ainda na frente de outro campista. Vê se pode. “E você? Fugindo de alguma coisa? Vivo ou morto?”

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masonxr​

   ⌜ μ ݁ ⸻       ��  que péssima ideia, que terrível ideia ter tomado a bebida de alguém aleatório, agora era obrigado a se ver com vinte anos a mais, e tinha que ser sincero, não estava nem um pouco feliz. pelo menos agora seus olhos pareciam ter mudado definitivamente do castanho para o laranja, o que reed achou seu único charme quando mais velho. quando ouviu a voz do irmão, mason logo o respondeu de forma fria.  “ a regra é clara, se eu não posso você também não pode. e agora eu sou mais velho e você tem que me respeitar. ”  ele soltou uma breve risada, tomando mais um gole daquela bebida, afinal, se já estava no inferno, que abraçasse hades.  “ você está muito bonito, nem parece que é meu irmão, por sinal, como você faz para ficar tão bonito com 40 anos? olha eu com 47 e estou cheio de rugas, sinceramente, eu acho que eu quero morrer antes de ficar velho… sem ofensa porque você ainda está bonitão. ” 

Demitrius deixou uma risada sincera sair. “Pelo que eu estou vendo dos outros, o efeito não dura mais que uma hora, então...” Com os dedos mesmo, apertou a ponta do cigarro e o guardou no bolso. Depois do ocorrido em específico, nunca mais jogou na mata o cigarro, ainda sofria as consequências daquilo então melhor... não. “A diferença é que em mim não faz diferença, querido irmão.” A verdade é que não sabia se era só nele, ou em todos os filhos de Hefesto, mas era melhor não arriscar. Desde que vira Mason perto já pretendia apagar o cigarro, não queria nenhum fumante passivo entre os irmãos. Demorou alguns segundos para Dem processar o elogio inteiro, e quando o fez, sua típica expressão de “eu te avisei” foi inevitável. “Muito obrigado. Isso é para ninguém nunca mais falar mal da minha rotina de skin care” falou, fingindo estar sério, mas com um leve sorriso. “E passar protetor solar até em dias nublados. É muito importante”. 

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rileydwkns​

 em um canto mais distante dos demais, riley fazia exercícios de respiração depois de levar um susto. como não tinha mais contato com seu pai, existia a chance verdadeira de ser pega de surpresa com a presença de seu espírito por ali, mas, por sorte, foi apenas um susto. o problema era que a filha de deméter não poderia se assustar tanto assim. foi a voz do homem ao seu lado que a trouxe para a realidade, mas esqueceu que seu corpo agora era masculino. “bom, se você fumar aqui, eu não vou julgar… mas, vou querer um trago.” comentou amigavelmente, disfarçando seu estranhamento ao escutar a voz grave saindo de sua boca.

Dem começou a tirar o maço de cigarro do bolço, depois de uma rápida olhada para a pessoa com quem falava. Mas então precisou de mais uma olhada, dessa vez mais demorada. Depois de 25 anos no acampamento, era a primeira vez que o semideus se via nas situações que já tinha se metido só naquela noite. Com as sobrancelhas arqueadas e estranheza no olhar, mesmo aqueles que não conhecia, pela posição que tinha no acampamento, Demitrius tinha certeza que conhecia de rosto todos no lugar, até aqueles que nunca trocara uma única palavra. “Mas que... quem é você?” Com um pigarreio, tentou se recompor. “Você.. é novo ou... efeito de uma das bebidas?”

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hablareyna​

  ‘           não sei como é do outro lado, mas acho que lá não existe cigarros.          reyna dissera em afirmação, os ombros sendo balançados enquanto se aproximava de outrem e consequentemente, do fantasma que estava próximo. a presença dela ali, morta, meio cinza e com aquela roupa, deixava com que a ávila-moreno se arrepiasse. cara, quem havia tido aquela ideia? aquele evento deveria ser opcional, certamente, seu dormitório parecia um lugar seguro para estar.          ‘         a ofereça um trago, talvez ela te deixe em paz em seguida.           o tom agora era divertido, zombeteiro. não sabia como ele estava se sentindo, mas ela estava sufocada.              ‘          mas caso não queira oferecê-la, eu aceito um. essa noite…cara, ‘tá uma merda. 

Dem sabia que aquilo não ia funcionar. Depois de tanto tempo lidando com cinzas e poeira, se aquela realmente fosse sua mãe, duvidava que a mulher aprovasse sua decisão, com pulmões resistentes ou não. Mas não disse nada disso, só deu uma risada e tirou o maço e um isqueiro do bolso da calça, fazendo um cigarro se sobressair, o oferecendo “Se do outro lado não existe cigarros, então eu espero viver bastante ainda” disse, logo antes de dar uma tragada e olhar ao redor. A quantidade de pessoas desconfortáveis com a situação e tentando se divertir de alguma forma era desproporcional a quem realmente estava se divertindo, ou até a quem deixava claro o quanto queria voltar para os próprios chalés. Se ao menos aquilo não fosse obrigatório... “Tá mesmo. Achei que esses fantasmas iam ficar só na memória mesmo, mas nem isso”

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Dem estava incomodado, com frio, e rabugento. Não lembrava qual dos irmãos tinha dado a ideia de usar aquela roupa, mas estava odiando. Tudo bem que ele costumava ser mais friorento mesmo, mas ainda sentia que tinha sido de propósito. Uma brincadeira para tentar animá-lo, talvez? Todos ali sabiam porque Dem ficaria especialmente tenso no evento. Ainda não tinha visto nem o padrasto nem a mãe, e não sabia se realmente queria vê-los ali, depois de tanto tempo. Mas qual a graça de usar uma roupa daquelas de noite? Eu ein. Além disso, fazia alguns anos que não pegava naquela prótese, e de vez em quando fazia uns barulhos esquisitos. Como quem quer aquecer a mão, Dem ficava dobrando e esticando os dedos repetidamente. Depois de alguns minutos na festa, Demitrius foi para um canto e ascendeu um cigarro. Foi quando viu um espírito de canto de olho o encarando fixamente, com uma roupa parecida com uma que a mãe costumava usar. Incomodado, tentou achar outro lugar, até desistir. “Agora nem os fantasmas vão me deixar fumar em paz”. 

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// 𝐝𝐞𝐦𝐢𝐭𝐫𝐢𝐮𝐬 𝐚𝐭 𝙣𝙤𝙞𝙩𝙚 𝙙𝙤 𝙚𝙨𝙥𝙞𝙧𝙞𝙩𝙤𝙨