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CAPÍTULO 2 - parte 1
Enquanto atravessava campus da universidade, carregando uma cesta cheia de roupas sujas, Louis fazia uma lista mental de tudo o que odiava.
Lavar roupas, sites de relacionamento, pessoas que não usavam desodorante, Ariel — sua péssima melhor amiga que não apoiava seus hábitos sedentários e o obrigava a ir na lavandeira uma vez por semana, mesmo com seus argumentos de que "As roupas não estavam tão fedidas assim" ou "É por causa de pessoas como você que o meio ambiente está sofrendo".
Talvez Louis fosse um pouco nojento, mas sua alma ativista jurava que era puro desperdício lavar roupas tantas vezes assim.
"Louis!" O garoto quase derrubou a cesta que carregava no chão, quando escutou seu nome na voz conhecida.
Louis odiava bastante coisa, mas o principal merecedor de seu ódio era seu adorável ex namorado. Olhou em sua direção, mas o sol impedia que visse rosto de Isaac. Ele não poderia estar mais grato ao clima inconstante de Londres.
Louis vinha evitando-o há quase três semanas. Ignorava suas chamadas, pedia para Ariel dizer que ele não estava em casa ou nem mesmo abrir a porta.
Porém, agora ele estava sem saída, tentando equilibrar camisetas fedorentas (ele nunca admitiria que fediam mesmo, caso perguntassem) e esperando que Isaac o alcançasse, como uma criança espera por vegetais verdes e nojentos.
"Louis..." Ele sorriu, arrastando seu nome mais do que o necessário.
"Oi, Isaac."
"Você desapareceu. Quase pensei que estava me ignorando."
"Que ideia boba." Falou, um sorriso forçado quebrando em seus lábios.
O cheiro de spray de cabelo que Isaac emanava (antes, suportável), fazia suas narinas queimarem. Era incrível como seu corpo não o reconhecia mais.
"É..." Ele exibiu sua cadeia de dentes brancos, parecendo animado de verdade. "Eu queria falar com você, não o vejo há tempos. Gostaria de apresentá-lo à Cher.”
“Sua nova namorada?” Questionou, com uma esperança cínica, coçando os olhos como se tivesse derramado shampoo propositalmente nos mesmos.
Maldito spray.
“Não é tão fácil esquecer você, Lou.” A cabeça de Isaac pendia um para a esquerda. Ele afastou o seu cabelo preto do rosto sem muita pressa, enquanto Louis aguardou o fim do espetáculo, entediado. Conhecia todos aqueles truques.
“Exceto por Kelly.”
O dia em que descobriu sobre Isaac e Kelly foi horrível.
Ele estava exausto e caminhou dez minutos até a casa de Isaac. Era onde aconteciam as melhores festas. Louis havia dito ao namorado que não conseguiria aparecer, mas era tudo um pequeno esquema.
O fato é que, naquela época — não fazia tanto tempo assim, mas Louis gostava de fingir que sim — os dois vinham brigando muito.
A briga mais estúpida de todas foi quando Isaac descobriu que Louis tinha comprado uma buldogue há meses e não lhe contou nada. Era a justificativa que ele precisava para gritar que seu namorado não contava as coisas para ele e até mesmo acusou a pobre Gwen Stacy (sim, como a de Homem Aranha).
Então Louis decidiu fazer-lhe uma surpresa. Era cedo e, pela linha de raciocínio óbvia, derivada de pensamentos estrategistas que formaram aquele plano, Isaac teria mandado mensagens de texto para que todos chegassem mais tarde. Fazia sentido, porque ele costumava fazer isso: marcava cedo com Louis e tarde com todos os outros convidados.
Usou a sua cópia da chave.
Encontrou Isaac e Kelly dando uns amassos no sofá de sua casa. Isso havia acontecido há um mês.
“Kelly foi um erro.” A voz do loiro trouxe Louis de volta, após algum tempo. Expulsou a cena nojenta da cabeça. Os traços do rosto de Isaac contradizam suas palavras, já que ele não mostrava nenhum arrependimento.
“E Cher…?”
“É meu carro.”
“Você deu um nome para seu carro?" Isaac afirmou, esperançoso. "De… Cher?” O sorriso murchou.
“Não gosta do nome?"
“Soa um pouco vulgar, não acha? Para um carro.” Ele pensou por um instante, parecendo decidir se concordaria com o que Louis dizia apenas para agradá-lo.
“O que você sugere?”
“Que tal Peann?” O sorriso se estendeu mais uma vez, repuxando covinhas irresistíveis dos dois lados do rosto.
“Eu adorei!”
Provavelmente seria errado zombar de alguém cuja estrutura encefálica funcionava com tamanha raridade, mas Louis não achava que o garoto merecia sua piedade.
Quando os dois ainda estavam juntos, Louis tinha aulas de irlandês. Por quinze reais e uma lata de cerveja, Niall virou seu professor e mesmo que os dois passassem a maior parte das aulas jogando videogame, Louis aprendeu uma frase ou outra.
Às vezes, ele era tomado por essa vontade de aprender. De saber um pouco sobre astronomia, geografia, arte. De reconhecer cada constelação, planeta e estrela. De aumentar seu conhecimento sobre como o corpo humano funciona, estudar sobre as diferenças e semelhanças de cara religião. Porém, nunca imaginou que usaria seu conhecimento para incentivar Isaac a nomear seu carro de "pênis", em irlandês.
“Enfim, você deve ter escutado; todos estão comentando. Meus pais estão viajando e esta noite eu darei uma festa. Tipo, uma grande festa. Mas eu esqueci de arrumar as coisas e não sei se tudo estará pronto até o horário. E eu pensei que talvez nós poderíamos arrumar a casa juntos. Somos um time, não somos?”
"Éramos."
“E então poderíamos ir para o meu quarto esperar a galera.” Ele ignorou a afirmação do moreno. Suas palavras poderiam ser traduzidas para: “Ei, Louis, Kelly me deu um fora. Vou dar uma festa, mas posso mandar mensagens para os caras chegarem tarde para ficarmos pelados na minha cama. O que acha?”
“Isaac.” Louis tocou seu ombro de maneira amigável. “Eu e você terminamos.”
“Você não acha que essa decisão foi tomada de maneira precipitada?”
“Você estava agarrando outra garota na frente do seu namorado! Não acha que essa decisão foi tomada de maneira precipitada?”
“Não foi uma decisão. Foi um erro.” Ele abre um sorrisinho e Louis revira os olhos. “Vamos, me dê outra chance. Ainda somos um time.”
E Louis deveria dizer não, porque:
A) Isaac estava na sua lista de ódio.
B) Isaac o traiu.
C) Isaac deu um nome para seu carro e o significado é “pênis”, em irlandês.
‘Não’ seria a primeira opção de qualquer pessoa no mundo por motivos óbvios.
Mas o pacote que Isaac era — com penteado exagerado do cabelo, cérebro pequeno e gosto literário inexistente — era familiar demais para ser ignorado. E, ainda que sua quantidade de qualidades fosse menor que a possibilidade de se tornar uma pessoa decente, Louis até que gostava dele.
"Quem sabe eu dou uma passada por lá." Dito isto, Louis virou de costas seguindo seu caminho para a lavanderia e deixando um Isaac para trás, com um sorriso ainda maior (se isso fosse possível. Talvez a boca dele despencasse depois de sorrir tanto daquele jeito).
Louis era uma boa pessoa. Se preocupava com a Princesa Kate e com o fato de que ela podia estar esperando mais uma criança, além de ela ainda estar amamentando a Princesa Charlotte e se preocupava com o Príncipe George, que talvez não recebesse tanta atenção dos pais por causa das múltiplas gravidezes da mulher. Ou com todos eles, que talvez não recebam atenção dos pais porque eles serão o rei e a rainha da Inglaterra. Ele era uma boa pessoa que que se preocupava com os outros.
Mas não consigo mesmo.
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a parte 2 tá no post em baixo :D
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CAPÍTULO 2 - parte 2
Harry desceu do táxi, encontrando as nuvens escuras do mau tempo. Por entre elas, a lua sorria de lado, um sorriso fino e desafiador, embora os gêmeos Styles chorassem para ela.
Africa pagou pela corrida, recebendo um sorriso gentil do motorista ao demonstrar sua falta de interesse no troco.
Ela lembrava a personagem principal peculiar de uma comédia romântica qualquer. Carregava uma bolsa grande o suficiente os saltos finos, preferindo arriscar os pés descalços no gramado bem cuidado de Isaac Parrish, do que usar sapatos desconfortáveis pelo resto da noite. Sua mão direita sustentava a barra de seu longo vestido preto com uma mão e a outra estava entrelaçada na de Harry, que se divertia com a irmã.
A casa, onde a festa acontecia, era uma construção branca de dois andares. Assim que a porta escancarada, Harry tentou identificar a música pop que tocava, impedido pelas vozes amontoadas sobre o som.
Havia dezenas de balões vermelhos de gás hélio flutuando na sala de estar e o objetivo de metade das pessoas era estourar cada um deles, jogando para cima talheres prateados de todas os formatos e tamanhos. Não parecia seguro.
Cerca de uma dúzia de adolescentes se empoleiravam na bancada da cozinha. O final trágico do garoto sentado na ponta quase podia ser previsto.
“Styles!" Um Isaac risonho, segurando uma lata de cerveja aberta e uma bacia cheia de Doritos, bloqueou o caminho.
"Parrish!" Harry exclamou o sobrenome do outro, nunca entendendo a mania de chamar as pessoas pelo segundo nome ao invés do primeiro. Africa apertou a mão do irmão, atraindo o olhar torto do anfitrião. "Esta é Affie, minha irmã."
"Africa." A garota corrigiu, com um sorriso educado.
O loiro permaneceu petrificado por alguns segundos, a aparência meio chocada, as sobrancelhas unidas e um pouco de cerveja pingando da mão esquerda. Ele olhou para o rosto de Africa como se percebesse pela primeira vez que ela era uma pessoa, e não um chaveiro gigante pendurado em Harry ou um gnomo de jardim que havia sido arrastado até a entrada. Então, como se finalmente assimilasse tudo, sorriu.
"Ah, claro. Africa!" Mesmo que ele não fizesse ideia de quem a garota fosse, fingiu que sim. "Tem cerveja na geladeira e um barril no segundo andar. Até agora, só um quarto foi ocupado. A casa tem sete; estão à sua disposição.” Isaac piscou para a garota, logo em seguida se juntando a multidão dançante.
Harry não gostava que seus amigos se aproximassem muito da irmã. A maioria deles sequer sabia da existência da garota. Não que ele tivesse vergonha, eles só faziam parte de círculos sociais diferentes: Harry frequentava festas que duravam até mais que o necessário enquanto Africa manejava seu tempo entre concursos de beleza e aulas do seu curso de psicologia — usando boas doses de álcool para enfrentar ambos.
Os gêmeos caminharam até a mesa da cozinha, onde os companheiros de banda e melhores amigos de Harry estavam reunidos. No fim dessas festas, quando a maior parte das pessoas já tinha ido embora, eles costumavam a compor músicas confusas e jogar Twister de roupa íntima.
"Affie!" Evan quase pulou em cima da garota, balançando-a de um lado para o outro, como uma boneca.
"Porra, Evan." Ela riu, se soltando do abraço. Ele exalava tanta energia que chegava a ser cansativo.
"Pensei que tivesse dito que não viria hoje." Naveen comentou, enquanto cumprimentava Harry.
"Mudança de planos." Respondeu o cacheado, com um sorriso que não alcançava seus olhos cansados. "Problemas com a minha mãe."
Por um minuto, os olhos castanhso de Naveen assumiram um brilho preocupado, mas então ergueu uma das sobrancelhas e entregou sua própria bebida para o melhor amigo.
"Veio ao lugar certo.”
Harry apresentou Africa para James, o único membro que ainda não conhecia a garota. Ele era novo na banda; uma decisão tomada precipitadamente: a medida temporária, até que a raiva do antigo baterista passasse, com suas baquetas e boa vontade mágica. Mas, em pouco tempo, ele se tornou um membro permantente, como se estivesse com os meninos desde de o começo.
"Vocês são gêmeos idênticos?” James perguntou. Sua testa enrugada e cabeça — cujo cabelo raspado há algumas semanas começava a crescer — inclinada para o lado direito, analisando atentamente as diferenças e semelhanças entre Africa e Harry.
"É impossível ser idêntico a uma pessoa do sexo oposto ao seu.” Naveen disse, revirando os olhos.
Os outros caíram em gargalhadas e Harry forçou uma risadinha, olhando para os lados com atenção. Queria sair dali, mas nenhum outro grupo chamava sua atenção. Talvez algo interessante estivesse acontecendo do lado de fora.
“Tome cuidado.” Sussurrou para Africa, quando Evan colocou o primeiro copo plástico em suas mãos.
“Com o álcool?” O tom sarcástico incomodou Harry, mas ele decidiu ignorar.
“Com tudo. É uma festa. Há garotas que podem quebrar os seus dentes e garotos que podem quebrar seu coração.”
Começou a se afastar, mas Africa o segurou pelo pulso.
"Harry.” Ela chamou e, por um momento, o menino viu dor acumulada em seus olhos. “Você está bem?”
A pergunta deixou o moreno meio atordoado.
“Eu estou.” Murmurou, mas a afirmação soou mais como uma pergunta.
"Não, não está. Você parece chateado.”
"Nada que uma boa festa não resolva." Sorriu divertido, apertando a mão de Affie uma última vez antes de soltá-la.
Poucas pessoas habitavam lado de fora, tentando evitar o caos ou apenas fumar múltiplos cigarros longe do barulho. Harry havia perdido Affie de vista e usado algo que o deixava zonzo o bastante para não conseguir procurar por ela na multidão.
A próxima coisa da qual se lembrava era de beijar um garoto tagarela com uma buldogue de nome estranho.
Seus lábios eram gelados, quase como se fossse desoxigenado e sem vida. A própria hipóxia humana, cujas mãos firmes e corpo composto de água encantavam Harry; sua correnteza pessoal embebida em oxigênio extinto.
Seu nome definitivamente começava com "L". Leonard, Lucas ou Landon talvez. Porém, pareceu divertido apelidá-lo de "Frosty Boy", mesmo que seu toque gélido fosse mero resultado da chuva grossa. Harry gostava de acreditar que era algo maior que a condição climática, que o garoto realmente fosse feito de gelo.
Beijar "L" era como a sensação guardada em suas lembranças de infância, quando mergulhava na banheira e fingia que tinha um oceano só para si.
A vida de Harry parecia funcionar como uma balança problemática, que pesava mais para o lado errado. Ele tomava decisões erradas, seguia caminhos errados e, de certa forma, ele mesmo era como um erro.
Quando algo dava certo, era só questão de tempo até que a balança voltasse ao desequilíbrio. E talvez, nessas situações de momentânea certeza, Harry terminasse se agarrando com um desconhecido com nome formado por uma letra só. Mas, enquanto beijava "L", deveria ter previsto que algo daria errado.
Porque, bem, as coisas não davam certo para ele.
Uma mão tocou gentilmente o ombro do cacheado, o toque tão suave que nem parecia real.
"Harry." Naveen chamou, desconfortável. Suas palavras pareciam surreais quando ele completou: "Houve um acidente. Com Affie."
Os glóbulos verdes de Harry se moveram rapidamente, se virando tão rápido que logo uma dor latejante irradiou por seu pescoço devido ao movimento súbito. Ele nem se preocupou em reparar o rosto de Frosty Boy, o simples pensamento de que algo acontecera a sua irmã o deixando tonto.
Não podia ser. Porque, bem, era Africa. A menina que fingia odiar quando a chamavam de Affie e que assistia a filmes de terror de péssima qualidade. Mandava todos os seus memes para o irmão quando ele parecia desanimado e adorava todo tipo de chá existente. Ela sempre foi a mais forte, aguentava as atitudes abusivas de sua mãe e era a metade corajosa de Harry. Ela não sofria acidentes.
Mas, ainda que na cabeça de Harry houvesse uma enciclopédia de motivos para provar que Affie era inatingível, Naveen o puxou com pressa.
Pelo pouco que entendeu, Africa e Naveen estavam conversando com uns caras do curso de arquitetura quando ela começou a agir estranho.
"Estava extremamente confusa e sonolenta. A respiração dela parecia com a de um maratonista depois de correr 10 quilômetros sem parar." Essas foram as exatas palavras de Naveen, o estudante de medicina do grupo que sempre parecia exagerar em relação aos sintomas dos outros. Sempre que alguém da banda tinha uma dor de cabeça já começava a se preocupar com um futuro tumor cerebral. "Quando fui até a cozinha buscar um copo de água, ela estava bebendo do barril. Não parecia nada demais, certo? Mas ela tomou a coisa toda."
Alcançaram a ambulância apenas a tempo de Harry ver os pés descalços e o vestido com barra amarrada desaparecer dentro do veículo.
"É ele." Naveen disse. Suas palavras soavam secas, vazias; muito parecido col a forma com que Harry se sentia por dentro. Pousou uma mão na base das costas do cacheado, como um incentivo.
"O que aconteceu?" A voz estrangulada perguntou, quando finalmente reuniu forças e coragem para tal. A verdade era que Harry não queria saber, ele não queria receber a confirmação de que algo dera errado.
O homem negro apenas o olhou. Por um momento terrível, Harry pensou que aquilo era uma confirmação: Affie estava morta.
"Harry Styles, certo?" Ele não parecia esperar qualquer tipo de confirmação, logo completando: "Sua irmã tomou uma quantidade exagerada de álcool, causando uma intoxicação aguda em seu organismo. Ela entrou em um coma álcoolico, escapando por muito pouco."
Todo o corpo de Harry parecia fora de funcionamento, os olhos vidrados no guarda-pó branco daquele homem. Pane no sistema. Erro 404. Nenhum barulho podia ser ouvido; não conseguia respirar, reagir ou chorar.
Ele deveria ter previsto, certo? Deveria ter percebido que algo estava errado com a própria irmã. Deveria ter evitado tudo isso, cuidado dela. Talvez se tivesse falado algo em qualquer um dos momentos em que presenciou Africa sucumbindo ao álcool descontroladamente, teria sido diferente.
"Estamos levando-a para o Hospital St. Edmund." Disse, por fim.
O brilho súbito fez pontos pretos tomassem a visão de Harry. O médico revirava a lista de contatos de sua irmã, encontrando o número de Siberia Styles perdido ali. Harry tomou o celular de sua mão.
"Ela não." Balbuciou.
Não conseguiria lidar com o surto da mãe, então discou com dificuldade o número de Des, desejando que ele não atendesse.
"O que foi, Africa?" Ao quarto toque, seu pai atendeu com a voz exausta. "Estou ocupado. Por favor, seja rápida."
Foi aí que Harry começou a chorar.
"Papai." Proferiu, entre soluços. "Eu sinto muito. Não era para nada disso acontecer."
"Harry?"
"Desculpe, desculpe, desculpe. Eu não queria que ninguém se machucasse, só queria animá-la um pouco... Desculpa."
O homem, percebendo que o diálogo não daria em nada, pegou o aparelho de volta. O mais novo quis gritar com ele, seu corpo trêmulo como gelatina.
"Ele está a caminho." Declarou o desconhecido, desligando o celular.
Então, Harry fugiu. Praticamente atravessou o ombro de Naveen ao esbarrar com o garoto e disparou para longe da propriedade. A verdade é que sempre foi excelente em fugir. Aquela não era a primeira vez, e não seria a última.
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🐱.
esse não foi eu quem fiz, mas eu reuni um monte de coleções com fotos de gatinhos. quando você estiver / triste é só entrar em uma delas!
https://weheartit.com/summrmay/collections/139519711
https://weheartit.com/eramimilia/collections/111971831
https://weheartit.com/esiamew/collections/36100578
https://weheartit.com/Himmelsrichtung/collections/135318368
https://weheartit.com/940601/collections/140554717
tem esse tumblr aqui também:
http://catsof.tumblr.com
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14 things I would like to give you.
1. um abraço.
2. dinheiro pra você fazer / comprar o que quisesse. eu sei que dinheiro não é a coisa mais importante do mundo, mas também sei que você sempre faz bom proveito dele.
3. uma casinha bem aconchegante em um lugar que neve bastante.
4. os livros da saga de hp.
5. um kit cheio de coisas de pintura e desenho, pra você investir no seu talento.
6. uma passagem pra qualquer lugar do mundo.
7. os marca-texto da stabillo.
8. um gatinho.
9. um daqueles cartões em loja vegan, sabe? ai você ia poder comprar quanta comidinha quisesse.
10. velas!!!!
11. um livro cheio de reminders, pra você poder ler coisinhas motivadoras todos os dias e manter a positividade.
12. o ps4 que você queria.
13. e lis pra você jogar o quanto quisesse.
14. um daqueles globos de neve com uma árvore de natal junto. pra você >sempre< lembrar do dia que a gente vai montar nossa árvore de natal juntas (que vai ser fatalmente destruída por moi), porque vai acontecer, sabe? as coisas que a gente planeja e sonha vão acontecer.
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eu fiz esse desenho da gente caminhando e tomando uma xícara enorme de chá juntas hihi (perdoa as mãos!!! eu sei que ficaram muito FEIAS mas eu juro que fiz meu melhor)
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esse moodboard é como eu imagino a sua vida no futuro (PELO MENOS A PARTE QUE EU TO INCLUÍDA NÉ). tem várias coisas nossa casinha ali, um gatinho e tem até um restaurante no final, você viu?? OS QUADROS FUI EU QUE FIZ. mas enfim, o que eu quero dizer é que eu sempre vou estar aqui pra você, sabe? isso incluí esse futuro que tá vindo ai
ps: passa o mouse por cima pras cores aparecerem.
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O THEME DESSE TUMBLR É UM DOS SEUS PRESENTES!!!! eu lembro que a muito tempo atrás você disse que queria arrumar seu tumblr e eu prometi que ia ajeitar um pra você, mas eu acabei me enrolando toda (como sempre) e teve o negócio do meu computador e enfim. sem falar que um dia desses você disse que não conseguia achar nenhum theme que você gostasse, então arrumei esse. ele não é muito complicado de usar, e nem muito perequetado hihi. eu espero que você goste.
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sempre me dei bem com palavras complicadas. em um mundo que gira em torno da sinceridade e do clichê, eu diria que desenvolvi uma capacidade 100% especializada em fugir do assunto por meio do capcioso e loquaz. então, eu não achei uma maneira mais justa de começar esse texto te contando uma história que se encaixa nas minhas qualidades.
okay. quando você se torna invisível, tem prós e contras. por exemplo, quem vai se desculpar ao esbarrar em você? isso é uma merda. mas por outro lado, você nunca mais vai tirar uma foto feia. então é bom também.
pupilas, acabam sendo, uma parte bem importante do olho, e elas são pretas por uma razão. e quando seus olhos não conseguem receber luz, você não consegue enxergar. então, ser invisível vem com a cegueira; uma ironia dolorosa. todos parecem querer a invisibilidade para espiar, assistir sem ser notado. mas outros são tão invisíveis para você quanto você é para eles. o mundo não pode te ver e você não pode ver o mundo.
no segundo ano de invisibilidade, você aprende como se movimentar. sua audição é melhor do que boa. verdade seja dita, você ainda espera que alguém note um dia, que você apenas sumiu. mas ninguém parece notar. antes de acontecer, uma vez, no último dia de escola, o professor vez uma votação. “voar ou ser invisível”. uma garota disse “você não precisa de um superpoder para ser invisível” e isso te atingiu nos seus ossos.
okay. prós e contras. boas notícias, sem responsabilidades. roubar é fácil. más notícias, é bem mais difícil roubar se você não pode ver o que está roubando. notícias ainda piores, você está pelada. você tentou roupas algumas vezes. onde está edna moda quando se precisa dela? você suspira ruidosamente em um trem. a pessoa sentada ao seu lado dá um pulo de susto. você se sente mal por isso.
prós e contras. prós: seu senhorio não percebeu. ele é o proprietário do seu apartamento e acha que você é muito ocupada. contras: você não é tão ocupada assim. você só é invisível.
você está meio acostumada com pessoas esbarrando em você. está ficando boa em navegar em torno deles, quando a primeira pessoa navega ao seu redor. você leva um tempo para perceber. por um mês você refaz seus passos, tentando redescobrir essa pessoa misteriosa.
talvez tenha sido um acaso?
mas acontece de novo. dessa vez, cuidadosamente, você segue a pessoa. ela pega ritmo. em breve, vocês duas estão quase correndo.
“por que está fazendo isso?” a voz dela é jovem e irritada. vocês estão parados em um cruzamento de rua. “por que você perseguiria uma mulher cega?”
oh, você fez um erro terrível. meu deus, você é literalmente a pior pessoa do mundo. mal consegue respirar. “eu…” faz um tempo desde de a última vez que você falou, sua voz saindo crua “me desculpa, eu só…” okay, agora isso é estranho. como você pode dizer eu sou invisível e você andou ao meu redor, para que não nos esbarrássemos.
na verdade, é exatamente isso o que você diz. meio que escorrega de seus pensamentos para seus lábios naturalmente.
ela bufa, mas parece se acalmar. talvez ela tenha levado o que você diz metaforicamente, quando era para ser no sentido literal. “eu posso te ouvir. você praticamente batuca seus pés por ai” ela cheira bem. como flores e limões.
“me desculpa de novo,” você diz, “só…” você faz um barulho desconfortável com a garganta, “poucas pessoas me notam.” é, assim soa melhor. fraseou mais… diplomaticamente.
“eu notei,” ela fala. “você podia ter falado algo ao invés de me perseguir.”
você tosse. “é.” respira fundo, “foi errado, eu sei. desculpe, eu simplesmente…” você ainda é invisível, “você me surpreendeu.” você está meio perdido em suas próprias palavras, então se vira para ir embora. “de qualquer forma, obrigada por me ver.”
“eu não vi,” ela te lembra, e você ri. cega. ela solta uma pequena risada. “você pode… me dizer quando for seguro atravessar a rua?”
não. você não pode. sempre que atravessa, você apenas advinha a hora certa, espera e se baseia na hora que as outras pessoas vão. como que um carro irá parar para alguém que ele não pode ver?
“uhmmm, eu meio que…” você meio que é cega também.
mas então você percebe que tem pessoas ao seu redor. “okay,” reza para que não acabe matando vocês duas acidentalmente, “um…” e vocês só ficam parados lá, esperando.
essa é a sua única interação entre as espécies humanas, por um tempo. você não tem certeza de quanto tempo passa ─ devido a estação e sem o sol, tudo se torna mais difícil. você julga o tempo pela densidade populacional. tem um monte de relógios em sua casa que leem as horas em um volume audível.
você a encontra de novo em uma padaria. quase esbarra nela, se senta em uma mesa um pouco longe (mesmo que não possa comer em público). alguém tenta sentar em você. prós e contras: pessoas tentam sentar em você, mas você sempre ganha comida de graça.
o ponto é que, as pessoas geralmente vêm a cegueira como um tipo de doença transmissível. você consegue ouvir as pessoas bem, ouvi-los evita-lá. se sente meio incomodada quando eles servem algo a ela, com a maneira que falam, explicando de mais as coisas. você quer só explicar que isso é uma parte quem ela é. não a torna quebrada ou intocável. uma chama cresce dentro do seu peito. uma violência que não tem saída, apenas uma raiva de quão injustas as pessoas conseguem ser em torno de quem é diferente.
“hey,” você não sabe exatamente quando faz a escolha de ir até ela ─ seus pés só seguem o caminho, como se estivesse no piloto automático ─ mas você está feliz fez, “eu não te conheço?”
você consegue ouvi-la sorrir. “eu não esqueço vozes. você é o meu stalker, certo?” você ri. “vá em frente e sente-se.”
você tateia, procurando por uma cadeira. ouve o movimento da garçonete, mas limpa sua garganta. “eu já comi,” diz passando por cima de seu estomago roncante, “só passei para dizer oi.”
ela é quieta. você ouve algo, e então é atingido na cara por um objeto voador não identificado. você eventualmente o julga ser um saleiro.
“você é cega,” ela diz.
“ouch.”
é uma bela amizade. você conta que é muito tímido para falar em público. dividem livros gravados em fitas e projetos de escultura, você quase se sente normal por uma fração de segundo. você vai a grupos de apoio onde fala sobre como o governo devora sistematicamente qualquer pessoa com deficiência, como te tratam de forma diferente, como a disney nunca faz princesas deficientes. como todas as histórias sobre pessoas como você são tragédias. você começa a se sentir menos invisível. os outros te ensinam a usar a tecnologia que descreve o que acontece na tv, a ler braile. você descobre que palavras são mais bonitas em 3D. ela está ao seu lado enquanto você vê o filme de carmilla no calmo calor da segurança do seu apartamento.
bem. prós e contras, porque isso dura talvez por dois meses antes que ela finalmente perceba: “você está pelada?”
sim, você está. você vem usando coisas sempre que vocês passam tempo juntos, em lugares não-públicos. mas então ela quis ir dar uma volta. agora, você precisa explicar o seu seio esquerdo exposto. “um,” você diz. não parece certo dizer: eu não estava brincando sobre ser invísivel quando nos conhecemos, ninguém pode me ver literalmente.
é exatamente o que você diz.
talvez você ainda esteja aprendendo essa coisa de falar-com-pessoas.
no primeiro momento, ela ri. depois de acalma. “sério, você está zuando comigo? que tipo de pessoa você é? acha que é ok tirar sarro da menina cega?”
seu coração bate estranhamente perante a ideia de que ela acha mesmo que você a machucaria assim. “não,” você promete, antes que ela fique mais brava. “me deixe... te mostrar,” sua voz quebra, “por favor.”
ela pausa por um instante. o silêncio é longo. “okay, mas se você tiver fingido esse tempo todo, eu nunca mais troco uma sequer palavra com você.”
você segura a mão dela (por que seu coração parece bater a um milhão por hora? seria o medo de contar-lhe o seu segredo? medo de que talvez ela não acreditasse?) e mostra a ela da melhor forma que pode. fala alto, levita coisas. pessoas gritam e comentam assustadas.
você a leva de volta para a cafeteria onde se encontraram. pede um café. o menino atrás do balcão pergunta a ela como fez o pedido sem mexer a boca. ela diz que é uma ventriloquista experiente. vocês dois se sentam em uma mesa. você tateia por uma cadeira. parece familiar.
“me desculpe,” você praticamente engasga as palavras para for a de seu corpo, mantendo a voz tão baixa que ela pode se esconder de baixo do ruído maçante do café. “eu não queria mentir para você.”
“seu corpo, inteiramente nu, está sentado em uma cadeira e eu sou a única que sabe disso,” ela responde, não conseguindo parar de rir. você se junta a ela. algo sobre sua risada é infecciosa.
quando ela se acalma, pede um chocolate quente. há uma longa pausa. “bem, isso é uma merda”, diz ela, “falo sobre a ironia. ninguém pode vê-lo, mas você também não pode ver ninguém.” ela sopra sua bebida. “como você não usou isso pra ficar rico?” você ri.
vocês passam o dia passeando e planejando coisas enquanto ela finge falar no celular. ela será uma ventriloquista e você fingirá ser uma boneca. ela vai ser medium e você será a voz do outro lado. vocês dois serão um sindicato de chantagem internacional, seu alvo sendo especificamente aqueles que estão privatizando os sistemas educacionais e médicos. você vai expor grandes empresas. o tempo todo, sua mão está na dela e seu coração está batendo alto, triunfante, ela deve ouvi-lo.
você vai para casa com ela. vocês dois ouvindo harry potter. vocês se sentam, tomam margaritas e discutem sobre suas casas (você, lufa-lufa, ela, corni-dor), e “você que colocou o nome do harry no cálice de fogo?”. conversam sobre como draco merecia um melhor arco de redenção e como snap merece um chute no saco. você fica embriagada e ri e dança e canta e usa roupas.
há um som e, em seguida, você é atingido no rosto por um objeto voador não identificado (novamente), que você eventualmente julga ser um travesseiro. "desculpe", ela diz, "eu estava apenas checando".
às duas da manhã você está deitado na cama e a cabeça dela está no seu colo. ela pergunta, finalmente, a pergunta: "como aconteceu?"
você limpa sua garganta. "eu não sei", você diz. a verdade é que você sempre esteve no background. você não faz ideia da quantidade de tempo que em que vem desaparecendo. quanto tempo falta para você parar de existir. apenas que você acordou cego e assustado e, eventualmente, aprendeu a viver com isso.
você se sente engasgado, falando sobre isso. algumas coisas nem sequer mudaram um pouco. como as pessoas com quem você se importava nem sequer notaram. como muitos deles nunca perguntaram o que aconteceu. e então você diz: "por um tempo fiquei triste, por não poder mais ver com o pôr-do-sol". você suspira. "eu não gostei".
ela envolve sua mão na dela, tentando te confortar.
aí você conta para ela: você aprendeu sobre outras coisas. como a neve soa quando cai, ou o som que o seu cabelo faz quando está limpo, ou como pessoas conseguem ser felizes, tanto que sentem a necessidade de projetar isso por ai.
você não diz: e eu te conheci. e tudo valeu a pena.
por um longo tempo - e agora não é o tempo se movendo tão rápido - estas são suas noites, ela no seu apartamento e vice-e-versa, andando nua com ela no parque e conversando em público. você até mesmo colocou algumas de suas idéias loucas em ação. você nunca se dá bem em espionagem, mas assusta pra caralho as pessoas que fazem piadas da sua melhor amiga (e ela é, não é?) e você faz um ótimo trabalho durante o dia das bruxas quando pinta seu corpo para que você possa usar uma fantasia e ser visto - e você a ajuda o melhor possível, sempre, a pessoa que a viu quando você estava invisível.
ela está sorrindo. é inverno, então você está vestindo muitas camadas de roupa por pedido dela, mesmo que você faça você suar. vocês estão escolhendo uma árvore de natal, o que ela acha completamente engraçado. vocês dois estão fazendo isso pelo tato. ela está usando palavras incorretamente para descrever as coisas. "essa é ... robusto", ela está dizendo, "um tipo de lona.”
você resmunga. "ele é uma beleza", você diz, "gregário".”
ela está rindo aquela risada infecciosa quando você ouve: a neve caindo suavemente.
você afasta o cachecol apenas um pouco do seu rosto para que você possa se sentir, de alguma forma, chocado com o frio. você deixa uma aterrissar em sua língua. "está nevando", ela ri, e então sua mão encontra seu rosto exposto, "os flocos vão cair em você e então você irá se tornar o abominável boneco de neve.”sua voz é gentil e o ar cheira a pinheiro. você são melhores amigas.
esse é o fim da história. bem, toda história tem uma moral, certo?
nós crescemos ouvindo de todos que precisamos nos tornar alguém na vida. nos formar, fazer faculdade e ter um bom emprego. passar horas e horas estudando para um vestibular, que talvez seja muito além do nosso conhecimento. mas precisamos, porque isso nos torna alguém na vida.
ninguém nunca disse que quebraríamos o nosso coração. nunca explicaram sobre o amor. o que importa é ser alguém na vida, então do que adianta? se eu optar por esconder os meus sentimentos, ser um mero robô do sistema. do que adianta?
e quando a falsa esperança e expectativas sem sentido me levam a um coração quebrado eu percebo que talvez eu seja invisível. que nem a personagem da minha história. as pessoas não me notam, não prestam atenção, não se importam. então aos olhos delas eu sou invisível. eu não vejo o mundo e sempre achei que o mundo não me via também. mas, ironicamente, você me viu.
você me percebeu, e foi uma sensação nova. agora, eu sou vista. e é graças a você. como quando você passa um tempo sem fazer exercício e no final se senta no sofá, morre por uns instantes e pensa “caralho, como eu sou sedentária.” então eu acho que obrigada por me ver.
eu te amo muito!! eu espero que esse seja o melhor aniversário de todos.
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