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Mães de ferro

Uma situação muito comum, me chamou a atenção. Mas nós estamos tão acostumados a achar natural, e apenas criticar que esquecemos de se por no lugar das pessoas. Uma mãe, vizivelmente abatida, tentando fazer um passeio com o filho e o marido. Enquanto o marido aproveita todas as paisagens, os cuidados ficam sob a responsabilidade da mãe. E por segundos, enquanto a mãe tenta tirar uma foto para relembrar aquele momento, a criança se afasta da mãe e se coloca em risco. Como profissional tento alertar como de costume, pois ficava se girando a todo momento próximo a itens perigosos, que se ele batesse mesmo sem querer poderiam causar algum acidente, além de não obedecer às ordens, ele fingia que não escutava ninguém, nem olhava para os lados e só corria por tudo. Percebi pela fisionomia da mãe que aquela situação a deixou constrangida, pelo visto, eram situações recorrentes. Em todas os lugares que aquela família ia, não conseguiam aproveitar direito nenhum ponto turístico, mesmo quando a mãe pedia pro pai ajudar a cuidar , ele se distraía e a criança novamente se colocava em risco. Foi então que tive uma idéia, muito simples, mas que fez o dia daquela família um pouco mais agradável. Lembrei que estava com um par de luvas cirúrgicas no bolso, fiz um balão de mãozinha, e entreguei a mãe, para distrair o pequeno. Foi um gesto simples, mas que fez com que ela se abrisse mais, e ficasse mais tranquila, pude perceber o quanto ela se sentiu acolhida, a ponto de se abrir mais. Soube que era uma criança cristal, e no quanto ela se culpa demais, por muitas vezes perder a razão. Em todo lugar que passavam , pediam desculpa pelo comportamento do filho. Em casos como esse, temos o hábito de criticar pais que não sabem lidar com tal situação. Me vi naquela mãe, quando ela dizia estar exausta, me vi nela ao sentir as caras feias que faziam ao filho dela, senti a dor dela em mim. Me vi nela toda vez que ela tentava aproveitar apenas o momento , e não conseguia. A dor da rejeição pra uma mãe, é como uma faca que corta o peito... Fiz por ela, o que toda mãe espera de outras mães, tive empatia, pois crianças não são robôs!
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Vira e mexe , eu sumo, depois surto. De repente senti uma enorme necessidade de excluir todas minhas redes sociais. Arquivei todas as fotos do instagram, até tentei acessar menos o facebook, sentia que estava absorvendo muita informação desnecessária... Mas esse hábito ainda não consigo controlar totalmente.
A verdade é que tá tudo tão bagunçado, que explodi novamente. Depois de longos anos com os sentimentos adormecidos,os nervos ficaram à flor da pele .
Há tantas coisas à serem resolvidas , e tudo que faço parece não dar resultados.
O pior de tudo é que tenho consciência de que chorar não vai adiantar em nada . A vida, e o trabalho não vão nos tratar como um filho mimado. E eu entendo que mostrar fraqueza, só vai me afunda cada vez mais...
A impressão que tenho, é que cuidei das minhas emoções, igual cuido leite fervendo .
O leite derramou...
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Rascunhos
Tempos atrás eu costumava escrever. Lembro-me que um dos meus desejos era ter um diário , igual aqueles antigos, com cadeado. Mas para mim, o máximo que conseguia era um caderninho simples mesmo. Então, toda vez que escrevia meus pensamentos, e não queria que ninguém os visse, fazia bilhetinhos, depois queimáva-os.
A idéia partiu da minha primeira psicóloga. Algum tempo depois, os cadernos já não eram mais suficientes, pois haviam muitos pensamentos fluindo .
Passei então a escrever em alguns blogs reflexivos. Contar experiências para pessoas completamente estranhas me ajudaram muito. Seus conselhos, na maioria das vezes, sempre foram mais sinceros.
Me sentia confortável, talvez por nunca ter me sentido acolhida antes... Quando nos falta afeto, qualquer demostração de carinho se torna grandioso.
Percebi que não ter recebido afeto, me tornou uma pessoa dependente emocional. E isso é ruim, muito ruim. Quando a ficha caiu, eu quis tapar o sol com a peneira, e seguir meu rumo como se nada tivesse acontecido. Tempos depois eu já não sabia como lidar com meus próprios sentimentos, pois já havia me perdido no caminho. À essa altura , anos se passaram, e o hábito de escrever havia ficado no passado, junto com os pensamentos rabiscados em algum caderno velho.
Por não saber mais onde me perdi, baguncei tudo dentro de mim, e como se não bastasse, isso se refletiu externamente, afetando todos à minha volta.
Agora tudo parece uma bola de neve, e não sou mais somente eu quem precisa de terapia. Tenho a impressão que os danos para mim são irreversíveis, se antes eu sentia demais, de tanto tentar guardar tudo e não me abrir mais, não sinto nada mais, ficou apenas a apatia... Quem sabe eu ainda consiga salvar alguém nessa história toda. Dentro dela há pessoas inocentes , e não gostaria que refletisse neles, o que estou transmitindo...
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Com o passar dos anos, o brilho da vida vai ficando opaco...
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Sobre não saber lidar com despedidas;
Transpareço um ar de indiferença e/ou superioridade, quando na verdade, internamente sinto o peso do mundo desabando sobre minhas costas...
L. Hazy Mind

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Carta a minha pequena criança
Eu te amo.
Eu te valorizo, você tem muitas qualidades.
Você não está sozinha, eu nunca te deixarei!
Não se menospreze por ser tão intensa, num mundo de pessoas rasas, não é culpa sua!
A vida é uma montanha russa, e no trajeto encontraremos inúmeros altos e baixos...
Ouça críticas com sabedoria, e use à seu favor para evoluir cada dia mais. Não se iluda com elogios, eles aumentam nosso ego, mas nos deixam cegos.

L. HAZY MIND
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Eu chamo isso de auto cuidado

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É sobre isso, e tá tudo bem...

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