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Mês 03
Ontem fez três meses e eu estava me concentrando tanto em tentar ficar bem que simplesmente esqueci. Recebi uma notícia ruim na última sexta, então tentei fazer o possível para me distrair dos problemas no fim de semana. Hoje veio mais uma notícia ruim. Já foram várias desde que nos separamos, poderia até listar aqui, mas fica pra outro dia, quando eu tiver pelo menos uma notícia boa pra balancear.
A última vez que nos falamos foi - ironicamente - no dia dos namorados, então logo vai fazer um mês que não sei de mais nada sobre você. Já tem uns dias que parei de procurar saber também, pois minhas preocupações são outras e se sobrepõe à curiosidade, mas imagino que você esteja bem. Sinceramente, espero não precisar falar com você de novo tão cedo - na verdade espero não falar nunca mais -, principalmente porque se fosse para falar agora, seria para comunicar mais uma derrota e estou cansada de você me ver perder. Fico pensando se você se sente bem com isso, se me vê como alguém que nunca foi boa o suficiente mesmo.
Se tudo começar - finalmente - a dar certo em breve, espero que no próximo mês eu não queira voltar aqui para te escrever. Inclusive, tenho me mantido ocupada escrevendo outras histórias, que contam um pouco sobre nós, sim, mas sobre outras coisas também. Sobre o recomeço que eu almejo viver. É bom poder viajar por horas em palavras que me remetem à possibilidade de reencontrar a felicidade e o amor. Rezo para ter essa chance.
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Mês 02
Hoje recebemos a sentença do divórcio. Ao mesmo tempo em que isso torna tudo oficial e mais real do que nunca, também me fez pensar que, às vezes, ainda parece um pesadelo. Essa madrugada mesmo, acordei pensando em você e no quanto queria te perguntar o motivo real por trás de tudo isso. Perguntar se você tem mesmo certeza. Mas nenhuma resposta sua mudaria o que aconteceu ou o que eu penso de você agora. Por mais que eu sinta saudade, sei que não tem mais volta.
Há dois dias me mudei pra um apartamento novo e em dois dias volto pela última vez no nosso apartamento antigo, para entregar as chaves e me despedir. Quero agradecer ao lugar que me proporcionou tantos momentos bons e chamei de lar com orgulho, às paredes que me ouviram rir e chorar, às janelas que assistiram nossa vida por dentro e viram nossa pequena família começar e terminar. Deus sabe o quanto fui feliz naquele apartamento e o quanto me doeu sair de lá, mas tenho fé que esse mesmo Deus me reserva coisas maravilhosas na minha nova casa e nesse novo ciclo da minha vida.
Em três dias será Dia dos Namorados. O primeiro em 5 anos que não passaremos juntos, mas que certamente você não passará sozinho. Já sei que vai ser um dia difícil pra mim, mas faz parte do processo. Ainda tenho muitos "primeiros" pela frente: primeiro aniversário de casamento, primeiro aniversário seu, primeiro Natal, primeiro ano novo, primeiro aniversário meu, primeiro aniversário de namoro... Todas as datas que eram mais especiais porque estávamos juntas e agora precisarão ser ressignificadas ou simplesmente cair no esquecimento. Quem diria que o fim de um amor é capaz de mudar até o calendário?
Apesar de tudo, o universo tem sido bom comigo. Minha família tem me ajudado tanto que nem sei mais como agradecer. Os poucos amigos que tenho estão constantemente torcendo por mim e perguntando como estou. Até nossa cachorra (agora só minha) parece ter entendido tudo e está se adaptando a nova casa melhor do que o esperado. Todas as noites eu agradeço antes de dormir. Tenho tanto para agradecer que me dá até vergonha quando peço a Deus que me ajude mais um pouco a superar tudo isso e me livrar da dor, mas sei que Ele me ouve, mesmo quando não digo nada. E sei que essa dor vai passar.
Queria poder dizer que espero que você esteja bem, mas seria mentira. Às vezes te desejo as coisas mais horríveis e sempre anseio pelo dia em que não te deseje mais nada. Aguardo ansiosamente pelo dia em que sentirei indiferença ao invés de raiva. É possível que eu nunca te esqueça, mas espero aprender a lembrar sem sentir nada.
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Mês 01
Ontem fez um mês desde a nossa conversa decisiva sobre a separação. Ainda penso na existência de uma série de universos alternativos onde tudo é diferente: onde eu não puxei o assunto naquela segunda-feira à noite, ou onde eu não apareci naquele sábado de manhã e vi o que tinha na sua carteira, ou até mesmo onde o que tivemos foi apenas um breve caso entre colegas de trabalho e não namoramos, não moramos juntos, não adotamos um cachorro, não casamos e não fizemos nenhum plano juntos. Daria a vida pra saber como estão todas as minhas versões nesses universos alternativos. Qual delas é mais feliz? Qual delas é mais realizada? Qual delas tem as memórias mais bonitas?
Sei que a versão desse universo aqui foi feliz por muito tempo e, mesmo quando não era tão feliz, nunca pensou que poderia estar onde está hoje. Essa versão também realizou coisas importantes, como ter sua própria casa e formar uma mini família. E essa versão guarda 5 anos de memórias muito bonitas, mas que aos poucos começam a se misturar com outras mais recentes, bem dolorosas e confusas. Espero chegar o dia em que eu volte a me dar por satisfeita em viver essa versão e não passe tanto tempo perdida imaginando outras realidades onde não sinto que uma parte de mim morreu.
Falando em morte, quase todo mundo me diz que o processo de separação é muito parecido com o luto. Acho que faz sentido porque já passei por quase todos os estágios e ainda oscilo entre alguns deles. A fase de negação foi imediata, a da raiva veio logo em seguida e a da barganha surgiu repentinamente num fim de semana recente, mas espero que não volte. Faltam apenas as fases da depressão e aceitação. Espero que essa última chegue logo.
Foram altos e baixos nesse primeiro mês. Sempre digo pros outros que é uma montanha russa: tenho dias ótimos e dias péssimos. Normalmente os dias úteis são bons e os finais de semana muito difíceis, acho que por estar sozinha numa casa onde passamos juntos os últimos três anos e meio. Por sorte, isso logo deve se resolver. Finalmente consegui colocar a cabeça no lugar e estou indo embora, vou voltar pra minha cidade e me distanciar o máximo possível daqui (e de você, que resolveu ser meu vizinho). Espero que essa mudança represente o fim de um ciclo. Uma porta que se fecha para muitas outras se abrirem.
Ainda temos burocracias para resolver... As coisas práticas da vida, como eu costumo dizer. Talvez, por isso, ainda tenha chance de te ver, pelo menos mais uma vez, pois tenho muito a dizer e gostaria que fosse pessoalmente, mas sei que você fará de tudo para evitar esse encontro. Engraçado, porque morando na mesma rua que eu, podemos nos encontrar a qualquer momento, como quase aconteceu no último feriado em que te vi indo ao mercado. Tantas perguntas surgiram na minha cabeça naquela manhã... Você nunca foi de acordar antes das 12h quando não precisa trabalhar, mas estava indo ao mercado às 10h. Estranho. Mas são curiosidades que não me dizem mais respeito. O que eu precisava saber, já sei, descobri sozinha, já que nem a verdade você me deu. E agora quero que você saiba de todas as minhas descobertas. Faço questão de te contar que a imagem que eu tinha de você sucumbiu. Tantas vezes te disse que você era minha pessoa favorita no mundo... Hoje sequer sei quem é essa pessoa realmente.
Ontem e hoje foram dias bons, espero que amanhã também seja. Quando percebi que já se passou um mês, senti necessidade de escrever sobre esse processo. Espero que, completando o segundo mês, essa escrita saia com mais alívio e menos dor. Mas por enquanto, mesmo com essa dor, quero deixar registrado que ainda estou aqui. De pé, cabeça erguida. Às vezes dou um vacilo, um passo em falso, entro na contramão, depois volto pro eixo e logo sigo em frente, sempre sigo em frente. Você me tirou muito: a fé nas pessoas, confiança, a autoestima, a alegria, até a fome e o sono por alguns dias... Mas não a capacidade de seguir em frente. Por isso, sigo. Até o próximo mês.
A postura é combativa
Ainda tô aqui viva
Um pouco mais triste
Mas muito mais forte
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