luadealaly-1
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Devaneios
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sou mais poeira do que uma pessoa
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luadealaly-1 · 12 days ago
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You...
Ando evitando escrever, mas sempre que tento, me pego a te ver. o verso começa, e lá está você — feito sombra doce, que não quer ceder.
tudo — tudo acaba sendo sobre você.
se o dia começa, já penso no que está fazendo, se ainda dorme, se sonhou comigo, se sente falta do meu toque morno, ou se preferiu seguir sozinho.
se estou no trabalho, me distraio com lembranças suas, com sorrisos que não são meus, com gestos que ficaram nas ruas.
se estou a caminho dos seus braços, me pergunto se pensou em mim — como eu pensei em ti até o fim.
você, é sobre você, e somente você.
escrevo pra esquecer, mas cada linha te refaz. você é rastro no papel, e eu, refém do que já não traz.
virei expert nas suas manias, maníaco por sua risada. te decorei feito poesia, mas fui lido só na madrugada.
me perco em ideias, em sonhos que já desisti de sonhar. e no silêncio que hoje me cerca, te escuto sem te escutar.
e aí vem a parte que ninguém vê: o fim. que não grita, não sangra, apenas cala. você partiu devagar, como o amor que se instala e depois se desfaz.
a saudade virou hábito, o desejo, um eco sem paz. mas aprendi que amor de verdade também deixa quando não dá mais.
então escrevo, não mais pra te prender — mas pra, quem sabe, me libertar de você.
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luadealaly-1 · 18 days ago
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Cada dia mais perto de desaparecer
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luadealaly-1 · 18 days ago
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Quero infinitos a sós com você.
— 1997
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luadealaly-1 · 18 days ago
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luadealaly-1 · 24 days ago
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Talvez eu me torne seu amor. Quem sabe, algum dia, terei esse título. Quem sabe, em algum universo, eu seja tua primeira escolha. Talvez eu me torne sua esposa. E quem sabe, eu vire teus motivos de criar mais motivos.
Fico nisso às vezes — pensando que, em algum momento, em algum lugar, ou em qualquer universo, você me faça tua. Que você me queira. Mas queira de verdade. Me queira tanto que qualquer música te lembre de mim, qualquer coisa me coloque na sua mente, qualquer besteira te faça me buscar.
Fico presa na minha fantasia — na fantasia do teu querer.
Você age como quem ama e fala como quem gosta, mas gosta não como quem ama.
Você me trava, me bloqueia, me entristece. Sinto que sou só uma passagem tua pra qualquer coisa além de mim. Sinto que tua incerteza é a forma de afastar o que eu posso — ou não — sentir.
Penso que, a qualquer momento, isso vai acabar de um jeito ruim. Sem amor, sem poesia, só uma alma vazia.
Penso em deixar de querer, em enterrar o que nasce em mim, em apagar e seguir.
Já até me despedi. Fiz isso milhões de vezes. Te deixei, te odiei, te matei.
Mas nunca fui. Sempre fiquei.
Não sei o que me prende. Não sei se é tua incerteza que me dá esperança de, talvez, um dia, ser tua — ou se é só minha alma doente.
Doente de amar, de querer te ter, de viver do desejo de uma fantasia.
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luadealaly-1 · 26 days ago
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Quando tudo me lembra você.
Te vejo em todos os lugares. Mesmo quando desviei os olhos, mesmo quando troquei de caminho, mesmo quando pedi ao tempo que me curasse.
Te vejo…
Te vejo quando não quero, quando tudo em mim já desistiu de lembrar. Te vejo quando me escondo do espelho, quando desligo a luz, quando fecho as cortinas. quando tento seguir a vida.
Te vejo…
Te vejo nas dobras das casas vazias, nos ruídos entre as frestas das portas, na poeira acumulada dos dias que não passam.
Te vejo…
Te vejo nos rostos que cruzam os meus, como se cada um carregasse um pedaço teu. Te vejo nas músicas que não ouço mais, nos livros que deixei pela metade, nos contos que terminam mal.
Te encontro nas segundas-feiras cansadas, no trânsito abafado das seis, na chuva miúda que molha e não lava, na solidão que escorre pela madrugada.
Vejo tua voz no silêncio mais pesado, teu sorriso em sombras malformadas, teus olhos no reflexo dos vidros, naquilo que ainda insisto em chamar de tarde
Eu te vejo….
Te vejo quando me lembro que te amei, te vejo quando finjo que te esqueci. Te vejo quando não há ninguém, te vejo quando o mundo inteiro está cheio demais.
Te vejo no espaço que sobra na cama, no copo que não bebo, na roupa que ainda tem teu cheiro velho, na carta que nunca terminei de escrever.
Te vejo nas palavras que evito dizer,
nos silêncios que crescem entre frases.
Te vejo na pausa antes de responder
quando alguém pergunta se estou bem.
Te vejo quando o vazio dos meus dias se parece com o transbordar das tuas manhãs — quando o sol brilha mas em meu peito só há escuridão.
Te vejo…
Te vejo nos detalhes que ninguém nota,
num som, num cheiro, num reflexo,
numa coincidência cruel.
Como se o universo insistisse
em repetir teu nome em voz baixa.
Te vejo quando quero outra pessoa e ela não tem teus gestos. Te vejo quando tento não sentir — e sinto ainda mais.
Te vejo até no que deixei de amar. No que sobrou de mim depois de você. E às vezes, te vejo como se nunca tivesse te tocado. Como se tudo fosse só invenção de uma mente cansada de esperar.
Eu te vejo.
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luadealaly-1 · 1 month ago
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Magnetismo
Ela está ali, parada — tão perto e tão distante. Com toda a sua magia, maravilhosamente bela, seu magnetismo me puxa pra perto, mesmo quando tento me manter longe.
Sua perfeição me invade. Como pode alguém te enfeitiçar tão deliberadamente, sem nem perceber?
Como pode ter um jeito tão cativante, tão estonteante, tão… seu?
E eu fico aqui, parado, enfeitiçado, desejando ser a outra metade da sua alma. Tentando ser mais que um tolo apaixonado, completamente entregue ao amor.
Ao seu ser, a todas as suas faces, a todos os seus pedaços.
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luadealaly-1 · 2 months ago
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Pro meu futuro passado
Hoje acordei distante — distante de qualquer resquício da pessoa que fui ontem.
Longe de qualquer apreço que me prendeu em devaneios constantes.
Sinto que a pessoa que fui — mesmo sendo a de ontem — se esvaiu no espaço contínuo.
E a pessoa que sou hoje, agora, neste instante, é um quadro vazio com tintas fortes por serem espalhadas.
Sem grandes promessas, sem expectativas, nenhum traço planejado, nenhuma inspiração explícita.
Apenas eu. Apenas a possibilidade do agora.
Sem mais nada a me prender, sem memórias soltas, sem dores processadas, sem meu ontem — apenas meu hoje.
A possibilidade do primeiro traço talvez seja a mais difícil.
Pouco me conheço agora, mal sei quem sou. Meu gosto musical talvez nem seja o mesmo. Quem sabe até mude o estilo de cabelo.
Quem sabe quem serei hoje — ou quem posso apagar do meu futuro passado — seja eu mesma ou alguma memória recém-nascida e já contaminada.
Essa possibilidade até me acalma: ser uma constante inconstante, uma água jamais parada, uma fumaça com chama eterna, uma memória alterada.
Saber quem sou hoje me constrói para entender quem fui ontem.
E se amanhã eu acordar outra vez sendo outra que não sou agora, que essa também seja eu — mesmo que por instantes, mesmo que em fragmentos. Porque existir, talvez, seja só isso: ser passagem e permanência ao mesmo tempo.
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luadealaly-1 · 2 months ago
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luadealaly-1 · 2 months ago
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O esquecimento é inevitável
Serei poeira no véu do infinito, sombra esquecida num canto bendito, grão sem memória, sem forma ou fronteira, sumindo no sopro da última beira.
Ninguém saberá dos meus olhos vazios, dos gritos calados, dos frios tardios, das noites em que fui só cinza e cansaço, do peso invisível de cada fracasso.
Meu nome, talvez, ecoe no vento, um som quebradiço, um lamento lento, mas logo se perde, tão tênue, tão frágil, nas fendas do tempo, no abismo volátil.
As falhas, os medos, os sonhos partidos, os beijos guardados, os choros contidos, serão apagados na dança das eras, como astros que morrem em noites sinceras.
E mesmo se um dia restar uma linha, um conto, um vestígio, uma rima sozinha, saberei que ninguém, em sua essência, tocou meu abismo, sentiu minha ausência.
Ser esquecida é meu único abrigo, silêncio, vazio — meu mais fiel amigo. Pois ser imortal seria um castigo, prefiro a poeira: sem dor, sem perigo
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luadealaly-1 · 2 months ago
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Meus desejos
Mais uma vez me deixo levar, por palavras que não sei calar, me perco em sonhos sem guarida, na ilusão de te ter na vida.
Sem pensar, me deixo ir, nas ideias que vêm sem pedir, me entrego à mágica indecisa de te chamar de minha brisa.
Mesmo sabendo o quão absurdo é desejar um amor tão surdo, me prendo ao som do teu sorriso, feito um abismo, um paraíso.
Sei que o que temos, mal existe, um quase nada que ainda persiste, mas só de imaginar o fim já perco o chão dentro de mim.
Rasgo a razão em cada esquina, me entrego à dor que se adivinha, vivo de fé, de fantasia, de um “nós” que só eu via.
A única verdade que carrego é esse amor, que eu não nego — te quero em tudo, noite e dia, na pele, no riso, na melodia.
Te queria nas minhas manhãs, nas minhas dúvidas, nas minhas afãs, queria teu toque, tua presença, tua loucura e tua sentença.
Teus olhares, tua arrogância, essa distância, minha constância. Eu te quero, e sei que é real, mesmo que doa, mesmo que o final seja só eu, te esperando no papel.
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luadealaly-1 · 2 months ago
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Quando o amor fala e não é ouvido aprende a se guardar até deixar adormecido.
Maxwell Santos
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luadealaly-1 · 2 months ago
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Sussurros
Quanto mais te toco com o olhar, mais minha alma se perde em chama. Quanto mais mergulho em você, mais o corpo clama.
Tudo em você acende minha alma, ilumina meu ser em plena calma. Mas por dentro, é fogo — não há mais descanso, nem trégua, nem jogo.
À noite, imagino teus beijos, à noite, enlouqueço em desejos. Penso em você o tempo inteiro — você mora em mim sem descanso, sem freio.
Te quero nas entrelinhas dos meus pensamentos, nos suspiros que prendo em silêncio. Meu corpo grita teu nome em segredo, e cada toque imaginado me deixa sem ar, sem medo.
Não ironiza meu amor, ele vem cru, vem inteiro. Não sei gostar pela metade, me jogo fundo, sem freio, sem roteiro.
Sou incêndio manso no começo, mas quando queima… sou tua, por inteiro.
Quero me encaixar no teu abraço, morder teus lábios, me perder no compasso do teu corpo, da tua dança.
Quero teu cheiro na minha pele, teu olhar atravessando o meu. Quero o momento em que tudo explode, e só existimos nós — ardendo, suando, sendo um só.
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luadealaly-1 · 2 months ago
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Sonho Vívido
Ontem sonhei com você, e parecia tão real.
Teu corpo colado ao meu, pele na pele, sem pressa.
Senti teus beijos intensos, tua respiração ofegante.
Teus abraços me prendiam num desejo sem fim.
Ouvi tua voz rouca, carregada de segredos.
Teus gemidos suaves reverberavam no quarto silencioso.
Acordei com o coração acelerado, corpo em chamas.
As cobertas ainda guardavam o perfume dos teus cabelos.
A minha pele ainda se eriçava sob tuas digitais.
Foi um sonho, mas juro, parecia tão real.
Agora mais do que nunca quero fazer esse sonho real.
Quero transformar fantasia em realidade.
Quero teus beijos sem hora, teu corpo sem medo.
Quero te ter por inteiro — sem acordar dessa vez.
- soulins
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luadealaly-1 · 2 months ago
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Por todas as vezes que me calei
Tenho feridas que ninguém vê, cicatrizes que ninguém leu, carrego um peso que não é meu, mas me ensinaram a dizer: “é.”
Engoli gritos por educação, me calei por obrigação, disfarcei o trauma na respiração, e sorri com medo na palma da mão.
É estranho saber — e aceitar — com horror, que nem o sangue escolhe ser protetor. Que quem devia cuidar e guardar, é quem primeiro aprende a violar.
Dentro daquele quarto, daquele mundo, vi meu pequeno abrigo ruir num segundo. Vi o teto virar céu, o chão se romper, e o silêncio virar tudo que eu podia ser.
Tentei esquecer nos lençóis da rotina, mas a memória é uma língua que ensina. Ela volta, morde, arranha e grita, me olha no espelho e nunca hesita.
Meu corpo virou lugar de guerra, meu peito é campo, minha alma — serra. Tento escrever, mas as mãos tremem, as palavras fogem, os versos gemem.
Queria ser voz, coragem, resposta, mas sou silêncio no meio da aposta. Queria ser lâmina, grito, trovão, mas sou só ausência dentro do “não.”
Choro em segredo, quase sem ruído, pra não ser drama, pra não ser ouvido. Escrevo tentando fazer sentido, de um crime que virou meu abrigo.
E ainda assim, carrego a vergonha alheia, como se o erro fosse da minha ideia. Como se meu corpo pedisse o castigo, como se ser criança fosse um perigo.
Mas hoje escrevo — não pra perdoar, mas pra lembrar que vou continuar. Porque mesmo quebrada, sigo erguida, e transformar dor em arte… é resistir à vida.
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luadealaly-1 · 3 months ago
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Das vidas que viveu
Tenho vivido ansiosa, sem motivo aparente, Mas sei que o que me mata é teu passado persistente. Tento fingir que é só coisa da minha mente, Mas quando penso nela, tudo fica diferente.
Vejo teu olhar perdido, tão ausente, E me pergunto se ela ainda é presente. Será que teu sorriso, tão frequente, É só saudade disfarçada, sorrateira e eloquente?
Comparo meus gestos aos dela em segredo, Procuro nos teus olhos algum tipo de medo. Será que sou refúgio? Um abrigo sem enredo? Ou sou quem tu amas, sem nenhuma dúvida ou medo?
O ciúme vem manso, mas depois me devora, Fico presa no ontem, mesmo sendo agora. E mesmo que negues, teu silêncio chora, Por algo que partiu, mas ainda mora.
Peço a Deus que teu amor seja inteiro, Que não viva comigo com olhar alheio, Que não sejamos só um laço passageiro, Enquanto teu coração segue outro caminho, sorrateiro.
Não quero ser parte de uma conveniência, Nem viver à sombra de uma antiga presença. Se estou contigo, quero amor em essência, E não migalhas deixadas por pura carência.
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luadealaly-1 · 3 months ago
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Das lembranças apagadas
Recebi tua dor entre linhas suaves, Como quem ouve o som das aves Antes da chuva — presságio e pesar — Palavras que queimam sem precisar gritar.
Li teus versos como quem sangra, Com o peito em nó, a culpa que não estanca. Parti, é verdade, sem razão concreta, Como quem foge de uma promessa incompleta.
Não por desprezo, nem desamor, Mas por temer tamanho ardor. Teu amor — imenso, tão inteiro — Me fez pequeno, frágil, passageiro.
Quis ser tua paz, tua manhã calma, Mas só levei tormenta à tua alma. Não soube amar-te como merecias, Nem fui abrigo nas tuas noites frias.
E mesmo agora, longe, ausente, Tua ausência me dói — constantemente. Te lembro no aroma do outono no chão, Te sonho em versos que escrevo em vão.
Talvez se o tempo fosse outro aliado, E eu não fosse esse homem quebrado... Teríamos sido canção, não silêncio, Teríamos sido eternos, não ausência em vencimento.
Mas tua carta — tua alma em papel — Foi oração que tocou o céu. E por ela te escrevo, mesmo tardio, Com os olhos molhados e o peito vazio.
Se um dia nos cruzarmos em outra estação, Onde o tempo não doa e não haja traição, Espero que saibas: foste amor verdadeiro, E o resto da vida… será por inteiro.
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