luane-blog1
luane-blog1
Luane
5 posts
Nem sempre escrevo porque gosto. Às vezes, preciso.
Don't wanna be here? Send us removal request.
luane-blog1 · 8 years ago
Text
Querido cabelo ruivo,
Obrigada por me mostrar que eu posso fazer o que quiser, e que deixar de agir por medo nunca é tão prazeroso quanto errar por coragem. Você foi meu companheiro da fase de descobertas, viagens, perdas...da expansão. E talvez eu retorne algum dia, mas agora preciso retornar à minha essência. E ao batom vermelho. Continuarei sendo uma boa leonina, prometo :)
3 notes · View notes
luane-blog1 · 8 years ago
Text
Pequenas vontades
- Manter um diário - Escrever uma história todos os dias - Consertar minha câmera e voltar a fotografar - Usar mais a Instax - Ir ao parque - Ficar mais em contato com a natureza - Ouvir música no escuro - Ficar offline - Aprender Lettering - Aprender a nadar - e ir para a água - Comprar flores - Cuidar de plantas - Sair mais de casa para lugares diferentes - Usar mais vestidos - Me cuidar mais - Me sentir mais bonita - Me sentir mais leve - Respirar mais profundamente - Desenvolver atenção plena - Beber mais água - Comer coisas mais leves - Criar uma rotina de estudos - Ser mais focada no trabalho - Dar mais vazão às minhas emoções - Lembrar e usar meu poder pessoal - Me sentir corajosa - Ser mais firme nas minhas ideias - Ter mais fé - Simplificar e melhorar meu sistema de organização - Ficar tranquila onde eu moro - Fazer outra viagem - de preferência para a praia - Tirar férias e dar um pause em tudo - Terminar logo o MBA - Voltar a estudar Francês - Começar o processo do Canadá - Ter uma rotina espiritual - Dormir melhor - Voltar a acordar cedo - Ter os finais de semana livres e aproveitá-los sem peso na consciência - Comprar menos - Guardar dinheiro - Fazer terapia - Me cobrar (e procrastinar) menos - Ser mais grata - Excluir redes sociais que não uso - Tomar uma decisão sobre o blog e a newsletter - Repensar minha presença online - Fazer um mural de visualizações - Começar caderno de citações - Terminar de ler A Torre Negra - Terminar ou desapegar de livros que abandonei - Ir a todos os médicos que preciso - Fazer um check up geral - Manter uma rotina de atividade física - Destralhar - Sair mais com minhas amigas - Ligar mais para a vó - Ligar para meus pais em vez de quase sempre só mandar mensagem - Aprender a dizer não - Falar mais o que penso - Começar um livro - Escrever sobre tudo isso
2 notes · View notes
luane-blog1 · 8 years ago
Text
Fumaça
Deus,
Há poucos dias, durante a missa que frequento e concordo menos do que dizem que eu deveria, recebi uma mensagem sua. Na verdade, foi uma ideia minha. Mas que eu sei que está relacionada a você.
Dizem que, quanto mais velhos ficamos, mais rápido o tempo passa. E olha, não sei dizer se isso é algo bom ou ruim para mim, mas sei que eu não sou a mesma pessoa que eu era há um ano, e sinto que passaram meses além dos que o calendário insiste em mostrar.
Foram muitas coisas, sabe? Primeiro, o término da faculdade. O amado e odiado frio na barriga que pergunta qual será o próximo passo. Eu já tinha desde sempre a perspectiva de, nesse momento, sair da casa dos meus pais e conquistar a tão sonhada independência. Mas não tinha ideia de que esse momento representaria também muitas outras transformações.
Primeiro, deixei o cabelo que antes era virgem em um ruivo que me impactou (e incomodou, porque não ficou como eu gostaria). Sabia que era loucura. Mas foi aquilo: “se não existe um bom motivo para eu não fazer além do medo, então eu vou fazer”. Poucas vezes me senti tão corajosa quanto naquele dia. E a mudança representada pela tinta foi muito mais profunda para mim.
Uma semana depois, o assalto. Talvez evitável, quase inofensivo, mas me deixou uma marca profunda. Foi a primeira vez que eu saí sozinha à noite em São Paulo, entende? A primeira vez em que me senti desfrutando integralmente da minha liberdade. E aí isso. Algo do tipo “calma, garota. Vai devagar. Não é bem assim.”
Fiquei com medo. Mas eu não fazia ideia de que ele não era nada. Alguns dias depois, realizou-se o maior medo da minha vida. O que me tirava noites de sono quando criança, e também nos últimos meses. O Freud se foi e, com ele, uma parte muito grande do meu coração. Com ele, cenas muito importantes da minha infância. Senti que o meu eu do passado tinha definitivamente ficado para trás, e não pararia de sangrar tão cedo. Talvez nunca.
Não vou me prolongar sobre isso, ou não termino esse texto. Mas enfim. Longe da minha família, minhas únicas companhias diárias (via o João e outras pessoas ocasionalmente) passaram a ser o Bichento e a Luna. Os dois filhotes que apareceram lá não por decisão minha, aos quais tive receio de me apegar, mas que eu adotei quando surgiu a possibilidade de mandá-los para outro lugar. Eles se tornaram meus filhinhos, sabe? O Bichento, especialmente, me ajudou a lidar com a perda do Freud.
E outras coisas aconteceram também no decorrer desse tempo. Surgiram desafios no trabalho. Descobri que adoro cuidar da casa, sou controladora e tenho mais em comum com a minha mãe do que eu imaginava. Comecei uma pós-graduação pensando em N motivos, que agora continuo por apenas um deles. Cresci, pela dor e pelo amor. Percebi que eu não lidava mais tão bem com a ideia de ficar sozinha. Que eu tinha desaprendido a me divertir sem a presença de outras pessoas. Que eu não era, também, a adolescente que havia sido um dia.
Não é surpreendente dizer que minha ansiedade atingiu um ponto nunca antes visto (talvez uma vez). E, por causa dela e do fato de que cozinhar apenas para mim também não era tão divertido, ou de deixar outros tomarem minhas decisões alimentares, engordei. Não pouco, não: uns 7 quilos. O suficiente para eu não me reconhecer mais em meu próprio corpo, não estar feliz com a minha aparência. E ficar chateada quando me informam desse peso a mais em alto e bom tom.
As cartelas semanais de Neosaldina e o fato de eu me pegar rangendo os dentes constantemente sinalizaram, oficialmente, que algo estava errado. Depois de muito investigar e uma consulta médica particularmente incrível, percebi que o modo como eu me sentia - e ainda sinto - é causado por essa ânsia. E que, embora ela tenha me acompanhado desde que me conheço por gente, não precisa continuar sendo parte de mim. Enxerguei, finalmente, que eu N��O SOU a minha ansiedade.
Foi com uma perspectiva otimista e disposta a melhorar que comecei 2017. Pena que o primeiro dia do ano reservou para mim uma perda para a qual eu não estava preparada, e nem consigo encontrar justificativas: a do Bichento. Sim, meu companheiro diário. Que me seguia pela casa. Dormia de conchinha comigo. Eu consigo entender que o Freud precisou descansar depois de quase 16 anos, mas não vejo por que o Bibi precisou ir embora com dez meses de idade. Justo o meu favorito entre os dois que moravam comigo. E eu que esperava poder construir mais tantas memórias com ele… Pelo menos, tive a chance de me despedir.
Diante de tudo isso, acho que era impossível eu continuar a mesma pessoa de um ano atrás. E a mensagem que eu ouvi no sábado passado foi uma que já estava pouco a pouco se construindo na minha cabeça: tenho excessos. Excesso de ansiedade, de vontade de criar, talvez de sonhos. Excesso de consideração sobre o que vão pensar de mim. Excesso de preocupação com o trabalho e os estudos - na mesma medida da procrastinação. Excesso de saudade. Excesso de dor. Mas também de amor, porque só sentimos falta do que amamos. Excesso de controle e de descontrole. De comer e adiar o sono. Excesso de peso. Excesso de gastos.
Acho que meu pedido de hoje é especialmente um, Deus. Livra-me dos meus excessos. Transborda meu coração de luz para que ela vaze na minha cabeça e limpe o que não precisa continuar lá. Ajuda-me a encontrar a minha essência, aquela pérola pequenininha escondida em algum lugar desse quarto bonito e empoeirado. Seja meu mestre. E que eu consiga me desnudar de tudo o que acho sobre eu mesma.
Tumblr media
2 notes · View notes
luane-blog1 · 9 years ago
Text
Então é Natal.
Adoro essa frase clichê na mesma proporção em que a detesto. Sabe como é? Minha mãe ouviu essa música da Simone tantas vezes em tantos anos, que o trecho me soa enjoativo e, ao mesmo tempo, nostálgico.  Natal para mim sempre foi sinônimo de família. De gratidão por mais um ano e, de uma forma um tanto melancólica, uma “contagem regressiva”. Minha mãe não lida tão bem com a morte e me passou isso de alguma forma. Parece que todo dia 25 de dezembro foi algo do tipo “sejamos felizes por estarmos todos juntos, porque no próximo talvez não estejamos”. Esse vai ser o primeiro que passo depois de encarar a morte, vê-la por perto levando uma parte de mim. O primeiro em que dói no meu peito, de uma forma em que choro e não sai som, a falta de alguém. Então parece que o sentido não está completo, uma peça se perdeu. Não sei o que virá amanhã, se vou conseguir deixar a gratidão superar isso. Espero que sim. 
Longe de mim querer estragar o Natal de alguém - me desculpe por isso. Mas eu precisava escrever sobre. Expurgar. Desejo a quem porventura estiver lendo que não se identifique comigo, e tenha uma noite de alegria, fartura e sorrisos. Feliz Natal :)
1 note · View note
luane-blog1 · 9 years ago
Text
Bem-vindo, verão.
Sempre gostei de equinócios. Desde quando li pela primeira vez sobre eles nos livros de geografia, é algo que me encanta. A transição. A mágica do dia mais longo, da noite mais longa, dos dois dividindo um punhado de horas meio a meio.
E, afinal, acho que gosto de mudanças, renovação. Não por acaso minha palavra favorita em Inglês - também meu idioma favorito - é “freshstart”. Porque traz leveza. Porque traz frescor e recomeço.
Confesso que nunca me vi uma grande fã do verão. O sol ardente, o calor…nada me deixa tão confortável quando o frio aconchegante. Contudo, convenhamos: no Brasil não existe aquela coisa bonitinha das quatro estações perfeitamente definidas. Então, talvez a previsão do tempo não mude tanto nas próximas semanas.
Mas quero que mude em mim. O significado simbólico vê esse dia como “a festa das fadas que estão rodopiando por aí”. Gosto de imaginar essa cena. E gosto mais ainda de pensar que, sim, essa nova estação da Terra será também uma nova estação minha.
Assim, que seja. E que a luz maior de todas brilhe, com toda a intensidade que puder.
2 notes · View notes