lysnxcar - Tumblr blog

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É viciante – construir e me reconstruir. Cortar-me em inúmeros pedaços e depois os juntar de uma forma mais agradável. Mas agora, quando olho no espelho, sinto uma necessidade esmagadora de abraçar aquela pessoa e chorar. Está tudo caindo aos pedaços, sangrento e bagunçado. “O que você fez consigo mesma?”, eu sussurro. Ela sorri, parece estar envergonhada. “Eu só queria ser alguém que você pudesse se orgulhar”.

como ser aquela garota. - by boogeyman

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eu tenho medo da solidão.

Ela me mantém em seu abraço irredutível e susurra coisas feias em meus pensamentos.

Eu desfaleço em seus braços por um momento.

E seu silêncio me preenche e me faz sentir inerte. Distante de tudo e todos. E até de mim.

Descolada de minha própria pele porém amarrada mesmo assim.

Eu estou amarrada.

Minha alma clama...

Me ouça.

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Inesperado

Se você estiver esperando por algo, talvez fique impaciente ou ansioso com a demora. E por isso, talvez, o extraordinário seja um dos pequenos prazeres da vida.

A verdade é que a gente sempre está esperando algo: A hora passar para ir para casa. O pedido chegar para matar a fome. O sono para dormir. Esperamos tudo o que faz parte da nossa rotina, mas o que esperar do que você não está esperando?

Claro que muitas vezes julgamos o inesperado como algo ruim, porém, é bem verdade que uma parte das coisas boas da vida acontecem de forma inesperada, e o meu inesperado foi maravilhoso: VOCÊ.

E eu estava bem, nunca pensei que esperava por algo ou alguém, mas você chegou. Talvez se tivesse noção que te esperava, nem teria tido toda a paciência necessária para esperar.  Mas você chegou e trouxe a certeza de que era você que eu precisava, e esse tipo de certeza não tem logica, a gente simplesmente sente.

É cômico quando o inesperado vira amor, e cada pequeno encontro é um carnaval de emoções, e quando digo amor me refiro ao amor romântico, aquele que te faz ter medos bobos e coragens absurdas, aquele que descompassa o coração em cada toque.

E no amor romântico descobrimos duas grandes verdades: A primeira é que quando na Teoria da Relatividade, Albert Einstein propôs que o tempo pode deixa de ser um valor universal e passar a ser relativo ao ponto de vista de cada um, ele nunca teve tanta razão. O tempo e o espaço costumam ter inveja de amores honestos, quando estamos juntos, horas são segundos, na ausência do amado, cada segundo é um quarto de hora.

A segunda verdade é que o amor é a única revolução verdadeira, que na vida a gente passa por muita coisas, porém, o amor é o único capaz de revolucionar tudo o que você entende sobre você mesmo.

E agora que você chegou: Bem-vinda, fica à vontade, só desculpa a casa e o coração bagunçado, eu não estava preparado para toda essa intensidade, engraçado que você chegou e nem era dia de um novo amor.

[Parte 1]

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Penumbra, queria-me louco de amores por ti? fui de sã à insano, perdi o rumo e mudei os planos misericordioso, religioso, puritano talvez padre mas nunca santo queria-me tão seu que esqueceu de ser de si mesmo? fui pouco porquê me faltou alguma coisa antes da penumbra antes da pergunta, fui me réu, testemunha, juiz nem tanto queria-me sem máscaras? fui do palco para plateia do campo ao banco, da reza ao santo fui tudo em todos os momentos e tentei preencher-me de ti por todos os cantos fui poético quando só me restou lembranças na tentativa de ser adulto chorei como uma criança.

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O menino de botão e a flor

Havia um globo de neve carregado de sonhos, numa loja que desconheço, não havia etiqueta de valor nele, mas dentro continha algo curioso. Um menino de pano, com botões e uma flor, que ele tomava em sua mão. Bastava uma sacudida no globo e ambos entravam em uma dança com os flocos de neve caindo, parecia mágico, e acredite eu tentei dar outro nome pra coisa.

Certo dia a flor insatisfeita, instigada com a ideia do que haveria lá fora, quis sair. O garoto então, ao perceber.. entristeceu-se, pois o desejo dela foi suficiente pra rachar o vidro. Ela tomando a iniciativa, pegou um dos botões do menino e fez um buraco p/ sair, fazendo ao mesmo tempo, com que uma de suas pétalas caíssem, o garoto percebe a queda.. e a toma pela mão, num impulso, que pulou pra fora também, indo á seu encontro.

Ao passo que caminhavam, o "mundo" de fora até que não era tão ruim, cantarolando assim o menino com sua flor na mão. Até que ela começou a desgastar-se, fazendo com que suas pétalas caíssem ao chão, sem nem mesmo perceber. O sol escaldante secava-a, A torrente de pingos de chuva murchava-a, e consequentemente o garoto de pano e botões, também perdia a vivacidade das cores, de seu pano, sua costura, a leve curva de seu sorriso. Deixando assim também, botões ao chão, lembrando João e Maria, que marcavam o caminho para não perderem-se. Mas nesse caso... quem ousaria segui-los?

Com o passar do tempo, veio o desgaste, porém, felicidade no semblante da não mais bela flor, até o sentido da palavra bela, morria com ela. Que viera a morrer nas mãos do menino desbotado, encharcado.. chafurdado com as escolhas. Decidiu seguir pelas pétalas, e seus botões alçados ao chão de onde percorreram. Voltando assim, para onde jamais deveriam ter saído, sendo um dia de chuva desses, suficientes para encher o velho globo furado.

Matando ambos assim, numa doce vaidade.

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caindo por escolhas

a falta do seu amor me rendeu pelo menos uma grande alteração no fígado. por um lado parecia ruim por outro encontrei belas formas de me anestesiar de você

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Primeiro

Você começa sonhar acordado para se distrair da realidade, a sensação é tão boa que chega a assustar, e entao

Faz isso por horas

Dias

E então acaba sempre procurando outras formas de fugir da realidade.

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Nunca foi sobre querer morrer, é sim sobre calar meus demônios e fantasmas internos.

- Haylley Wolf

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existe uma beleza única em todas as suas imperfeições em cada centímetro da tua existência.

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sua respiração

do outro lado da cidade

corta as esquinas

e ainda me dói.

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há um amargor presente em minha língua e um nó incômodo em minha garganta.

a distância entre nós deixou de ser apenas física, como se nossa conexão houvesse perdido o sinal.

existe um pouco de você em cada fragmento meu, em cada cômodo da minha casa, e toda vez que paro pra analisar meus olhos se tornam marejados. choro de saudade do que um dia fomos nós.

sei que teu amor por mim não habita mais teu coração, se esvaiu, se perdeu em algum lugar na infinidade do teu ser.

o que resta agora sou eu, lutando incessantemente pra te manter perto, mesmo sabendo que sua vontade é partir. de mim. de nós.

minhas mãos trêmulas seguram as tuas escorregadias, cada vez que te sinto menos é um retalho a mais no peito.

queria implorar pra que não me soltasse, mas seria egoísmo.

pode voar, passarinho. só não esquece que um dia já fui teu ninho.

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tenho a sensação de que engoli mil sóis, eles explodem, brilham e queimam dentro de mim, até meu âmago é incendiado. meu peito arde em brasa, fico em carne viva. iluminada e amortecida. ainda não decidi se é algo bom.

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a gente era pura urgência, lembra?

sentíamos as descargas elétricas nos nossos corpos antes mesmo de nos tocarmos, e quando tua mão encontrava minhas curvas eu me sentia em pleno curto-circuito. nós éramos fogo que não apagava, e a vontade imensurável de só colocar mais lenha até nos consumir

e eu não me importava de queimar com você.

te ver me fazia ter vontade de te ter no dia seguinte, e no próximo, e em todos os outros que se seguissem depois dele, porque a fome que eu tinha de ti falava mais alto do que o raciocínio lógico e eu só queria me perder entre nos fios do teu cabelo e o cheiro do teu pescoço.

a gente era pura urgência, lembra?

te encontrava no pensamento até nos espaços de tempo que não tinha tua presença física, e o desejo de ter tuas pernas enlaçadas nas minhas aumentava sem eu perceber. tua companhia alegrava meus dias, e tu era aquele pedacinho de céu no meio de todo o resto ruim

na tua boca eu encontrava o bilhete para o paraíso, e a pressa de encontrar teus lábios me consumia até o momento que tu me tocava, e era ali que eu percebia que não era mais minha

era nossa

e da nossa combustão.

a gente era aquela urgência de ser, de se ter, e de se pertencer.

Vanessa Gomes, voarias

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te amar... te amar foi como se achar depois de estar tão perdido, como enxergar uma luz no fim do túnel depois de tanto tentar percorrer pela escuridão completamente sem esperanças, como chuva depois de anos de seca

te amar foi como voltar para casa depois de tantos dias fora.

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estamos tão acostumados a sermos deixados pra trás que quando alguém bom entra pela porta da frente das nossas vidas e diz que quer tentar alguma coisa a gente recua e volta correndo pro quarto chorando

a gente tem medo de quem traz a felicidade porque não sabemos lidar com ela

toma aqui, pega e vai

abre os braços pro amor que pode não ser o da sua vida para sempre mas será no agora e o que você tem, além do agora?

além desse amor, dessa pessoa dessa sensação na barriga tarde da noite dessa adrenalina que é, meu deus do céu, começar a gostar de alguém

e ser gostado de volta

é disso que você pode se orgulhar: de ter coragem de dar a cara ao tapa de não permitir que o medo de algo novo atravesse o seu olhar e de deixar sobre seu coração uma sensação gostosa de quando a gente se sente confortável porque a outra pessoa existe no mundo

e é tão bom essa sensação tomando conta de nós fazendo-nos quase que como crianças: ela reparou no seu cabelo, ele disse que seus olhos são bonitos, você ganhou uma série de elogios, impressões e detalhes que até então passariam despercebidos

estranhos não conseguiriam decifrar o tamanho que você é como ela faz e eu te pergunto: medo do quê?

o coração pode doer, sim. ele não está imune a isso. o coração pode parar por uns segundos, também. mas é a ordem natural da vida: ela rasga, remenda, rasga e remenda. 

o coração pode pulsar tanto que você pensará “é agora que ele sai pra fora de mim e não volta” mas ele, tão esperto, volta sim porque ele, ou a sua alma, ou seu corpo são atestados de que você está sentindo o melhor que pode de que tem se rebelado contra o medo que às vezes deita nos seus ombros de que tem tentado (e é tão importante tentar!) não correr da felicidade

sabe isso que você está sentindo agora? é um sinal de que está vivo, de que eu sangue ainda dança nas suas veias de que seu corpo é capaz de fazer dormir o amor de outra pessoa sem que este queira fugir

sim, você. você é capaz de amar e de ser amado 

e você merece. por que não mereceria? 

então não bata a porta para o amor para alguém que quer oferecer, talvez, fagulhas que outras pessoas nem sequer tentaram

alguém que talvez, e só talvez, queira lançar sobre você as sensações mais incríveis que você nunca teve a oportunidade de sentir 

com os que foram embora e perpetuaram algum trauma alguém que queira tentar, com você, ser melhor ser alguma coisa, ser qualquer coisa

é o universo te chamando para dançar

é o universo pegando pela sua mão fazendo você conhecer cada espacinho da sua casa que pode não ser a mais bonita ou estável mas é o lugar onde o amor dorme

e ele não gosta de dormir sozinho.

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existem sentimentos dentro de mim que sou incapaz de descrever. já excluí todas as anotações que escrevi em meu bloco de notas. por mais que eu tente, essas emoções não cabem em nenhuma definição que eu encontre no dicionário.

é, de longe, a pior sensação que mora no aperto do meu peito: querer gritar e não saber por onde começar.