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Maladaptive Daydreaming Journal
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Maladaptive Daydreaming Journal (Diário do Devaneio Excessivo)
Dia 1 (16/08/2023)
Manhã: Ontem, ingeri muito café e fiquei agitada. Quando dei por mim, estava com os meus fones de ouvido, escutando as minhas playlists favoritas no último volume, o meu corpo balançando de um lado pro outro dentro do quarto e a minha mente presa em um mundo imaginário. Só consegui dormir às 2h10.
Acordei às 9h40 e fiquei na cama até as 10h15. Estava indo e voltando do meu mundo imaginário. Não consegui resistir aos meus impulsos hoje, mas faz parte do processo, certo?
Tarde: Eu tenho um profundo medo de rejeição. É algo tão enraizado em mim que, na maioria das vezes, evito contato com as pessoas, temendo dizer ou fazer algo inadequado, algo que me faça ser desprezada.
Quando converso com alguém, seja um desconhecido ou um amigo de longa data, eu me monitoro para ter certeza de que seja agradável cada palavra que sai da minha boca. E mesmo assim, horas depois, eu me vejo atormentada pelos meus próprios pensamentos. Fico pensando no quão estúpida e esquisita eu pareço aos olhos dos outros. Sinto-me deslocada com bastante frequência.
"Todo excesso esconde uma falta." O que os meus excessos escondem?
Recorro às minhas fantasias sexuais sempre que me sinto ansiosa. Às vezes, isso ocorre de forma intrusiva. Quando percebo o que está acontecendo, já é tarde demais. Estou completamente imersa.
Noite/Madrugada: Eu me odeio. Eu me odeio. Constatar isso é estarrecedor. Há alguma coisa em mim que eu considere digna de amor?
Quem sou eu? Eu estou genuinamente em choque. Eu não sei quem eu sou. Tudo o que eu pensava que era... não passavam de respostas à traumas passados, mecanismos de defesa. Quem eu seria se eu não tivesse passado por todos esses traumas? Quem eu seria se eu não tivesse depressão?
Eu busco agradar as pessoas para evitar a dor da rejeição. Tento não me destacar muito para não causar desconforto nos outros (e ser rejeitada). Crio mundos imaginários para não evitar a dor.
Eu não me reconheço. É como se eu tivesse piscado e, de repente, estivesse presa no corpo de uma mulher de 26 anos. Eu não me sinto uma mulher. Sinto que ainda sou uma menina. Eu ainda tenho as manhas e os comportamentos de uma menina, porque foi esse o modo que aprendi a sobreviver. Apequenar-me para passar despercebida, para não ser vista como uma ameaça.
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