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Emanuela Sant'ana Discussões em Psicanálise
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manusantana754 · 5 years ago
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manusantana754 · 5 years ago
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manusantana754 · 5 years ago
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manusantana754 · 5 years ago
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manusantana754 · 5 years ago
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Da ausência de palavra ao amor da transferência
Por Emanuela Sant'ana
Uma reflexão sobre o tratamento psicológico com autistas
  “O real não está no início nem no fim, ele se mostra pra gente é no meio da travessia”. “O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem” (Guimarães Rosa, 1965).
 Na contemporaneidade, o autismo pode ser considerado um dos mais belos cenários de expressões linguísticas a ser abordado e investigado pela psicanálise, principalmente no tocante às formulações lacanianas sobre o inconsciente e o sintoma. De acordo com Lacan, para situar-se como sujeito no mundo, é imprescindível submeter-se à linguagem, portanto, uma recusa dessa ordem, provocaria uma série de impasses para que um indivíduo se institua no universo falante.
[...] assim, podemos apostar em um trabalho no qual o analista se oferece como parceiro, acompanhando o sujeito em suas invenções originais, que já são uma tentativa de lidar com a angústia. Acompanhar seu movimento e aprender sua lógica abrem caminho para intervir sem invadir. Mais ainda, é fundamental que o clínico se coloque como presente-ausente e evite situar-se como Outro da demanda, sendo uma via o uso da enunciação com falas indiretas, cantadas, murmuradas de modo a esvaziar o horror
Experimentado com a voz. (Flavia Bonfim 2014).
 Todavia, o autista colocar-se no mundo, exatamente a partir de seu fechamento de laço social, é fora do discurso que ele se situa. Muito embora os autistas não se encontrem no período pré-verbal, Lacan, em sua conferência em Genebra sobre o sintoma, por volta de 1975, assinala que os autistas estão na linguagem, porém, tapam seus ouvidos justamente para se “defenderem do verbo”, visto que falar é demandar e é disso que eles se esquivam.
Talvez, seria sobre isso que Maleval (2007) quis afirmar ao situar que os autistas se protegem da emergência angustiante do “objeto voz”, que se endereça a um interpretante e apela por uma escuta, ou seja, a enunciação sustenta um gozo vocal que repousa no campo da linguagem. O que nos faz retomar o mito de Édipo Rei ao ser interpelado pela esfinge, como se a criança autista dissesse ao Outro “decifra-me ou te devoro”! Posição significante que causa horror e angústia na dinâmica familiar.
Com isso, os sujeitos autistas, na tentativa de evitarem o confronto com a enunciação, recorrem à ecolalia, que se desdobra num uso particular que fazem da língua, culminando, assim, numa “verborragia”. Esse recurso traz implicações na fala. Como resposta, têm-se palavras soltas, sob a condição de nada dizer; uma fala sem endereçamento ao interlocutor, perdida do universo simbólico de significação.
Não é à toa que verificamos nos autistas, que conseguem alcançar o circuito falante, a utilização da linguagem de uma forma original ou particular, com voz artificial e sem expressividade. Nessa perspectiva, pode-se encontrar um cenário estereotipado montado por um modo de fala na via do não ser compreendido. Essa saída significante, utilizada por certo número de autistas, trata-se de repetições de termos decorados, pouco expressivos e impessoal.
No entanto, quando trabalhamos com crianças é fácil sentir sua afinidade com a música, mesmo que esta traga em si signos linguísticos, parece que sua forma compassada de inferência simbólica e verbal consegue penetrar o mundo que barra o verbo. A música introduz um ritmo, ao mesmo tempo em que a voz aparece mais desarticulada do afeto e é assim que o analista recebe a trilha que o auxilia enxergar os muros que cercam o portão do reino autista.
Toda essa narrativa, não tem por intenção dizer que o autista não fala ou que, por não falar, não temos sobre o que ouvir... Pelo contrário, no silêncio da pessoa autista, pode-se compreender que não são as palavras que farão signo, nem meramente suas expressões corpóreas, pois os tiques, gestos estereotipados ou ecolalia que eles esboçam, atestam que, em seu mundo, os padrões e exigências impelidas pelas demandas sociais não são bem vindos.
Todo o manancial de símbolos e signos que a nós faz sentido, para um autista não passam de bombardeios invasivos e selvagens. Tudo que se espera dos padrões ditos normais ou regras normativas, não são internalizados por esses indivíduos, que se tornam sujeitos barrando o discurso.
Ø  O que se pode dizer deles, se eles nada têm a nos dizer?
Ø  Qual o papel do analista num processo investigativo do comportamento desses indivíduos: moldar sua forma de existir expropriando-os da singularidade?
Ø  Em que implica ouvir um autista e, qual prática clínica conseguiria alcançar uma subjetividade genuína e intocável como a de um autista?
Para finalizar essa reflexão, que não tem a intenção de esgotar as questões que tocam o tratamento com o espectro do autismo, ou com as vicissitudes que cercam o campo dos transtornos da linguagem, tentarei pontuar uma possibilidade do fazer clínico sobre o lugar do analista.
Deve-se considerar que cabe ao analista, sujeito suposto saber, inclinar-se para ouvir o não dito que o autista tem a nos ensinar sobre o seu mundo. Portanto, para se aproximar da verdade que faz calar, é preciso remontar à noção de lógica como se vem investigando a respeito da ética da escuta da prática analítica. Levando em conta que o sujeito que surge durante um ato analítico (o mesmo que no manejo com a neurose, para se alcançar sucesso, é preciso fazer cortes), aqui, no cenário do silêncio autista, faz-se costura, remendos que possam tamponar os furos que dão forma ao eco que grita de forma velada na ausência do discurso, mas que não cessa na produção de sentido.
Muito se tem a descobrir com a singularidade do mundo autista, mais ainda com as investigações e intervenções da psicanálise no tratamento de um transtorno que muito mais se assemelha a um pedido, pedido de silêncio nesse mundo de sons e distorções da fala, onde se grita na tentativa de se fazer ouvir, mas é no silêncio que as atenções se voltam para o lugar do sujeito no campo do afeto, como na música de Roberto Carlos: Um jeito estúpido de amar.
[...] eu tento achar um jeito de explicar...
Você bem que podia me aceitar...
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser...
Mas é assim que eu sei te amar...
Emanuela Sant’ana
Psicóloga Clínica
CRP 05-61163
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manusantana754 · 5 years ago
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Em tempos de pandemia e confinamento, faça uso dos recursos tecnológicos de que dispõe e cuide da sua saúde mental.  Faça terapia on line.  Consulte um profissional capacitado.
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manusantana754 · 5 years ago
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manusantana754 · 5 years ago
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manusantana754 · 5 years ago
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manusantana754 · 5 years ago
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Eu posso até engolir você, só pra cuspir depois...
Notas sobre um sentimento!
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manusantana754 · 5 years ago
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manusantana754 · 5 years ago
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Uma reflexão sobre o tratamento psicológico com autistas
Por Emanuela Sant'ana
“(...) Assim, podemos apostar em um trabalho no qual o analista se oferece como parceiro, acompanhando o sujeito em suas invenções originais que já são uma tentativa de lidar com a angústia. Acompanhar seu movimento e aprender sua lógica abre caminho para intervir sem invadir. Mais ainda, é fundamental que o clínico se coloque como presente-ausente e evite situar-se como Outro da demanda, sendo uma via o uso da enunciação com falas indiretas, cantadas, murmuradas de modo a esvaziar o horror experimentado com a voz.” (Flavia Bonfim 2014).
Na contemporaneidade, o autismo pode ser considerado um dos mais belos cenários de expressões linguísticas a ser abordado e investigado pela psicanálise, principalmente no tocante às formulações lacanianas sobre o inconsciente e o sintoma. De acordo com Lacan, para situar-se como sujeito no mundo, é imprescindível submeter-se à linguagem, portanto, uma recusa dessa ordem provocaria uma série de impasses para que um indivíduo se institua no universo falante.
Todavia, o autista colocar-se no mundo exatamente a partir de seu fechamento no laço social é fora do discurso que ele se situa. Muito embora os autistas não se encontrem no período pré-verbal, Lacan, em sua conferência em Genebra sobre o sintoma, por volta de 1975, assinala que os autistas estão na linguagem, porém tapam seus ouvidos justamente para se “defenderem do verbo”, visto que falar é demandar e é disso que eles se esquivam.
Talvez, seria sobre isso que Maleval (2007) quis afirmar ao situar que os autistas se protegem da emergência angustiante do “objeto voz”, que se endereça a um interpretante e apela por uma escuta, ou seja, a enunciação sustenta um gozo vocal que repousa no campo da linguagem. O que nos faz retomar o mito de Édipo Rei ao ser interpelado pela esfinge, como se a criança autista dissesse ao Outro “decifra-me ou te devoro”! Posição significante que causa horror e angústia na dinâmica familiar.
Com isso, os sujeitos autistas, na tentativa de evitarem o confronto com a enunciação, recorrem à ecolalia que se desdobra num uso particular que fazem da língua, culminando, assim, numa “verborragia”. Esse recurso traz implicações na fala. Como resposta, tem-se palavras soltas, sob a condição de nada dizer; uma fala sem endereçamento ao interlocutor, perdida do universo simbólico de significação.
Não é à toa que verificamos nos autistas, que conseguem alcançar o circuito falante, a utilização da linguagem de uma forma original ou particular, com voz artificial e sem expressividade. Nessa perspectiva, pode-se encontrar um cenário estereotipado montado por um modo de fala na via do não ser compreendido. Essa saída significante, utilizada por certo número de autistas, trata-se de repetições de termos decorados, pouco expressivos e impessoais
No entanto, quando trabalhamos com crianças é fácil sentir sua afinidade com a música, mesmo que esta traga em si signos linguísticos, parece que sua forma compassada de inferência simbólica e verbal consegue penetrar o mundo que barra o verbo. A música introduz um ritmo ao mesmo tempo em que a voz aparece mais desarticulada do afeto e, é assim que o analista recebe a trilha que o auxilia, enxergar os muros que cercam o portão do reino autista.
Toda essa narrativa não tem por intenção dizer que o autista não fala ou que, por não falar, não temos sobre o que ouvir... Pelo contrário, no silêncio da pessoa autista, pode-se compreender que não são as palavras que farão signo, nem meramente suas expressões corpóreas, pois os tiques, gestos estereotipados ou ecolalia que eles esboçam, atestam que em seu mundo os padrões e exigências impelidas pelas demandas sociais não são bem vindos. Todo o manancial de símbolos e signos a nós faz sentido, para um autista são bombardeios invasivos e selvagens, tudo que se espera dos padrões ditos normais ou regras normativas não são internalizados por esses indivíduos, que se tornam sujeitos barrando o discurso.
 O que se pode dizer deles, se eles nada têm a nos dizer?
 Qual o papel do analista num processo investigativo do comportamento desses indivíduos: moldar sua forma de existir expropriando-os da singularidade?
 Em que implica ouvir um autista; qual clínica conseguiria alcançar uma subjetividade genuína e intocável como a de um autista?
Para finalizar essa reflexão, que não tem a intenção de esgotar as questões que tocam o tratamento com o espectro do autista ou com as vicissitudes que cercam o campo dos transtornos da linguagem, tentarei pontuar uma possibilidade do fazer clinico sobre o lugar do analista.
Cabe ao analista inclinar-se para ouvir o não dito, pois é na ausência da condição de sujeito, suposto saber que o autista tem a nos ensinar sobre seu mundo.
Portanto, para se aproximar da verdade que faz calar, é preciso remontar à noção de lógica como se vem investigando a respeito da ética da escuta da prática analítica. Levando em conta que o sujeito que surge durante um ato (o mesmo que, na neurose, para alcançar sucesso, é preciso se fazer cortes), aqui, no cenário do silêncio autista, se faz costura, remendos que possam tamponar os furos que dão forma ao eco que grita de forma velada na ausência do discurso, mas que não cessa na produção de sentido.
Muito se tem a descobrir com a singularidade do mundo autista, mais ainda com as investigações e intervenções da psicanálise no tratamento de um transtorno que muito mais se assemelha a um pedido, pedido de silêncio nesse mundo de sons e distorções da fala, onde se grita na tentativa de se fazer ouvir, mas é no silêncio que as atenções se voltam para o lugar do sujeito no campo do afeto, como na música de Roberto Carlos: Um jeito estúpido de amar.
“[...] Eu tento achar um jeito pra explicar...
Você bem que podia me aceitar...
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser...
Mas é assim que eu sei te amar...”
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manusantana754 · 5 years ago
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“Do silêncio à ausência de palavras: uma forma de existir”
Por Emanuela Sant'ana
Uma reflexão sobre o tratamento psicológico com autistas:
(...) Assim, podemos apostar em um trabalho no qual o analista se oferece como parceiro, acompanhando o sujeito em suas invenções originais que já são uma tentativa de lidar com a angústia. Acompanhar seu movimento e aprender sua lógica abre caminho para intervir sem invadir. Mais ainda, é fundamental que o clínico se coloque como presente-ausente e evite situar-se como Outro da demanda, sendo uma via o uso da enunciação com falas indiretas, cantadas, murmuradas de modo a esvaziar o horror experimentado com a voz. (Flavia Bonfim 2014).
Na contemporaneidade o autismo pode ser considerado um dos mais belos cenários de expressões linguísticas a ser abordado e investigado pela psicanalise, principalmente, no tocante as formulações lacanianas sobre o inconsciente e o sintoma. De acordo com Lacan para situar-se como sujeito no mundo, é imprescindível submeter-se à linguagem, portanto, uma recusa dessa ordem, provocaria uma série de impasses para que um indivíduo se institua no universo falante.
Todavia, o autista colocar-se no mundo exatamente a partir de seu fechamento no laço social, é fora do discurso que ele se situa. Muito embora os autistas não se encontrem no período pré-verbal, Lacan em sua conferência em Genebra sobre o sintoma por volta de 1975 assinala que os autistas estão na linguagem, porém, tapam seus ouvidos justamente para se “defenderem do verbo”, visto que falar é demandar e é disso que eles se esquivam.
Talvez, seria sobre isso que Maleval (2007) quis afirmar ao situar que os autistas se protegem da emergência angustiante do “objeto voz”, que se endereça a um interpretante e apela por uma escuta, ou seja, a enunciação sustenta um gozo vocal que repousa no campo da linguagem. O que nos faz retomar o mito de Édipo Rei ao ser interpelado pela esfinge, como se a criança autista dissesse ao Outro “decifra-me ou te devoro”! Posição significante que causa horror e angústia na dinâmica familiar.
Com isso, os sujeitos autistas na tentativa de evitar o confronto com a enunciação, recorrem à ecolalia que se desdobra num uso particular que fazem da língua, culminando assim numa “verborragia”. Esse recurso traz implicações na fala, como resposta têm-se palavras soltas, sob a condição de nada dizer; uma fala sem endereçamento ao interlocutor, perdida do universo simbólico de significação.
Não é à toa que verificamos nos autistas que conseguem alcançar o circuito falante, a utilização da linguagem de uma forma original ou particular, com voz artificial e sem expressividade. Nessa perspectiva, pode-se encontrar um cenário estereotipado montado por um modo de fala na via do não ser compreendido, essa saída significante utilizada por certo número de autistas, trata-se de repetições de termos decorados pouco expressivo e impessoal.
No entanto, quando trabalhamos com crianças é fácil sentir sua afinidade com a música, mesmo que esta última traga em si signos linguísticos, parece que sua forma compassada de inferência simbólica e verbal consegue penetrar o mundo que barra o verbo. A música introduz um ritmo ao mesmo tempo, que a voz aparece mais desarticulada do afeto e, é assim que o analista recebe à trilha que o auxilia enxergar os muros que cercam o portão do reino autista.
Toda essa narrativa, não tem por intenção dizer que o autista não fala ou que por não falar õ temos sobre o quê ouvir... Pelo contrario, no silêncio da pessoa autista, pode-se compreender que não são as palavras que farão signo, nem meramente suas expressões corpóreas, pois os tiques, gestos estereotipados ou ecolalia que eles esboçam, atestam que em seu mundo os padrões e exigências impelidas pelas demandas sociais, não são bem vindos. Todo o manancial de símbolos e signos a nós faz sentindo, para um autista são bombardeios invasivos e selvagens, tudo que se espera dos padrões ditos normais ou regras normativas, não são internalizados por esses indivíduos que se tornam sujeitos barrando o discurso.
 O que se pode dizer deles, se eles nada têm a nos dizer?
 Qual o papel do analista num processo investigativo do comportamento desses indivíduos, moldar sua forma de existir os expropriando da singularidade?
 Em que implica ouvir um autista, qual clínica conseguiria alcançar uma subjetividade genuína e intocável como a de um autista?
Para finalizar essa reflexão que não tem a intenção de esgotar as questões que tocam o tratamento com o espectro do autista, ou com as vicissitudes que cercam o campo dos transtornos da linguagem, tentarei pontuar uma possibilidade do fazer clinico sobre o lugar o analista.
Cabe ao analista inclinar-se para ouvir o não dito. Pois, é na ausência da condição de sujeito suposto saber que o autista tem a nos ensinar sobre seu mundo.
Portanto, para se aproximar da verdade que faz calar, é preciso remontar a noção de lógica como se vem investigando a respeito da ética da escuta da prática analítica. Levando em conta, que o sujeito que surge durante um ato (o mesmo, que na neurose para alcançar sucesso é preciso se fazer cortes), aqui, no cenário do silêncio autista se faz costura, remendos que possam tamponar os furos que dão forma ao eco que grita de forma velada na ausência do discurso, mas que não cessa na produção de sentido.
Muito se tem a descobrir com a singularidade do mundo autista, mais ainda, com as investigações e intervenções da psicanálise no tratamento de um transtorno que muito mais se assemelha um pedido, pedido de silêncio nesse mundo de sons e distorções da fala, aonde se grita na tentativa de se fazer ouvir, mas é no silêncio que as atenções se voltam para o lugar do sujeito no campo do afeto, como na música de Roberto Carlos: Um jeito estupido de amar.
[...] Eu tento achar um jeito pra explicar...
Você bem que podia me aceitar...
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser...
Mas é assim que eu sei te amar...
Emanuela Sant’ana Psicóloga Clínica - CRP02/14452 F: (081) 96898966 Email: [email protected]
Referencias
LACAN, J. Conferência de Genebra sobre o sintoma (1975) In: Opção Lacaniana – Revista Brasileira Internacional de Psicanálise. São Paulo: Editora Eólia, n. 23, 1998.
MALEVAL, J. “Sobretudo verbosos” os autistas. In: Latusa 12 – Objetos soletrados no corpo. Revista da Escola Brasileira de Psicanálise. Rio de Janeiro, 2007.
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manusantana754 · 5 years ago
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ALIENAÇÃO PARENTAL: A CRIANÇA TROFÉU NA LUTA PELA GUARDA É TAMBÉM A REPRESENTAÇÃO DO SINTOMA PARENTAL NOS CONSULTÓRIOS PSICOLÓGICOS
A síndrome de alienação parental (SAP) foi apresentada pelo psiquiatra norte-americano Richard Gardner, na década de 80, como um distúrbio infantil que acometeria, especialmente, menores de idade envolvidos em situações de disputa de guarda entre os pais. O autor acentua que, a síndrome consiste na prática de uma certa programação ou lavagem cerebral exercida por um dos genitores para que o filho rejeite o outro responsável (Gardner, 2001).
Muito se tem falado, atualmente, sobre esta prática e as implicações disso na relação do filho com o genitor que sofre o ataque. No entanto, nos consultórios, o que reverbera são os sintomas mais diversos que chegam à clínica encarnados no corpo da criança, mas que respondem, acima de tudo, ao desejo e aos ditos dos pais. Não por acaso, o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-V, apresentou o maior número de novas formas clínicas e afetações do universo infantil de todos os tempos.
Trata-se dos tão discutidos e populares transtornos que atravancam o desenvolvimento das crianças e adolescentes nas escolas, a DDAH, o Autismo e suas contingências, as disfunções da fala, da escrita e diversos modelos de dificuldade de aprendizagem e de relacionamento que as famílias e as escolas têm experienciado de forma gritante todos os dias.
É a partir da demanda, trazida com frequência pelos pais, que pode ser encarado o modo como é constituído o sintoma na criança. De fato, levantaremos a hipótese que o sintoma é uma resposta construída a partir da angústia de um dos pais, ou dos dois, resultante da posição ideal infantil parental. Entendemos com isso a posição que leva cada um dos pais à própria castração, na ideia de uma inter‐relação entre o sintoma da criança e o dos pais que o levam para a consulta (Robert Levy, 2008).
Diante deste cenário, a SAP foi sugerida para constar no rol de categorias diagnósticas ou transtornos mentais infantis incluídos no DSM-V, uma vez que alto índice de crianças e adolescentes em sofrimento relatam sobre a disputa dos pais.
Oportunamente, e pensando no papel do psicólogo no ambiente jurídico, é tempo de chamar a atenção da sociedade para o sofrimento da criança diante dessas pressões. O filho que está sob o poder imperativo do genitor que lhe oprime, mesmo que apenas por meio de palavras, sugestões ou apelos, passa a expressar no corpo ou no comportamento aquilo sobre o que ele nada pode dizer. E é aí que surge o grande desafio para o psicólogo em seus atendimentos, principalmente, quando da elaboração de laudos e pareceres psicológicos para subsidiar a decisão judicial.
Seja nos consultórios particulares, na escola ou sob solicitação do tribunal, o terapeuta é posto numa condição delicada, entre as exigências da lei ou da escola que solicitam um diagnóstico, ou seja, uma solução para o problema e o apelo da família que demanda a cura para o sofrimento que assola a criança.
Diante disso, o profissional psicólogo é convocado a se inquietar frente ao como fazer para lidar com o tempo cronológico que exige respostas, como a produção de um relatório psicológico e, ainda assim, ter manejo para observar os fragmentos que montam o quebra‐cabeças que lhe irá possibilitar compreender as razões que têm levado, cada vez mais cedo, crianças em sofrimento a procurar ajuda profissional. No entanto, quase sempre, são sofrimentos experimentados de forma atemporal e decorrentes do modo como o casal parental lida com a separação e o que, de fato, a criança representa para este contexto familiar.
No trabalho com crianças, a pedido do tribunal ou da escola, na luta pela guarda ou dificuldade de relacionamento com o ex cônjuge, o psicólogo se depara com uma demanda obsessiva, causadora de sofrimento, expressa nas entrelinhas dos discursos apresentados pelos pais, que chegam para o atendimento em busca de ajuda para seus filhos. Esse sofrimento é, quase sempre, mediado pelo desejo dos pais, que tendem a apresentar seus filhos como verdadeiros troféus diante do embate.
“O que faz então, apesar das dificuldades, a família procurar por assistência psicológica, não é a presença ou a ausência de sofrimento. Uma neurose infantil tem mais probabilidades de ser levada a tratamento quando os seus sintomas são conturbadores para o meio ambiente. Os pais deixam-se guiar na avaliação quanto à seriedade da situação pelo impacto da neurose da criança sobre eles mesmos” (ANNA FREUD, 1971).
Refletindo a partir do pensamento de Anna Freud, pode-se questionar se as escolas e os tribunais também estão sofrendo as consequências por conta da fragilidade com a qual as famílias têm constituído a dinâmica de relacionamento do casal parental e o lugar que a criança - sujeito em desenvolvimento - tem ocupado nesse processo.
E como diria, de maneira fabulosa, o poeta Belchior ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais.
Emanuela Sant’ana é psicóloga clínica formada pela Faculdade ESUDA - PE, Especialista em Psicologia Jurídica pela Faculdade Candido Mendes – AVM e Perita na vara de família no Rio de Janeiro
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manusantana754 · 5 years ago
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