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mariaclaraportfolio · 6 months
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Ed. 7 | Consciência Negra | nov. 2023
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Atuação como subeditora da edição e repórter na reportagem especial "A Ascensão da Música Negra na Cena Alagoana".
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mariaclaraportfolio · 8 months
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Outside Podcast: Episódio #27 - Privacidade
A privacidade pelo que se conhece comumente seria tudo aquilo que é considerado íntimo, particular, que não deve ser exposto a outrem. Porém, diante da exposição na internet, existem novas formas de limitar parâmetros do que viria a definir a privacidade. Neste episódio do Outside Podcast falaremos sobre a perspectiva dos jovens do que é privacidade na era das mídias sociais. Contaremos com a participação do Doutor em Psicologia e Diretor de Educação da SaferNet Brasil Rodrigo Nejm e da Policial Penal e bacharel em Direito Maísa Crescêncio.
Série desenvolvida pelos estudantes do curso de jornalismo da UFAL, sob orientação do professor Vitor Braga. Apresentadoras: Ana Cerqueira, Laura Albuquerque, Maria Clara Godoy e Maria Clara Tenório.
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RESISTÊNCIA E EVOLUÇÃO
A cena do RAP em Maceió
Por Maria Clara Godoy
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Fotografia por Pedro Sant @malandrosant
O RAP é um estilo musical derivado do Hip-Hop, um movimento cultural que surgiu nas periferias dos Estados Unidos na década de 70, como forma de manifestação artística e política contra a desigualdade social e as violências sofridas pelas minorias marginalizadas. Em tradução livre, “RAP” significa “Ritmo e Poesia", unindo os dois obtém-se o resultado da musicalidade. No Brasil, a chegada do RAP se deu em meados dos anos 80 no sudeste do país, também se concentrando em regiões periféricas, bem como nos Estados Unidos, representando manifestações contra injustiças, racismo e exalando resistência.
Com o passar do tempo, o RAP desenvolveu mais vertentes temáticas que dividem espaço com a militância, o que o fez ganhar mais notoriedade, inclusive midiática com artistas principalmente do Rio de Janeiro e de São Paulo. Em Maceió, o movimento ocorre majoritariamente de forma independente e vem crescendo cada vez mais, não só o RAP no setor musical, mas também outras áreas que são abrangidas pelo Hip-Hop. 
ARTISTAS
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Fotografia: reprodução do Instagram @malandrosant
Pedro Sant é designer, filmmaker e fotógrafo. O jovem de 22 anos começou a produzir conteúdo fotográfico e audiovisual nos principais eventos de Hip-Hop de Maceió por indicação de amigos, principalmente do grupo NSC - Neurônios SubConsciente, e devido a seu talento e visualização do movimento de forma estruturada veio ganhando notoriedade em seu espaço de atuação. 
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Fotografia: reprodução do Instagram @jm_scal82
João Marcos Arruda, mais conhecido como JM $cal, tem 22 anos, é acadêmico em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas, e diz que para conseguir custear o investimento em sua carreira trabalha como gerente em uma empresa de tratamento acústico, mas sua real profissão é tocar os corações das pessoas com o RAP. O artista começou a demonstrar interesse pela área em 2015, mas apenas em 2018 se direcionou de fato para a produção musical.
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Fotografia: reprodução do Instagram @hunavoz
Alice Steffane Santos Barboza tem 21 anos, e é artisticamente conhecida como Huná. A cantora começou sua carreira postando vídeos motivacionais em suas redes sociais, e vem se destacando na cena do RAP maceioense devido suas composições criativas que exaltam o empoderamento feminino. Ela afirma que seu sonho enquanto artista é mudar a realidade da sua família. 
Mesmo com a resistência e evolução do cenário independente, em Maceió, o gênero produzido por artistas locais não têm tanta visibilidade. Para JM $cal, o RAP em Maceió não tem tanto reconhecimento devido à xenofobia e à falta de união entre os próprios artistas.
“Eu acredito que na cena de Maceió não faltam talentos, mas sim união. [...] Acho que não existem vários artistas em busca de algo em comum, algo a alcançar, vejo como uma coisa mais dispersa, cada um fazendo o seu [...] Em Salvador, eu fui no Pelourinho, assistir o show do Lobo Ravi, ele é muito brabo, não só ele, mas Moreno MC, RAP Nova Era, os caras lá de Salvador têm uma cultura realmente forte, você vê que é algo muito original, que é algo muito deles [...] Não que falte originalidade na cena de Maceió, mas a gente não tem esse ponto de vista como outras culturas, como em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro [...] ainda vejo a cena de Maceió um pouco retrógrada, talvez seja porque não estamos no eixo São Paulo e Rio de Janeiro, e ainda tem a quest��o da xenofobia que quem faz RAP aqui no nordeste sabe do que eu tô falando, pra a gente, além de tudo, ainda tem que fazer mais esforço pra dar certo do que qualquer pessoa da cena de São Paulo e Rio de Janeiro. A aceitação do público não é a mesma.”
Pedro Sant afirma que além da desunião faltam oportunidades. “A cena é precária, a galera não abre portas para o nosso estilo, são poucos os ouvintes que acreditam na possibilidade do RAP aqui em Maceió, acredito que a rapaziada não se mistura tanto quanto deveria. A gente vê isso até nas culturas mesmo, que deveriam ser mais enraizadas na nossa região, novas culturas estão aparecendo e outras criando estéticas assim como o RAP alagoano [...] A gente tem pouca gente ouvindo RAP alagoano ou falando de artistas alagoanos na cena, enquanto uns e outros valorizam artistas de fora, acredito que os artistas da casa estão começando a ganhar cada vez mais seu espaço, mas isso tem sido bem difícil com pouca gente interagindo.”. 
Além da falta de visibilidade, há ainda a desvalorização e o descaso com os artistas por parte das produtoras de eventos. Os artistas declaram que pelo fato de muitas produtoras não serem geridas por pessoas que realmente integram o movimento, o foco é apenas o lucro, e o real propósito da arte é esquecido. “Não posso generalizar, mas a grande maioria visa apenas o próprio lucro. Já fiz shows onde me barraram de tomar uma cerveja, e olhe que já era um combinado. Faltam pessoas certas para fazer um movimento e uma produção de verdade.” Disse Huná.
“[...] Tem umas produtoras que falam que só estão dando oportunidade, e no camarim nem água direito tem, tem outras que pagam cachê, mas se for tirar todo o corre da equipe, às vezes não sobra uma grana para o real motivo da parada, pouquíssimas oportunidades para o real motivo de todo o movimento”, completou Pedro Sant.
Entretanto, apesar de todos os obstáculos enfrentados pelos artistas e pelo próprio movimento cultural, alguns talentos se destacam mais, e outros se mostram bastante promissores. “[...] Falo do grupo Nsc, Família 33 entre outros que já estão na cena há alguns anos de verdade. Temos artistas muito bons, Falo da Huná, DABIIG, KV e uma geração da TDQ Estúdio, que está chegando com uns sons daora, entre outros da nova geração que estão surgindo, temos vários de verdade!” declara Sant.
A cena do RAP em Maceió infelizmente é bastante negligenciada culturalmente. Embora exista uma independência artística gritante, estes artistas precisam de investimento para se consolidar, o que muitas vezes só alcançam quando se deslocam para as grandes capitais, tendo que ultrapassar várias barreiras incluindo o preconceito regional, considerando que o berço e a maior concentração do gênero musical encontra-se no sudeste. No entanto, espera-se que os novos artistas possam trazer cada vez mais visibilidade para o panorama maceioense, proporcionando assim para esse cenário de resistência, uma evolução cultural e fortalecimento da música local.
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