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Que não te esmurrem com as mãos que te acariciam
Que não te ofendam com a boca que te beija
Que não te arranquem sonhos prometidos
Que você tenha seus próprios sonhos
Que não te calem com palavras de amor
Amor não bate
Amor não mata
Amor sacia
Amor respeita
Autora: Grazi
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Caso de Somayeh e sua filha Rana
Casada jovem e sem amor, a iraniana Somayeh Mehri viveu constantemente sendo vítima de agressão pelo marido Amir. Quando finalmente criou coragem para se divorciar e dar fim a todo o sofrimento, foi ameaçada pelo mesmo: “se você insistir no divórcio, perderá seu próprio rosto”. Numa noite, tal ameaça tornou-se realidade. Somayeh e sua filha Rana Afghanipour, enquanto dormiam, foram atacadas com ácido sulfúrico pelo marido, no caso de Somayeh e pelo próprio pai, no caso de Rana, deixando-as com o rosto desfigurado. Elas precisaram passar por inúmeras cirurgias. Ainda assim, Somayeh ficou totalmente cega e Rana perdeu um de seus olhos.
O caso é recente, ocorreu em 2011, ainda hoje esse é o motivo de diversos ataques que milhares de mulheres sofrem em diversos cantos do mundo. De acordo com a Declaração Universal Artigo 12 “Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques a sua honra e reputação” e Artigo 16 “I) Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, tem o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. II) O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes. III) A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado”. Então, por que isso ainda ocorre tão frequentemente?
Se tratando de leis, tal ataque também gerou uma forte discussão à respeito da venda de determinados tipos de ácidos, sendo proibida a venda de ácido sulfúrico e outros que possam causar danos à vida de alguém. Avanço em relação a este aspecto.
Mas e Somayeh e Rana, como vivem agora?
Mesmo com o apoio de sua família, elas preferiram se isolar do mundo, sobrevivendo juntas graças ao amor que uma sente pela outra. Amor que se sobrepõe a dor que as duas passaram.
As imagens acima, apesar de não mostrarem mães e filhas “perfeitas” como faz a mídia, mostram de maneira bem mais humana e sensível a beleza da maternidade.
Por trás dessa triste história, que se prevaleça este amor indestrutível.
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Por que é tão difícil falar sobre aborto no Brasil?
Aborto.
Um dos temas mais difíceis de se debater no Brasil. Mas, se continuarmos a fechar os olhos, estaremos colocando a vida de milhares de mulheres em risco.
A PEC 29/2015 propõe a alteração do art. 5° da Constituição Federal que diz: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:” para a mudança no seguinte trecho: “garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito a vida desde a concepção”. Assim, pode-se entender que mesmo em casos de estupro e risco de vida para a mãe e o feto, o aborto poderá ser proibido, pois o procedimento ameaça a existência embrião. A justificativa elaborada para a alteração foi a seguinte: “A omissão no texto constitucional sobre a origem da vida vem permitindo grave atentado à dignidade da pessoa humana que se vê privada de proteção jurídica na fase de gestação, justamete(sic) a fase em que o ser humano está mais dependente de amparo em todos os aspectos”. Porém, essa ideia também fere a dignidade das pessoas já nascidas que se encontram em situações de vulnerabilidade sem condições para ter um filho. Além disso, convenhamos que um embrião não esteja tão preocupado se existem advogados para não serem despejá-dos de um útero.
Num país onde a maioria é religiosa, e utiliza de sua religião para decidir leis que dizem respeito a todos, pode-se entender porque existe essa falta de conhecimento para compreender a necessidade de se legalizar o aborto. Devemos abrir a cabeça para os dados: com 10 anos de legalização do aborto, Portugal mostrou que, desde 2012, não houve nenhuma morte relacionada ao procedimento. Já no Uruguai, com 5 anos de legalização, para realizar o procedimento, a mulher é acompanhada por uma equipe de saúde, assim os últimos dados apontam uma desaceleração dos números de aborto de um ano para o outro.
A proibição do aborto não acaba com o aborto. Afinal, ele acontece clandestinamente, colocando a vida das mulheres, principalmente das mais pobres, em risco. A maternidade não deve ser uma obrigação quando se existem tecnologias e conhecimentos para interrompê-la. Vale lembrar também que, no cenário brasileiro, milhares de pessoas negras já nascidas são mortas em periferias, e isso não causa tanta revolta que a possibilidade de interrupção do desenvolvimento de um embrião. Nunca vimos a legislação brasileira lançar alguma proposta para que se acabem com o uso de armas de fogo no país.
Por fim, a maneira mais eficiente de se reduzir o número de abortos no Brasil é propor melhorias na educação, criação de programas de planejamento familiar com equipe multiprofissional (assistente social, psicólogos, etc) e a própria legalização do aborto. É necessário que o procedimento seja visto como uma questão de saúde pública e não como um pecado. Assim, estaremos avançando na luta a favor de uma sociedade mais justa.
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Por que falar sobre violência contra mulher?
No Brasil, homens e mulheres são vítimas de violência, na maioria das vezes, os homens se envolvem em contextos de violência urbana entre eles mesmos, já no caso das mulheres, são vítimas de pessoas com quem têm relação afetiva e acabam morrendo em casa. Realidade cruel.
Em 2006, foi criada a Lei Maria da Penha para proteger as mulheres da violência doméstica. Ela foi extremamente importante para forçar a sociedade brasileira a discutir sobre a questão da mulher, delimitando as relações amorosas em agressão psicológica, sexual e física. Muitas vezes, a mulher não consegue perceber o quão grave é a violência que sofreu, mas sabe que existe a Lei Maria da Penha para protege-la. Em briga de casal, se põe a colher sim!!!
Isso se dá graças a grande visibilidade que os movimentos feministas vêm ganhando no decorrer dos anos. Mas, ainda assim, o grande desafio do Feminismo é pensar formas de prevenir que ocorram essas agressões e como tratar dos agressores. Desafio bastante difícil, visto que vivemos numa sociedade machista onde novelas de horários nobres romantizam relacionamentos abusivos e estupros, plateia aplaude quando um ator narra euforicamente o estupro que praticou, humoristas fazem apologia ao estupro e, ainda assim, possuem milhares de seguidores, deputado (segundo colocado nas pesquisas de opinião para o cargo de presidente do Brasil) se dirige a uma mulher e diz que só não há estupra por ela ser feia, grandes emissoras que colocam em seus programas de TV's apresentadores machistas que constantemente humilham as mulheres, entre outras barbaridades que são comuns no nosso cenário brasileiro.
O resultado de tudo que foi citado acima reflete a triste realidade das mulheres no Brasil:
Uma em três brasileiras (com 16 anos ou mais) é vítima de violência, seja xingada, perseguida, amarrada, espancada, esfaqueada, entre outros. Fonte: pesquisa “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil”, realizada pelo Datafolha.
O assédio é uma das principais formas de violência. O levantamento do Datafolha apontou que 40% das mulheres acima de 16 anos sofreram algum tipo de assédio, o que inclui receber comentários desrespeitosos nas ruas, sofrer assédio físico em transporte público e ou ser beijada ou agarrada sem consentimento.
Aumentaram os relatos de estupros. Segundo dados do Ligue 180, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, há um crescimento de 133% no volume de relatos de violência doméstica e familiar em 2016. Entre as denúncias, a central de atendimento identificou aumento de 123% no número de relatos de violências sexuais em relação ao primeiro semestre de 2015. Esse tipo de violência foi puxado principalmente pelos relatos de estupros, que cresceram 147%, chegando a 2.457 casos, com média de 13 registros por dia.
A cultura social brasileira é permissiva com a violência.Apenas no período do Carnaval de 2017, a Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 registrou 2.132 atendimentos a mulheres vítimas de diversos tipos de agressão.
Mulheres negras estão morrendo mais. Segundo levantamento do Atlas da Violência 2017, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), enquanto a mortalidade por homicídio de mulheres não negras (brancas, indígenas e amarelas) caiu 7,4% no período analisado (passando para 3,1 mortes para cada 100 mil mulheres), a mortalidade de mulheres negras teve um aumento de 22%.
O número de medidas protetivas cresce, mas não garante a segurança das mulheres. A Justiça brasileira recebeu, em 2015, 263.426 novos processos referentes a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Fonte: http://blogueirasfeministas.com/2017/08/11-anos-da-lei-maria-da-penha-11-dados-recentes-da-violencia-contra-a-mulher-no-brasil/
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