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Acho que estou só levando a vida como dá. Tem momentos em que até respirar parece difícil, e eu simplesmente não posso me permitir desmoronar de novo. Pra ser sincera, nem lembro qual foi a última vez que não me senti sufocada só por existir e ocupar um corpo físico.
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Sinto que tô presa num ciclo que não acaba nunca. Cansa ter que forçar um sorriso o tempo todo, sabe? Queria ter um motivo que me fizesse levantar animada no dia seguinte… mas, por mais que eu procure, não acho. Acho que é a vida adulta me dando uma surra emocional.
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Fiquei repensando alguns aspectos sociais da minha vida e até que ponto os meus desejos são realmente "meus" e não apenas influências externas.
E, parando para analisar, concluí que não sou nem um pouco ambiciosa em relação ao meu futuro. Tenho pensamentos constantes sobre "me sentir atrasada em comparação com os outros", mas isso não me tornou alguém diferente, muito menos uma pessoa ambiciosa ou obcecada pelo próprio sucesso. De alguma maneira, coloquei na minha cabeça que quero mudar pequenas coisas em mim e no ambiente em que vivo. No ano passado, comecei pelo meu corpo, e este ano pretendo arrumar meu cantinho (quarto), deixando-o mais agradável aos meus olhos, já que sou eu quem convive nele 24 horas por dia.
Se, por acaso, isso significar "atrasar" mais um ano para entrar na faculdade, que seja. Tenho consciência de que, independentemente de onde eu quiser estudar, essa oportunidade vai estar lá me esperando. Meus amigos, consequentemente, vão se formar antes de mim e, possivelmente, alcançar o sucesso em suas carreiras primeiro, mas isso não significa que eu não tenha conquistado nada no meu próprio tempo. Ou, pelo menos, é isso que eu quero colocar na minha cabeça.
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É tanto estresse que um jovem aprendiz passa pra ganhar tão pouco no fim do mês, que às vezes eu me pergunto se realmente compensa tudo isso. O meu professor preferido do curso foi trocado, e o que deveria simplesmente evaporar dali, porque não sabe explicar direito, continua firme e forte. Tacando mais e mais apresentações sem contexto e com muita cobrança, agora começo a entender por que tantos alunos desistem durante esse processo. Não há um minuto de sossego (e, quando há, é temporário). Mal posso esperar pelo feriado de quinta-feira. Estou desejando, ansiosamente, que meu curso técnico emende o feriado. Não aguento mais aquele lugar.
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Eu costumo dizer para mim mesma que detesto o começo da semana, porque geralmente é quando minhas crises ficam mais evidentes, constantes e involuntárias. Nesses períodos, a única vontade que sinto é de chorar, chorar e chorar desesperadamente. A minha garganta dá um nó perfeito, e tudo que eu desejo é a minha mãe. No entanto, consequentemente, não tenho muito para onde correr — minha mãe pode ter os problemas de ansiedade dela, mas não me entenderia por completo.
No pensamento do meu pai, todo esse sentimento se resolveria se eu seguisse alguma religião, se eu acreditasse em algo além do que posso ver, sentir e tocar. E talvez ele esteja certo, toda essa sensação de abandono e medo de perder quem eu amo sumiria se eu acreditasse com mais força em algo maior do que eu mesma.
Porém, é tão complicado me deitar na cama e orar, sempre desejando ter uma rotina alinhada e sem pressão, sem a necessidade de acordar cedo para fazer o básico, para ser uma adulta funcional. Porque, de alguma forma, parece algo tão irracional, mesmo que a maioria das pessoas o faça. E, em certos momentos, me sinto falsa nas minhas tentativas bobas de oração, como se estivesse apenas querendo usufruir algo de alguém (mesmo não sendo essa a minha intenção). É como se eu estivesse tentando usar o "aluno inteligente" da classe para conseguir as respostas da prova de matemática.
Ou seja, segunda e terça-feira trazem a minha pior versão quase sempre, e eu não consigo controlá-la, por mais que eu insista. E eu detesto a minha cabeça por me fazer sentir tanto, sem que haja necessidade de isso acontecer.
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Tenho uma dependência emocional gigantesca da minha mãe, a ponto de, quando ela vai trabalhar, eu me sentir completamente desamparada sem ela por perto. É uma sensação agoniante não tê-la por perto ou, simplesmente, não ter mais aquela certeza de que ela está me esperando chegar em casa como antigamente.
Quando eu era pequena, quase sempre era só eu e a minha mãe. Meu pai era praticamente ausente por causa do trabalho e das horas extras que ela insistia em pegar no antigo emprego, só pra conseguir comprar minhas bonecas todo final de mês. A presença dela sempre foi muito marcante pra mim, e agora, com ela trabalhando, tudo muda um pouco de figura... parece que fico desamparada sem ela por perto.
Mesmo ela sendo emocionalmente ausente, a presença dela me completa. A gente nem precisa conversar na maioria das vezes (só de tê-la por perto, já me basta). E o pior é que, às vezes, eu me sinto como um "homem tóxico", querendo que ela fique em casa me esperando, como se não tivesse o direito de viver a própria independência.
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Eu sempre fico curiosa sobre como as pessoas simplesmente se mudam. Literalmente, elas decidem em um dia qualquer que vão mudar de cidade ou de estado e... simplesmente vão. Como se não existissem obstáculos. Eu já cansei de pedir aos meus pais para que a gente tentasse uma nova vida em outro lugar, nem que fosse dentro do próprio país. Mas, na realidade, essas coisas são bem mais complicadas do que parecem, infelizmente.
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Eu detesto ser uma pessoa maníaca por controle, assim como abomino o fato de que consumir apenas uma refeição livre no mês me afete tanto, a ponto de me sentir culpada por comer algo que fiquei desejando durante um mês inteiro. E essa é a parte sobre a qual poucas pessoas comentam: academia, reeducação alimentar e, consequentemente, o processo de emagrecimento como um todo é algo muito complicado, não apenas pela adaptação, mas também pela mudança de hábitos e pensamentos. Principalmente quando se tem um transtorno alimentar na sua cola, te acompanhando vinte e quatro horas por dia.
Não me arrependo de ter mudado meus hábitos, longe disso. Mas, em alguns momentos, eu só queria me abster de tanto esforço e ser apenas uma garota normal, com pensamentos normais, que consegue comer o que quiser sem sentir que precisa estar no controle o tempo todo.
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Existem momentos em que eu gostaria de viver uma vida tranquila, morar em uma casinha aconchegante (com aparência de casa e não de um contêiner), ter um quarto sempre geladinho e viver em uma cidade onde o clima, durante o ano inteiro, fosse como o de Gilmore Girls.
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Consegui dormir por onze horas e um minuto nesse feriado, e ainda custa cair a ficha que não tivemos aula no curso técnico hoje. Passei a tarde inteira na casa da minha avó, apenas eu e minha família, acompanhados de peixe frito e uma Coca-Cola Zero bem geladinha. Sem academia e sem precisar acordar cedo. Apenas um dia comum, com vinte minutos de bicicleta ergométrica às três e meia da tarde, na casa da vovó. Existem momentos em que a vida realmente sabe como prestar.
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Essa semana passou devagar, pelo menos aos meus olhos. Em algumas ocasiões, eu pensava que já era quinta-feira, quando, na realidade, ainda era terça. Minha rotina no curso técnico pode ser resumida em duas palavras: seminários e atividades (sem contar os ônibus lotados na volta para casa). Acordar cedo quase todos os dias tem acabado comigo aos poucos, tenho consciência de que manter uma rotina de sono legal é essencial e fazer academia mantendo seu corpo ativo também é muito necessário, porém existem momentos onde eu queria me encolher de tanta exaustão mental.
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Definitivamente, a rotina adulta é uma merda. E eu gostaria de sentar e reclamar dela por longos minutos, porque não sou uma pessoa otimista e, muito menos, romantizo a minha vida. Mas, como estou beirando os vinte anos, preciso assumir uma fachada de "boa moça" complacente, gentil e simpática, desde o momento em que acordo para ir à academia até o momento em que atravesso os portões do curso técnico e encerro minhas horas obrigatórias naquele ambiente. Porque, inevitavelmente, ninguém que me cerca tem cem por cento de culpa pelo meu "mal humor" ou indisposição social.
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