.Twisted thoughs that spin 'round my head. ·uns pensamentos conturbados direto do bloco de notas.
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A deriva
Faz algum tempo em que não dá mais. Antes fosse não dar uma academia, uma série chata ou um livro ruim. O que não está dando mais sou eu e o dentro de mim. O vazio não dá mais. O silêncio ensurdecedor não dá mais. Meu corpo é como se ficasse a deriva, boiando em pensamentos desconexos e sem sentidos, buscando de alguma forma de agarrar a uma bóia de sanidade para o tirar de lá. Mas a bóia não aparece. É mar aberto de tristeza, desespero e em uma maioria, solidão.
Por mais cercada de pessoas que eu esteja as coisas já não são as mesmas. Eu não posso correr para a família como eu fazia com um joelho ralado, que aliás dói bem menos que isso que eu sinto dentro de mim. Não posso por razões difíceis de explicar, mas o apoio não existe, assim como a compreensão. Talvez até exista, para não dizer que eu estou sendo rígida e desacreditada demais. Eu tenho uma família incrível, mas com certas limitações para entender que eu estou triste, por dentro, estou tomada de algo escuro que consumiu toda aquela luz que um dia disseram ter visto em mim. E pensar no esforço mental que seria explicar o modo como eu me sinto, já me cansa ainda um pouco mais.
Amigos, quem são amigos? Conto com uma próxima que passa pela mesma solidão que eu, mas boiamos em mares diferentes, embora a dor e desespero sejam parecidos. Um amigo aqui outro ali, conversas esporádicas mas nada que eu possa me abrir de corpo e alma e chorar, entregar a minha dor nas mãos de alguém que está passando a ser desconhecido, mesmo com tantas lembranças.
Amor. Embora eu saiba que possa me abrir de corpo e alma, entregar as minhas dores, dúvidas, anseios e angústias, não me sinto aberta, talvez um pouco travada para embarcar em assuntos que tanto me afundam enquanto o outro tenta tanto ir para cima. Talvez seja até mesmo um pouco de vergonha, por continuar sempre no mesmo marasmo e dor, mas é porque eu não consigo sair disso. Eu juro que não é por querer.
Eu tenho medo de julgamentos, tenho medo que me olhem como sempre, como se eu fosse responsável por tudo que ocorre dentro de mim. É de certa forma, estão certos, eu sou. Mas eu não tenho controle sobre isso, é o que eles não entendem. "Você só vai melhorar se quiser" / "se não levantar vai continuar nesse limbo" / "só você pode se ajudar". E se soubessem como isso machuca.... Eu sou a primeira pessoa a querer levantar, dar bom dia para o sol e ir viver uma vida tolerável e que eu goste! Ninguém diz para alguém de perna quebrada ter forças e sair andando. Eu não sou burra. Mas não depende de mim.
Eu não sei mais como pedir socorro, eu embutido uma máscara que coloco ao levantar e tiro ao dormir quando tudo fica calmo e eu posso chorar. É muito fácil fazer o teatro que leva a crer que você está okay, é muito fácil fingir o estado de espírito que eu de fato gostaria de estar. Mas é teatro.
Uma recaída e os julgamentos virão, as mesmas frases prontas vão surgir, e eu só estou cansada disso.
Será que ninguém me vê por baixo da máscara? Será que ninguém me conhece bem o suficiente para perceber o tamanho da dor que eu estou carregando?
Eu ainda não sei falar, não sei pedir ajuda, eu só espero que me notem. E se não me notarem, que ao menos o carinho e empatia, nos dias que a máscara cai um pouco, aconteçam. Não é sempre que existe força o suficiente para manter uma aparência com o intuito de agradar a todos. Melhorar a vida de todos e não mais a minha.
Com a minha dor eu lido. Eu só não sei lidar com a dor que eu possa vir a provocar ou que eu provoco nos outros.
Eu não me aguento mais.
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Por dentro dos ossos
Parte 1 (?)
A gente fala, debate, discute. Supõe como é e imagina o que o outro sente. Mas você já pensou mesmo nos detalhes sórdidos que é estar na pele, ossos e sangue de uma outra pessoa? Você já pensou nas sensações? Nos medos? Emoções? Já pensou no turbilhão de pensamentos de outro alguém? Eu te respondo que não. A empatia vai até um limite. Alias empatia é algo que muita gente fala mas poucos sabem seu verdadeiro significado. Empatia não é apenas se colocar no lugar de outra pessoa, é acima de tudo pensar da maneira como essa pessoa pensa, e imaginar o que ela precisa naquele momento. E por vezes, nós precisamos que alguém imagine o que nós precisamos. Por vezes, não temos força o suficiente para dizer, para pedir ajuda. Por vezes a fala não sai e o choro silencia.
Você já se realmente colocou no lugar de alguém? Já parou e pensou como aquela sua frase cheia de irritação e grosseria cairia no pensamento de quem escutou? Você sabe a principio as consequências das palavras que você diz? Hoje eu escrevo para mostrar como é estar por dentro dos meus ossos, como de fato é estar na minha pele, com milhares de emoções que eu ainda não sei explicar.
Ler alguma coisa que esconde um ódio, ou uma mensagem com um pouco mais de irritação que o normal, ou uma grosseria sem explicação, é algo que me doi. Na verdade acredito eu que doa em todo mundo, mas a diferença entre eu e as outras pessoas que são patologicamente consideradas normais, é que isso me cai como culpa. Eu sinto como se eu merecesse cada frase ríspida que recebo e como se eu tivesse feito por merecer por aquilo. Sinto como se tudo que acontecesse de mal no mundo fosse minha culpa, e que as pessoas me culpam de fato por isso. Por mais que muitas vezes eu acredite que eu não tenho culpa sobre determinada situação, e até diga a alguns de maneira breve sobre a historia – sobre algo que me deixou triste – eu levo a culpa, eu acredito que aquilo aconteceu por minha causa. Eu vou ficar remoendo por horas até a situação se acalmar e eu brevemente esquecer. Mas a dorzinha fica ali, e quando outra situação semelhante acontece ela volta com mais força.
E se tem uma coisa que eu não tenho mais é força.
Eu olho o senso comum falar que “você tem tudo, não tem porque ser assim”, eu vejo pessoas que não sabem da minha situação me falarem coisas absurdas sobre esse estado emocional e levar numa boa. Eu levo numa boa porque eu sempre tive a fama de raio de sol, eu sempre fui a que “se você não existisse, teríamos que mandar fazer uma de você”, eu sempre fui a louca, a risonha, a despojada, a brava, a determinada. E eu não me reconheço mais como tal. E como doi meu deus. Como doi fingir ser algo que eu já fui! É interpretar o papel ficiticio de uma pessoa que eu conheci tao bem mas que hoje parece tao distante.... é como se eu nunca mais fosse voltar a ser aquela pessoa.
Eu já escutei falarem que eu sou uma das pessoas mais fortes que já chegaram a conhecer. Isso porque eu já aguentei muita coisa sem explodir. Mas eu devia ter explodido. EU DEVIA MUITO. Porque agora todo esse explosivo dentro de mim esta queimando e uma hroa vai explodir minha cabeça e meu corpo. Aos poucos eu estou atrofiando, queimando por dentro e ninguém ve.
Conversar com alguém sobre o que se passa dentro da gente é algo difícil de se fazer. As poucas vezes que eu já tentei me abrir eu fui julgada, exposta, e meus problemas foram considerados bobos demais para merecerem alguma atenção. A cobrança as vezes me deixa irritada, e ao mesmo tempo é uma luta enorme interna, de querer chegar e despejar o mar de merda que me atola, e ficar quieta na minha por achar que não vao entender. Não é nem entender, é porque eu sou tão lotada de bosta, e de situações que me fazem ser como eu sou que se for contar para quem diz que esta a pra ouvir, vao escutar muita coisa. E eu serei a que so reclama, a que não avança no tempo. Mas situações me fizeram ser como eu eu sou e eu sei disso. Fica difícil seguir em frente quando ainda existem correntes em seu que você não tem a chave para se livrar.
Eu não tenho mais forças. Fisicas e psicológicas para lutar contra as pessoas e contra mim mesma. Quando você fica na cama o dia todo, você é taxada de preguiçosa, de “vida boa”, as pessoas acreditam que você esta ali por conforto. E de certa forma é. É o único lugar em que me sinto segura, e é o lugar que me abraça quando o mundo desmorona, o que acontece uma vez ao diz. Mas não é preguiça. EU SEI, EU SÓ EU SEI, as coisas que eu planejo antes de dormir para fazer no dia seguinte mas que não faço porque não existe FORÇA. É como se algo me prendesse pelos pés e sugasse todo o meu animo. O desanimo me acompanha em todos os dias e em todas as horas e situações. E eu choro. Porra eu choro muito porque eu quero voltar a ser como eu era. Eu quero ser a mesma pessoa que chorou e disse que ia desistir da dança, mas que voltou no dia seguinte com os joelhos ralados e roxos pronta para tentar mais uma vez.
Parece que ninguém me entende. Parece que ninguém entende o esforço que é levantar da cama e viver todo dia. O fardo que eu carrego nos ombros e de como eu me sinto um fardo para todos. As pessoas me tratam como se eu fosse um fardo.
Eu não sei mais o que escrever. E nem sei como botar pra fora toda essa bola de pelo que existe dentro de mim. Paro por aqui meu relato, não sei mais como descrever o que sinto, até porque não sei ao certo o que sinto. Só sei que dói. É muito.
Eu to me afogando nas aguas de situações e lembranças que eu conheço. A cada dia eu me afogo mais com as correntes do passado, do medo, que não me deixam nadar para o futuro. A cada dia que passa o medo cresce, a culpa também. A existência pesa.
Eu não aguento mais.
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Engasgada por papéis verdes
Por vezes as pessoas tem uma dificuldade absurda de não se meter na vida do outro. É palpite sobre o que você deve fazer, e o que não deve, como e quando fazer. Coisas que você não pediu ajuda ou uma opinião, mas pessoas querem ter a sensação de que podem controlar uma vida alem da propria. É sufocante quando existem pessoas que apontam o dedo na sua cara para te dizer o quão errada você está mas que não te ajudam, te guiando para um caminho que possa ser possivelmente correto. Meus problemas envolvem faculdade e trabalho. É aquela fase de transição da adolescencia para a vida adulta que deixa qualquer um louco. Qual curso eu escolho? Como eu começo a trabalhar nesse mercado tão instavel? Eu estou no curso certo? São muitas perguntas que me deixam perdida, e em questão de segundos me fazem entrar numa crise existencial. Eu não quero errar de novo. É dificil você criar planos mas não ter dinheiro para realiza-los, e acabar por decepcionar pessoas por conta disso. É chato quando as pessoas que te cercam possuem determinada renda e incluem você em planos que não pode pagar. Quem diz que dinheiro não é tudo, deveria calar a boca, porque esssa mesma coisa que paga todas as contas todo mes, tambem afasta as pessoas. É quase uma segregação. Aqueles roles que voce pode ir que nao vai gastar mais que 20 reais, e aqueles roles que você quer muito ir mas tem que abrir mão. E as pessoas ficam pistolla quando voce diz nao. E isso magoa, porque parecem que elas nao se colocam no seu lugar e tentam ver a vida pelo ponto de vistad e alguem que é afundada em crises depressivas, de ansiedade, existenciais e autoestima e que esta ha tempos procurando um emprego porque sabe da situação que está. Sabe que nao vai dar para pagar a faculdade por muito mais tempo, e que se nao der um jeito nisso vai ter que trancar, ou mudar para uma que não oferece um ensino bom o suficiente. É sufocante ter pessoas sempre falando o que voce deve fazer e o modo como deve. Existem amigas minhas ( ou que eram muito proximas a mim) que tentaram me diminuir por nao ter um salario na conta, esqueceram de falar que o emprego foi cedido pelo pai, que não possuem carteira assinada, e nao tiveram que ir atras de nada. Elas nao sabem como é chegar dando a cara a tapa, já que na linguagem mais simples tiveram tudo na mão. Isso é frustrante, eu queria que estivessem no meu lugar. Contando a breve experiencia que eu tive ao buscar emprego, relato que não tive bons momentos. Negociações pela internet parecem ser faceis, até o numero de vagas de emprego é maior, mas na hora do famoso "vamo vê" não se vê nada. Negociei uma vaga esses dias, o escritorio era novo eu teria um cargo de secretaria, disse que nao havia experiencia e que estava em busca de um primeiro emprego e foi me dito que isso nao seria o problema. Sabe qual era o problema? Minha faculdade. Eu teria que renunciar meus estudos por um emprego que paga um salario minimo, por uma carga horaria de 12 horas se segunda a sabado. Periodo integral sem vida. Eu quero mesmo isso? Analise de perfil feita e o que foi me dito? "Você seria uma otima funcionaria pelo empenho que mostrou durante as entrevistas feitas online e pelo seu perfil nas redes sociais. Mas o fato de estudar atrapalha um pouco. Não estamos querendo contratar alguém que tenha compromissos fora". E nao foi uma unica entrevista online assim. O que eu aprendi enviando curriculos online (que são uma média de 15 por dia - e mesmo assim existem pessoas que querem falar que eu não faço nada): se você falar que não tem experiencia, seu perfil não é nem analizado. Um segundo idioma fluente conta muito, assim como niveis intermediarios no pacote do office e em informatica. A maioria das vagas querem que você trabalhe em periodo integral, e tambem vão descartar se você for estudante. Algumas vagas já dizem logo de cara que nao querem compromisso e que nao vão assinar carteira, outras só falam isso depois, logo depois inclusive de falar que não vão pagar pra você um salario minimo. Agora sobre as vagas presenciais: tive uns 3 dias de experiencias devidamente frustradas. No primeiro dia levei a um shopping da cidade entreguei em alguns locais um pouco antes da epoca de entrega de curriculos para o final de ano, torceram o nariz para mim por eu estar com uma blusa da faculdade e segurando meus materias na mão. (o problema de estudar entraria ai novamente?), no segundo dia tentei algo diferente do comercio em shopping, tentei umas lojas na rua de produtos organicos e manipulados, entre outras que me atrairam enquanto eu andava calmamente procurando onde deixar mais um das 100 folhas impressar. CEM. O que foi me dito nesse dia: "não estamos contratando", "tenta no começo do ano ou no meio do ano". "Estudante? Nosso horario nao é flexivel". "Entraremos em contato" (saindo da loja deixei cair minha chave, quando me virei pude claramente ver aquela porra de folha que imprimi indo pro lixo). Terceiro dia, voltei ao comercio popular de rua, tentando lojas parecidas com as que existem em shoppings, tentar a epoca de temporada e o que foi me dito por quem se dava ao trabalho de falar comigo - porque outros pegavam o papel enfiavam em uma gaveta e viravam as costas, outros nem se davam ao trabalho de saber meu nome- : "temos muito curriculo já, mas deixaremos o seu aqui", "estamos dando prioridade para quem tem experiencia em comercio ou venda, não temos tempo agora no final do ano para ficar ensinando os novos", "tenta no começo do ano, quando as coisas estiverem mais calmas, ninguem ta pegando quem nao tem experiencia" "o horario é integral e vejo que você estuda, dificilmente será selecionada". E eu fico PUTA, eu fico TRISTE, eu fico FRUSTRADA com isso. Porque N pessoas enchem a porra do meu saco para conseguir um emprego, e N pessoas não sabem o quão dificil isso esta sendo. EU SEI CARALHO, das minhas responsabilidades eu mais do que ninguem quero mudar a vida, virar gente e adulta. Eu só queria que as pessoas calassem um pouco a boca. Parassem de me cobrar tanto por uma coisa que eu já me cobro muito. Dinheiro é um problema mundial, afeta a vida das pessoas, fazem seres humanos agirem como animais, e é alvo de muitas discussões... " Quem paga a conta?! " A cobrança externa é forte e a interna mais ainda. Eu vou atrás de um trabalho que me diz claramente que estudar é um problema, que paga um salario minimo e as vezes um pouco menos, que na maioria das vezes nao tem carteira assinada e com jornadas de 10 a 12 horas?! Ser alguem vai ser dificil e doloroso. Vai ser mais dificil e doloroso passar por tudo isso com pessoas sempre apontando o dedo e querendo controlar sua vida, como, quando e onde você deve agir. Eu só não sei quanto tempo eu aguento isso sem explodir com as pessoas, não sei quanto tempo eu vou continuar engolindo sapo e escutando bosta. Por quanto tempo eu vou aguentar? Por quanto tempo mais as pessoas ao inves de ajudarem irão cobrar? cobranças... cobranças... cobranças.... elas nos matam a cada mais.
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Insuficiente
Por quase 24horas do dia eu me sinto insuficiente. Me sinto assim por não corresponder às expectativas dos outros sobre mim ou por não corresponder as minhas próprias?
Eu levanto e evito olhar no espelho, eu não de fato não gosto do que vejo. Não gosto do cabelo, do rosto, das gordurinhas, tem muita coisa que eu queria mudar, ser melhor. Não me sinto suficiente pra mim mesma. Não me acho bonita e nem acho que alguém consiga achar.
Aquele negócio de “é bonita por dentro” não existe pra mim. Não tenho nem o interior e nem o exterior. Mas não é de beleza suficiente que eu estou falando ou quero falar. É do externo, das relações. Eu não sinto que su capaz de fazer alguém feliz, eu nao sinto que alguém é feliz comigo, eu não sinto que as pessoas gostam de mim, ou de que de fato se importam comigo. Eu não sinto que alguém queira estar comigo, mas talvez isso seja algo interno. EU não gostaria de estar comigo.
As pessoas merecem algo melhor que eu.
Não me sinto suficiente para alguém, e constantemente esse pensamento vem a minha mente. Eu não sei se eu faço bem para alguém, e acredito que poderia ser melhor em todos os aspectos possíveis. Eu não sei explicar o sentimento de insuficiência, mas é sempre algo que aperta o peito e me bate desespero porque, eu sei que não sou.
Eu não sou ninguém, sou um peso de papel, um fardo muito provavelmente. Eu me sinto cansada o tempo o todo e sem nenhuma perspectiva de vida. Eu não consigo gostar de mim mesma em nada do que eu vejo. Como alguém vai gostar?
Tem dias que eu acordo bem, achando que posso mover o mundo, e em outros como o de hoje eu acordo fraca, cansada, querendo apenas ficar deitada e observando o mundo ao meu redor. Eu sei de tudo o que preciso fazer mas esse fazer nunca chega. É uma força maior em cima de mim que eu não consigo tirar, isso me deixa triste porque não é preguiça meu deus, não é falta de vontade, eu não consigo.
Eu não sou suficiente pra nada. Eu queria que as pessoas parassem de colocar expectativas em cima de mim, porque eu não sou nada. E é frustrante decepcionar as outras pessoas, mas mal sabem elas que o peso da frustração cai 3x mais forte em cima de mim.
Eu to gritando socorro, mas continuo sabendo que não sou suficiente. E provavelmente nunca serei.
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Para o meu Eu de antes.
Pois bem, de certa forma queria que alguém me falasse no que eu iria me tornar um tempo atrás. Queria que tivessem me dito as coisas pelas quais eu passaria, e que muitas delas ficariam entaladas na garganta por um longo periodo de tempo. Queria que tivessem me dito que a familia não é a base de tudo, pelo contrario, você (no caso eu de anos atrás) vai é se sentir muito sozinha. Mas mesmo assim não se pode desprezar totalmente quem te colocou no mundo. Aliás isso é muito fodido não é não? Você não pede pra nascer, mas de alguma maneira veio parar em todo esse lixo e é tratada na maioria dos dias como tal. Queria falar, avisar, que toda essa força, essa motivação que eu tinha, vai sumir. Se vocês soubessem como eu era cheia de vida... Como obstaculos para mim pareciam coisinhas ridiculas, como eu era a primeira a dar a cara a tapa, a ir atrás, a enfrentar desafios. E pois bem, olha pra mim hoje!! Eu era a pessoa que pensava em desistir mas no dia seguinte estava la, firme e forte. Eu fui a pessoa que quis desistir da dança, que chorou, que voltou pra casa ralada, com dor no corpo, sangrando, mas no dia seguinte foi a primeira a chegar no ensaio e passou 10 horas dançando. Eu sinto falta desse eu. Queria avisar que não, as coisa não vão dar certo. Não sei se é porque você deu mancada ou porque a vida quis assim. Mas sabe aquele sonho? Ele não vai rolar. E pasme, as pessoas vão te culpar por isso. Vão apontar o dedo na sua cara e falar que você não fez o bastante. Sabe, quando a gente é criança somos sempre icentivados a dar o nosso melhor, qualquer conquista diaria é uma festa. A primeira palavra, a primeira andanda, a primeira leitura, a primeira escrita, o primeiro exercicio de matematica feito certo. Mas depois que a gente cresce as pessoas param de ver nossas vitorias, e passama ver nossos erros por mais pequenos que eles sejam. Nada nunca vai estar bom para eles. Em que parte disso tudo as pequenas vitorias ficaram para trás? Em que parte disso tudo as mesmas pessoas que comemoravam com você as coisas mais simples passaram a se importar tanto com os seus mais simples erros? Não é porque você esqueceu uma agua no congelador ou porque não amarrou certo o saco de lixo que merece ser julgada. Não é porque você tem outros compromissos que merece ser deixada de lado. É triste e doentio. As pessoas mudam conforme você cresce e nunca é pra melhor, pelo menos essa é a perspectiva que eu tenho hoje. Pode ser que ela mude? Pode, mas até então sou levada a crer que cada dia que passa fica mais dificil crescer sem um disturbio psicologico. Queria que você, eu de antes, pudesse ver onde chegamos. Acho que você ficaria um tanto triste e puta da vida. O gênio continua o mesmo, mas você vai descobrir que quando cresce fica um pouco mais dificil controlar ele. Acho que você na verdade ficaria decepcionada de ver no que me tornei, no que nos tornamos, no que me transformei. Alguém que acorda sem disposição e vai dormir com menos ainda, isso quando dorme, a insonia vem pegando pesado de um tempo pra cá. Alguém que pensa em mil coisas pra fazer antes de dormir, bola planos e uma rotina tentando crer que o dia seguinte vai ser melhor, que vai estar se sentindo mais motivada. Mas pasme, o dia seguinte costuma ser a mesma merda. Aqueles planos que você fez antes de dormir não vão acontecer, e por sua culpa, minha culpa. Porque você não vai ter disposição, ou porque vai começar uma coisa e não vai acabar, e ela vai ficar sempre ali naquele canto olhando pra você te lembrando do seu fracasso asism como todas as outras coisas que rodam sua mente antes de dormir. Mas não é por falta de vontade, poxa, você fica tão animada com as coisas, mas você simplesmente não consegue. É algo maior que você. E eu fico todos os dias dizendo isso "ei vamos tentar de novo", mas na maioria dos dias a rotina é a mesma: tentar, e falhar. E isso vai te consumindo um pouco a cada dia, que quando você consegue pelo menos levantar animadinha da cama, já é uma baita vitoria. As pessoas vão falar que você precisa parar de ser preguiçosa, de não fazer nada, de ser um peso morto, vão falar que você não se dedica e nem vai atras das coisas. Vão falar que você reclama demais e faz de menos. Vão falar que você não tenta. Vão te taxar de N coisas, mas ninguém de fato vai perceber a realidade: você é triste. Você é triste por tentar todo dia e chegar no final do dia com o saldo negativo. Saturada das pessoas e das criticas que elas jogam sobre você. Vai ficar triste pelas pessoas te compararem sempre com alguem que elas conhecessem "por que fulano d etal vez tal coisa" "porque ciclano é assim", você vai ficar triste pelas pessoas não te enxergarem como de fato você é, e como é chato acharem que por você não manisfestar o que sente, você está bem. Você levanta da cama todo dia, veste uma armadura de flores, e encara o mundo, por mais tapas que ele te dê. Você ta de pé e isso já é um passo gigante. Mas nem todo mundo entende isso. Os julgamentos vão te atingir, as flores vão murchar e você vai cair. Você vai ficar triste, você vai chorar e como vai. Ninguém te vê, e quando você surta, você supostamente estaria "dando piti demais atoa". Ninguém te entende. Ninguém sabe como é ser você. Ninguém sabe o peso das falhas. Ninguém sabe a culpa que você leva. ninguém entende que você não funciona como algumas pessoas, que precisam se inspirar em alguém para tentarem de fato ser alguém. Ninguém entende que te comparando com alguém estão na verdade diminuindo a sua capacidade de se tornar alguém melhor. Estão cortando suas asas, impedindo que você seja como é, por medo de criticas vindo de pessoas que você não quer decepcionar. Ninguém vai entender que você não tem culpa, que o mundo é uma merda mesmo, idependente de você estar aqui ou não. Não vão saber diferenciar o que tristeza de frustração, e isso vai cair em cima de você. Aconteceu um terremoto, a culpa provavelmente vá ser sua porque você não fez x coisa. É assim que as coisas vão passar a acontecer. Mas sabe, quando você estiver muito cansada vai falar o que quer mesmo, o seu ponto de vista, e isso vai deixar as pessoas mais puta da vida com você. Elas não vão ter controlo sobre você, e vão tentar te manipular de colocando pra baixo, tirando seus apoios. Mas você já cresceu meio que sem ninguém, você só vai perder mais algumas pessoas ao longo do crescimento. E quando você não corresponder as expectativas dessas pessoas, leas vão te virar a cara, e vão falar muita merda pra você. Tudo aquilo lá de não ser ninguem, até ter preguiça de respirar. Vão jogar na sua cara o quão inutil você é. Isso é triste. É triste porque me faz pensar em desistir de novo. Isso me faz chorar porque me da medo. Eu to gritando tanto por dentro, eu precisava tanto de ajuda. Mas não tem ninguém que possa me ajudar, ou queira de fato. Existem pessoas maravilhosas que estão no meu caminho e que fazem meus dias mais suportaveis, mas assim como eu, elas tem problemas, e eu não quero ser mais um fardo para aqueles que fazem meu dia bom. Eu já sou um fardo para aqueles que parecem que não me querem em seus dias, imagina para aqueles que acredito eu que querem. São apenas 3. Toda vez um motivo me faz chorar e querer largar tudo. Por mais que eu fale em desistir no dia seguinte eu to acordando de novo, mas por quanto tempo mais eu vou acordar? É triste não ter perspectivas futuras, é triste almejar uma coisa, e ao mesmo tempo conseguir escutar vozes de algumas pessoas dizendo que você não vai conseguir. Ou fazendo uma cara de deboche como se soubessem que você não é capaz. Você teve uma epoca em que era preciso que as pessoas duvidassem de você para mostrar que era capaz, mas isso cansa. Cansa lutar contra todos, sem apoio algum e chegar no final e receber aquele "não fez mais que sua obrigação". As pessoas são um lixo. Esqueceram a arte da empatia. Esquecem de se colocar no lugar do outro, e tentar imaginar como a pessoa se sentiria, como você se sentiria. Você cresceu assim, acostumada a lutar sozinha, a chorar sozinha e a buscar meios sozinhas para sobreviver no caos que está instalado dentro de você e que você não sabe ao certo como lidar e nem a quem recorrer. No momento, sozinha. Você aprendeu que idenpendente do que faça, nada vai ser bom o suficiente, que muitos que te cercam são os que mais te criticam e de desmotivam a tentar algo. Vai perceber que cresceu cercada de pessoas que não te conhecem de fato, e quem te conhece não está na sua vida há muito tempo. Você vai entender que não importa o que faça, nada vai ser bom o suficiente. Vai entender finalmente que até então você trava uma batalha sozinha, esperando que por fim alguém de tire de tamanha escuridão.
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mas é exatamente o contrário, eu to fugindo porque eu quero muito e esse muito me assusta.
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Desculpa. Me desculpa por não ter toda a positividade que você precisa. Sabe, as vezes eu penso que estaria te fazendo mal. E isso é o que menos quero fazer. Mas sabe, as vezes eu também penso que estamos fazendo bem um pro outro. Estamos? Hoje escutei que desde que você voltou pra minha vida, eu tenho falado das coisas com maior facilidade. Tenho conseguido decidir certos aspectos da minha vida que antes estavam bem mal resolvidos. Mas sabe. Eu não quero dependência. Eu preciso saber que se você for embora eu vou ficar bem. Que você vai. Eu não quero me sentir perdida de novo. É complicado. Como será que você se sente em relação a isso? E se eu decidisse sumir? Não que eu va, porque nao pretendo fazer isso. Você pretende? Eu me sinto mal algumas vezes sabe. Porque eu vejo você, mesmo com tantos problemas ta ai, constantemente buscando uma razão pra fazer a vida ser boa. Ver o lado bom da vida de novo. Você fala disso com um desejo que mexe comigo, você fala da vontade de sentir bem de novo. Chama de "bons tempos". Não cara, para. Para por favor. É só uma fase. Seus bons tempos não acabaram, é uma fase e vai passar. Porra eu queria tanto te ajudar. Eu acho lindo ver você falando da vida, e de como parece estar bem quando esta comigo. Me conta seus medos. Acho maravilhoso o jeito que você enxerga a vida, mesmo depois de tanta coisa. Eu vejo você assim e eu tento ser alguem melhor. Por mim. Por você. É involuntário. (Isso estava em mim o tempo todo? ) Queria conseguir ver a vida como você vê, com positividade. Porque você tem um negocio chamado esperança, que se tornou o sentimento mais bonito que eu conheço. Eu não sei em que tempo eu perdi isso. Mas eu to tentando. Eu to tentando fazer com que as coisas sejam diferentes. Eu não quero ferrar tudo. Porra meu. Putz. É meio ferrado quando a gente que se tornar melhor pra/ por uma pessoa não é? Eu não quero trocar os pés pelas mãos. Eu quero calma. Eu quero aconchego. Eu quero olho no olho. Eu preciso saber se é isso que você quer. O que é isso? Me perdoa. Me perdoa por não ser a pessoa positiva que poderia te mostrar o lado bom das coisas. Mas eu posso te mostrar coisas que me deixam bem, que me fazem ter aqueles flashes de felicidade ou de me sentir em paz. Sabe? Quando parece que o peso dos ombros sai por um instante? Esse sentimento. Quando você consegue respirar e se sentie calmo, e completo. Eu gosto do pôr do sol. De deitar no chao e olhar as nuvens e de como o vento balança as folhinhas da árvore. Eu gosto de musica alta. Daquelas que parecem que fazem o corpo vibrar. (one day do kodaline é uma delas). Essa musica me lembra em algum ponto você. E eu também. Acho que por isso eu choro quando escuto. Ah verdade, eu gosto de musicas que fazem chorar. E de quem se emociona com musica. Eu gosto de ver o mar, e do barulho das ondas. Eu gosto do vento no meu rosto. Eu gosto de subir num lugar bem alto e ver tudo de cima, perceber meu lugar aqui. Eu gosto de andar de carro com as janelas abertas. E com aquele sol entrando por elas. Eu gosto de estar de mãos dadas. Eu gosto de sorrisos. Eu gosto de rir. E de cantar alto. Mesmo que para isso acontecer eu esteja um pouco mais confortavel que o normal. Eu gosto de tomar um café observando as pessoas. E gosto de compartilhar esse momento. Eu gosto de correr. De gritar quando a dor é muita. Eu gosto de deitar a cabeça em você e prestar atençao na sua respiraçao. E de como ela muda quando a gente ta junto. ( nao nega que eu sou detalhista e percebo isso). Eu gosto de deitar e ver as estrelas. A gente pode acampar um dia? São pequenos momentos que eu percebo que estou viva. Lembra quando a gente montou uma playlist? A *high*. O que aconteceu com ela? Ela fazia com que você lembrasse de mim? Me desculpa por ter errado tanto. A verdade é que, você ta se tornando uma das coisas que me fazem feliz. E você tem que concordar que isso é assustador. Porque como pode meu deus, depois de tanto tempo, de tanto desencontro. Porque eu me sinto assim? Como se eu tivesse em mãos algo que eu quis a muito tempo? Eu to assumindo que eu quis. Quis e quero. Me assusta por depois de um dia ruim, eu pensar em estar com você, mas eu sempre travo na vulnerabilidade que é dizer que eu preciso de você. Não preciso eu sei. Mas eu quero. Me perco no sentimento de falar aquilo que sinto. Sigo as outras alternativas. O pôr do sol se der tempo, as estrelas... A musica. Mas é diferente. Ta me mudando... Eu não quero ferrar com tudo. Eu não quero. Me desculpa. Eu só quero ser melhor pra você, e por mim também.
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Tell me Tell me that you want me And I'll be yours completely For better or for worst I know We'll have our disagreements Be fighting for no reason I wouldn't change it for the world ......... And I Still remember feeling nervous Trying to find the words to Get you here today You make my heart feel like it's summer When the rain is pouring down You make my whole world feel so right when it's wrong
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??
Eu não sei o que ta acontecendo. E isso ta me deixando louca até demais. Ele diz que não sabe se estaria pronto pra ler o que eu escrevo. Eu também não sei. Acho que pra nós dois é mais fácil escrever do que falar. Mas ultimamente tudo que eu leio me lembra alguém. Mas não é algo obsessivo, é algo que vem e vai. Como uma lâmpada acendendo e apagando.
Fico pensando no quão bacana seria se eu pudesse editar minha vida. Dar um pause, ajeitar umas coisas, arrumar outras. Voltar nas cenas ou avançar em outras. Imagina que legal seria não cometer os erros do passado, que você percebe só hoje o erro?
Taquepariu, insegurança me consome. Eu não me sinto suficiente pra alguém, eu tenho um medo lascado de não ser. Mas ao mesmo tempo que vivo isso, que crio e invento teorias de que ele vai achar alguém melhor, eu acredito as vezes que eu posso ser esse alguém melhor. Ele me faz tentar ser alguém melhor. Eu espero, eu esqueço do passado. Mas se ele me pedir pra ir eu vou, e se me pedir pra ficar eu fico. É assustador algo desse jeito.
Eu me privei de sentir isso antes por insegurança, e por causa dessa merda, todo o resto aconteceu. Eu to tentando ser diferente. To tentando deixar pra traz todos meus medos e incertezas, tudo que eu fui e deixei de ser. Isso tudo pra poder passar mais um tempo olhando pro castanho de certos olhos que conseguem ser mais profundos que todo o mar.
Outro dia eu apaguei tanto texto, tanta ingenuidade que eu tinha, um coração tao bonito. E hoje ta tudo meio vazio, eu não tinha mais vontade de conhecer ninguém. Mas eu reconheci alguém. E sentir que tem alguém preenchendo seus dias ruins, e abrindo um guarda chuva nos dias que ta chovendo dentro de mim é algo que me assusta. Eu não quero pisar na bola.
Eu sempre ferro com tudo. Eu sou puro caos. Eu não quero ser assim de novo. Eu não quero acreditar que um dia vai embora sabe? Eu lembro que fiquei algumas semanas sem salvar o numero porque eu tinha medo de ter que apagar de novo. Eu to tentando. Mas é aquela vontade de querer muito que dê certo e como sempre vem o pessimismo acompanhado da pressa junto da ansiedade e atrapalha tudo. Eu não posso e nem quero ferrar com isso.
Quando ele me pede pra falar eu não sei o que acontece. E isso acontece muitas vezes comigo. Eu sei o que eu quero dizer, eu reflito sobre aquilo mas eu não consigo falar. Eu não sei o que é isso e isso me deixa meio indefesa, logo eu que gosta de estar no controle das situações pra não ser surpreendida com quedas novas.
Mas esse feeling mano… esse feeling não existe sempre, e nem pra qualquer um. Depois de nove meses eu reencontrar alguém, com outros olhos, me provocou uma arritmia cardíaca e ainda me tirou uns sorrisos sem jeito. Que porra é essa Deus? Me ajuda a entender. Me ajuda.
Eu quero ser forte, quero parecer uma muralha da china, mas as vezes eu sou só um castelinho de areia. E por mais que eu me sinta assim na maior parte dos meus dias, alguém ta me conhecendo em minha totalidade, alguém quer me conhecer. Quer saber das minhas musicas, e dos meus gostos. Eu to me sentido confortável.
Eu só quero ser boa o suficiente pra fazer ele ficar.
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Deixa
Eu queria conseguir falar, ou até mesmo explicar as coisas que se passam aqui dentro. É assustador um sentimento desses, me deixa as vezes sem saber o que fazer, e provoca rápidas crises de ansiedade algumas vezes. Ele me disse que tinha medo, eu entendi suas razões e disse que também tinha. Mas meu medo vai além de perder o contato. Meu medo é me sentir feliz assim. Porque eu nunca vivi felicidade. São períodos de felicidade que você tem antes da vida te tirar alguma coisa. E eu não quero que ela tire de novo. Na verdade eu não quero tirar de novo. Mas diferente de outros lances, eu não me sinto forçando a barra, eu não me sinto sendo alguém que eu não sou, eu posso ser eu em minha totalidade.
Eu to curtindo tanto isso, que isso me apavora. Eu não sei se eu estaria preparada caso tudo viesse abaixo de novo. Eu não sei se eu conseguiria lidar de novo com algo assim.
Uma vez ele me disse que queria fazer com que eu enxergasse o lado bom da vida, ou enxergasse que a vida é boa. Mas o que as vezes eu quero gritar olhando na cara dele é que ele já faz isso. Já melhora muito meus dias. Tá mais fácil viver. Tá mais fácil aceitar algumas coisas, lutar por outras, e encarar problemas sabendo que se algo der errado eu tenho alguém que posso contar. É tipo um alivio. Ele não sabe que já me faz ver algumas coisas boas da vida. Que ele é uma delas. Queria eu tentar ser do mesmo jeito pra esse alguém. Mas sou eu.
É bizarro como o assunto flui como se um assunto não morresse nunca. É bizarro a sensação de conforto que eu tenho em ficar deitada ao seu lado escutando musicas boas. Isso me assusta pra caralho. Porque eu não sou assim. Eu não sou do tipo de pessoa que se entrega em duas saídas, ou do tipo que se sente confortável com o próprio corpo, ou que consegue falar as coisas sem antes enrolar muito. Ta despertando lados em mim que eu nem mesma conhecia. Ou nunca tinha tido a oportunidade de conhecer. Me entreguei na primeira saída com uma confiança que estava guardada dentro de mim que eu não sabia que existia. Aquele dia... taquepariu. Fico nua na cama dele como se eu estivesse sozinha no meu quarto. Eu to começando a me sentir confortável com isso. Eu to conseguindo falar coisas do meu mais profundo interior. Eu consegui expor sentimentos que ao saírem fizeram minhas mãos ficarem geladas e tremerem. Despertou minhas falas mais doces mas também um lado mais pornô que eu não conhecia. Ta acabando com minha sanidade. Eu gosto disso.
Mas insegurança existe, medo existe. Eu fico repetindo que o amanhã não importa, mas eu tenho medo. Tenho medo dos planos futuros que fazemos, medo de não chegarmos lá. Será que eu sou capaz de errar mais uma vez? É assustador. É assustador senti algo que não é capaz de explicar, eu queria entender esse alivio que bate de estar com ele depois de um dia pesado. Ou de ter 8 crises de ansiedade em um dia, e em todo tempo que estava com ele, nenhuma crise. Eu quero entender isso.
Eu sei que eu não suficiente, e de que certamente eu nunca serei. Sei que existe muita gente por ai capaz de ser eu e mais um pouco. Mas eu queria poder mostrar a ele a vida que eu conheço, ou um dia conheci. Queria poder ajudar nos dias mais escuros mesmos que os meus também fossem. Duas pessoas no escuro, se ajudando, faz com que o medo suma. Queria conhecer lugares que nem eu nem ele conhecemos, ou poder falar de como eu me emociono com stephen king falando sobre o universo. Poder observar estrelas, e te explicar que algumas das luzes são apenas truques da gravidade. Vamos discutir vida alienígena, e vamos rir. Pelo amor de deus, me deixa rir com você. A gente já passou por tanta coisa....
Me mostra seus livros preferidos, canta suas musicas pra mim. Fica comigo esquecendo do passado e sem pensar no que pode acontecer. Eu to tentando viver o agora, e se você soubesse o medo que eu tenho do agora acabar.... me tira da zona de conforto. Vai, não sei o que é isso, nem se dura, mas me deixa ser sua por uns meses, me deixa viver coisas e colecionar memorias boas juntos. A gente perdeu tanto tempo, mesmo que nós sabemos que isso foi um belo de aprendizado, pros dois. Amadurecimento. Não me promete nada... por favor. Eu tenho muito medo de promessas, eu tenho medo da queda.
Me deixa ser um ponto seguro, ou alguém que você pode contar. Vai, me deixa segurar sua mão como se eu segurasse algo que eu não quero perder. Vamos rir juntos como se não tivéssemos motivos pra chorar. Vamos ver o céu azul até o por sol sol.
Não vamos pensar no futuro. Hoje não.
Enquanto eu sigo tentando viver o agora, somente o agora, eu sigo na incógnita desse sentimento. Onde eu me perdi em você, por ser o único lugar onde eu me encontrava.
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Sombra
Sombra
Autossuficiência. É uma palavra bonita mas carregada de significados pesados. Independência, se sentir bem consigo mesmo, se sentir completo, são uns deles. Coisas que atormentam a mente de vez em quando. Fica muito dificil acreditar que se é suficiente para qualquer coisa, quando você se acostuma com a sombra em que viveu. Eu fui a sombra. Durante toda infância / adolescência eu era a sombra de alguém, eu teria que seguir os passos de alguém porque aquela pessoa era um sucesso. Essa pessoa no caso é meu irmão. Não nego que seja um sucesso, é um homão da porra alias, mas crescer na sombra dele me deixou diminuida em muitos aspectos. Eu tenho orgulho de quem ele é, e bato no peito pra falar que ele é meu irmão, mas orgulho de mim e de quem eu sou…. bem, isso já não existe. Quando eu era criança, aprendi que para ter sucesso na escola eu deveria ser como ele, tirar boas notas e não dar muito trabalho, acontece que eu sempre fui meio como dizem por ai “porra loca”. Eu gostava de baderna, de correr, de jogar futebol, mas continuava na minha. Tive algumas dificuldades no caminho, como toda criança ao enfrentar as primeiras equações se segundo segundo grau, ou aquela maldita aritimetica. Mas tirar uma nota acima da media era facil, o ruim era ter sempre alguém esfregando na sua cara de como o boeltim do seu irmão era perfeito, e de como você precisava melhorar. Eu sentia cada dia mais orgulho dele, e menos de mim. Quando eu mudei de escola por N razões, me senti diminuida, com medo, assustada pra caralho. Havia desistido da tal melhor escola, aquela que o irmão se formou sem nenhuma recuperação na VIDA, por ser fraca demais. Eu virei a vida de todo mundo de cabeça pra baixo, por que pensei em mim. Mas eu tava com tanto medo de pensar em mim que foi preciso a interferencia de uma quarta pessoa pra pegar e falar aos meus pais “sua filha ta com depressão por que vocês não a escutam” para que eu pudesse trocar de lugar, de vida e de experiencia. A principio eu achei que tinha cometido o maior erro da minha existencia, mas depois eu entendi que aquilo foi a melhor coisa que eu pdoeria ter feito. Independente de eu estar feliz (meus pais, pelo menos minha mãe notaram a mudança em mim nesse periodo), a comparação continuava, a cobrança no vetsibular, se não bastasse a da escola, e a pessoa, existia aquele conflito familiar. “Seu irmão passou em não sei quantas coisas”. Passou e não foi. Ficou indeciso també, parou dois anos. Entrou em federal e saiu. Mas dele ninguém fala. Mas quando a historia se repetiu pela sgunda vez, e comigo, as coisas foram diferentes. Depois que eu desisti de uma faculdade de nome, meu pai nem olhou na minha cara por um bom tempo. Até eu precisar dele para ir fazer matricula em outra faculdade. Eu estava deprimida, triste pra caralho, não era aquilo que eu queria, mas era aquilo que eu podia fazer. Mas isso é assunto para outro texto. Eu aprendi a amar o lugar que eu estava, mas doeu quando eu percebi que eu amava as pessoas dali, e o lugar. Mas não o curso. Eu me senti um caos, perdida, cega, jogada no breu. Eu daria mais um desgosto pra minha familia e nao estava preparada pra lidar com isso. Por semanas eu fiquei trancada dentro de casa, recebendo cobranças do meus pais de o que eu faria da minha vida. Até que por muita insistencia dele, eu cedi. “Seu irmão com 18 anos passou num dos mais dificeis concursos do estado de sp, então você também passa, só tem que se dedicar”. Ele esqueceu que somos pessoas diferentes, pra ele, tudo que meu irmão fez, eu devo fazer. Eu sei que ele quer que eu siga um caminho diferente do que ele seguiu, que eu tenha o que ele chama de “sucesso”, mas ele esquece sempre que somos pessoas diferentes. Eu cedi, e eu fiquei infeliz pra caralho. Entrei na minha terceira depressão, tomei remedios escondidos, eu gostava de ficar alta e em orbita, de não sentir o mundo a minha volta e de mal sentir os pés no chão. Tudo aquilo la sumia. Eu fugia da aula pra sentar no sol e chorar. Eu tava perdida pra caralho e ninguem via. Outros assuntos… pra outra hora… depressão foi algo serio que eu nunca esperei ter. Depois que eu larguei o curso e entrei num cursinho pré vetsibular, ninguem mais olhava pra minha cara, ou esperava alguma coisa de mim. O fato de eu estar melhorando, sorrindo e não chorando nunca me pareceu significar alguma coisa. Mas eu tava bem foda-se em relaçao a isso. Quando eu passei na segunda fase da unesp, não houve comemoração, não escutei um parabéns tirando de 2 professores e da minha melhor amiga. Que novidade. Tenho 5 aprovações em federais e não me lembro de ter recebido um prabens da minha familia em relação a isso. Quando eu escolhi a segunda faculdade, meu pai que era todo “tem que fazer algo que tenha nome para entrar no mercado de trabalho bem”, foi totalmente contra essa mesma frase. Queria que eu ficasse por perto. E fizesse obviamente coisas que meu irmão faz. Eu sei que pra eles deve ser dificil ver, com olhos diferentes um filho do outro, e sei que ambos sofrem com questões particulares da vida. Mas eu queria me conhecessem, na minha totalidade mesmo. Soubessem da filha que tem. “Você tem potencial” é uma frase que só escutei de 1 professor, e isso me fez chorar uma meia hora, lembrod a cara dele de assustado como se tivesse falado algo errado. Eu queria que o brilho nos olhos que existe de quando minha mãe ou meu pai falam do meu irmão, também existissem quando eles falassem de mim. Mas eu nem sou pauta do assunto. Penso eu que se eu não estivesse aqui, teria evitado muitas decepções aos dois, e evitado muita bagunça também. Seria tudo muito mais facil. Pra todos.
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carta
Pai: Eu queria que você não tivesse errado. Eu queria que você não tivesse machucado sua familia, ou destruido ela. Eu queria que você tivesse vencido a luxuria, e continuado em casa. Você não sabe, mas eu me lembro de acordar e ver você fazendo as malas. E até hoje isso me causa um nó na garganta. Você deixou um filho de 14 anos e uma de 7. Era assustador ter dia dos pais na escola e você não estar presente. Queria que nao tivesse mentido. Penso em como foi pra minha mae ter que conviver em viagens com você sabendo o que tinha feito. Isso pra manter a boa aparencia familiar pra mim, que era uma criança. Penso na dor. E sei que pra você tambem doeu, acredito eu que tenha percebido a cagada que fez. Mas o tempo passa. Você me contou a verdade um pouco tarde demais, eu fiquei chateada mas perdoei. Mas hoje isso assombra minha cabeça tem dia, eu queria muito ter tido uma familia normal, mas sei que ambos eram ocupados demais pra viver aquela familia de comercial de margarina. Queria que você não se culpasse por nao me levar a Disney, ou por eu ter negado uma festa de 15 anos. Eu sabia que ninguem tinha condição pra fazer aquilo. Qwueria dizer que tenho orgulho, mesmo com todas as cagadas que você fez, e que eu vejo que você é um pé no saco comigo porque nao quer que eu fiquei frustrada como você esta. mas pai, você precisa entender quem eu sou. Você precisa entender que desse jeito você só me afasta a cada dia mais. Eu sei que eu fiz uma promessa de me aproximar de voce, mas esta dificil. Sinto falta de quando a gente saia pra matar um tempo no café, ou conversar coisas aleatorias, queria que me visse como eu sou, e que nao me cobrasse por ser alguem que nunca fui nem serei. Você não percebe isso? Que nossos ultimos papos, na verdade todos eles são sobre faculdade e emprego? Não percebe como isso é sufocante? Não percebe de como nossos assusntos viraram profissionais? Eu sei que você tem outra familia, e por mais que diga "é a sua também", não, não é. Eu não me sinto parte e nem nunca me senti. Eu viajo por gostar, e por nao querer decepciona-lo, mas você não sabe que nas viagens com você eu estou sempre dopada de calmantes e remedio pra ansiedade. Você não sabe como é chato pegar suas conversas com minha mãe e ver você falando coisas sobre mim, coisas como eu não correr atras, sobre eu nao tentar e me afastar de você. Mas veja bem a posição que você me coloca! Olha pra essa merda... porque nao fala comigo? Fala alem das cobranças, seja um pai. Por Deus, seja um pai. Como você era antigamente, que me levava pra sair, me mimava com coisas bobas, perguntava se eu precisava de algo. Eu sei que amadureci e cresci, que aqueles meus xiliques de querer entrar na loja de brinquedo e nao sair de la sem algo na mão, já não existem mais. Mas eu continuo a mesma. Tem dias que eu me pergunto onde toda a confiança que eu tinha quando pequena foi parar? Em que ponto eu me tornei isso? Queria que você não tivesse jogado a responsabilidade em um adolescente de 14 anos. Seu filho me criou. E muito bem. Cada dia eu tento me parecer com ele, e menos com você em alguns aspectos. Mas gosto da sua força de vontade, batalhando pelo que quer mesmo quando ninguem apoia, acho que nisso somos muito iguais. Queria que você fosse pai da maneira como meu irmão se tornou o meu. Sabe, é meio frustrante ter ele perguntando se eu preciso de algo, e pagando minhas coisas. É chato ter ele me levando nos lugares, e me dando bronca que você deveria dar. Meu irmão é mais meu pai que meu pai. Você percebe isso? Eu queria ser como você em alguns aspectos, que depois de tanta merda, tambem se levantou, encara os problemas e tanta fazer aquilo que sempre quis, com você eu aprendi que não é tarde pra começar. Mas eu também aprendi a esquecer. Você esqueceu de que tinha uma familia? Você se esqueceu de que ninguem vive so de cobranças? Eu sei que você quer que eu tenha uma vida diferente da sua, mas não é no medo e nem na cobrança que isso vai mudar. Eu preciso viver, aprender do MEU jeito. Eu só queria que você aceitasse isso. Eu te amo, mas tem dia que não da. Tem dia que minha raiva é maior, minha frutração é gigante. Mas isso passa. Passa como toda essa merda passou.
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carta
Mãe: Eu gostaria primeiro de pedir para que as comparações parassem. Você precisa entender quem eu sou, e confiar que me criou bem, e que por isso eu sei o que fazer. Você não sabe o como me deixa triste saber que algumas vezes você não confia em mim. Ou como tem dias que é dificil fingir que ta tudo bem quando na verdade ta tudo muito mal. Queria que você me escutasse além das minhas reclamações diarias, que eu pudesse contar a voce que eu quebrei a cara com um carinha mas que agora eu estou afim de outro. Queria que você entendesse e visse o jeito que eu sou. Queria que parasse de me cobrar tanto por algumas coisas que eu mesma me cobro, ou que dividisse melhor as coisas em casa, nao privilegiando ninguem. Eu sei que seu filho tem o sucesso e que você morre de orgulho disso, e eu me cobro tanto pra ser um terço do que ele é, mas você não vê isso. Do que adianta estar presente na minha formatura aplaudindo se não acredita muito em mim? Se não comemora comigo minhas vitorias? A cobrança chata as vezes pesa.... eu já me cobro muito, não precisa ser mais um peso pra mim. Gostaria que confiasse em mim e me deixasse guiar alguns aspectos da minha vida, eu sei que você passou por muita coisa, e que não quer que o mesmo aconteça comigo, mas eu tenho que viver. Um ou doi broken hearts vão existir, decepções vao existir, mas isso é aprendizado. Eu vou chegar bebada ainda, e vou dar pt, mas eu sei, eu sei que tudo que eu faço hoje, é pra te agradar. É o medo de você me ver com outros olhos, de me afastar. Eu só quero dar orgulho, e por ficar nessas constante batalha eu esqueço de mim as vezes. é cansativo demais. Mas eu queria agradecer. Agradecer por você ter me criado sozinha. Por ter colocado um sorriso no rosto mesmo naquela epoca em que tudo mudou. Mesmo com tantas dificuldades voce soube criar dois filhos. No caso um mais incrivel. Eu não sei como expressar o que eu sinto, mas me doi por dentro, saber o que você passou. Saber de que aquela idealização foi por agua a baixo e você foi obrigada a dar continuidade na vida mesmo com tantos desafios, e em momento algum você deixou que toda aquela merda atingisse seus filhos. Quando eu penso em tudo que você batalhou e batalha, eu lembro de quando você foi obrigada a mudar de escola por que eu quis mudar de escola. E por mais que você falasse que estava trabalhando em um lugar melhor eu sabia que não. Eu sabia que você havia chorado ao se despedir da outra escola, e que esse sofrimento foi causado por mim e pela minha incopetencia e fraqueza. Mas não tinha como eu voltar atras. As vezes me doi, o modo como você aponta o dedo na minha cara e diz que eu to fazendo tudo errado enquanto eu to tentando fazer tudo certo pra você. Pra eu não ser mais um problema. Aquela vez que eu cheguei perto de desistir de tudo, na primeira vez eu nao medi as consequencias, mas na segunda vez o que me parou foi pensar no sofrimento que eu lhe causaria. Eu vi sua imagem se eu tivesse levado aquilo a diante. eu parei. You saved my life. Eu queria que você soubesse da pessoa maravilhosa que acho que você é, e que eu sei que tudo que você faz é para seus filhos. Você batalha dia e noite se preciso, passa por altos e baixos, mas eu sei que nada disso é pra você. É pra manter a casa que nos largaram, e dar uma vida boa aos seus filhos. Eu sei que as vezes você queria que as coisas fossem mais faceis, e sei que seu mau humor vem quando as coisas dão errada. Eu só queria ser melhor pra você. Eu queria fazer muita coisa louca as vezes. Mas eu penso no desgosto que eu te daria e isso me doi. Do que adianta viver tão certo pra te dar orgulho e nada ser notado? Eu tenho medo de sair da linha e você sair de vez da minha vida. Eu sou grata pelas risadas, e por você as vezes me escutar nos meus episodios histericos. Mas não sabe como eu tenho raiva quando você vira a cara pra um assunto que pra mim é serio, ou quando você tenta se meter em assuntos particulares meus, ou quando nao confia em mim. Eu nunca dei motivos pra isso. Eu queria que você saisse, que tivesse mais amigos verdadeiros, que usasse até tinder se preciso. Queria que conhecesse alguem e trilhasse uma vida fora desse caos todo. porque mãe, eu não vou ficar pra sempre aqui. Queria que você vivesse, parasse de se preocupas comigo e com mue irmao sempre, que pegasse seu dinheiro e fosse embora pra europa, fizesse o cruzeiro que voce tanto quer. Eu só queria poder te dar a vida que você merece. Queria que você se enxergasse como eu te vejo. E escrever isso ja me da aquela dor de cabeça, porque fico prendendo o choro. Não imagino como seria pra você ler algo assim. Eu sei que eu não sou adepta a demostrações de carinho, e que você nem se lembra a ultima vez que eu disse que te amo. Eu não consigo. Eu tenho meus modos de demostrar. Mas você sabe que amo. Eu queria conseguir falar isso. Espero que você encontre alguem que te faça feliz e te faça esquecer toda a merda que viveu. Eu agradeço imensamente, nem tem como agradecer por você ter aguentado tanta barra por mim e pelo irmao. Isso é só coisa que mãe faz. As melhores. Eu tenho um orgulho absurdo da senhora, e só queria que você tivesse um pouco de mim tambem.
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Inexistente
É um pouco complicado quando você não tem apoio de pessoas que deveriam te apoiar. Familia é um negocio complicado eu sei, mas as vezes eu sinto que a caraga de complicações da minha excedeu um pouco. Com muitas complicações nos ultimos anos, muitas brigas internas, e muitos "você não entende", as coisas ficam dificieis. Esse é um texto de como eu me sinto frustrada no lugar que eu to as vezes. É dificil levar a vida com pessoas que você ama te puxando para trás. Já mencinonei como é ruim para mim vever na sombra do meu irmão. Mas não mencionei de como é ruim não ter apoio de familia nisso tudo. Eu sei que profissionamente eu já cometi alguns erros, já larguei a faculdade, e nem fui a primeira da turma no colegio. Mas isso não tira o fato de que muita coisa que eu consegui foi por merito meu, e nao de mais ninguem. Sai do ensino médio com algumas aprovações: Mackenzie (9º lugar), Puc-sp (14º), Unitau (6º lugar), universidade federal de urguguaiana (12º lugar), UMC (4º lugar). E fiquei na lista de espera da unifesp. Agora quantos parabens eu recebi? Só dos meus professores. Que aparentemente eram os unicos que acreditavam que eu era capaz de alguma coisa. Meu pai ficou feliz de verdade com minha aprovação em faculdade de nome como ele diz, kembro que na virada do ano em Curitiba nós brindamos que eu seria a mais nova aluna da Mackenzie, e lembro que ele até publicou isso no facebook. Ele tava feliz por isso. Dizia que por mais que a mensalidade fosse mais salgada, mas parecida com o preço de alguns cursos por aqui, o nome faria total diferença. Coloquei na balança tudo que iria gastar, calculei detalhe por detalhe pra facilitar a vida de todo mundo. Mas no fim percebi que morar em outra cidade não iria ser viavel e nem facil, meus pais não poderiam bancar, o bate e volta seria cansativo, e com os estagios ja no primeiro ano, eu gastaria bastante tambem. Escutei do meu pai que ele fez bate e volta pra SP, por muito tempo, e vi ele jogar na cara que eu estava desistindo sem lutar. Eu fui atrás de bolsa, falei com diretores e reitores, pesquisei todas as possibilidades de bolsa e vi e escutei que eu não teria nenhuma. Não era certo eu fazer meus pais pagarem pelo meu futuro, e ter eles constantemente jogando na minha cara que meu irmão pagava a propria faculdade e eu não, não era algo que me agradava. Mudei de ideia, fui para onde eu não queria mas era algo que não daria trabalho, e nem pesasse muito no bolso de quem iria pagar. Eu briguei muito com meu pai para fazer fisioterapia, teve dias que ele nem olhava pra minha cara, dizendo que eu tinha que fazer direito ou prestar concurso publico. Ele mais uma vez me colocava na sombra do meu irmao. Seguir os mesmos passos e não trilhar meu caminho por tentativas e erros. Na epoca que eu comecei a perceber que aquele curso nao me interessava mais, e pensei em sair, foi a mesma epoca que meu pai ficou na UTI, e levar uma noticias pra ele seria pessimo. Eu continue, eu terminei o primeiro semestre, e quando eu decidi sair o mundinho caiu de novo. ninguem falava comigo ou via que eu estava frustrada, depressiva, chateada comigo por ter errado mais uma vez. Por dias eu fiquei dentro de casa, sem ver a luz do dia, por dias que fiquei escutando que eu estava sendo uma inutil. E essas coisas machucam muito alguem. Quando eu comcei a estudar sozinha pro vestibular ninguem achou que eu iria conseguir, meu pai dizia que aquilo era ridiculo e que não levaria a nada. Minha mae nao falava nada, so me cobrava de fazer coisas enquanto ele a e meu irmao descansavam. Dizia que por eu não fazer nada o dia todo era meu dever fazer todo o resto para os dois. E se eu quistionasse o porque eu tinha que fazer algo enquanto meu irmao nao precisava fazer nada e era tratado com todo cuidado, eu era praticamente apredrejada. O favoritismo é nitido. Com pressão dos meus pais sobre o que eu deveria fazer, e com meu pai no pé dizendo que eu tinha que voltar a terapia, eu fui atras desses testes vocacionais. Fiz um bom tempo até ter minhas opções e ler o "perfil" que eu tinha, e por mais que alguma dessas coisas batessem eu não me enxergar naquelas palavras. Até hoje esse papel fica preso no meu quadro, que as vezes eu leio para lembrar de que talvez seja aquilo que eu sou. Decidi um curso, e fui atras. Eu sabia que tinha coisas que eu não conseguiria aprender sozinha. Eu fui atras de um cursinho, que meu pai tinha se negado a pagar. (contextualizando: quando eu sai da faculdade minhas opções era o cursinho pré vest ou estudar pra concurso. Meu pai disse que nao pagaria cursinho, achava ridiculo eu estudar tudo de novo. Ele so ajudaria com o concurso. Por essa ser minha unica opção e dado muita insistencia dele, eu fui. Eu odiei. Eu chorava todo dia e me sentia inutil pra um caralho. Quando eu descobri que era meu irmao que estava pagando, eu surtei. Meu pai que tanto insistiu nao estava fazendo um nada para me ajudar. E então eu sai. Não avisei ele eu apenas sai. quando ele descobriu disse que ficou decepcionado, que eu não conversava com ele. mas como conversar com alguem que quer sempre impor algo a voce?). Enfim, consegui bolsa no cursinho, fiz uns 4, 5 meses, estudava bastante tempo por dia, e até acreditei de novo de que eu era capaz. Meus dias estavam melhores porque eu sentia que estava fazendo o que eu queria, era mais facil levantar da cama pela manhã. Passei novamente. Mackenzie, PUC-SP, PUCCAMP, UMC, UNITAU, UFOP, UNESP, UNIFESP, univap, universidade federal de sao joao del rei, e mais recentemente a aprovação na uftm em uberaba. Mas adivinha? Quando eu contava minhas aprovações as pessoas daqui de casa viravam a cara. Meu irmao era o que mais ficava feliz por mim. Escrever isso me faz chorar. É muito fruustrante quando as pessoas que tem o seu sangue só sabem te colocar pra baixo. Lembro que não iria prestar a unesp, por estar muito caro, ser um invetimento alto que poderia nao dar certo. Minha avó, mãe do meu pai, a que atualmente junto com minha mae paga minha faculdade, pegou, sentou comigo nos seus 83 anos, e disse que independente de eu passar ou não ela acreditava em mim, e que se eu acreditasse eu conseguiria. Caralho como eu chorei. Eu estudei muito depois disso pra não decepciona-la. Eu cosnegui, eu passei pra segunda fase e ela ficou tão feliz quanto eu. O prazo das particulares pra matricula é bem antes das federais, entao enquanto eu aguardava as chamadas das federais eu nao queria ficar parada, eu precisava me sentir util de novo, eu iria me matricular em alguma por aqui e quando, e se desse certo eu iriia para federal. Lembro que meu pai tentou mudar muito minha ideia, quando eu escolhi univap e nao unip, minha madrasta faz psicanalise na unip entao indiretamente ela influenciva muito as decisoes do meu pai sobre o curso que eu faria. meu pai me ofereceu dinheiro para a matricula, mas se fosse na unip. Quando eu pedi se ele pdoeria depositar pra mim, pra eu pagar a matricula, ele surtou. Disse que a unica contribuição dele era com a pensão e nada mais. Chorei pra caralho nesse dia. Decepcionada com ele e com atitudes dele. É meio: se eu não fizer oque ele quer, eu nao terei ajuda nenhuma. E se eu não fizer ele acha que pode interferir na minha vida igual. Ele não é presente. Eu estava tão perdida tentando conciliar o que todo mundo me falava que eu deveria fazer que eu perdi o prazo de interesse na vaga da unesp. Ai eu chorei mais. Chorei porque havia conseguido e por estar com a cabeça no que as pessoas me falavam e com toda aquela pressão que me colcoavam eu esqueci. A primeira coisa que eu pensei era em como explicar isso pra minha avo que tanto depoisitou em mim uma fé que nem eu tinha em mim mesma. Quando eu comcei a faculdade meu pai mal falava comigo, faz umas perguntas esporadicas de vez em quando. E escutei minha mãe falando que eu tinha que levar a sério, como se a ultima eu nao tivesse levado. (que fiquei claro que eu era a aluna com a malhor nota eu neuroanatomia na unitau, a materia mais dificil do semestre, mas isso nao interessava a ninguem), o levar a serio era nao desistir. Senti um pouco fraco o curso no primeiro semestre, talvez por serem materias não tão especificas, e pelo curso ser novo e as pessoas estarem meio perdidas. Mas a organização deles está muito boa, não é porque eu senti facilidade no semestre que quer dizer que o curso é ruim. Mas quando eu mencionei isso pro meu pai, e a possibilidade de bolsa na unip que haviam me oferecido ele colocou na cabeça que eu iria mudar. Eu realmente fiz prova de bolsa e tive um desconto legal la, ja que na univap eles nao ajudam em nada. Falar pra vocês o que meu pai quer que eu faça: Pra começar nao era nem psicologia. Ele queria que eu fizesse jornalismo. Estudasse na unip (que nao tem jornalismo), e trabalhasse num projeto dele. O que eu faço disso? Nada. até prestei jornalismo como segunda opção so pra deixar ele mais tranquilo, e parar de encher meu saco. Ele diz que eu tenho que transferir meu curso, pra algo que é mais barato e ja existe a certo tempo. Diz o partido politico que eu tenho que apoiar, e os roles que eu devo fazer. É sufocante. mas isso é outro texto. É ruim demais você conquistar certas coisas e não ter ninguém falando que você foi bem. É dficil viver num lugar onde as pessoas mais apontam seus erros do que veem seus acertos. Eu errei mesmo? Eu errei ao sair da faculdade? a desistir de outras? isso é erro? Pra eles toda essa minha trajetoria foi. É tão sufocante ter sempre alguem dizendo que voce tem que fazer, como deve fazer, e quando deve.... Eu me sinto constantemente presa, impossibilitada de fazer as coisas porque independente do que eu faça, vai ter sempre alguem pra dizer que aquilo é minha obrigação, ou que eu estou fazendo errado. Pro meu pai eu não corro e nunca corri atras das coisas. Mas ele não sabe que eu tentei todo tipo de bolsa na Mackenzie ano passado, e de que todas foram negadas. Ele não sabe que eu desisti das faculdades que eu queria porque pensei em como pagariam. Ele não sabe que ja fui e ja conversei na unip tambem sobre minhas possibilidades. Mas é assim.... se eu decido fazer algo por mim, o que eu quero eu estou errada. Duas semans atras eu recebi a aprovação na uftm em uberaba, que tem um dos melhroes cursos de psicologia. Fui falar toda feliz pra minha mae e ela virou a cara. Que apoio que eu tenho aqui? Como confiar em mim mesmas enquanto ninguem acredita que eu sou capaz? No ensino medio lembro que ia estudar pensando em esfregar minhas aprovações nos rostinhos dos meus pais. consegui, mas isso nao parece adiantar muita coisa agora. Esa tudo a mesma merda. Eu só nao sei por quanto tempo mais eu aguento isso. Isso de acharem que eu nao corro atras de nada, de so saberem julgar e nao ver o que realmente acontece. Essa pressão me deixa louca, me deixa frustrada demais quando eu tento fazer algo "certo" pra eles e nao consigo. Eu só queria que me vissem, que cobrassem menos pra eu ser como meu irmao. Eu Ana, não eu Fernando. Eu queria pais normais, uma familia sem guerra. Apoio, queria que me escutassem.
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Consciência
Consciência Pensar algumas vezes é algo perturbador. Ainda mais quando você percebe os erros escrotos que cometeu. Já mencionei coisas mais pessoais aqui, não sei a ordem cronologica dos textos mas a maioria retrata de como eu consegui ser uma imbecil. Quando eu me envolvi com alguém e gostei dessa presença nos meus dias, era muito mais facil encarar os problemas sabendo que eu teria uma amizade ali para me escutar caso tudo viesse a dar errado. Mas quando a vida desanda e pessoas saem da sua vida, fica um pouco mais dificil acreditar que alguém quer ficar. E quando alguém aparece com meias palavras e frases prontas, você, no auge da falta de noção, e cega por pensamentos e sentimentos conturbados, acredita fielmente de que aquilo é real, ainda mais quando é uma pessoa por quem já se sentiu algo. Eu já tinha esquecido, eu já tinha superado, eu já tinha até curtido uma outra pessoa. Mas o cara voltou com frases prontas como se não tivesse sumido por 7 meses da minha vida. De alguém que era sentimental, e conversava na madrugada sobre paradoxos, foi a alguem que só sabia falar de como a vida era uma bosta e de academia. Eu sei que eu não sou uma pessoa positiva, no meu caso eu sempre vejo o que pode dar errado antes de ver o que pode dar certo, mas ali eu era a pessoa mais positiva. Eu acreditei que havia ali algo mais, eu insisti, eu fui atrás, tudo pra não deixar sumir alguém que eu confiava. Mas o que eu descobri talvez seja uma das coisas que atormenta minha mente até hoje. Eu não insisti nele por um sentimento, logico que eu senti, mas eu percebi que eu esperava dele uma atitude de alguém que havia passado pelos meus dias. Ele nao me via em minha totalidade, ele acreditava que a vida que eu levo era a mesma de redes sociais. Eu não sou como ele, que despeja no facebook as frustrações da vida, eu acredito mesmo que tem coisas que as pessoas não precisam saber, expor a vida assim faz com quem todos possam dar palpites e meter o dedo naquilo que não tem nada haver. Então ele acreditava na minha vidinha perfeita, com a familia perfeita, cheia da grana e com viagens bacanas. Dizia que minha vida era uma verdadeira e eterna férias, que eu não precisava me esforçar pra nada, e que minha faculdade de playboy era bancada pelos meus pais. Mas ele não via minhas inseguranças. Ele não queria saber pelas coisas que eu já havia passado, ele não sabia dos conflitos familiares, ou dos dedos aopntados pra mim todo dia. Ele nunca perguntou como foi meu dia, ou como as coisas estavam indo, sabia reclamar de como as coisas davam errado pra ele e de como queria ter a vida parecida com a minha. Ele via o que queria ver, e me procurava quando era conveniente, de fato ele não estava interessado em mim. Era uma pessoa de interesses. Interesses porque podia passar dias sem falar comigo, mas era eu postar uma foto que ele surgia cheio dos elogios e me chamando pra sair. Interesses por que quando aquele contatinho havia furado com ele e eu "dei a sorte" de ser a proxima na lista. Aquilo foi me deixando bolada, era todo dia eu tentando convencer e mostrar a ele que aquela imagem que ele tinha de mim era errada. Não existia, era falsa, e ele não se esforçava para me conhecer. Eu sei que ele criou um muro em volta dele depois do fim de um relacionamento que ele teve, mas esse muro não só fez com que ele não deixasse ninguém entrar, como fez com que ele também não saisse daquele zona de conforto e tentasse pelo menos, conhecer alguem em sua totalidade. Era muito facil pra ele apontar o dedo pra mim. Estava sempre me diminuindo por coisas futeis. Ele era o batalhador e eu a inutil. E aquilo foi me deixando puta da vida. Até que numa sessão de terapia eu cheia da raiva, odio de estar insistindo em algo sem futuro, eu soltei que "eu queria que ele fosse mais como x pessoa". Ah meu amigos... quando eu soltei isso eu mesma me assustei, por que alguém estava no meu pensamento desse jeito? Voltei pra casa procurando razoes para entender isso. E isso eu vim entender pouco tempo atras. Eu havia projetado no embuste, alguém que nao estava mais presente. Eu tentei fazer com que ele me visse e tentasse me entender como alguem um dia havia chegado perto. Eu fiquei afim dele por insistencia de que ele mudaria, seria alguem com quem eu queria estar e merecia estar. Que erro. Mas de erro em erro a gente aprende que as pessoas não mudam porque você quer. Elas tem que aprender isso. Na epoca, quando ele começou a ser um escroto comigo, eu tirei o meu da reta. Eu não tenho amor proprio mas eu sei a hora que as coisas passam dos limites. Eu não queria ser a segunda opção de ninguém. Aries, o primeiro signo do zodiaco, pra ser segunda opção? Ata. Sai sem aviso previo, e deixei pela ultima vez ele sentir minha falta. A falta veio quando veio o interesse. Nunca era um convite pra matar o tempo, ver o por do sol, tomar um sorvete. Era sempre algo mais particular, um pouco mais interesseiro. Eu não conhecia os amigos dele e ele não fazia questao de que os amigos dele soubessem quem eu era. Eu sei que ele é uma pessoa cheia de problemas, conflitos internos e questões mal resolvidas. Sei que ele lutou pra estar onde está. Mas acho que nesse caminho de desilusões e decepções ele se esqueceu de que é humano e de que convive com humanos. E de que as pessoas não são idiotas. Vacilou comigo? É um adeus. Em abril eu vi ele pela ultima vez, trocamos meias palavras porque eu estava saindo da academia e ele chegando. E ali eu decidi que não queria mais viver naquela toxidade. Eu ão iria implorar, e nem insistir mais em algo fadado a dar errado. Eu me coloquei na frente, eu sai. Hoje ele me manda algumas mensagens, diz que eu mudei, que eu não sou mais a mesma pessoa. Ele não fala comigo porque ele sente minha falta, ou porque eu fui uma pessoa importante pra ele. Ele fala comigo porque sabe que perdeu um contatinho, perdeu alguem que estava disposta a mover o mundo naquela epoca. Erro. Aprendi que nessa vida, algumas pessoas passam por você por mero interesse, e outras tem interesse verdadeiro mas algumas vezes você não é capaz de enxergar isso. Entendi principalmente que não adianta tentar mover o mundo, por que alguem que nao moveria uma pedrinha por você. A gente precisa aprender a analisar as situações, pensar com com os pés no chão e não com a cabeça nas nuvens.
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O ultimo episódio da série.
Dar um start é algo um pouco dificil e desafiador algumas vezes, ainda mais quando se trata de outra pessoa. É mais complicado voltar a jogar quando você já perdeu uma vez, e continua com medo de não conseguir passar daquela temida fase. Pra atualizar o contexto, eu conheci uma pessoa ano passado. Eu não estava nas melhores fases, mas era alguém interessante. Na epoca dessa nova amizade eu havia voltado a falar com alguém que tinha saido da minha vida por um bom tempo. Eu estava em paz com qualquer sentimento, na verdade eu não sentia é nada além de insegurança. Quando essa nova amizade começou a me entender um pouco eu fiquei assustada, não lembrava a ultima vez que alguém tivesse tido um dialago tão aberto comigo. Algumas tombadas pela vida nós tivemos uma vez ou outra, mas nada além de um oi. De papo em papo, convites para sair que eu neguei, por estar "envolvida" com outro alguém, por estar com medo, com crise de ansiedade, com depressão em alta... Os motivos foram alguns, mas todos pareciam desculpas esfarrapadas de alguém que nao tinha a coragem de falar a verdade. De conversas diarias, a conversas espersas, o assunto e o interesse pareceu terminar. Até um fatidico dia. Eu tava num limbo de tristeza que não sabia descrever, me fizeram um convite pra sair, ir na inaurguração de um certo lugar que eu aceitei. Coloquei a melhor mascara pra fingir que tudo estava ok como eu sempre deixo aparentar. De todos os lugares do mundo que eu imaginei que ele frequentaria, aquele lá, e naquele dia, não era um deles. lembro dele ter falado algo como de não esperar que eu estivesse lá, num negocio sertanejo. E em seguida só lembro de ter recebido e dado um beijo. Se eu soubesse tinha feito antes. Mas aquele dia eu tava é muito loca, dopada de remédio e de alcool, não tava medindo minhas atitudes, nem sabia direito o que eu tava fazendo, mas eu tinha consciencia do que estava acontecendo. Pra minha surpresa ele me mandou mensagem dizendo que aquilo não poderia mais acontecer porque estava envolvido com alguém, OKAY, eu aceito, gente é a vida, simbora. Uma ficada na noite com alguém que você sempre conversou mais havia perdido aquele contato direto antes disse, não iria fazer eu cair aos prantos. Uma semana depois a mesma coisa aconteceu. Com a mesma pessoa. O que caralhos há de errado comigo? E a menina? Quem é ela, e porque ele tava ali beijando outras pessoas? jurei de pé junto aquele dia de que se eu o visse nada aconteceria, não era justo comigo, com ele, e nem com quem ele se envolvia. Mas aconteceu. My fault. Por um momento hoive até mãos dadas, o que raios estava acontecendo ali? No outro dia o mesmo papo de que aquilo era errado. Uns dias depois ele estava em um relacionamento. A principio eu não liguei muito. Aceitei aquilo normalmente, mas um pouco assustada pelos acontecimentos dos finais de semana. Tempo vai e tempo vem, o contato voltou. A pessoa com quem eu falava todo dia, que foi pra esporadicamente, voltou aos meus dias, as minhas horas. Era estranho porque eu me sentia totalmente a vontade para estar ali conversando sobre N assuntos com alguém que eu havia encontrado pessoalmente poucas vezes, era estranho o jeito como eu era compreendida, ou da existencia de gostos muito parecidos. As conversas diarias se tornaram um habito, e por um momento parecia que se algo apertasse eu teria para onde correr. Mas se lembram daquela insegurança? que já foi mencionada nesse e em outros textos? ela bateu forte. A pesar do papo direto, naquela epoca eu achava que meus sentimentos eram voltados a outra pessoa. Nada serio. mas a insegurança batia de todos os lados. Os remedios me deixavam louca e eu não sabia o que fazer. De contato diario, mais um baque um veio. Ele havia retomado o namoro. E por alguma razão eu me senti incomodada com aquilo. Até pouco tempo atrás eu não etendia esse incomodo. Não entendi muito bem o que estava acontecendo, mas o que eu poderia fazer, foi eu quem não aceitou convite para sair, foi eu quem fez ele esperar. Na vida a gente aprende que se alguém erra com você, ou enrola demais, outras virão, e levarão de você aquilo que talvez você mais queria. Por um tempo eu fiquei pensando se eu não tivesse dado mancada, as coisas teriam sido de um jeito diferente, eu estava me sentindo preparada para me sentir segura (?). Em algum momento dessa historia de encontro e (mais) desencontros, houve aceitação da minha parte de que ele estava namorando. E não era comigo. Mas por um lado, mesmo que a situação me incomodasse um pouco, era interessante saber que ele tinha alguém pra ocupar a mente, alguém que o fizesse bem e feliz, eu sempre quis o bem dele, independente dele estar na minha vida ou não. Dado um tempo, que eu achei que a amizade continuaria, notei que sem querer ele tava se afastando, achei que fosse fase, dias ruins. Achei isso por eu ser assim, e eu me achar parecida com ele em muitos aspectos. Algumas vezes durante conversas, parecia que eu estava conversando com meu eu interior. Mas como eu disse anteriormente, eu achei. A exclusão dele de todas minhas redes sociais não foi uma ideia minha. E sim dele. No começo eu não sabia como reagir, não entendi se o que eu tava sentindo era decepção ou o que. Lembro que mandei mensagem no snapchat perguntando o porque daquilo, e a mensagem que chegou foi uma de notificação, que minha mensagem seria enviada quando ele me adicionasse. Caralho. Mandei mensagem, questionei, obtive minha resposta. Mas acho que minha frustração com isso, não tinha haver com o fato da exclusão em si. Tinha haver com ele não ter vindo falar comigo. São situações que mesmo que a gente não goste, a gente compreende. Porra ele tava feliz, mas eu queria muito ter tido uma explicação de que eu era um problema na relação dos dois, eu mesma me afastaria. Não preciso de ninguem pra me mandar embora. Dia vai e dia vem, e a sensação de incomodo era um negocio que eu não entendi direito. Mesmo não gostando de falar sobre, entrei nesse assunto com a psicologa, que me disse que se me incomodava era porque era recente, mesmo depois de algum tempo. Eu escutei que "você não estaria desse jeito se o que você sentisse fosse apenas um sentimento de amizade". Eu ri. Mas depois essa frase varou minhas noites. Fez com que eu escrevesse muita coisa no bloco de notas, coisas que eu queria que ele soubesse. Fez eu apagar o numero dele, se ele tinha saido da minha vida por espontanea vontade ou nao, eu tinha que sair da dele. Em algum momento da aula de FHEP, alguma frase apertou o gatilho para eu enviar um dos textos escritos para ele. O numero dele acabei achando em uma das conversas perdidas. E num ato subito na volta pra casa da faculdade eu mandei. Não esperava uma resposta porque se eu recebesse o que eu mandei, eu nao saberia como responder. Mas eu tive resposta. Eu me tremia toda, eu suava frio, eu me xinguei pra caralho por ter mandando um puta texto falando basicamente de como eu tava frustrada com toda aquela situação. Mas o que ficou na minha cabeça dessa drzinha nçao foi o que eu disse, e nem ele dizendo que ja havia me explicado aquilo. Foi o "porque eu sempre fui louco por você, só por esse simples fato" . E dai meus amigos, eu nao entendi mais nada. Li, reli, tentei aplicar aquilo de uma forma que parecesse coeza... mas essas palavrinhas viraram a noite na cabeça. O que ele queria dizer com isso? O looping de coisas na cabeça tentando entender aquilo foi intenso. lembro-me de continuar a conversa como se amizade existisse e como se nós não tivessemos falado muita coisa um para o outro. Era uma sensação estranha aquilo tudo la. O porque eu mandei aquela mensagem? Eu me quistinonei isso por muito tempo depois que ele me deu o retorno de que "não poderia fazer aquilo". Mensagem em vão, e mais uma vez eu me questionando pelas atitudes que eu tomo. Fiquei refletindo por um tempo que impulso foi aquele, que sentimento me levou a mandar aquele puta texto que me desestabilizou e provavelmente desestabilizou ele tambem. Peguei a insegurança e enfiei no saco. Dei a cara a tapa pra expressar aquilo que estava dentro de mim (e salvo no bloco de notas) por muito tempo, não muito, mas o suficiente pra me fazer pensar todo dia naquela mesma coisa. Porque eu havia ficado tão incomodada com o fato dele namorar? Porque por algumas vezes eu me peguei pesquisando, stalkeando sobre como ele estava ou como o relacionamento dele estava? Se eu queria ver alguem feliz, mesmo que esse alguem tenha saido da minha vida, o certo não seria eu deixar o tempo correr? Deixar pra tras? Na teoria era facilimo falar, mas na pratica, foi horrivel. De analise em analise eu me peguei pensando, e escutando que eu tava daquele jeito por nutrir algum sentimento que nem eu mesma tinha coragem de assumir. Por medo, por insegurança, eu guardei um sentimento que eu não entendia muito bem ao certo. Eu sou uma pessoa que gosta de controle, das situações apenas, e lidar com um sentimento novo, e não ter o controle sobre ele certamente foi algo que me assustou, que me afastou de N formas. Quando eu percebi isso, que por atitudes minhas a coisa tinha desandado totalmente e eu tava ferrando a minha e a vida dele, caralho, eu quis sumir. Depois disso eu estava com a certeza absoluta de que deixaria aquilo pra tras. O que eu tinha pra falar eu acabei falando, não tudo, por que muita coisa eu acabei entendendo depois, era hora de seguuir em frente, e ocupar a mente com coisas que não me deixassem tão aflita. Até que, um tempo depois, uma mensagem dele chegou. Eu não tinha o numero, mas quando eu vi a notificação, tive que parar tudo que eu tava fazendo e claro, entrar em panico. Mas de conversa em conversa, a gente entende, tenta, escuta, aprende os motivos que levaram o outro a fazer determinadas coisas. A gente aprende que descontros existem, e que encontros também. A gente aprende a deixar o passado onde ele tem que estar, e tentar não levar a bagagem dele para o futuro. Tentar fazer diferente aquilo que deveria ter feito antes. De historia em historia, a gente recomeça. Vive de um outro jeito, enxerga as coisas de uma outra maneira. Seria esse o desfecho de uma série ou o recomeço de uma nova temporada? É parar e assistir, os acontecimentos dessa vida louca.
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Depósito de Inseguranças
Lembra daquele primeiro pseudo relacionamento que todo mundo já teve? Que consome o corpo e você crê que aquilo ali é pra sempre? lembrou? tem boas memorias disso? Que bom, eu nao. Eu sei, eu sei que todo mundo passa por decepções e que isso faz com que você cresça, mas quando só se tem decepções, a insegurança cresce, duplica, triplica, quadriplica de tamanho. Fica dificil crer em algo, crer em qualquer sentimento depois que já se experimentou tanta mentira. Na vida, poucas vezes eu experimentei algo que julgasse verdadeiro. Poucas vezes alguém fez com que eu sentisse um frio na barriga e uma ansiedade absurda. A primeira vez que experimentei a sensação de um sentimento além de amizade, eu era novinha, ainda não entendia muito bem as coisas e de como as pessoas poderiam ser melhores apenas por interesse. Eu curti, curti até demais. Perdoei cada erro absurdo que hoje não perdoaria mais, eu insisti em algo sem valor, e sem sentimento. Mas no final fui levada a crer que a insuficiente era eu. Ver alguem que tu curtia com outra pessoas é algo que machuca. Mas isso é no passado. Conforme se vai adquirindo maturidade você aprende a desejar o bem para as pessoas, você esquece os erros cometidos e guarda boas lembranças. O tal do esquecimento. Mas de esquecimento em esquecimento magoas ficam guardadas, e com elas inseguranças. Os "e se" assombram. Você já parou para pensar em como sua vida estaria hoje se você estivesse com a primeira pessoa por quem sentiu algo? De esquecimento em esquecimento, a gente acaba levando uma bagagem muito grande de decepçoes e recordações que não deveriam ser guardadas. Que somadas juntas tem poder de destruição nos relacionamentos futuros. Quando você toma coragem pra começar algo novo. Tenta fazer tudo diferente, para que o desfecho da historia seja diferente daquele que tanto te causou dor. Mas o que se esquece é de que *pessoas são diferentes*. Não é porque alguém foi pau no cu com você que todo mundo vai ser. Mas driblar a insegurança e colocar esse mantra na frente é dificil. É complicado. Tudo te tira do trilho. Uma frase, uma atitude, um gesto. E você se afasta, com medo, foge. Mas quando se toma coragem, você tanta viver o momento e acreditar que os erros cometidos são humanos. Mas algumas vezes (como no meu caso) a segunda vez demora pra passar. Depois de insegurança, de medo, encontrar alguém que fala meias palavras sinceras, e parece ser "o tal do cara certo" faz com que você nao raciocine direito. Cega eu fiquei. Corri atras por um tempo de alguém que não somava e nem soma mais (amem). Relacionamentos toxicos existem. Eu esqueci de viver pra viver a vida de outra pessoa, perdi minha essencia pra quem não estava nem disposto a cheirar uma petala sequer. A gente apanha, sofre um bocado. Mas depois entende que a bagagem de relações anteriores não devem ser levadas para nenhuma outra. Você aprende a ser safo, a sair de determinadas situações, perceber coisas antes de darem errado (se você já as vivenciou), mas nunca vai poder prever o que de novo aquela relação vai te ensinar. A vida seria muito mais facil se pudessemos dar um clean up, no termino de qualquer coisa, até mesmo aquelas que nem chegaram a começar. Mas de insegurança a insegurança somada, eu aprendi que existem pessoas capazes de fazer com que você fale coisas do seu mais profundo eu, sem se sentir desconfortavel. Eu aprendi que as pessoas não são iguais, que erros não se repetem com tanta frequencias, e de que as historias nao são as mesmas se você não for. Historias são supreendentes quando você permite que elas sejam. De dia em dia eu to tentando deixar as inseguranças e os medos para tras. Guardando no fundo do armario toda a bagagem toxica de relações rasas que um dia eu tive, para quem sabe um dia me afundar sem boias, e sem neuras, em algo com potencial. Em alguém que entenda minha essencia, e que dela goste.
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