Tumgik
morganices-blog · 7 years
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O grilhões em que imploramos por nos prender. Quanta burrice.
O mundo romantiza e floreia demais aquele sentimentozinho que chamam de amor. Fazem parecer que o amor enriquece, enobrece, traz felicidade, fortalece. Isso é mentira. Sejamos práticos e sinceros, o amor só serve pra atrapalhar nossas vidas. Devíamos limitar nossa capacidade de amar a pouquíssimas pessoas, para nosso próprio bem. Amar os pais e irmãos já é muito, e a eles não podemos evitar de amar. Por que eu falo isso? Pensem comigo. Quando amamos, temos medo de perder, medo de ferir, medo de que a pessoa se machuque. Nos preocupamos, sofremos, sentimos saudades. A dor da perda de alguém que se ama é a pior existente. Quando amamos, agimos pela emoção, abdicamos de oportunidades para beneficiar a pessoa amada, deixamos, em nome da segurança de quem amamos, de arriscar para conquistar grandes coisas.
 Com isso, podemos concluir que o amor nos deixa vulneráveis. Nos atrasa. É uma carga pesada a se carregar. Bom seria ser livre. Não amar a ninguém nos torna imbatíveis. Nada pode nos ferir quando não temos amor. Nada pode nos parar. O amor é como grilhões feitos de kriptonita, e nós, os superman’s, insistimos em nos prender neles. 
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morganices-blog · 7 years
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Solidão, querida amiga
Há dias em que sou mais reflexiva que o normal. Reflexiono da razão da existência humana ao motivo pelo qual colher não se chama pedra. Hoje foi um desses dias. Não fiquei questionando a razão de coisas terem os nomes que tem, mas, observando as pessoas e a movimentação ao meu redor, percebi e questionei algo: As pessoas tem necessidade de estarem acompanhadas, mas... por quê?
Em toda minha vida sempre me senti diferente. Talvez isso seja clichê, e todos se sintam um pouco assim, mas eu, realmente, nunca me encaixei muito neste mundo. As pessoas não simpatizam comigo à primeira vista, geralmente não se lembram de mim após me verem apenas uma vez, nunca fui a pessoa que se integra facilmente aos grupinhos e nunca sou aquela que todo mundo gosta do ponto de vista. Mas o mais importante, aquilo que me faz sentir deslocada nesse mundo, é que eu simplesmente não dou a mínima pra isso. Eu não me importo. Na verdade, diria até que eu amo a solidão. Eu tenho amigos, claro, e acho que tenho até amigos demais, pois, confesso, não sou muito aberta para qualquer pessoa. Mas a verdade é que, apesar de amar meus amigos, eu amo ainda mais estar sozinha. Ir ao parque sozinha, fazer compras sozinha, viajar sozinha, ir ao cinema sozinha, jantar em um bom restaurante sozinha. Tudo apenas comigo mesma.
Talvez pareça um discurso muito individualista, até já recebi inúmeras críticas por isso. Já houve pessoas que me acusaram de não amá-las por conta de meu prazer em me isolar, mas o que fazer se é assim que amo estar? Por mais que eu tentasse mudar, sempre permaneceria assim, uma amante da solidão. Mas, apesar das críticas, me sinto agraciada em ser assim. Não consigo conceber essa dependência das pessoas, uma carência que os torna reféns dos outros. Não vivem se não estiverem acompanhados, não se divertem se não estiverem acompanhados, não existem sem a companhia de outrem. Assim, se tornam cativos de péssimos relacionamentos, apenas pelo medo de estarem a sós consigo mesmos (a sós consigo mesmos - redundante, eu sei). Pergunto-me como viver sem ter completude apenas em si. É muita imprudência colocar o peso da própria felicidade no outro, fazê-lo responsável pelo equilíbrio do seu mundo.
Penso que as pessoas precisam aprender a se bastar. Tantos problemas emocionais que vemos atualmente poderiam ser curados apenas com uma boa dose de amor próprio. Se uma pessoa não é capaz de desfrutar de sua própria companhia e de se contentar apenas consigo mesma, jamais conseguirá desenvolver relacionamentos saudáveis. É preciso aprender a viver sem as demais pessoas, pois, de uma forma ou de outra, as pessoas da nossa vida se vão. Elas sempre se vão. É inevitável. Ou se vão porque querem, ou se vão porque o destino as leva. E, no final, só nos restamos nós mesmos. Bom pra mim, que já estou acostumada.
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morganices-blog · 7 years
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O porquê do escrever...
Escrever é dar vida, é expressar, é fazer sentir. Quando escrevo, traduzo meu eu, exponho meu íntimo, permito que me vejam como sou. Minhas palavras mostram aquilo que os olhos não enxergam na minha face. Se minha cara engana, muitas vezes taxada de metida à primeira vista, minhas palavras denunciam quem sou realmente. Escrever, para mim, é compartilhar minha alma, é deixar que o mundo conheça meu íntimo. 
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