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"Desistir? Eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério. É que tem mais chão nos meus olhos do que cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça." — Cora Coralina
Raízes Terra, eu voltei para teu cheiro de infância, Terra, eu voltei para teu rio de memórias. Nos meus olhos, Terra, há mais futuro que saudade, Nas minhas mãos, Terra, há mais semente que espinho.
Eu planto versos onde um dia plantei milho, Eu colho estrelas onde um dia colhi medo. Cora é a espiga que teu barro amassou, Cora é o grão que teu sol amadureceu.
Voltei porque o rio ainda canta meu nome, Voltei porque o beco ainda guarda minha voz. Nos teus becos, Terra, moram minhas dores, Nos teus cantos, Terra, dançam meus amores.
Sou a velha casa que o tempo não derruba, Sou a ponte que liga o passado ao agora. Nas minhas veias, Terra, corre teu sangue, Nos meus versos, Terra, lateja teu nome. Minha Homenagem pra Cora Coralina

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**Errantes** _Desvio, errância, o perder-se como forma de encontro_ _O caminho como um vento sem margens_ Perder-se é um achar-se perigoso. Perder-se é um dobrar de esquinas invisíveis, onde os passos não deixam rastros, mas ecoam nos ossos da terra. Não se preocupe em estar no lugar certo. A palma da mão desenha mapas, mas a pele não conhece fronteiras. O vento sopra o mesmo sopro, sem nome, sem destino, sem fim. Errar é tornar e retornar, permitir-se à magia do desvio. Chamamos de errantes aqueles que não cabem nas linhas retas do mundo. O pavilhão das sombras guarda travesseiros de lilases, onde dormem os que arreiam seus olhos e deixam suas sombras tombarem, como manequins sem pressa. Siga o som dos passos, até a última placa colorida. Pergunte ao vento o que ele diz, e ele responderá: "Que é vento, e que passa."
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Sinto-me suspenso, como se o vento tivesse parado, como se o ar fosse só meu, como se o tempo, aquele que sempre corre, tivesse simplesmente deixado de existir para mim.
Eu não envelheço, nem sei o que isso significa, embora esteja, sem dúvida, nesta velha pele que carrego, como uma memória que se desfaz ao toque.
O tempo é uma sombra que não se define, ele se dissolve, se torna irreal, eu o vejo, mas ele não me toca, e me pergunto: o que significa estar parado em um mundo que nunca para de girar?
Meu passado? Ele ainda é meu guia e minha prisão. Ele me projeta para o que fui, mas, ao mesmo tempo, me exige algo mais: ultrapassá-lo, deixar para trás aquilo que fui, mesmo sabendo que, sem ele, eu não seria nada.
O que sobra do meu passado quando tento ser livre? É possível ser livre sem desmanchar as raízes? Ou as raízes são o que me definem, o que me tornam o que sou, mesmo quando tento escapar?
Você sente, assim como eu, que o peso do passado se mistura com a leveza do presente? E que entre essas duas forças só podemos, talvez, respirar um pouco?
Eu vivi, e vivi forte, preso a este mundo que nunca pergunta se eu realmente quero estar aqui. Mas em cada passo, busquei o sabor da minha vida, só isso, o sabor de estar vivo, não mais, não menos.
E agora, como pode o tempo ser eterno e fugaz? Ele é uma mentira que se desfez em mim, e talvez, eu seja a mentira que ele conta. A dor e a felicidade, um ciclo que se repete sem nunca realmente se resolver.
Eu, confesso, quero mais. Mas o que mais é esse "mais"? Seria viver sem tempos mortos? Ou é simplesmente fugir da rotina? Ou seria abraçar o que a vida oferece, mesmo que seja tão fugaz?
E ao olhar para trás, para essas palavras que nunca me pertencem, me pergunto: qual o peso da verdade em um mundo onde a mentira nunca se cansa de falar?
É assim, entre o peso e a leveza, que sigo, tentando entender, tentando ser e, talvez, em cada erro, encontrar a verdade que tanto busco.
___________ Marcio Aloisio de Oliveira
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Nada com a porta entreaberta já é alguma coisa. Nada com a luz piscando já é alguma coisa. Nada com o silêncio apertando já é alguma coisa. Mas não é nada.
Nada com a luz apagada já é alguma coisa, nada com o eco no vazio já é alguma coisa, nada com a sombra passando já é alguma coisa, mas não é nada.
Nada com um espelho quebrado já é um reflexo. Nada com um suspiro no ar já é um respiro. Nada com a sombra que se arrasta já é presença. Mas não é tudo.
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As pessoas oscilam, as variáveis vacilam, os desvarios revelam.
(MAO)
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'Experimentar é o que interessa, pois na experiência se encontra a essência. ' MAO
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A vida se curva, a onda quebra e se refaz, espelho e movimento.
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Título: Rosto Desconfigurado
Artista: Marcio Aloisio
Data: 01/11/2024
Descrição: Esta obra de arte abstrata apresenta um rosto desconfigurado, utilizando traços pretos irregulares para criar uma figura distorcida e assimétrica. As áreas coloridas em azul, rosa e amarelo adicionam contraste e dinamismo à composição, proporcionando uma sensação visual intrigante
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Para refletirmos sobre a solidão, especialmente na perspectiva feminina, e como ela pode ser tanto um desafio quanto uma fonte de força e autoconhecimento.
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Abraça-me, sente-me, Veste-me, mostra-me, Para que em ti eu encontre, O sentido do sentir. (MAO)
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Gosto de procurar detalhes que ninguém vê, Gosto de sentir o mundo em sua pequenez, Gosto de afundar as mãos em grãos, Gosto de observar sem ser notada.
Sem você, a emoção de hoje seria pele morta, Sem o toque suave, o mundo seria só sombra, Sem os pequenos gestos, a vida seria monótona, Sem Amélie, a magia se esvairia na rotina.
Amélie, a sonhadora que vive em um mundo de detalhes, Amélie, a observadora de corações solitários, Amélie, a orquestradora de sorrisos escondidos, Amélie, a tecelã de destinos cruzados.
Ela prefere imaginar um amor distante, Ela prefere sonhar com um futuro brilhante, Ela prefere organizar as vidas ao redor, Ela prefere, mesmo sem perceber, amar.
Porque a vida é feita de pequenos nadas, Porque a vida é feita de cores vibrantes, Porque a vida é feita de gestos delicados, Porque a vida, apesar de tudo, é bela.
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