Tumgik
mrs---nicole · 6 years
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Càso 3 Nível sócio-econômico: médio baixo. Marido: 33 anos; mulher: 31 anos; A: filha, 7 anos, só da mulher; B: filha, 5 anos, só da mulher; C: filha, 3 anos, de ambos. Duração do tratamento: três meses; duas sessões semanais. O casal nos procurou porque B estava apresentando problemas na escola, não conseguindo ser alfabetizada. Logo na primeira entrevista ficou claro que estavam buscando ajuda para o casal e que a ftlha, apesar dos problemas que estava apresentando, tinha servido apenas para que eles pudessem fazer o pedido de ajuda
. A mulher já havia morado anteriormente com outra pessoa com a qual tinha tido as filhas A e B. Há quatro anos morava com o marido, com quem teve a ftlha C, mas não eram casados. 54 A.B.P.4/80 A maior dificuldade do casal consistia na impossibilidade de dialogarem sem que toda conversa acabasse em brigas, com gritos e até agressões físicas. A fala do marido já vinha com todas as possíveis interpretações da mulher e vice-versa. Ambos se sentiam autodesvalorizados na relação e camuflavam seus sentimentos atrás de explicações intermináveis para tudo.
 A autodesvalorização da mãe colaborava para que as fllhas, que não eram do marido, se sentissem impedidas de crescer e progredir, e vivenciassem, de forma exacerbada, uma situação de desvantagem em relação à irmã, fllha do casal. O tratamento foi curto e se limitou a permitir que os não-ditos da relação pudessem aflorar, que a raiva pudesse ser raiva e o amor pudesse ser amor sem necessidade de disfarce ou negação. No último mês de tratamento, quando as dificuldades de B na escola já estavam bastante superadas, foi trabalhada a decisão, tomada pelo casal, de fazerem um casamento legal, o que ocorreu algumas semanas após o término da terapia.
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