nate, call me nate. bellanova's hope, 17 years old, 6th grade at hogwarts school of witchcraft and wizardry. brother to selina bellanova. slytherin.
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wilhellmina:
Eu realmente não acho que tenha como resolver esse meu azar, ele começa com eu sendo filha de quem sou e não tem como mudar isso.
Olha, tem muita coisa que eles não entendem muito bem, mas não vou entrar nesse mérito ou ficarei citando coisas até amanhã. É que eu cansei. Juro para você, cansei da minha mãe toda hora falando sobre esse casamento e me dando coisas para escolher e depois passando por cima das minhas escolhas e fazendo tudo exatamente do jeito que ela quer. Para quem te odiava ela está se empenhando demais nesse casamento. No meu atual estado de nervos eu realmente não estou me importando com como nossos pais vão ficar, de verdade. Bem, nunca se sabe, não é mesmo? That’s fine. Eu não estava planejando me livrar de você mesmo.
Para qualquer lugar longe dessa loucura. Aceito qualquer lugar, de verdade. Para onde você quer ir?
Talvez não tenhamos como mudar isso, mas podemos esquecer esse detalhe, certo? Estamos planejando o nosso futuro, daqui para frente somos nós dois, e não precisamos mais tê-los entrelaçados em nossas vidas.
Sabíamos bem que seria exatamente dessa forma desde o início, não é? Minha mãe está igualzinha e acredito que as duas passam mais tempo mandando cartas uma para a outra do que fazendo qualquer outra coisa nos seus dias. Se você quer isso mesmo, se não tem dúvidas e não vai se arrepender, podemos ir para qualquer lugar. Eu te levo para bem longe deles, paramos de responder as cartas, sumimos do mapa e só voltamos quando estivermos confortáveis. Isso se voltarmos um dia. Honestamente, eu não me importo de passarmos a maior parte do tempo possível bem longe daqui.
Prefere cidades grandes ou pequenas? Praia? Florestas? Calor? Frio? Vamos fazendo uma lista.
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wilhellmina:
Essa é a minha maior questão existencial, frequentemente procuro uma resposta para ela antes de dormir, durante as aulas ou quando encontro minha mãe.
Preach it, eu realmente não me vejo usando nenhuma das duas. São as tradições, é o que mamãe vive repetindo para mim, tentando me fazer entender as razões dela para fazer o que faz. Mas para mim tudo continua sem sentido. Ei! Não é como se fosse uma loucura muito grande. Aceitar esse casamento maluco que eles estão fazendo é que é a loucura. Fugir é, talvez, a decisão mais sã que alguém poderia tomar nessa atual situação. Posso fugir e te deixar aqui, ou você pode fugir e me deixar, é uma opção também. Sei o quanto você sempre quis viajar.
Vamos ter que resolver esse seu lado azarado então.
Tradições são uma grande besteira, é isso que eles não entendem muito bem. Uau, você está falando sério mesmo! Tem ideia de como nossos pais ficariam se nós colocássemos esse plano em prática? Por Merlin, a ideia acabou de ficar ainda melhor. Eu sempre quis viajar, tem razão, mas acha mesmo que eu seria capaz de te deixar para trás? E também lembro bem que prometi recentemente que não iria permitir que você fosse embora. Não vai se livrar de mim com facilidade, Yaxley.
Mas me diga, já que estamos realmente levando isso em consideração, para onde a senhorita desejaria ir?
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wilhellmina:
Casar com Nathaniel Bellanova ou com um arranjo de mesa, qual é pior? Com certeza vai ser essa a manchete da Witch Weekly sobre o casamento. Eu perguntaria de onde surgiu a ideia do fraque dourado, mas realmente tenho medo da possível resposta.
Sim! Uma breguissima cora de flores imensa, que cobre minha cabeça toda e fica meio apagadinha no meu cabelo loiro. Mas é isso ou a tiara com sei lá quantas pedras preciosas que era da minha tatatataravó. O que você acha da gente voltar a planejar aquela fuga, huh? Eu não acho que possa passar por esses preparativos e por esse casamento, Nate. De verdade.
O que você fez para ter tanto azar assim na sua vida, hein?
Uma coroa de flores ou uma tiara de pedras preciosas, duas coisas que estariam muito melhores bem longe do seu rostinho bonito. Por que essas famílias doidas gostam de ficar se apegando à essas antiguidades? Pensa bem, são coisas que pessoas que já morreram há anos usaram, vai saber por onde passou. Quem diria, Mina Yaxley renunciando às tradições e se colocando à disposição de uma fuga, estou surpreso. Just kidding. Mas você está falando sério sobre isso?
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wilhellmina:
Hmmm, realmente, acho que não é uma boa ideia. Eu não quero que pensem que estou me casando com um arranjo de mesa. Seria humilhação pública demais.
Alias, minha mãe está insistindo para que eu use uma coroa de flores. Disse que combina com todo o aesthetic de casamento primaveril.
Imagine, já vai estar se casando com Nathaniel Bellanova. Agora se casar com Nathaniel Bellanova vestido com um fraque dourado, por Merlin, coitada de você. As pessoas com certeza sentiriam dó.
Uma coroa de flores, geez. Qual é o problema das nossas mães? Quer saber? Não responde. Acho que vamos ter que dar um jeito para fugir desses preparativos loucos de casamento que elas estão inventando. Ou então vamos ter um belíssimo casamento igual ao do seu irmão, o que, eu devo confessar, me assusta um pouco.
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Olha, eu tenho certeza que um fraque dourado não tem nada a ver comigo e eu me nego com todas as minhas forças à usar isso no dia do nosso casamento. Só faltariam algumas flores no meu cabelo para eu parecer um arranjo de mesa.
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wilhellmina:
Geez, Nate, pode deixar os elogios para lá, você já conseguiu a noiva. Não por mérito próprio, mas acho que isso não importa muito né…
Não estou sendo agressiva, estou só tentando te levar logo pras masmorras, antes que a gente encontre o Filch pelo caminho. Ou pior, antes que a gente encontre a Madame Norra. Ela consegue me assustar mais que o Filch, se é que isso é possível… Ainda bem que nosso time de quadribol não depende de você, huh? Estaríamos perdidos se fosse o caso. Mas diga-me, o que é que te fez cair no sono estudando? Os livros já tinham voado de volta para as estantes quando te encontrei.
Só porque já consegui a noiva, não posso mais elogiá-la? Soube que deve se conquistar a pessoa em questão todos os dias de formas diferentes, para manter o interesse, se é que me entende.
Apesar de que, se me lembro bem, você nunca gostou muito dos meus elogios. Tem um motivo especial pra isso?
É, tudo bem, você nunca usou da sua delicadeza para me acordar mesmo, eu estou acostumado. Mas espero que não me derrube da cama depois que casarmos e tivermos que dormir juntos, ok? Isso seria bem rude. Como você tem medo da Madame Norra se mantém aquele bicho esquisito que chama de gato no seu dormitório? O time de Quadribol não é bom o suficiente para alguém tão incrível quanto eu. Acho que só não dormi bem na noite passada, Black deve ter levado alguma pancada forte na cabeça, aquele maluco não para de falar enquanto dorme e ele ronca bastante também. Viu só? Se casar comigo não é uma má ideia, eu te livrei de acabar sendo noiva de caras que roncam... Aliás, lembra quando eu dizia que ia te livrar dos seus pretendentes malucos pedindo sua mão em casamento para a sua mãe? Você sempre dizia que ela nunca iria aceitar.
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wilhellmina:
Não, eu não sou um fantasma e isso não é um sonho. Levanta logo, Nate, você caiu no sono no meio da biblioteca e já passamos do toque de recolher há horas.
Se você fosse um fantasma, seria o fantasma mais bonito desse castelo todo, sabia disso?
Por isso minha ideia pendeu mais para o lado de ser um sonho. Ok, ok, não precisa de toda essa agressividade, baixinha. Depois de tantas horas de estudo seguidas, eu tinha mais é que pegar no sono mesmo. Apesar desse lugar não ser o mais confortável, por Merlin, vai devagar na caminhada, acho que fiquei velho demais de repente, minhas costas estão me matando.
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wilhellmina:
“Não faria nenhum mal a você, já que você pouco se importa com tudo.” Percebeu que estava ultrapassando a linha que ela própria havia estipulado para manter uma boa conversa com Nathaniel. Eles não deviam ter entrado naquele assunto, não deviam mesmo. Era algo delicado demais para se discutir, ainda mais depois de muitas taças de champagne. “Desculpe, eu não queria…” Tentou desculpar-se, mas nem mesmo sabia sobre o que precisava mais pedir desculpas: se era sobre ter entrado no assunto ou dado a entender que ele não se importava com a família ou com as tradições que era obrigado a carregar graças ao sobrenome que trazia consigo. Mina sempre soube que fazer o que era preciso para o clã Bellanova não era a maior intenção da vida de Nate, ao contrário dela própria. Mas mesmo assim não achava justo usar tal cartada com ele, principalmente quando estavam partilhando de um momento tão bonito como aquela dança no ponto mais afastado da Mansão Burke com todas aquelas flores os observando pelo jardim.
Estar dentro do abraço de Nate da maneira em que estava naquele momento parecia ser algo tão certo, algo tão natural. Mina sentia-se completa ali. Era uma sensação velha para a garota, há algum tempo já se sentia assim, mas tudo havia se intensificado após a noite do Banquete quando tudo estava escuro e o mundo parecia ser apenas eles dois, sem mais nada, sem mais ninguém. E então o beijo aconteceu. Tudo parecia ser tão certo, mesmo com toda a situação, mesmo com eles sendo forçados a embarcar em uma loucura orquestrada por Elladora Yaxley e Helena Bellanova, mesmo com um corpo aparecendo no centro do salão de festas da Mansão Mulciber depois que todas as luzes se acenderam, mesmo ele a deixando lá sozinha e ainda depois de tudo a culpar pelo que havia acontecido entre eles.
Mina adoraria poder culpar Elladora por tudo de ruim que vinha acontecendo em sua vida, entretanto ela não podia. A mãe era realmente responsável por boa parte de tudo, mas não era a única culpada. Mina possuía uma boa parcela de culpa, assim como Nate. Os dois eram cabeça dura demais para assumir tal fato, mas não havia como negar ou culpar outra pessoa. Helena e Elladora haviam sim combinado o casamento pelas costas dos filhos, mas a briga entre eles havia partido deles próprios por raiva num primeiro momento e depois por ciúmes. Eles deixaram a situação se agravar tanto por nenhum ser capaz de engolir o orgulho e procurar o outro para resolver antes. A garota reconhecia que o tapa que havia acertado no rosto dele na ultima briga dos dois servira apenas para piorar tudo, mas não havia muito que ser feito depois daquilo.
Aproveitou-se do beijo que ficava cada vez mais intenso para aproximar-se mais de Nate, colando seu corpo ao dele. Mina sentia o coração dele batendo forte em seu peito e sabia que ele também podia sentir o dela que batia mais fora de compasso do que era possível. “Kissing.” Disse suavemente enquanto aproximava seus lábios aos dele novamente, na esperança de recomeçar o beijo que ele havia parado. Não estava nenhum pouco a fim de discutir sobre a situação deles, principalmente quando o álcool que havia ingerido já passeava por sua corrente sanguínea a deixando um pouco mais alterada do que deveria estar e com sua boca tão próxima da dele sendo a única coisa que lhe prendia a atenção.
Respiro fundo enquanto ouvia o que ele falava, nada parecendo muito relevante para ela, nada além do que ela já sabia. Com as mãos dele em seu rosto a jovem era forçada a olhá-lo nos olhos, mantendo uma ponte visual firme. “Então não deixe.” Mina foi singela em sua resposta, não havia muito mais o que dizer além de pedir para que ele não a deixasse ir embora. “Eu não posso te dar definição nenhuma, mas posso garantir que se você não quiser que eu vá embora eu não vou.” Explicou ao rapaz seu ponto de vista. A garota realmente não podia dar a ele uma definição como ele pedia, por Morgana, nem mesmo ela possuía tal definição e era algo delicado demais, principalmente tendo os pais que eles tinham. Mas a garantia de que não iria embora se ele não quisesse ela poderia dar com toda a certeza do mundo, sabia no fundo de seu coração que não conseguiria ir embora nem se ele pedisse.
“Ouch.” Sua voz saiu quase sussurrada, mas sabia que Mina conseguiria lhe ouvir, já que estavam tão próximos. Mesmo que as palavras dela tivessem sido um pouco duras, eram a mais pura verdade, então Nathaniel forçou um sorriso e balançou a cabeça. Não havia motivos para contestá-la, afinal, ele não se importava mesmo com todas aquelas bobagens de tradições, e Mina era uma das pessoas que melhor sabiam sobre aquela parte da vida dele. “Não precisa pedir desculpas por nada, Mina, você está certa, eu realmente não me importo muito com nada disso. Mas me importo com você. E minha ideia era te ajudar...” Também não valeria a pena ficar escavando aquelas ideias do passado, pois aquilo tudo só iria incomodá-los e tirá-los daquela bolha de paz que tinham em sua volta pela primeira vez em meses. Nate não queria estragar tudo. “De qualquer forma, não há muito o que possamos fazer agora, então é melhor não falarmos sobre isso. Não quero comprar uma briga.”
A verdade era que o jovem Nathaniel não estava sabendo muito bem como lidar com toda aquela situação, não depois do banquete de homenagem a Salazar Slytherin. Ele poderia ser corajoso para muitas coisas, mas quando se tratava de seus sentimentos, o garoto era extremamente parecido com sua irmã mais velha, mesmo que fosse difícil admitir: os dois preferiam reservar qualquer sentimentalismo muito exagerado, como uma forma de se proteger, e aquilo, de certa forma, acabava os prejudicando, como naquele momento, em que ele não conseguia encontrar palavras para conversar com Mina da forma como gostaria e não conseguia encontrar um modo para resolver a situação entre eles da forma como deveria. Os dois estava se dando bem ali, dançando juntos, parecia ser como qualquer momento do seu passado, mas não era exatamente assim. Ainda havia uma certa barreira os impedindo, os mantendo, de certa maneira, afastados. E Nathaniel não sabia como agir para derrubar aquela barreira, para se aproximar de Mina da forma como fazia quando eram apenas melhores amigos, sem a pressão de um noivado forçado em seus ombros.
Entretanto, na hora em que estava beijando-a, era como se tudo voltasse a ser o certo. Memórias passavam rapidamente em sua cabeça, flashs de momentos entre os dois enquanto seus braços estavam ao redor de Mina com a determinação de quem lutava para nadar enquanto se afogava. Beijá-la era como respirar ar puro, e ele gostava daquele ar. Gostava também do perfume que sentia emanando do corpo dela, e do toque de sua pele contra a dela. Eles se encaixavam de uma forma surpreendente. Como nunca havia pensado nisso?
“Eu não vou. Não vou deixar...” Respondeu firmemente, porque aquela era a única certeza que tinha naquele momento. Nada mais realmente lhe importava, nada mais significava tanto como a certeza de que queria estar com Mina, independentemente da forma, independentemente de qualquer outra coisa no mundo. “E com certeza não quero que você vá embora.” Completou sua frase, suas mãos agarrando-se ao rosto de Mina, seus dedos entrelaçando-se de leve nos fios do cabelo dela, acariciando-a. Não ouvia mais a música ao fundo, não ouvia o barulho dos animais noturnos a sua volta, ouvia apenas a batida irregular do seu coração contra o de Mina quando desceu seu braço esquerdo ao redor da cintura dela e ergueu-a um pouco do chão, encostando seus corpos e selando seus lábios mais uma vez naquela noite. Queria poder manter-se daquela forma para sempre, apesar de saber que a qualquer momento teria de soltá-la. Os dois ainda estavam condenados a ter a participação de suas mães em suas vidas, então o melhor que podiam fazer era aproveitar os momentos que tinham juntos enquanto não precisavam resolver o que seria de seus futuros a partir daquela noite, porque com certeza era o que teriam que fazer quando aquele baile acabasse.
Só que estava certo naquele ponto: não a deixaria ir embora. Não mais.
[Flashforward] A chance to do something right | Yanova | July 78
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wilhellmina:
Mina não pode evitar o riso que se formou ao ouvir o rapaz lembrando as inúmeras vezes em que ele havia sugerido que fugissem de tudo, deixando as famílias para trás, viajando pelo mundo, conhecendo outras pessoas, outras culturas, apenas os dois e nada mais. E em todas às vezes a garota havia negado a sugestão de Nathaniel, mantendo-se firme ao que julgava ser sua obrigação com o clã Yaxley, recusando-se a deixar para trás tudo o que havia se comprometido em cumprir um dia. “Eu acho que não é tão simples assim. Você sabe que não é.” Reforçou o que sempre dissera para ele nas conversas que partilhavam sobre o tópico futuro, tópico esse que Mina sabia como terminaria para ambos: Nate estaria viajando enquanto fugia de qualquer noiva que Helena poderia arrumar, enquanto Mina estaria entregando-se para o futuro marido que Elladora escolhera a dedo sem reclamar. Era assim que o futuro aconteceria os dois tinham certeza. Entretanto a vida havia se encarregado de jogar todos os planos deles agua a baixo. Nate era o noivo que Mina esperava em ter e só de conhecê-lo como conhecia sabia que era a pior coisa que poderia ter acontecido entre eles.
A garota estava completamente satisfeita com a atmosfera amistosa que estava pairando sobre eles ali. Mais uma vez riu quando o ouviu concordar sobre Selina ser maluca, da mesma maneira que já havia feito inúmeras vezes antes na vida. Era maravilhoso poder ter a sensação de que nada havia mudado, nem que se fosse por apenas alguns momentos, mesmo que a verdade lhe nocauteasse poucos instantes depois, jogando em sua cara que nada era igual antes e que nunca mais na vida seria. Tudo havia acabado. Os anos dourados de Nathaniel Bellanova e Mina Yaxley infelizmente haviam chegado ao fim. E o futuro aos deuses pertence. Não seria possível saber o destino deles, mas era obvio que nunca seria como o passado uma vez fora.
Tornaram-se pessoas diferentes, este era um fato que não podia ser ignorado. Por mais que tentassem permanecer os mesmos, estavam diferentes. E não era apenas na aparência, pois era um aspecto que claramente demonstrava a diferença entre ambos antes e naquele momento, a barba que surgia no rosto de Nate e os fios dourados de cabelo de Wilhelmina que agora estavam mais longos do que ela jamais possuíra na vida. Não, não era só isso. Qualquer um que os conhecesse mais que o mínimo possível poderia notar a diferença no jeito deles, na expressão do rosto dele e na forma polida que ela utilizava para falar. Ou será que apenas ela percebia isso?
Deixou que Nate se afastasse e a rodasse no ritmo da musica que vinha do grande salão de festas dos Burke apenas para depois trazê-la novamente para perto de si. Quando retomou a proximidade entre eles, Mina encaixou-se dentro do abraço dele, descansando sua cabeça no ombro dele. “Não vamos falar disso agora, por favor.” Pediu ainda aninhada no peito dele. O maior receio da garota é que a menor insinuação do assunto pudesse levar a uma discussão que mandaria toda aquela maravilhosa sensação que estava sentindo para o espaço. Deu um tapinha no ombro dele quando o ouviu insistir que ela estava linda, a deixando meio sem graça. Não estava muito habituada a elogios, tampouco estava habituada a vestir-se da maneira em que estava naquele dia, tudo aquilo era culpa de Elladora e de sua insistência em manter a filha impecável para os olhos alheios, sem nem se importar se a garota sentia-se esquisita no vestido ou se os pés dela estivessem doendo demais dentro dos sapatos de salto.
Wilhelmina não sabia ao certo o que a havia levado a iniciar ao beijo, não fora ela a responsável pelos beijos anteriores e eles sempre vieram sem que esperasse, talvez naquele momento ela quisesse enfim ter controle sobre aquilo. No momento inicial a questão sobre a reciprocidade dele não havia sequer passado por sua cabeça, entretanto no instante em que colara seus lábios aos dele a dúvida lhe atingiu em cheio: e se ele não quisesse aquilo? Mas quando ele a puxou mais para perto e retribuiu o beijo todas as dúvidas de Mina foram para o espaço, a deixando completamente feliz com seu impulso. O beijo dele tinha um gosto familiar para Mina, talvez fosse champagne, algo que a garota estava bem acostumada a beber. Os lábios dele eram macios contra os seus, a sensação era maravilhosa. Usou suas mãos que já estavam à nuca dele para se segurar quando o abraço dele a colocou na ponta dos pés. Ela não queria saber de nada além do beijo naquele momento, não queria nem mesmo parar para encher seus pulmões de ar. Mina adoraria continuar ali para sempre, sentindo os lábios dele nos seus, vivendo o beijo que a cada segundo se aprofundava mais como se os dois fossem as únicas pessoas restantes no mundo e nada mais importasse.
Com a resposta da garota, a reação de Nathaniel foi fingir uma expressão de decepção em seu rosto, balançando sua cabeça em negação. Logo em seguida, ele sorriu, porque ouvir a risada dela sempre lhe encantara de uma forma que não sabia muito bem como explicar. E enquanto se balançavam de um lado para o outro, vagarosamente, no ritmo da música, o jovem só conseguia imaginar como seria se eles não tivessem o peso de suas famílias sobre suas costas — Mina muito mais do que ele, era evidente —, como seria se apenas pudessem decidir o que fazer de seus futuros sem se preocupar com seus pais querendo tomar decisões incabíveis por eles. Como seria se fossem donos de si próprios? Pegava-se imaginando os dois como trouxas, livres da pressão do sangue puro, do status familiar, com vidas normais, trabalhos normais, viagens, expectativas para o futuro, sem acordos matrimoniais rendendo bons negócios. Era algo que o garoto, secretamente, sempre invejara nos trouxas. Ou naquelas famílias bruxas nas quais os filhos tinham a liberdade de tomarem suas próprias decisões. Ele era um rebelde sem causa, era verdade, mas ainda assim sempre tivera a pressão de seus pais em sua vida, nunca conseguia se livrar disso por definitivo. “Ou você que não quer simplificar. Talvez por receio do futuro, por não saber o que te espera. Já pensou nisso?” Questionou, erguendo suas sobrancelhas. “Sair um pouco dos padrões de nossas famílias não nos faria nenhum mal, acredito eu.”
Sentiu o perfume intenso dela quando a aconchegou em seu peito, as batidas dos corações dos dois meio descompassadas, mas unindo-se enquanto dançavam. Era uma sensação extremamente reconfortante ter Mina em seus braços mais uma vez, como se ele fosse capaz de tudo agora que ela estava novamente ao seu lado. Mina sempre fora a sua paz, ela que costumava colocá-lo nos eixos quando ele se perdia, quem lhe trazia tranquilidade e aquela sensação familiar que Nathaniel jamais tivera em sua casa. Mina era sua família, sua casa, era tudo o que Nate tinha, era a melhor coisa de sua vida. Como poderia tê-la deixado escapar daquela forma pelo simples fato de não conseguir engolir seu estúpido orgulho uma vez em sua vida? “O seu pedido é uma ordem, Srta. Yaxley.” Seu tom de voz tornara-se um pouco mais brincalhão, tentando evitar que o momento ficasse constrangedor. Também não queria tocar naquele assunto, e distraí-la disso era o melhor que ele poderia fazer.
Os últimos beijos que os dois jovens haviam trocados aconteceram em momentos em que seus sentimentos estavam totalmente a flor da pele. O primeiro fora no meio da descoberta de que estavam noivos, um apagão de luzes e um assassinato, depois houveram brigas, mais beijos, desentendimentos, mais beijos, e tudo se tornara uma completa confusão entre os dois, algo que nunca acontecera, porque apesar de naqueles anos todos de amizade já terem divergido várias vezes sobre diversos assuntos, Nathaniel e Mina sempre tiveram uma relação estável e de bom entendimento. Não saber como agir perto dela era uma novidade para o garoto, algo com que ele não estava acostumado e algo com que não gostaria jamais de se acostumar. Sentia falta da intimidade que tinham e faria qualquer coisa a seu alcance para retomar aquele sentimento. É claro, qualquer um diria que mais uma troca de beijos seria o ideal para criar ainda mais intimidade, mas no fundo Nathaniel estava receoso, sem saber como agiriam assim que se afastassem e tivessem de encarar um ao outro novamente.
Mas naquele momento ele não se importava muito com o que poderia acontecer no amanhã ou no que teriam de enfrentar. Seus braços estavam bem seguros ao redor de Mina e o beijo era a melhor coisa que acontecera com o garoto em meses. Ele não tinha nada do que reclamar. Quando precisou de ar, no entanto, afastou-se. Não o suficiente para soltar seus braços da cintura de Mina, apenas para respirar fundo, seus narizes ainda se tocando de leve enquanto abria seus olhos e fitava os de Mina. Eles estavam mais unidos ali do que haviam estado em muito tempo, e não havia nada no mundo que pudesse fazer Nate desejar afastá-la. Sair de perto dela era sempre como perder uma parte de si, e ele já havia perdido muito, não iria se permitir perder mais.
“What are we doing?” Perguntou, sua voz entrecortada pela falta de ar, sussurrando quase contra os lábios dela. Realmente, aquela era uma questão que precisava de uma resposta urgente, mas Nathaniel não conseguia ver uma a seu alcance naquele momento. As reviravoltas nas vidas dos dois haviam acontecido tantas vezes e de formas tão repentinas nos últimos meses que ele já nem sabia mais o que pensar a respeito do que eram, do que estavam fazendo, ou do que fariam. Mas eles definitivamente não eram apenas amigos. Não eram apenas dois jovens forçados a estar em um noivado que havia lhe trazido tantos problemas. Só precisavam descobrir o que realmente eram e o que aquilo tudo significava. Levou suas mãos até o rosto de Mina, segurando-o. Precisava olhá-la nos olhos enquanto descobriam juntos o que precisavam saber, apesar de ter certeza que a garota estava tanto ou ainda mais confusa do que ele. “Eu preciso de uma definição, algo a que me agarrar agora mais do que nunca, porque esse beijo, e os outros, e tudo o que tem acontecido entre nós... Mina, eu não vou conseguir te deixar ir embora mais uma vez.”
[Flashforward] A chance to do something right | Yanova | July 78
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WE’RE ACCIDENTALLY IN LOVE a playlist for Nathaniel Bellanova and Mina Yaxley [listen]
01. be alright - lucy rose 02. please don’t say you love me - gabrielle aplin 03. let her go - passenger 04. sorry - justin bieber 05. stand by you - rachel platten 06. here with me - the killers 07. chasing cars - snow patrol 08. how to save a life - the fray 09. snow patrol - just say yes 10. accidentally in love - counting crows 11. crazy little thing called love - queen 12. still into you - paramore
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Yanova: moodboard (Nate's point of view)
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“Do you love her?” “Yes.” “How do you know?” “Because nothing makes sense without her.”
(via aleeeeeynaaa)
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wilhellmina:
Reclamar sobre seu irmão e a loucura de sua mãe enquanto também ouvia Nate reclamar de Selina e de Helena Bellanova trazia uma boa sensação para a jovem, quase que de familiaridade, algo que não sentia há um bom tempo em seu coração. Sua casa durante o verão não era a mesma sem as visitas dele e Hogwarts então… Era doloroso vê-lo diariamente, mas fingir não se importar por em momentos de orgulho besta não querer dar o braço a torcer de que sentia falta dele. Mas que raios, era obvio que WIlhelmina sentia falta de Nathaniel mais do que sentiria falta de qualquer coisa na vida. Ela o amava, era o seu melhor amigo. Era babaquice realmente esperar que pudesse ser bem sucedida em vender a história de que não sentia saudades dele. “O dia em que você enfim sucumbir a loucura de dona Helena eu já estarei na camisa de força há tempos por culpa de minha mãe.” Mina brincou com ele de uma maneira que há muito não fazia, e que sentia falta. “Um pouco maluca? Por favor, Nate, não tente amenizar a loucura de sua irmã!” A loira conhecia muito bem a irmã mais velha do melhor amigo e ao menos com Mina, Selina já havia dado inúmeras provas de que era sim maluca, igual à mãe. E por mais que Mina não tivesse coragem de falar isso na cara de Selina, vivia dizendo para Nate.
Àquela altura do verão Mina já era uma perfeita cerimonialista, poderia realizar casamentos a torto e a direito. Elladora havia carregado a jovem para baixo e para cima enquanto preparava o casamento de Wlhelm e Natalie. Wilhelmina havia participado da escolha dos convites – que eram de tom creme e com os dizeres feitos à tinta de ouro, realmente ouro, em caligrafia fina e delicada, com apliques de renda no envelope – participara também da escolha das flores – lírios brancos nos arranjos sobre a mesa e grandes buquês de gladíolos e rosas brancas na parte externa da propriedade Yaxley. O pior momento para Mina, entretanto, fora auxiliar Natalie na escolha do vestido de noiva. A jovem pode suportar Elladora lhe dizendo a todo o momento para tomar notas para seu próprio casamento enquanto assistia a escolha das flores e convites, mas quando ouviu a mãe lhe falando isso durante a prova do vestido de noiva todo o peso da situação que ela há muito havia conseguido esquecer caiu novamente sobre ela. “Você não sabe o quanto.” Soou um pouco mais amargurada do que realmente queria. Mina não queria que Nate se sentisse culpado pelo ocorrido, por muito tempo quis, logo no início da briga, mas naquele momento não mais.
Ao sentir as mãos dele segurando gentilmente a sua cintura, Mina aproximou-se o possível dele, repousando sua cabeça no vão entre o pescoço e o ombro do rapaz. “Eu nunca faria isso.” Sorriu enquanto dizia o que ela sabia que seria obvio para ele, mesmo depois de tanto tempo. Fechou seus olhos suavemente, ouvindo ao longe a música do grande salão de festas da mansão Burke chegando melodiosamente a seus ouvidos. Mina desfrutava do toque de Nate em sua cintura e da proximidade de sues corpos. Por Morgana, como havia sentido falta daquilo, como havia sentido falta dele. Aquele era disparado o lugar preferido de Wilhelmina em todo mundo, ali, dentro do abraço de Nathaniel ela se sentia protegida de tudo e de todos, de seus pais, do noivado.
E também se sentia completa.
Lentamente abriu seus olhos e deixou o lugar aconchegante que havia encontrado no abraço dele, mas não sem antes inalar por uma última vez para que a sua mente pudesse capturar a fragrância do perfume dele que ela tanto amava. Afastou-se apenas o suficiente para que pudesse olhá-lo nos olhos. Sorriu um tanto sem jeito ao ouvi-lo dizer que ela estava belíssima. “You too.” Retribuiu o elogio, por mais que soubesse que ele não precisava dela para saber que estava bonito, Mina simplesmente gostava de dizer isso. “And thank you.” Agradeceu aproximando seu rosto do ele e mais uma vez fechando seus olhos para aproveitar aquele momento que enfim estavam partilhando. Aquele momento familiar que por muito tempo ela achou que nunca mais aconteceria. Sua testa estava colada à dele e seus narizes estavam um amassado ao outro, daquela maneira que se ficava antes ou após um beijo. Mina sabia que aquela era uma linha tênue e que poderia se arrepender demais caso a ultrapassasse daquela maneira, mas era mais forte do que ela. E antes mesmo de abrir seus olhos novamente, Wilhelmina Yaxley já estava colando seus lábios aos de Nathaniel Bellanova.
"Você se lembra bem que sempre temos a opção de fugirmos dessa loucura toda, não é mesmo? Assim nenhum de nós acaba em uma camisa de força e nos livramos de muita dor de cabeça.” Mina entenderia que Nate estava tentando fazer uma referência das várias vezes em que sugerira que os dois simplesmente jogassem tudo para o alto e saíssem viajando pelo mundo, sem se preocupar com nada mais além deles mesmos. Mas todas as vezes em que lhe sugerira aquela ideia, Mina sempre lhe cortava falando sobre as responsabilidades que os garotos tinham com suas famílias, com a responsabilidade que tinham com seus estudos, com o futuro noivo que Elladora iria lhe arranjar como um bom contrato de casamento entre duas famílias... Mas afinal agora Nathaniel era o noivo sobre quem ele e Mina tanto haviam conversado no passado, isso não deveria lhe ajudar de alguma forma? Era óbvio que jamais iria exercer “seus direitos” como noivo — como sua mãe muitas vezes chamara —, não seria simples que usassem daquele artifício para escaparem de suas responsabilidades um pouco? Mina continuava sendo a melhor coisa que já acontecera em sua vida, e ele continuava decidido a fazer o possível para vê-la bem, não que necessariamente precisassem se casar e construir uma família para isso. “Certo, você tem um ponto nessa história. Ela é totalmente maluca.” O garoto riu, balançando sua cabeça e girando o corpo de Mina no meio da dança devagar antes de trazê-la de volta para os seus braços.
Enquanto dançavam, era como se o peso de seus problemas estivesse sendo retirado de suas costas aos poucos, como se pudessem ter voltado no tempo e agora apenas aproveitassem um momento como amigos em algum dos muitos eventos em que haviam participado juntos nos anos anteriores junto com suas famílias. A diferença era que estavam mais velhos, e carregavam muita coisa junto de si. Nate, especificamente, carregava muita culpa, e isso não era algo que poderia apagar da expressão em seu rosto para apenas fingir que estava tudo bem, porque não estava. E apesar de não terem mais a mesma intimidade que antes, ele imaginava que Mina pudesse notar isso em todas as vezes em que olhava para ele daquela forma como sempre fizera quando tentava lhe examinar, como se tentasse ler cada pensamento solto de Nathaniel e então usar isso como chantagem em alguma brincadeira mais tarde.
Aconchegou-a contra seu peito, sentindo o perfume dela tomando conta do ar ao redor deles, e então sorriu, deliciando-se com aquele momento. “Eu sei que você não faria. Quer dizer, eu não te julgaria se o fizesse, para falar a verdade. Não é como se eu não merecesse ser deixado esperando dessa forma.” E ela sabia que ele merecia. Ela sabia melhor do que qualquer outra pessoa, mas também não precisavam entrar em detalhes como aquele no momento. Por enquanto estava tudo bem entre eles e Nathaniel queria manter daquela forma. Ter Mina por perto novamente era como voltar a viver, como voltar a respirar com tranquilidade. Ela tinha aquele efeito nele e talvez nem imaginasse. “Muito engraçado, mas não estou nem de longe tão bonito como você. Está roubando toda a cena hoje, Mina.” Sorriu, piscando para a garota para descontrair o momento. Não que o sorriso em seu rosto indicasse que ele estava brincando, pelo contrário, estava falando muito sério, porque Mina estava mesmo encantadora, fazendo com que fosse praticamente impossível para Nate tirar seus olhos de cima dela.
Quando a notou se aproximando, seus olhos se fechando, no entanto, por breves segundos, Nathaniel simplesmente congelou. Sentiu que haviam parado de dançar, mas mantinha seus braços ao redor dela, mantendo-a perto de si. Mas o momento de tensão que o garoto sentiu logo se dissolveu, como se nunca tivesse sentido, assim que sentiu os lábios de Mina tocando os seus. Ele havia evitado algo daquela magnitude desde o último beijo deles em Hogwarts durante uma briga porque não sabia como a garota se sentia em relação a tudo aquilo e não queria estragar a relação que estavam reconstruindo, mas ali, ele não podia evitar, não podia se controlar e nem pensar direito no que estava fazendo, apenas seguir todo o seu corpo que praticamente lhe implorava para retribuir o beijo. E foi o que ele fez. Seus braços em torno do corpo dela a trouxeram para ainda mais perto, com firmeza, deixando-a nas pontas de seus pés, mas a segurando junto de si, enquanto aprofundava o beijo com o desejo que vinha sentindo a tanto tempo. Sabia que eles poderiam se arrepender disso mais tarde, sabia que estavam jogando em um campo muito perigoso, mas nenhum dos dois parecia se importar, nenhum dos dois queria sair daquele momento.
[Flashforward] A chance to do something right | Yanova | July 78
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wilhellmina:
Mina não pode evitar rir do que Nate havia acabado de falar, entretanto era a mais pura verdade, ela podia ver naquele momento. Tanto Helena Bellanova quanto Elladora Yaxley faziam o que faziam apenas para não enlouquecerem sozinhas. E, bem, Elladora estava fazendo um maravilhoso trabalho em Wilhelmina, a garota cada vez mais ficava uma cópia perfeita de sua mãe, levando as pessoas que a rodeiam à loucura ou passando boa parte do dia bêbada graças ao champagne, que por ordem de Elladora começava a ser servido ainda no café da manhã. “Espero então que ela não faça um bom trabalho com você, não te vejo no papel de louco. Ao menos não louco como ela. Isso talvez fique melhor em Selina.” Brincou. Sabia que se a irmã mais velha de Nate um dia sonhasse que Mina falara tal barbaridade dela as coisas não ficariam nada boas para a mais nova, Selina simplesmente odiava qualquer coisa à respeito dos Bellanova, nunca admitiria ser colocada no mesmo nível de Helena, independente do motivo.
Assentiu, concordando que com a distração do casamento de Wilhelm as coisas em sua casa estavam mais leves para Mina, mas não era nada assim. Muito pelo contrário, a cada novo preparativo que a jovem era forçada a supervisionar Elladora a mandava aprender direito como se fazia - ou não se fazia, como ela costumava reclamar das coisas reservada pelos Burke para a cerimônia. A questão era que para Elladora Yaxley fazer Wilhelmina passar por tudo aquilo era quase como um treinamento para o seu próprio casamento. O casamento com Nathaniel. Sabendo que aquele não era um assunto recomendável entre eles, já que provavelmente acabaria com qualquer atmosfera amistosa que havia se estabilizado ali entre os dois jovens, Mina negligenciou essa parte, não contou a ele o inferno que estava sendo passar por tudo aquilo em sua casa como teria feito alguns meses antes. “Claro, o foco está todo no Wil, eu tenho conseguido uma boa folga.” Falou um tanto desconcertada, sem saber muito bem como sustentar a mentira que contava a ele.
Ouvir que ele estava bem da maneira que sempre estava foi bom para a garota, ficava feliz em saber que ele estava bem, afinal, a única coisa que queria era o bem dele. Entretanto, não era isso que ela desejava saber, mas ainda assim não tinha como questionar se ele sentira sua falta ali, daquela maneira, sem cerimonia nenhuma. Infelizmente já não possuíam tanta intimidade assim. Tudo precisava de um tempo para acontecer, e o de tal pergunta ainda não havia chegado para eles. “Nunca tive dúvidas que você não ficaria bem, mesmo depois de tudo e tal…” Para Mina tudo havia sido mais complicado, tudo. Ela poderia enumerar tudo o que havia começado a dar errado desde a noite do banquete, mas a coisa mais importante era a falta que sentia de Nate. E por sentir tanto a falta dele ela nunca conseguiu de fato ficar bem, tudo era só uma fachada. O álcool era uma fachada, a alegria que frequentemente demonstrava para as pessoas, e até mesmo a raiva que sentira por ele nas primeiras semanas. Tudo servia apenas para esconder a pequena e frágil Wilhelmina.
Foi pega de surpresa pela mão dele estendida à sua frente e pelo convite para dançar. Era algo comum entre os dois amigos, ou ao menos fora algo comum entre eles em algum ponto da amizade que partilhavam. Mas naquele momento parecia fora de lugar demais ser tirada para dançar por ele. Estavam em uma parte visível demais do jardim, qualquer pessoa dentro do salão de festas poderia ver os dois ali, e ela não queria que isso acontecesse. Ou melhor, ela não queria que seus pais pudessem vê-la com Nate, não queria passar a impressão de que estavam bem, estavam resolvidos e que os planos que os pais fizeram sem ao menos questioná-la estavam saindo da maneira que desejavam. Ela simplesmente não podia deixar isso acontecer, não deixaria eles vencerem. O ideal seria ir embora, deixar Nate plantado ali como um dois de paus, mas ela simplesmente não conseguia fazer isso. Apenas uma vez na vida havia ido embora e o deixado para trás e fora doloroso demais, não conseguiria passar por isso novamente. Sem dizer nada, apenas pegou a mão de Nate que pairava entre eles e saiu apressada pelo jardim, arrastando o rapaz ao seu lado. Desceu rapidamente um lance de escadas que dava acesso a uma parte mais baixa do jardim, com um balanço de madeira em um imenso salgueiro. “Claro que aceito.” Respondeu, enlaçando suas mãos no pescoço dele, preparada para começar a dançar ao som da música suave que saía da casa e chegava até eles ali na parte mais escondida do jardim.
Nate e Mina haviam se sentado nos jardins de Hogwarts para conversar muitas vezes durante aqueles seis anos na escola de magia e bruxaria. Quando não estavam nos jardins, estavam juntos na Sala Comunal, ou, em últimos casos, na biblioteca. Era raro ver um sem o outro, e quando isso acontecia, as pessoas perguntavam se havia algo acontecendo entre eles. Ao longo do tempo, os dois amigos haviam escutado muito sobre o relacionamento deles. Cada um queria dar uma opinião sobre o que eles tinham, e muitos diziam que era algo além da amizade forte que nutriam, até mesmo Selina, certa vez, se dispusera a jogar aquela ideia para cima de Nathaniel, como se estivesse óbvio para qualquer pessoa que visse de fora, menos para ele. E Nate realmente se negava a imaginar aquela possibilidade, não só porque Mina era sua melhor amiga, mas porque os dois já haviam passado a se tratar como irmãos. Não havia como voltar atrás e mudarem aquela relação. Ao menos era o que ele achava até o momento em que seus pais resolveram negociar seu noivado com sua amiga sem o menor consentimento do garoto. A partir daquele momento, as coisas tomaram outra perspectiva para ele, haviam mudado de figura, estavam de cabeça para baixo, e ele mal sabia por onde começar a arrumar tudo.
Talvez aquele dia fosse o ideal para colocar tudo no lugar. Só precisava da cooperação de Mina.
“Ah, não, você sabe que sou imune às loucuras da minha mãe. Ela pode até tentar, mas não vai conseguir me arrastar para isso. E bem, Selina já é um pouco maluca, mas de uma forma diferente. Pensando bem, todos nós somos, certo?” Ele riu. Agora que estavam falando sobre suas famílias era quase como se tivessem voltado no tempo, quando sentavam sob a sombra de alguma árvore grande nos jardins de Hogwarts, bebiam suco de abóbora para refrescar e falavam sobre as coisas que os incomodavam em seus parentes. Nate balançou a cabeça, ouvindo a resposta da garota. Ele sabia bem como as coisas não estavam sendo tranquilas, nem para ele, e nem para ela. Tendo mães como as que eles tinham, era de se esperar uma espécie de inferno na terra dentro de suas casas, principalmente com relação a preparativos de casamento e coisas do tipo. Helena provavelmente achava que Nathaniel teria um surto de raiva e fugiria de casa na menor oportunidade, e o estava supervisionando mais do que o normal para a mulher, o que fazia com que Nate passava longos períodos de tempo trancado em seu quarto, mesmo que não tivesse absolutamente nada para fazer lá. Sabia que para Mina deveria estar sendo tão ruim quanto, mas se ela não queria falar a respeito, ele não a forçaria. Também não poderia usar da amizade deles para descobrir algo, então achou melhor deixar aquele assunto quieto por enquanto. “Noivados e casamentos podem ser mais complicados do que parecem, não é mesmo?”
Nathaniel realmente não queria falar sobre o passado. Não queria falar sobre os erros, um atrás do outro, que cometera com Mina. Não queria falar sobre o grande idiota que ele havia sido com ela. Não queria lembrar que a deixara sozinha quando ela mais precisara dele, quando ele mais precisara dela. E principalmente, não queria lembrar da falta que ela fizera, e que ainda fazia, era verdade. Porque por mais que estivessem conversando de forma tranquila ali, não havia mais entre eles a intimidade que costumavam ter. Por isso esperava que aquela dança lhes trouxessem um pouco do relacionamento que haviam perdido.
No entanto, a atitude da garota o pegou totalmente de surpresa. Mina segurou sua mão, como se aceitasse a dança ali mesmo, mas na verdade acabou o puxando para um canto mais afastado do jardim, onde a música chegava até eles mais baixa do que anteriormente, mas onde nenhum dos convidados no grande salão dos Burke poderia vê-los. Nate não havia pensado naquilo antes de convidá-la para uma dança, o que o fez sorrir quando entendeu o que Mina havia acabado de fazer. Ela não queria que alguém os visse daquela forma, não depois de passarem tanto tempo afastados, e ele respeitava aquela decisão. Aqueles meses haviam sido complicados para os dois, e só de estarem podendo dançar novamente já era o suficiente para o garoto. Pelo menos por enquanto. “Obrigado. Pensei que me deixaria plantado lá, isso seria meio constrangedor.” O rapaz continuou sorrindo, ainda mais quando as mãos pequenas de Mina se entrelaçaram em seu pescoço e enquanto ele colocava as mãos na cintura dela. Estava com Mina novamente, tudo parecia estar realmente voltando ao normal. “You look stunning today.” Soltou, antes que pudesse se conter, puxando-a para mais perto e então começando a mexer seu corpo no ritmo calmo da música que chegava até eles.
[Flashforward] A chance to do something right | Yanova | July 78
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