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A velha zebra na rua de novo. Eu taco marcha nela, odeio me atrasar, prefiro chegar sempre antes, averíguo o local, me sento na posição que me sentirei mais confortável e com a melhor visão possível. Pus a zebra na vaga B11, tomei o elevador e fui até uma cafeteria. Um café e uma coxinha de frango e catupiry. Enquanto espero leio as notícias do dia sobre política. Vésperas da eleição e qualquer apanhado de palavras que contenha o nome do político que se deseja atacar e uma relação misteriosa servem para tirar votos. Estavam agora acusando o Lula de “receber vantagens incabíveis” a posição dele, seja lá o que isso signifique. Vou me atrasar, sai agora do serviço. Sem problemas. Mais uma coxinha e café, por favor. Agora, o material mais duro que já encontraram, uma estrutura formada no interior de estrelas de nêutrons. Bom café era aquele, encorpado. Tem como você me encontrar na Starbucks?
Sim, procurarei aonde fica. Paguei e percorri o shopping procurando. Sobe escada, desce escada e nada. Quando enfim encontro ela está na frente da loja, vou ao seu encontro.
Oi, demorei né?
Não esquente, acontece.
Vamos tomar algo?
Agora não, acabo de comer duas coxinhas e tomar dois cafés, estou bem.
Mas eu peço um chá super gostoso, vem canela, cardamomo, e um monte de outras iguarias, acho que você irá gostar.
Peça, eu experimento do seu, caso goste pego um
Ok
Ela foi até o balcão fazer seu pedido enquanto eu permaneci na cadeira. Ela era visivelmente estrábica, além do estereotipo de nerd lhe cair bem, mas era bonita e extremamente simpática. Morena do cabelo liso na altura dos ombros, 1.76 e uns 70 kgs, 22 anos, psicologa em formação, tinha uma boa conversa. Experimente
Não tem gosto isto, é um ardido de pimenta ou sei lá o quê, e o finalzinho de canela.
Ahh para, é uma delicia
Diz isso porquê é doce, não gosto de doces.
Ela então começou a contar do seu dia, como fora, como tinha sido no estágio. Gostava de ressaltar que tinha muitos amigos, que todos eram seus amigos, que era descolada, já fora uma ótima namorada, uma ótima companheira, que nunca tivera problemas com namorados. Conversava bem, mas falava bastante e rápido, não queria deixar espaços para silêncio.Eu ouvia, mantinha-me centrado, fixava o olhar em um único olho dela, porque senão quem ficava perdido era eu. Então eu a beijei. Ela não esperava. Ela não parecia que já tinha beijado antes, não foi bom, procurava sua língua enquanto a mesma se escondia. Ela ficou extremamente vermelha e sem jeito, não era tão descolada assim.Voltei a minha posição centrada e pronto para ouvi-la novamente. Ela demorou a ser recompor.
Tem poucas coisas que me deixam com vergonha, esta é uma delas.
Não há porquê. Prossiga o que estava falando.
Pera, não lembro.
Então começou a dizer de seu irmão e as namoradas dele. Pus a mão em sua perna e ela esqueceu novamente o que estava dizendo.
Quer que eu tire?
Não, tudo bem rsrsrs
Entre sua vergonha e suas histórias, que não tinha tanta confiança sobre a veracidade das mesmas, lhe beijei algumas vezes. Num dado momento lhe sussurrei
Solte a língua
Pisquei e a beijei de novo. Não era bom, mas ela era uma boa pessoa, era simpática, super agradável, valia a conversa e todo seu esforço em se demonstrar alguém legal.
Estou ficando com sono
Eu também preciso ir
Quer que eu lhe leve?
Não precisa, obrigada.
Acompanhei-a até a estação de trem, puxei bem sua cintura e a beijei novamente, agora apertando sua bunda, era macia.
Até mais?
Sim.
Tchau
Tchau
Volto até o estacionamento e passo a procurar o bendito B11, raios. Que inferno! tantos estacionamentos e aonde fica MT-B11?? minha sorte é que por precaução tinha tirado uma foto da placa da localização da zebra. Após muita busca encontrei-a, minha garota. Liguei o rádio na CBN para ouvir o debate dos presidenciáveis e pus marcha na minha querida.
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Encherga as direções por duas janelas Não encontra o coração no jardim Então toma um café quente E tenta se manter em pé Os olhos não se encontram Os passos se desencontram
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Já eram 17:35 e considerei ir para poder me arrumar com calma. Mochila e garrafa d’água nas mãos. Dirigi até a república, com calma escolhi as roupas que iria vestir, as que que fossem discretas em mostrar meu corpo, mas não o ocultasse completamente, sempre preferi que as mulheres primeiro ouvissem minha boca para depois me tocassem, sei que meu corpo, aos 27, é muito bem trabalhado, mas prefiro deixar isso para o final. Não haviam opções de calça, apenas duas jeans, shorts haviam diversos, sempre os preferi. Jeans claro e camiseta cinza, tudo neutro, assim não desviaria o olhar. Calmamente tomei meu banho me troquei e como ainda era cedo nem me perfumei, coisa que raramente faço. Havíamos combina às 19:00, ainda eram 18:20, então desci à cozinha e preparei um leite com aveia, depois subi e deitei na cama até que desse o horário, o local era próximo, iria à pé. Para confirmar, enviei-lhe uma mensagem perguntando sua localização, afirmara que sequer havia terminado de se arrumar.
Sem problemas.
Fechei os olhos e peguei no sono, não me desesperava com encontros fazia tempo, tão pouco tinha expectativas sobre eles. Às 19:47 eu subi até próximo ao ponto em que ela iria descer e esperei. Enquanto mexia no celular lendo algumas notícias ela veio em minha direção. Morena de 1.75 de altura, não tinha mais que uns 65kgs, um belo corpo, cabelo liso tocando a bunda. Linda. Não titubiei, antes que ela falasse já havia lhe beijado. Gosto de fazer isso quando sinto que não há o porquê esperar, quebra logo o gelo. Subimos até o bar.
Vão de quê?
Uma original, por favor. É a única que não temos hoje.
Pode ser a serra então.
Ok.
Odeio cerveja, mas os vinhos que ali haviam eram ainda piores. Ela não parava de rir baixo, em tom de desespero e vergonha. Queria aos 22 anos demonstrar que era segura de si, mas ninguém aos 22 o é, mesmo que imagine ser. Conversamos por três horas. Preferi que ela dissesse mais dela, mulheres gostam de sentir que suas histórias são interessantes. Nunca perdi a posse e o olhar forte, e ela entendeu o que isso significava, ali o belo corpo e rosto que tinha não me impressionariam tanto quanto poderia me impressionar o que dissesse. Nos beijos ela não queria me largar.
Às 23:00 ela disse que precisava ir embora. Não teremos um momento nosso, em que poderemos ficar mais à vontade?
Infelizmente não, meu pai vai começar a ligar logo.
Que pena.
Hoje é difícil, é segunda-feira ainda.
Sem problema, eu a levo embora.
Leva?
Sim, fique tranquila.
Paguei a conta e fomos até o carro que estava na frente da república. Pedi que colocasse a localização no GPS do meu celular, enquanto isso beijava seu pescoço, chupava o lóbulo da sua orelha e tocava seu corpo. Ela arrepiava e me beijava. Liguei o carro e fui.
Pensei que travaria na minha frente.
Eu? hahah
Sim, todos travam. Sempre. Não sabem o que dizer e sempre sou eu quem tenho que falar.
Eu não. Não me impeço de fazer o que tenho vontade, desde que não haja falta de respeito.
Percebi hahaha
Ao parar o carro na frente de sua casa beijamos por alguns minutos, ela saiu e então segui. Até nunca mais, e obrigado pela noite.
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Suas escolhas Suas direções
Entrei no bar, olhando o garçom que vinha em minha direção
Para dois, por favor
Piso superior, pode ser?
Ótimo
Olhei ela ir a minha frente Seu belo corpo dançava enquanto andava Elegância e firmeza no caminhar
Pegamos uma mesa pequena, quadrada, e sentamos
Um Casillero del diablo, por favor
Sauvignon?
Exato
Tocava Morrison
Ela tinha a mistura da simplicidade, da leveza e da sensualidade. Aquilo me excitava. Seus lábios eram redondos e macios, não era visivelmente grandes, mas quando os tocava pareciam não ter fim
Mesmo após duas garrafas, mantinha a posse e a sensualidade. Precisávamos de um lugar nosso, precisávamos de menos luz
Quarto 24
Tirei sua calça aos poucos Enquanto beijava suas pernas
Seu corpo não era tonificado, mas sua pele macia, num moreno jambo era irresistível. Seus olhos eram fortes. Olhava com desejo
Beijo suas virilhas, seus lábios, e ela começa a sentir a noite cair.
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Ouço você gemer baixo Prendendo o grito Falando baixo que eu sou um filho da puta Enquanto me prende mais com as pernas
Já é a quinta vez na mesma noite Quatro gritos de gozo reprimidos
Preferi manter a luz do quarto apagada A janela aberta e somente a luz do poste iluminando sua bunda que empina e pede mais
Minha boca saliva Um rabo lindo desses Duas garrafas de vinho e essa iluminação fazem com que minha vontade só aumente
Enquanto não lhe ouvir gritar não pararei
Como deve ser um filho da puta
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