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Naqueles dias, não sabia como proceder enquanto as coisas estavam praticamente piores. Sua casa estava frequentemente aberta por não conseguir se levantar da cama e por isso, alguns amigos já tinham avisado-a sobre o perigo que era deixá-la assim desse jeito. Mas, naquele instante, não conseguia ligar para nada. Lily só queria ficar deitada e comer quase nada, fazendo carinho em Zeus -- o único no qual conseguia animá-la -- enquanto via o PRISM acabar de lançar seu comeback. Ver Jongkyu sorrindo mesmo pela TV a deixava um pouquinho mais feliz, pelo menos ele não sofria do mesmo jeito que ela. Assim que o celular vibrou, Lily demorou um pouco para pegá-lo e verificar a mensagem, porém, quando o fez, sorriu levemente. Era o ex namorado.

[text by lily] Nee, claro dongsaeng! [text by lily] a porta provavelmente está aberta, só vir aqui :3 [text by lily] Zeus está mesmo precisando conhecer o pai u.u

Últimos stages. Tudo estava no final, todos estavam esgotados. Mas mesmo assim, seu grupo insistia em fazer barulho em seu apartamento quando Kyu queria apenas dormir. Era ruim querer silêncio as vezes? Não era como se Chae fosse a pessoa mais quieta, porém aquilo era demais para sua cabeça. Ele só queria paz. Com o celular na mão, ele rapidamente procurou o número de Lily. Com a agilidade, as mensagens foram abertas e ele digitou com precisão.

{text by jongkyu} Noona, posso ir para sua casa?

{text by jongkyu} os meninos não param de fazer barulho

{text by jongkyu} EU SÓ QUERO DESCANSAR.

E o pronome de tratamento era uma jogada, apenas para conseguir amolecer o coração da mulher, ela provavelmente saberia disso. Mas Jongkyu esperava na fé uma resposta, ele só queria passar um tempo descansando sua mente.

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-- É sim, Sky... Obrigada por se preocupar. Oppa, seu debut foi um sucesso não? Eu estive acompanhado pelas redes sociais e só falam em você!

—— “ Com certeza e fico feliz em saber que pensa assim. Mostra que não será facilmente abalada por qualquer coisa na mídia. Isso apenas nos prejudica mentalmente e no fim somos nós que temos que lidar.

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oct-nara:

Não ser de fácil convívio tinha seus altos e baixos, o número limitado de pessoas com quem a jovem conversava era a prova disso, e o número de pessoas que considerava como amigas ainda mais. A ausência de Lily havia lhe deixado desconcertada, não sabia ao certo quando a outra apareceria e isso lhe dava um certo medo também. Como de praxe, no entanto, Nara estava cedo na empresa, mas nem havia muito a se fazer ainda, não queria permanecer em casa, e assistir anime com a companheira de quarto não lhe era atrativo no momento, porém, havia de admitir, ir para a Octagon havia sido uma ótima ideia afinal. “ —— Nari!” Sua voz ecoou pelo hall assim que avistou a, agora, loira e a de olhos felinos fez seu caminho rapidamente até esta, abraçando-a fortemente. “ —— Yah! Você não pode sumir assim, eu estava com saudades, pabo!”

Ela se assustou ao ouvir o seu nome sendo pronunciado, afinal, quase nunca ouvia-o saindo da boca das pessoas. Mas, com Nara, era quase como chamar a própria xará, só que faltava uma letra igual para isso acontecer. O abraço a deixou um pouco mais confortável, fazendo com que a loira abraçasse a outra, sentindo perfume costumeiro nesse processo. -- Miane. -- Ela deu uma risada por causa do fato de estarem um tanto quanto longe uma da outra -- mais por sua culpa. -- Eu estava tentando me acostumar com tudo sendo novo... -- Deu um beijo no rosto da integrante do Bite, sorrindo levemente para a amiga. -- Está tudo bem? Como tem um tempo que não entro aqui na empresa, preciso saber de tudo, sim?

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Quem dissesse que a loira estava com medo na hora de adentrar na Octagon, estaria cem por cento certo. Ainda mais depois de passar uma semana em cima da cama sem fazer nada, Lily estava passando por momentos ainda piores do que os do passado. Cada hora que olhava o celular aparecia uma pessoa diferente para lhe dizer o quanto estava errada por sair do FIX4. Agora, além de arrependida, estava sofrendo com a própria dor e constrangimento por conta dos seus próprios problemas. Não queria dizer nada a ninguém mas foi praticamente forçada pela mídia e ainda tinham pessoas cujo respeito por era zero. Era um desafio estar andando naquele hall novamente, por isso, ela parou um pouco depois na porta para respirar fundo. -- This is home...

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Lily não tinha falado com ninguém, mas, os comentários acerca de fixers que odiaram a sua saída fez com que a nova loira se fechasse ainda mais para tudo. Por um tempo, abandonou seu projeto de debut e se trancou em casa. Tinha pouco mais de vinte e quatro horas que havia entrado nesse casulo para se proteger de tudo. No entanto, o seu celular ainda estava conectado na internet e assim, ela ainda tinha acesso a todo o tipo de hate imaginável. Sua conta no instagram, o twitter além de outras mídias sociais eram atacadas o tempo todo, por isso, Lily não conseguia melhorar. Ao invés de conseguir sair do buraco, estava se afundando cada vez mais nele. Ninguém percebia, mas, como poderiam? Estavam todos preocupados com suas próprias vidas que ela nem mesmo poderia pedir que percebam. Deitada, estava coberta dos pés a cabeça, querendo sumir no meio dos lençóis. O celular vibrou, avisando que uma mensagem tinha chegado. Sem muito interesse, viu que era de Minah, a única que tinha sequer se importado com o seu estado mental durante dias. 

Não, ela não tinha mesmo nem forças para levantar e fechar a porta, confiava plenamente no porteiro e não conhecia ninguém que morava nos corredores, por isso, deixava mesmo tudo desprotegido. Lily não tinha nem forças para pensar na própria proteção. Assim que a mais velha chegou, ainda estava deitada e coberta com o seu edredon, mas, ao mesmo tempo, a recém loira só queria comer doces e beber coisas ainda mais doces. Quando ouviu a voz da mais velha, Lily deixou o rosto aparecer no quarto. -- Eu estou aqui! -- Avisou, sem se mexer. A futura solista resolveu usar toda a sua força de vontade para sentar na cama e torcer para que a líder do grupo Girl Nation chegasse até seu quarto com uma sacola cheia de comida. -- Minah-ah? -- Mordendo o lábio inferior, percebeu que Zeus já estava longe, provavelmente querendo carinho da visita. Quando sentiu, viu que estava bem para poder levantar e sair do quarto, por isso, quando chegou na sala, deu um sorriso leve e foi abraçar a amiga. -- Minah-ah!

— One night with you.

Uma careta formou-se em seu rosto com a confirmação que obteve de Lily. Era uma pessoa distraída, então, nunca escutava os boatos que rondavam pelos corredores da empresa ou sequer se dava o trabalho de pegar o celular para ler as últimas notícias. Tinha prometido a si mesma que nunca mais pesquisaria algo na internet, era engraçado como uma notícia banal poderia render vários comentários ofensivos. Que doía. Muito. Maneou a cabeça negativamente, adicionando mais comida — principalmente doces — na cesta que segurava, estava em uma loja de conveniência quando escutou atentamente um grupo de adolescentes reclamarem da saída de Lily. Imediatamente se sentiu muito culpada por ter negligenciado sua amiga e não ter reparado em nada, por isso não demorou em mandar uma mensagem e no decorrer da conversa descobrir que sua dongsaeng não estava se alimentando corretamente, e sim enchendo a cara de bebida. Suspirou, digitando uma mensagem de volta “me espere, chego já.” Estava de dieta, mas no momento tinha algo maior para se preocupar. 

Sua breve caminhada da lojinha até o dormitório era curta, mesmo assim se sentia cansada pelo pequeno trajeto que tinha realizado. As sacolas pesavam em seus braços e Lily provavelmente estava dormindo ou tomando banho, porquê não parecia escutar seus chamados; e ela estava uns quinzes minutos encarando à porta do dormitório da mesma. Curiosamente forçou a maçaneta, que com o contato abriu. Estava destrancada esse tempo todo. — Lily-ah, jinjja… Isso é perigoso, você sabia que qualquer um poderia invadir aqui? E se fosse um sasaeng? — Repreendeu com a voz beirando irritação: Pela demora e pelo descuido da outra. Revirou os olhos, adentrando no dormitório da amiga, tinha intimidade suficiente para não sentir constrangimento pela sua ação, sem cerimônia largou às sacolas na cozinha. Franziu o cenho com a ausência da mesma, normalmente Lily era uma ótima anfitriã, mas ao invés de vislumbrar sua silhueta, fitou seu cachorrinho correr em sua direção todo animado, um sorriso esboçou em seus lábios e logo, se agachou para poder brincar um pouco com o animal, com a destra segurou o cachorro, afagando sua cabeça levemente, seus olhos procurando por algum sinal de sua dona. — Yay, você está dormindo? Não acredito nisso. Vou comer os doces sozinha pelo jeito.

@oct-lily

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oct-jongkyu:

Dizer que havia amado alguém na vida não era complicado para Jongkyu. Seu sentimento por Lily havia sido muito forte ao ponto de que, quando ele caiu na realidade de que ela não o amava tudo foi complicado. Ainda era. Mesmo tendo superado aqueles sentimentos, tendo tido atrações por outras pessoas. Ver Lily daquela forma, daquele jeito, em seus braços era algo difícil. Kyu queria protege-la, queria cura-la. “Ei, ei, não foi sua culpa.” E ele segurou o rosto dela em suas mãos, elevando levemente o rosto da garota para que ela olhasse para ele. “Noona.” A chamou de forma carinhosa, o pronome não usado tão constantemente. “Você não teve culpa, estava tentando ajudar.” Porém, ouvir as palavras dela sobre ter lhe magoado… Era difícil justamente por ter acontecido. Ela havia, de fato, o quebrado. “Não tem problema. Eu não me importo. Eu já te perdoei.” E era verdade, não poderia ficar com raiva de Lily, não conseguia. “Não se preocupe com isso, não se culpe por isso.”

Por que sempre tinha que se agarrar as pessoas que lhe eram tão importantes? Quando Lily estava se acostumando a ficar sozinha, as coisas continuavam a piorar em um sentido ruim para ela, a fazendo recuar e procurar pessoas que antes a faziam sorrir e muito -- assim como Jongkyu. Ela não queria ter aqueles sentimentos, não mesmo, se pudesse arrancá-los do peito e entregar tudo a Kyu, faria a escolha sem nem pensar duas vezes. O conforto era tão quente, tão amigável, tão... acolhedor. O mais novo sempre teve conseguiu fazer com que ela se sentisse completa. Era também o único que sabia de quase tudo em sua vida, quase. Balançou a cabeça, realmente queria apenas ajudar, mas, e se sua presença e sua fama só piorasse a situação? Tinha medo, muito medo de acabar com qualquer carreira, assim como tinha medo de acabar com a de Jongkyu. Esse também tinha sido um dos motivos. Abaixou a cabeça novamente, não tinha mais sentido ficar ali, como poderia? Por que? Estava ainda muito triste, os sentimentos entupindo-a de coisas negativas, a fazendo chorar cada vez mais. Por que as palavras de Kyu não ficavam enraizadas em sua mente? Nada mais fazia sentido! -- E-eu... -- Ela não acreditava. -- Miane... Estou... Te preocupando. -- Lily ergueu suas mãos e secou as lágrimas. -- Miane... 

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oct-haneul:

—— “ Infelizmente vivemos em uma sociedade que adora apontar o dedo e acusar antes de averiguar os fatos. E quando eles são mostrados parecem que se fazem de surdos e a imagem da pessoa já está arruinada. Ainda vivo colhendo os frutos da falsa acusação que tive no passado.

-- Infelizmente, Sky-ah... Sempre tem pessoas que vão querer nos atrapalhar, mas, no fim, o que importa mesmo é o que você acha de si mesmo.

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oct-dowoon:

— Então… Tem coisas sobre mim que nem mesmo minha mãe sabe. Tenta ver pelos dois lados.

-- Nee, tem razão, dongsaeng.

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HAPPY KRYSTAL DAY: favorite photoshoots

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@oct-eden

Passar o batom nos lábios não a deixou nenhum pouco confiante. Mas, na maior parte do tempo, Lily tinha a maldita insegurança dentro do seu corpo lhe dizendo para não fazer tudo novamente. Via-se em um beco sem saída, o que consistia em pensar: Será que deveria sair? Se divertir deveria estar incluso no pacote da vida, mas, infelizmente, não era assim que as coisas funcionavam. Mas, tudo o que queria era esquecer, nem que fosse por um momento tudo o que acontecia. Seus problemas, a dor, o sofrimento e tudo o que a deixava ainda mais cansada da vida. O latido no fundo fez com que seu coração derretesse ao pensar que ficaria fora de casa um pouco mais de tempo. -- Anyio, Zeus. -- Mordeu de leve o lábio inferior e pegou o filhote no colo, o abraçando. -- Hoje eu combinei de sair... Mas já volto para brincar mais. -- A loira deu um sorriso e assim, deixou o animalzinho no chão. Mandou uma mensagem para Eden no elevador e quando saiu na portaria do prédio, respirou fundo e acabou por ficar ali na entrada, esperando o mais velho.

[text to Eden]: Oppa, estou arrumada [text to Eden]: Já mandei o meu endereço certo? [text to Eden]: {send a selca} 

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– Ani, Kyu. Não se deve ouvir uma pessoa que diz uma coisa dessas! Vê se pode? Falando que meu chuchu não é a coisa mais linda fazendo aegyo? – Lily revirou os olhos e ergueu a sacola. – Eu comprei isso pra você. Meu chuchu merece todo amor do mundo porque ele não ta velho nem nada! É o ser mais fofo do universo.

Ela disse que eu não era sexy e eu fiquei de boas e disse que era fofo, até fiz aegyo. Mas aí ela disse que eu também não era fofo, aí eu realmente fiquei magoado, porque sexy eu sei que não sou, mas todo mundo concordava que eu era uma fofurinha. Não é possível que eu esteja velho pra ser fofo.

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@oct-ezra

Assim que Lily entrou na loja de doces, já soube pelo olhar da moça que era reconhecida. Seus cabelos loiros eram bem diferentes dos fios morenos, mas, o seu rosto era o mesmo. Talvez, até mesmo ela tivesse visto algumas de suas selcas novas. Com um sorriso aberto, a loira foi até o balcão e comprou três muffins: um para Ezra, um para Jongkyu e um para sua irmã. Seu sorriso estava um tanto quanto vacilante, caminhou um pouco até finalmente chegar na empresa -- mesmo que seu apartamento fosse quase do lado do edifício -- e acabou por deixar dois dos três muffins na geladeira para depois dividir com as pessoas. Andava com um muffin na mão e uma velinha afim de achar o oppa que tinha feito aniversário no dia anterior e quando finalmente o fez, ela já entrou cantando a musiquinha de feliz aniversário. -- Happy Birthday, dear Ezra-oppa, Happy Birthday to you!

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oct-jongkyu:

Ela o fez sofrer. Aquilo era uma questão que ele mal poderia dizer o contrário. Lily havia o quebrado e Kyu tinha que admitir, nem havia tentado impedi-la. Anos haviam se passado, ambos haviam crescido, mas o garoto ainda não havia esquecido totalmente aquela parte de seu coração que doía toda vez que a via. Por isso, ainda era meio cruel vê-la. Mesmo assim, seria uma crueldade maior não ajuda-la. Lily ainda era importante para si, em nenhum momento havia deixado de ser. Guiando-a para o seu quarto, mal teve tempo de encostar a porta antes de receber uma Lily caídas as lagrimas. O que deveria ter acontecido? O que ela havia feito? “Lily, o que houve?” Ele a abraçou, segurando-a contra o seu peito e passando a mão pelos cabelos da mais velha, tentando acalma-la. O desespero não era algo comum, Jongkyu sabia daquilo. “Ei, você não fez nada errado.”  E o homem tentava melhorar a situação, mas era complicado quando ele não sabia o que se passava. “Shi… Não precisa se desculpar.” Era complicado, não tinha o costume real de receber pessoas chorando, para tentar resolver toda a situação. “Está tudo bem, Lily, está tudo bem…”

O choro seguiu por mais algum tempo antes da morena conseguir respirar efetivamente. Quando seu rosto se ergueu, pode ver a preocupação do mais novo, como se ainda estivessem juntos. Kyu tinha uma beleza diferente, não era só o rosto ou a forma com que sorria. Lily viu muito mais do que isso, o que mais gostava era a pressão que o outro conseguia exercer em seus braços para protegê-la. A solista só se sentia segura ali, quando era abraçada por Jongkyu -- mesmo tendo feito o que não devia no passado. Começou a respirar fundo algumas vezes antes de poder falar. -- Eu estraguei tudo... E-eu estou tentando ajudar o Chungjae-oppa mas parece que não deu certo... E... Magoei o Hannie. -- O coração dela parecia saltar do peito e mais uma vez, estava procurando por ele ao invés de outras pessoas. Quando voltou a esconder o rosto, sentiu-se ainda mais protegida, ouvindo o coração do outro bater um tanto quanto acelerado. -- Eu preciso... Magoei você também.

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oct-eden:

Comer pode ser divertido, mas se tiver uma opção além dessa só dizer que a gente faz.

-- Uhh, você tem alguma ideia? Você tem algum cãozinho?

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@oct-hansol

Como o comeback do Sixgon tinha acabado de sair, Lily ofereceu mais uma vez sua ajuda para limpar o carro de Hansol. Uma noite há muito tempo, a solista já tinha oferecido sua ajuda para uma oportunidade futura e era bem isso o que estava indo fazer naquele momento. Vestida de um jeito casual, a morena mandou mensagem para o coreano e decidiu esperar perto do veículo para não ter problema algum no processo. Ultimamente estava travada no que consistia em fazer músicas. Conversava bastante com produtores, professores de canto e até de dança para tentar criar uma coisa nova que dê um toque a mais em seu álbum. Porém, aquele dia era o dia de descansar. Chegou ao veículo e suspirou, o amigo ainda não estava ali. Pegou o celular e discou o número de Hansol. -- Nee, dongsaeng?

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Não estava preparado para receber ‘visitas’. O cabelo laranja estava bagunçado, sua calça de moletom era o seu típico pijama e, sua camisa, havia sido vestida as pressas após ouvir seu nome ser gritado. Chegar na porta e ver Lily não era o que esperava, mas ele não iria demonstrar aquilo. “O que houve, Lily?” A voz era claramente preocupada enquanto ele andava até ela e a pegava pela mão, guiando-a até o seu quarto vazio. Bi Han e Jihae não se encontravam ali no momento, então estava tudo ok. “Me conte o que houve.” E se preocupar com a ex namorada parecia errado quando ela havia o machucado tanto. Mas não tinha como negar, ela era tão importante para si quanto qualquer um de seus amigos. Negar ajuda para ela… Não seria nada certo.

Ao ouvir a voz preocupada do mais novo, os anos passados vieram rapidamente em sua memória. Como seria uma boa ideia correr para os braços do mais novo quando tudo estava bem ruim? Ele era um dos poucos que sabia de sua condição existente e o amou por nunca fazer com que ela se sentisse uma pessoa ruim. Mas, deveria admitir para si mesma: Lily não tinha sido uma pessoa boa para Jongkyu. Os sentimentos foram grandes demais para serem suportados pelo mais novos até mesmo depois do término. Quando ambos chegaram no quarto dele, Lily se aproximou e começou a chorar. -- E-eu... -- Era horrível quando começava a chorar e não conseguia ao menos começar a falar. Jongkyu tinha visto mais momentos desses do que a morena fosse admitir, mas, ali estava. Mais uma vez. -- E-Eu só faço coisa errada, Kyu. É sempre assim... Sempre! -- O soluço veio e começou a engasgar conforme o tempo passava. -- Miane... -- Se afastou um pouquinho para passar a mão pelo rosto, borrando toda a maquiagem. -- Nem os remédios estão ajudando. -- Ela se referia a tudo, até mesmo o que fez para Kyu no passado, ela ainda se odiava por isso.

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Lily tinha muita coisa para decidir, afinal, depois de ter saído de um grupo idol famoso, tinha aquela expectativa de fazer um ótimo trabalho, se não, por que mesmo ela teria saído do FIX4? Sua ideia era não ter todo o estresse e carga emocional adicionados a sua mente ainda mais tendo que cuidar de outras três pessoas. Lily fez isso durante dois anos e sua mente estava quase entrando em colapso. Sua mente sempre foi cheia de fraquezas e crescer na cultura coreana só fez com que tudo aumentasse em um nível exponencial. Era por isso que ficou o dia inteiro praticamente na mesma sala de música ouvindo e compondo alguma música que a fizesse se sentir no mínimo feliz com a sua saída. Mas, nada se encaixava. Por isso, ela se inclinou para frente e bateu com a cabeça no computador quando ouviu uma voz entrar para a sala. -- Aigooo! -- fez uma careta de dor enquanto massageava o local onde doía e virou-se para o outro solista com um sorrisinho meio tímido. -- Ani... Não é de tarde? Que horas são...?

❛❛ — workind hard. ❜❜

❛ A aquela hora da noite, já era para Yohan estar devidamente acomodado em seus aposentos, relaxando enquanto comia alguma besteira e via qualquer coisa na televisão. Mas ali estava ele, andando sem rumo por aqueles imensos corredores da Octagon. Poderia sair dali agora mesmo? Claro que poderia. Mas por algum motivo que até ele mesmo desconhecia, preferia estar por aqueles corredores. Era louco por trocar sua cama quentinha? Óbvio, mas ele não se importava. Praticamente, tudo estava apagado à aquela hora, provavelmente era um dos poucos que ficavam na empresa depois do horário. Olhava por entre as salas de ensaio para ver se encontrava, pelo menos, algum rosto conhecido. E por fim, encontrou uma garota de costas. Não a reconheceu de primeira, então logo adentrou a pequena sala. — Não acha que deveria estar descansando ao invés de estar trabalhando a essa hora? — Disse, arrancando a atenção da garota para si. Por um segundo, logo pensou que a garota poderia pensar que ele também estava trabalhando, mas não se tratava disso e acabou por soltar um riso. — E não, eu também não estou trabalhando, se é isso que está pensando. ❜

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