Brazilian, Bachelor of Information Systems, passionate about philosophy, technology, design, communication and bodybuilding.
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Esperança silenciada
Na ânsia de ser, e no contraste brutal de não me sentir à altura. Vivo diariamente em um estado de adaptação constante, onde nenhum extremo me pertence, onde tudo precisa ser moldado à minha realidade. E, ao mesmo tempo, assisto à vida passar como num teatro — e eu, mero espectador.
Falam tanto sobre transformações de vida, como se fossem acessíveis a todos. Mas, para mim, soam distantes, inalcançáveis — como se a felicidade fosse algo que não me pertence, como se eu não fosse digno dela. É duro. Traz à tona dores antigas, lágrimas silenciosas. Às vezes, até penso no quão mais fácil seria ser apenas mais um, seguindo os padrões. Talvez esse pensamento seja só uma tentativa de aceitar o que é, de me conformar. Porque, no fundo, sempre quis fazer parte do “normal”, ter problemas comuns, previsíveis.
Ontem mesmo, enquanto assistia a um filme, me peguei questionando: o quanto daquilo reflete minha vida? Será que é mesmo esse o caminho que desejo seguir? Mas, como sempre, a realidade me interrompe, como uma porta que se fecha com força — e destrói qualquer resquício de esperança de que algo possa ser diferente.
Não vou mentir: me sinto perdido. Sem rumo. Como se não houvesse escolha além da verdade nua e crua — sem sonhos, sem esperança. Nesse momento, tudo vem à tona e torna tudo ainda mais pesado. A mistura entre o que sonho e o que sou, o embate entre a imaginação e a realidade, as falsas promessas de um futuro que talvez nunca exista.
Eu só queria um caminho. Uma porta. Não precisa ser fácil, nem perfeita — só precisa ser real. Um chão firme onde eu possa andar sem precisar fingir que sei para onde estou indo.
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A vida não é fácil
Pessoas vêm, pessoas vão — cada uma deixa um traço, um sopro, um fragmento de si.
E com cada partida, algo em nós também se desfaz.
Nunca sabemos ao certo o porquê dos encontros, o peso das palavras, o impacto sutil de um afeto que passa.
Nesta constante adaptação em que respiro, raramente sei onde estou, tampouco o que tudo isso significa.
E então sofro — sempre sofro.
Não é simples arrancar lágrimas de mim.
Mas quando é real, os olhos transbordam o grito mudo das despedidas duras.
É a alma quem chora, e geme, e sangra em silêncio.
Dói pensar que, se a vida seguir o curso natural que lhe cabe,
terei de me despedir para sempre de quem amo imensamente.
Só de imaginar, já sufoca.
É como carregar um grito preso no peito,
uma lágrima quente que escorre feito sangue:
lenta, densa, inevitável.
E mesmo assim, sigo.
Porque mesmo a dor, às vezes, é um lembrete do amor que ainda pulsa em mim.
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Quando o remédio não alcança a alma
Há dias em que tudo está tão quieto… e essa quietude faz emergir tudo aquilo que, por muitas vezes, o remédio conseguiu suprimir. É como se os machucados, que já haviam criado casca, voltassem a sangrar — num loop que nunca termina.
É tanta coisa. Tantas possibilidades. Tantos acertos e erros. Mas sigo preso na incerteza de não saber qual é o meu certo. Por que a maioria parece conseguir e eu não?
Vivo em eterna adaptação. Não me encaixo em lugar nenhum. Ao mesmo tempo em que sou barulho, também sou silêncio. Um caos interno que nem eu compreendo.
Até quando?
Hoje nem o remédio foi capaz de acalmar a inquietude dos meus pensamentos. O silêncio do mundo lá fora só serviu pra amplificar o caos aqui dentro.
Quero ter sonhos, metas, objetivos — mesmo que moldados por essa realidade que criei pra sobreviver. Mas sempre que parece que tudo está indo bem… surgem os imprevistos. E a realidade, impiedosa, escancara as feridas que tento esconder.
A vontade de desistir, às vezes, é grande. Mas sei que isso seria pior. Esse tormento, assim, seria eterno.
E o mais louco é que até nisso há dúvida. Porque nem mesmo naquilo que deveria ser alívio eu encontro certeza. Ninguém sabe qual é o resultado de viver adaptado a uma realidade que não escolheu — só acolheu, pra não sucumbir.
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Se amanhã for meu último dia, o que fiz hoje para me preparar?
Passei o dia buscando validação de amigos, sustentando uma imagem que nem eu mesmo acredito, convivendo com uma duplicidade que me fragmenta: o personagem que agrada aos outros e aquele que realmente sou. Quantas vezes já me perguntei, na ânsia de entender meu propósito neste mundo, mas fugindo de aceitar um plano maior, algo superior?
A vida não é fácil para ninguém. Cada um carrega seu fardo, seu espinho na carne, seus desejos e batalhas internas. É comum acreditar que a cruz do outro é mais leve que a nossa, mas a verdade é que nenhuma cruz é fácil. Cada um recebe a sua, moldada conforme suas forças. Talvez, nesse ponto, eu deva me ver como alguém forte, porque carrego um peso imenso.
Mas até quando? Até quando vou continuar vivendo assim, dia após dia, como um observador passivo da minha própria história, um coadjuvante em minha vida? Até quando permitirei que os dias passem diante de meus olhos sem, ao menos, tentar mudar algo?
Às vezes, parece que perdi a esperança. Que aceitei, resignado, o fato de que as coisas são como são. Mas, lá no fundo, permanece o desejo de que tudo pudesse ser diferente. A questão é: como? Como fazer diferente?
Nesse dilema, vejo duas opções: sonhar ou viver. Ultimamente, a vida tem me forçado apenas a viver — ou, talvez, a sobreviver. As circunstâncias moldam os dias, e o que tem acontecido é uma contínua supressão de sonhos. Metas são reduzidas, ambições descartadas, objetivos esquecidos. Vivo, dia após dia, em uma monotonia quase sufocante, como se estivesse lançando dados sem controle sobre o resultado.
E então me pergunto: será que essa rotina é tudo o que há? Será que é isso que quero para mim, caso amanhã seja meu último dia?
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Aviso
Quantas vezes já nos decepcionamos por não termos sido avisados de algo importante? Mas, se você recebesse um aviso de algo que certamente acontecerá, o que faria? Neste momento, você pode não saber ao certo o que deve fazer, e talvez ache que o melhor caminho seria se preparar. Mas e se, ao contrário, fosse informado de que não há nada a ser feito? Qual seria sua reação?
Essa dualidade – entre agir e se resignar – é onde minha mente tem se fixado. Entre a completa entrega ao “deixar acontecer” e a prudência de quem tenta se preparar, fazendo o possível para estar pronto. O mais difícil são os extremos, cada um defendendo sua visão. De um lado, os que acreditam que nada pode ser feito nos dizem para ignorar tudo, como se a vida fosse uma grande ilusão sem sentido. Do outro, os prudentes nos alertam, tentando nos convencer de que sua preparação, no mínimo, não fará mal.
Talvez, o aviso não seja tanto sobre o que acontecerá, mas sobre como estamos vivendo agora. A questão não está apenas em saber se devemos nos preparar ou não, mas em como escolhemos reagir enquanto o tempo ainda corre. No final, o verdadeiro aviso pode ser esse: não sobre o que virá, mas sobre quem nos tornaremos até lá.
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A hora
Caros, talvez há algum tempo eu não consiga mais traduzir meus pensamentos em palavras. Tenho tentado me silenciar, mas tem sido difícil encarar a realidade. Talvez eu esteja tentando fugir, agindo de forma inconsciente e instintiva, mas, ao me observar, percebo que não há como escapar. Sempre disse que me arrependo das coisas que descobri, pois é um fardo pesado de carregar. Todos os dias surgem novas notícias, e sinto que essa locomotiva está cada vez mais próxima do seu destino.
É difícil ver o que antes parecia invisível se tornar realidade, como se contos de um livro antigo ganhassem vida a cada dia. Há um grito forte ecoando, alertando aqueles que estiverem dispostos a ouvir: não é hora de brincadeiras. Fico consternado e me pergunto: “Por que agora? Por que comigo?” Tudo se torna ainda mais desafiador quando você não se encaixa em padrões predefinidos. É preciso muita flexibilidade, é preciso se adaptar.
Se estou errado, espero que, de alguma forma, Ele me guie para o caminho certo. Chegamos, enfim, a um tempo em que as realidades se cruzam, as cordas se alinham e as teorias se confirmam. O tempo e o espaço deixam de ser protagonistas, e o oculto se revela. O momento de reflexão e autoconhecimento é agora; a hora de pôr as barbas de molho é hoje.
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Carta aberta
Há algum tempo fiz algumas previsões e muitos me chamaram de louco, mas queria, sinceramente ser, pois a imagem que chega até os meus olhos não deixa mentir, tudo que previ está se concretizando. Quando, na época, recebi de Deus esse discernimento, após muito pedir para que Ele que me desvendasse mistérios da vida, numa ânsia egoísta de querer entender meu propósito, foi totalmente chocante para mim, hoje eu entendo que, assim como, as cortinas me foram escancaradas, devo utilizar o que sei para salvar as almas que conseguir e levar a verdade, a luz, em meio a um campo de trevas. Não vou mentir, sofro por não poder falar abertamente, por ver tamanha cegueira espiritual de multidões inteiras, sinto-me amarrado, impotente, ao ver o relógio correndo e minuto a minuto, as profecias se cumprindo. Busquem ao Senhor enquanto há tempo e enquanto pode achá-lo.
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O Titanic da vida real
Ainda hoje mais cedo, assistia a um vídeo que falava sobre o grande evento e como sempre, esse assunto me desperta atenção. Admito que não estar alinhado aos padrões, sempre me entristece, mas ao mesmo tempo algo me deixa tranquilo, pois sei que não foi por falta de esforço. Há alguns dias ouvi algo interessante e que me fez refletir: “muitas vezes, determinados problemas, fogem do nosso controle para que reconheçamos o tamanho da nosso insignificância!”. Como já dizia Shakespeare: “Há mais coisas entre o céu e na terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia”. Neste embrulho de ideias, nessa confusão toda, sinto-me sempre como os violinistas do Titanic, tocando música enquanto o navio afunda.
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O trem do fim
Dia após dia tenho visto para onde as coisas estão caminhando, e sim, tudo está seguindo exatamente o fluxo previsto, é assustador saber onde isso vai parar e mais aterrorizante ainda, saber que nada posso fazer para evitar, muitos imaginam um curso final baseado na destruição física da natureza, principalmente, mas esquecem da degradação mental que o mundo vive, esquecem do fim das liberdades, esquecem do fim do direito de pensar. Questionar o óbvio, responder logicamente e se atentar ao que seus olhos veem, virou ofensa.
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Desabafo
Diariamente em minha consulta por notícias, tenho visto uma enxurrada de coisas que realmente tem me causado medo, invasões a mercados, destruição de lojas, saque de produtos em plena luz do dia, entre outros casos. Não sei ao certo tudo que ainda temos que passar até o início do fim, mas esse clima todo está realmente macabro. Dentro de mim tento manter-me calmo, agir com tranquilidade, mas é um turbilhão de emoções e aquela sensação, que somente quem tem transtorno de ansiedade consegue mensurar, aquele frio na barriga e sensação de que algo ruim irá acontecer a qualquer momento. Estudando política, economia, teologia, entre outros assuntos, há cerca de dez anos, inúmeras vezes quis eu, estar errado em minhas previsões, mas infelizmente sempre acabo acertando, e isso, me preocupa ainda mais, pois as previsões para os próximos anos não são nada boas, sejam elas econômicas, sejam elas políticas, e isso em nível global, a civilização de um modo geral, deve retroceder muito, e o avanço desenfreado do establishment será o carro chefe disto tudo... Que sejamos resilientes, tenhamos fé e uma mente capaz de combater o mal e praticar o que é bom, justo e agradável à Deus.
E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12:2)
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O princípio das dores
A forma como as coisas estão se desenhando, e isso já há algum tempo, me preocupa muito, o ódio desenfreado de uma coletividade doente, indivíduos raivosos, justificando o ódio com ódio e pregando amor. Acredito que mesmo os atos mais falhos, devesse sempre agir dentro dos resguardados da lei, se vivemos a lei positiva, que se responda nos autos, respeitando os trâmites do processo legal. Claro que, na atual conjuntura nem com a justiça podemos contar, pois a mesma deixou a imparcialidade há muito e passou a se tornar ministério da verdade. Estamos vivenciando os capítulos de nossa história diariamente, sufocados pela rotina, cada vez mais agitada do dia a dia, e pela artimanha de tapar o sol com a peneira.
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Saber se colocar
Sabe, com o tempo vi, que chega um determinado momento (isso deveria ser mais cedo), a gente precisa se colocar em nosso lugar, lembrar sobre nossa missão e entender que alguns de nós não vieram para cá para viver uma vida comum, simples e pataca. Precisamos entender que, em muitos casos, viemos para vivenciar algo diferente, mesmo sem entendermos direito o quê, mas algo que foge os padrões, algo que não é bem aquilo que as pessoas estão acostumadas e tudo bem, não há problema em ser diferente! Mas é necessário estar com isso muito latente, muito ciente, para não desvirtuarmos daquilo nos nove e nos motiva a continuar aqui.
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A submissão do intelecto
Tem sido difícil acreditar em dias melhores, quando vejo algo sobre, logo vem em mente o contexto atual, onde a cada dia as liberdades são relativizadas, o certo se torna errado e o errado certo, os indivíduos a cada dia raciocinam menos, o papel da crítica individual é posto em segundo plano e vem a tona uma coletividade de imbecís coletivos, sendo doutrinados por uma elite de intelectuais com doutrinas, que a história prova serem fracassadas. O temor do amanhã nunca esteve tão latente, como diria Dumbledore: “Tempos difíceis estão por vir e, em breve, teremos que escolher entre o que é certo e o que é fácil”. A frase, mesmo que muito atual, me preocupa, pois no presente, o indivíduo abriu mão do seu direito de escolha, numa espiral do silêncio, ser antagonista é crime, todos tem de seguir a mesma cartilha, é a total submissão do pensamento crítico individual a coletividade.
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O indivíduo e o coletivo
Durante muito tempo não compreendia esse meu gosto singular por estar sozinho, hoje estando realmente sozinho (morando), consigo diagnosticar com uma melhor clareza. Vejo que é necessário ao indivíduo pensante estar só para analisar melhor o externo a si, e poder deste modo, criticar o coletivo de maneira coesa e a forma como o individuo se sujeita as ideias plantadas pela coletividade e se submete ao todo para não ser excluído. Claro que é humana a necessidade de sentir-se aceito em seus grupos. Mas para aqueles que desejam entender alguma coisa, é necessário poder ter essa possibilidade de uma visão externa das coletividades, que nem sempre não ruins, uma vez que, um coletivo de pensantes individuais é positivo e saudável, o contraditório eleva o debate e torna a discussão, quando elevado assunto, mais coesa e útil.
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O diário do fim do mundo
A partir de hoje irei relatar cotidianamente como é viver os últimos dias, hoje para ser mais exato, um dia triste, onde mais um passo é dado rumo ao fim que acena logo ali. Um dia que marca o início de dias nublados que vem pela frente, onde a impunidade reina em consonância com seus membros. A partir de hoje, o certo torna-se errado e o errado certo, já ouço notícias que brevemente, um de nossos maiores tesouros, nosso idioma, passará a ser cerceado, com a máxima de inibir expressões, ditas, preconceituosas, é a submissão forçada da linguagem ao progressismo do precipício, mesmo após inúmeros experiências desastrosas vivenciadas no século passado, onde rupturas sociais foram realizadas e muito sangue inocente acabou sendo derramado, insistem em fazer revolução baseadas na total quebra de conceitos morais e até mesmo civilizatórios, é o poder pelo poder, ainda há quem, em sua ignorância, acredite na máxima da dialética em que após um confronto serrado de ideias e extinção de segmentos haverá o surgimento de algo melhor, mas em toda a história, nunca isso acabou bem.
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Somente eu?
Tenho realmente dificuldade de formar síntese sobre a consciência coletiva humana, mesmo sabendo que cada indivíduo é um universo de si, é difícil compreender inércia da maioria sob questões que borbulham as mentes mais agitadas. Como é possível viver sem se questionar sobre o amanhã, sobre o que vem depois, sobre, até mesmo, de onde viemos, num contexto de ser pensante. Só eu que penso estás coisas, estou sozinho nisso? Só eu que tento entender e dar sentido real as coisas? Realmente não consigo compreender a vida, não consigo entender o que estou fazendo aqui, a que vim, para onde vou, o que sou? Uma vez que penso, realmente logo existo? A sociedade, numa visão coletiva, vive num transe, onde todos compartilham de um sono profundo de uma realidade alternativa ou eu estou procurando coisas onde não há? Minha mente borbulha diariamente sob todos estes assuntos, quando não, para piorar, me é acrescentado as questões de ordem espiritual que aí trazem questões ainda mais complexas ao assunto, abrindo minha visão para um mundo que não é palpável, mas onde muita coisa ocorre e é refletida diretamente nos indivíduos e sociedade. Disto só posso concluir uma coisa: “…é necessário ser louco o suficiente para ser equilibrado!”
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Onde viemos parar?
Nunca estive tão distante daquilo que mais me motiva tentar entender o que ser eu? O que sou como ser, indivíduo, força, partícula? A chama do antagonismo e isenção da visão da me contrapõe. Consegui notar que me tornei parte do sistema, nessa enorme roda gigante, tornei-me aquilo que mais temia, apenas mais um. E agora? Difícil dizer, planejar ou supor, uma vez que entra no círculo tornar-se cada vez mais difícil se desvencilhar de algumas decisões tomadas, tudo deixa marcas, umas rasas, outras profundas. Por hora, o que me resta, é tentar me ajustar ao sistema, sem me desvencilhar de meus valores, respeitando a mim e a minha história.
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