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9 - Ressaca.  Evitei passar aqui por um tempo.  O que se anunciou, da mesma forma, se cumpriu.  Caímos, mais uma vez, porém não mais de pé.  Caos, barulho, fumaça e cabeças rolando. Sete sucumbiram. O que se ganha com a perda? Não sei, não se sabe. Resta, agora, o que restou. Com a queda se deve aprender a lição do equilíbrio. Temos uma temporada inteira para encarar. Vamos para e pelo mundo. A busca é o caminho e a linha de chegada. A vida segue, sempre seguirá... E seguiu.
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#8 - NADA Hoje, independentemente do resultado, não me alongaria muito por aqui. O que foi apresentado no tapete do Cícero Pompeu de Toledo não alimentou a criatividade desse que vos escreve, muito por conta de um adversário medroso que se escondeu por todos os exatos noventa minutos. Logo de inicio perdemos por lesão aquele que deveria ser o dono da camisa onze do aglomerado da CBF. Em lance bobo Osvaldo caiu e agora preocupa para a difícil missão do meio da semana. Apesar de a tarefa ter ficado mais complicada sem o nosso segundo atacante, dominamos todo o primeiro tempo, o que não significou grandes finalizações. O décimo segundo jogador dos marginais declarou impedimento inexistente quando Luis Fabiano se preparava para fazer estripulias com o goleiro bandido, naquela que seria a única chance clara de gol da partida, além de um chute de fora da área em jogada individual do nosso camisa nove. Tentávamos agredir o adversário com nosso futebol, enquanto eles, como de praxe, nos agrediam fisicamente. Dois bandidos deveriam sair presos de campo. O primeiro pelo coice em nosso volante, enquanto o segundo, jogador mediano que se gaba de ter sido ídolo no oriente, aplicou um carrinho por trás em um dos nossos representantes. Ambos receberam APENAS cartão amarelo. Durante o segundo tempo nada aconteceu. O árbitro adversário continuava invertendo faltas e impediu a entrada de dois jogadores da nossa equipe que, a princípio, bateriam as penalidades para as quais o jogo se encaminhava. Com as penalidades caímos fora do campeonato estadual. Ganso pegou mal na bola, enquanto Luis Fabiano bateu forte no canto e o goleiro adversário, que se adiantou (e disso ninguém fala), defendeu. Nosso maior herói, que já havia mostrado ao guarda-metas bandido quem é e a razão de ter se tornado o que se tornou, tentou desequilibrar, ainda mais, o desequilibrado, arrogante e superestimado atacante global, porém de nada adiantou. Após o jogo, bandidos de todo país puderam comemorar uma das poucas alegrias que terão ao longo do ano, enquanto eu me desligava de todo e qualquer meio que me comunicava com o mundo real. Deixamos de ganhar NADA. Agora lutaremos contra nós mesmos e contra toda a desconfiança de nossa gente para ver se temos chances de derrubar os mineiros na saga pelo nosso maior diamante. A vida segue, como sempre, e nós estamos de pé.
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#7 - O efeito borboleta. A justiça é cega. Quem me conhece sabe o quanto eu sou apaixonado por ciência, coisas do universo e teorias em geral, desde que elas façam algum sentido lógico e não só arrumem uma resposta fácil ou fantasiosa para perguntas sobre a nossa existência e de como as coisas acontecem dentro de um espaço-tempo. Não me alongarei muito no assunto, nem todos gostam e esse não é o foco desse blog, só que é importante explicar algumas coisas para que esse texto tenha lógica. Não tenho muito o que falar sobre nossa última partida, além de tudo aquilo que vocês assistiram. O clima era de muita confiança, tanto por parte de nossos soldados quanto por parte da nossa artilharia de mais de cinquenta e sete mil vozes. Dava para enxergar, no semblante de cada um dos que estavam envolvidos pelo nosso lado, que quem morreria no campo de batalha não seria a gente. 
Tudo arrumado, nosso caldeirão estava pronto para engolir mais um adversário, a massa estava mais ácida que de costume, pronta para entrar em campo e empurrar cada um dos nossos onze fuzileiros iniciais. Até aquele momento não tinha como as coisas darem errado. Com o rolar da bola nosso time não demorou a mostrar o motivo de ter se tornado um gigante ao longo de sua história. Tradição não se compra e nem pode ser acertada ao final do mês em uma folha salarial. Nossos soldados mostraram quem somos, mostraram o quão grande é o São Paulo Futebol Clube e, em pouquíssimo tempo de jogo, colocaram nossas cartas na mesa. Em jogada mágica, envolvendo nossos dois maestros, Paulo Henrique rendeu dois adversários, colocou ambos no chão e deixou o serviço de perfurar a blindagem caipira para Jadson que, sem nada pestanejar, fez o serviço e incendiou a massa vermelha do Cícero Pompeu de Toledo. 
O que ninguém viu é que ali, segundos antes de nosso camisa oito tripudiar com a linha defensiva adversária, nosso destino começou a mudar.  Pequenos acontecimentos podem ter reflexos de enormes dimensões que agem de maneira totalmente imprevisível dentro de um espaço físico e de tempo indeterminado. Basicamente e bem resumidamente é disso que se trata o Efeito Borboleta, uma das bases fundamentais da Teoria do Caos. Na jogada que antecedeu o gol, Aloísio avançou pela direita, chegou à linha de fundo e cruzou para trás. Antes mesmo de a bola ser afastada por um dos adversários e sobrar para Paulo Henrique fazer o que fez, nosso valente atacante já se encontrava em prantos, fora do campo, com uma lesão que o tiraria do jogo. Ali, antes mesmo de abrirmos o contador, nosso guerreiro anunciava algo que ninguém poderia imaginar.  Com a vitória parcial e com um dos nossos mais valentes representantes ferido, tivemos que colocar em campo um garoto, sem muita bagagem, para ser parte da nossa linha de frente. Tudo isso acontecia antes mesmo do relógio marcar dez minutos de batalha. Não havia nada o que fazer, além daquilo que foi feito.  Poucos minutos depois e por grave erro de um profissional extremamente rodado, o acaso nos deu o seu segundo golpe. Lúcio, zagueiro experiente, três décadas e meia de história, tendo conquistado a Europa e o Mundo, não poderia ter feito o que fez. Após lance bobo, reclamou com o árbitro e foi punido com cartão amarelo. Justo ele, um dos principais responsáveis por segurar a artilharia adversária, teria de nos defender pressionado.  Não deu outra, nosso garoto perdeu ao menos QUATRO chances de acabar com o adversário em menos de vinte minutos, chances que não seriam desperdiçadas por Luís Fabiano, nosso homem-bomba, ou pelo seu substituto imediato que já estava ferido nos bastidores e nada mais poderia fazer. Como troco, recebemos o maior dos inúmeros golpes da noite. Lúcio acabou sendo imprudente muito cedo, errou em jogada em que acabaria acertando o atacante adversário, o que resultou em um segundo cartão amarelo. Ele deixou o campo rapidamente, talvez por vergonha, decretando por fim, a tragédia em nome do caos. Em sequência, nosso jovem garoto que não merece receber créditos de culpa, saiu para entrada de Rhodolfo, aquele que nos defenderia no lugar de Lúcio. Rafael Tolói, nosso melhor zagueiro, rifou uma bola despretensiosa que, após cobrança de escanteio, originou o gol adversário. Nossos soldados passaram a assistir o adversário tocando a bola, já que não havia o que ser feito. O jogo para nós já tinha acabado. Para finalizar, já na segunda etapa, tomamos outro golpe do adversário, vindo de um soldado criado em nossa base. Não conseguimos fazer nenhuma alteração tática, já que Rhodolfo, que entrará no meio do jogo, teve que ser substituído, pois também acabou baleado. Por sorte, ou incompetência, o adversário não nos feriu ainda mais. Oitenta minutos depois de o primeiro cartão do jogo ser aplicado, o juiz encerrou o embate. A cortina se fechou, o coração apertou, estava decretado o fim do espetáculo. O São Paulo Futebol Clube teve tudo para sair vitorioso, mas as coisas dessa vida não seguem um roteiro pré-definido, basta um passo em falso e a história é inteira reescrita. Talvez me critiquem, mas não venho aqui para apontar o dedo na cara do nosso zagueiro e também não concordo com quem coloca a conta em suas costas. Não gosto do Lúcio e isso não é segredo para ninguém. Não o conheço, é verdade, mas além de nunca ter sido apreciador do futebol que ele apresenta ou apresentou em algum momento de sua carreira, não gosto da sua postura dentro de campo. Ele, talvez por tudo o que viveu, se sinta na obrigação de ser um dos comandantes da equipe, uma das vozes dentro do campo, mas não entendeu que não é com a sua história, postura ou cara amarrada que conquistará a torcida e o elenco. Aloísio, por exemplo, quase um desconhecido, quase sem história, já cativou grande parte dos que torcem com a gente, fazendo isso apenas com o seu futebol e com o respeito que demonstra por nossa armadura. Lúcio errou e errou feio, mas não o fez de propósito. Errou como todos erram e cabe a ele, mais do que a nós, entender isso. Enfim, por ironia de conseguintes ações aleatórias somadas, caímos. Caímos, em um dia que tinha tudo para sairmos vencedores. Caímos, em um dia em que nada nos prevaleceu, apesar do ótimo futebol.  Caímos dentro do gramado da nossa própria casa. Caímos, sim, é verdade, caros amigos, mas caímos em pé, bem como a nossa moeda já caiu. Que seja tudo ou nada, que seja agora. Tropeçamos,mas ainda não morremos. Que fique a lição, então, só dependemos de nós. Tudo pode acontecer, são infinitas as possibilidades.
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#6 - Sobre o vermelho do nosso branco e preto. Não me lembro quando e nem onde, mas sei que foi após a entrada de Rui Branquinho em nosso setor de marketing (talvez tenha sido no lançamento da nossa armadura versão dois mil e treze), que soube sobre o que viria a acontecer nessa segunda fase de campeonato paulista. A princípio, o que foi dito é que o clube mais vitorioso do país do futebol, entraria em campo com um uniforme vermelho em algum jogo durante o mês de março. Lembro de ouvir que essa ação era um desejo antigo de parte da cúpula tricolor, mas que, por conta do nosso estatuto, não poderia acontecer. A ação inflaria os nossos torcedores e ainda movimentaria o caixa, caso fosse bem executada. Para isso seria preciso driblar o nosso antigo estatuto para que o projeto fosse aceito pelos que eram contrários ao seu desenvolvimento. Lá, naqueles primeiros passos de dois mil e treze, já estava decidido o que seria feito. Nosso uniforme branco, simplesmente, seria tingido de vermelho para a ação. Sei que quem estava atento não se esqueceu disso, bem como eu. Muito futebol rolou desde o anúncio. O time ia bem no paulista, tropeçava na libertadores e, talvez por conta do andar cambaleante, a ação "foi" atrasada. Resolveram vestir o time com a misteriosa camisa vermelha durante o MATA contra o time do interior na segunda fase do estadual.  Confesso, eu que já havia imaginado o uniforme de todas as maneiras possíveis e que tinha abraçado comigo o detalhe precioso de que o nosso uniforme número um seria tingido para driblar o estatuto, fui pego de surpresa quando o time entrou em campo.
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A princípio achei que aquela camisa vermelha, com a qual invadimos o gramado, estaria cobrindo o uniforme que usaríamos, porém, quando soube que aquela era mesmo a nossa armadura comemorativa, fiquei com uma interrogação GIGANTE na cabeça. De longe era difícil entender alguma coisa. Só sei que para mim, acostumado a vibrar com um time que sempre vestiu branco ou um uniforme que leva as nossas três cores intercaladas, foi extremamente complicado torcer para um tricolor vermelho.  Um pouco mais tarde, com muita sorte, tive a chance de conferir o tão criticado uniforme vermelho de perto. E que coisa mais linda. A Penalty venceu a minha desconfiança e fez uma camisa incrível. Claro, cada um tem suas convicções nessa vida, de maneira que vivemos cada um a sua própria história e isso faz com que existam diversas e distintas opiniões, mas a grande maioria que criticou o uniforme o fez sem conhecimento de causa. Pela televisão achei a vestimenta esquisita, não sei explicar muito bem, porém, mesmo a distância, não consegui entender o porque de tanta crítica. Em mãos é uma bela camisa COMEMORATIVA, vale muito frisar isso. Tenho certeza que, caso fosse um terceiro uniforme, seria bem diferente, jamais deixariam o escudo do clube mais vencedor do país escondido em banho de sangue.  Não consegui encontrar o uniforme branco do nosso maior ídolo, mas esse, até pela televisão, ficou incrível. 
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Bom, vamos as considerações. 1- A ação foi muito válida e bem desenvolvida. Durante o jogo as camisas já se esgotaram na Megaloja do nosso estádio. Todo o primeiro lote se esgotou em poucos dias. Sucesso absoluto, tanto de ibope quanto de vendas. 2- Não entendi o burburinho da imprensa, o que já era de se esperar, e de nossos "torcedores". Acho que eles não entenderam a causa. A armadura vermelha não é e nunca será o nosso terceiro uniforme. A vestimenta foi criada em alusão a um estádio onde, agora, o vermelho predomina. E como ficou ainda MAIS bonito o Cícero Pompeu de Toledo  com suas novas cadeiras. Enfim, a ideia foi brilhante, muito ousada, nunca vi um uniforme dar tanto o que falar. Demos uma goleada nos rivais. Nosso uniforme, que foi criado para um único jogo, deu um banho na tentativa pífia dos nossos "colegas" de ter um terceiro uniforme. O time do governo/globo/PT/PCC lançou, pelo que me lembro, ao menos seis uniformes "alternativos" nos últimos anos, todos horríveis. Teve aquele listrado em branco e cor de chorume. Aquele grená em homenagem a atual novela das nove e o pijama de jogo que só poderia ter sido feito pela Nike. Além de todos esses (era necessário?), criaram aqueles três em cor de hematoma para homenagear a sua gloriosa conquista da segunda divisão. O nosso vizinho bi-rebaixado errou feio e insistiu no erro lançando diversos uniformes em verde kiwi/marca-texto. Além disso, o que é aquele novo uniforme deles? Para finalizar, só me resta listar o uniforme azul lingerie da calopsita do litoral que foi usado diversas e diversas vezes. Por mais que algumas pessoas não tenham gostado, de verdade, nossa armadura vermelha, de única aparição, seria menos bonita que algum dessas aberrações acima? COM TODA A CERTEZA, NÃO. E além de ser muito mais bonita, serviu para nos dar uma cor de referência, já que o branco já estava ligado ao aglomerado do litoral, enquanto o preto foi tomado pelo Small Club, talvez em referência ao seu passado nebuloso. Sou a favor a uma camisa alternativa, mas, apenas, se for dessa maneira. Ação bem executada, com o aval de conhecedores da história e da forma de trabalhar do clube e não apenas por razões financeiras que beneficiariam terceiros.  Já lançamos, em um passado não muito distante, um uniforme alternativo, criado para a nossa torcida. 
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Esse uniforme nunca entrou em campo com um jogador de linha, mas ficou tão bonito, que nosso maior herói resolveu adota-lo para defender as nossas redes.
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Sobre o jogo não tenho muito o que falar, quem acompanha o blog sabe que eu não estou escrevendo sobre o estadual. Pra ser sincero, nunca fui fã da competição que, pra mim, só começa quando entramos na semi-final. Mas, por motivos de registro, o jogo se encerrou com uma vitória para o nosso lado, com gol contra de um patético e arrogante defensor do time que tem o eterno Pintado treinando os caras. Encaramos agora o time desabrigado, para mostrar que sempre seremos maiores, independente da camisa que nosso time possa vestir. Tenho muito orgulho da maneira como as coisas acontecem dentro da nossa história e que assim sempre seja.
Vamos adiante, avante, São Paulo Futebol Clube, mais vermelho do que nunca.
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#5 - Cantamos de galo e o calamos.
Fomos surpreendidos.
Eu não havia desistido ainda, ao contrário de oito em cada dez dos nossos torcedores e de cem em cada cem jornalistas rivais. Não sei a razão, mas a verdade é que, além de não ter desistido, eu estava confiante. Tenho dessas, vez ou outra acordo com um sentimento diferente em dias que costumam ser especiais. E assim se fez. Nos arredores do estádio já dava pra perceber que o público seria o primeiro a surpreender e mais de cinquenta mil dos nossos resolveram ser parte da engrenagem no estádio mais charmoso do nosso país. Seria difícil, Luis Fabiano e Jadson fariam falta, dependíamos do resultado de terceiros, mas, mais do que tudo isso, dependíamos de nós e era justamente o que mais me preocupava. Não estava chateado com o nosso futebol e nunca concordei com os pedidos de raça de parte da nossa "torcida". A nossa situação na tabela não traduzia o futebol apresentado durante a primeira fase da competição, onde jogávamos bem e a trave, árbitros e falta de pontaria não ajudavam. Com a bola rolando o time se comportava bem, envolvia o adversário e enchia os nossos olhos com a sua aura guerreira, porém foi só o que aconteceu na primeira etapa. Nada de bola na rede ou de perigo para ambos os lados. Nossa gente se comportava bem, talvez, mais do que pelo futebol, por culpa da alma transmitida por todo o primeiro tempo. Voltamos para a segunda parte do espetáculo ligados na tomada. Osvaldo mostrou o porquê merece a camisa ONZE daquele vergonhoso aglomerado da CBF, quando, em bela jogada, encontrou "Dom Aloísio II" livre entre as galinhas da zaga mineira. O que se sucedeu todos nós sabemos, eles também.  Juro, enquanto a bola viajava, em fração de segundos, me lembrei do que tinha me ocorrido durante toda a tarde desse mesmo dia. Somos o "clube da fé", mantra que, após a noite gloriosa, foi lembrado pelo nosso maior herói depois do seu feito.  O último amante, em um de seus últimos atos, fez como sempre faz. Rogério Ceni foi Rogério Ceni e, da maneira mais simples possível, já que foi agredido pela Ave do Mal e ainda não estava recuperado, fez o que o mal declarou impensável durante as semanas que antecederam os noventa minutos fatídicos.
Um a zero e muita tranquilidade para os nossos onze. Ganso encantava com seus passes rápidos e certeiros, o time envolvia o adversário, nossa gente vibrava. Paulo Henrique resolveu que caberia um segundo gol e deu aquela assistência “maestral” para Osvaldo que, por sua vez, deu o gol para o menino da nossa base, mais um a nos surpreender. Não me lembro muita coisa após o derradeiro gol, só de abraçar pessoas, ficar sem voz e de estampar aquele sorriso que dá câimbras em nossas bochechas pelo resto da semana. O óbvio aconteceu e é estranho quando ele se torna surpresa. Fomos surpreendidos, mais do que pela classificação, mais do que pela alma na ponta das chuteiras, mais do que pelo resultado na argentina onde os outros dois adversários morreram abraçados, mais do que pelo gol do nosso jovem jogador, mais do que pelo nosso herói ferido sendo protagonista mais uma vez, mas por toda desconfiança que nos rodeava, por toda injustiça imposta pelo acaso em nossos resultados, injustiça essa que foi assassinada dentro do gramado do Cícero Pompeu de Toledo.
Nos tornamos nós, naquela noite, pelos pés e mãos do nosso maior herói, aquele que há de erguer o mundo em breve, no último jogo de sua gloriosa história. Que venham, os mineiros, serem engolidos pelo vermelho de nossa casa, novamente. Adiante, mais querido, confiarei sempre em você, mesmo quando não tiver motivos para isso.
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À deriva.
São tempos difíceis para os sonhadores, como bem disse Amélie em um já longínquo dois mil e um.  Sei que está rotineira a não linearidade dentro desse blog, mas, como já disse diversas vezes por aqui, mais do que necessária, tem sido obrigatória. Enfim, as atividades estão restauradas. Nesse tempo alguns jogos se passaram, dois memoráveis e são esses que serão retratados em capítulos brevemente.
Apareço em algumas horas com a primeira parte do que entrou para a nossa história.
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#4 - ALIVE
E como tem sido difícil essa fase.  Como escrevi na última passagem por esse blog, minha vida está um caos. Não consigo conciliar horários e estou totalmente imerso dentro do meu quarto. Tirei uns dias para dar uma organizada nas coisas por aqui e continuo tentando resolver os perrengues que, por ventura, aparecem entre os meus passos. Feito praxe, não vou mentir, amigos. As coisas não têm dado muito certo, tanto para mim, quanto para o São Paulo Futebol Clube. Demos duas tropeçadas em poucos dias. Mais uma vez, tive que me manter distante fisicamente do mais querido. No primeiro dia da semana, nossos jogadores entraram em campo contra o time do governo, da imprensa e dos árbitros de futebol. Eu, por minha vez, dessa vez, estava pela cidade, mas não no terreno sagrado do Cícero Pompeu de Toledo, bem pelo contrário. Estive com meus calçados completamente sujos de lama, com mau pressentimento em relação ao que aconteceria após o árbitro autorizar o nosso embate contra o mal, mas, confesso, estava inteiramente feliz. Presenciei dois dos maiores concertos de música dessa vida, no festival que foi escrachado INJUSTAMENTE pela já odiada imprensa impressa. Ao contrário do que os JORNALECOS (seria um insulto chamar os que vomitam em suas redações de jornalistas ou jornaleiros) insistiram em publicar, os dias de LAMAPALOOZA foram incríveis. Enquanto nossos jogadores definhavam contra o mal, presenciei os meus mais novos melhores amigos, os meninos do Kaiser Chiefs, colocarem cinquenta mil cabeças para chacoalhar. A minha, por pouco tempo, devo admitir, ficou dividida entre a CHACOALHAÇÃO e o que estaria acontecendo no gramado do Morumbi. Ao fim do ESPETÁCULO dado pelos meus grandes amigos, já nem me lembrava do que poderia ter acontecido no outro lado da cidade mentira, o que não me impediu de ter uma péssima notícia involuntariamente, já que os membros da facção criminosa costumam estar em todos os lugares. Naquele momento, de verdade, não me importou muito. Acabará de ter um daqueles momentos que costumam marcar nossas vidas, ao lado de uma pessoa ESPACIAL, em um dos três melhores shows que já fui público. O dia seria fechado com chave de ouro, na voz de um grande ídolo, e com a mensagem que dá titulo para o que escrevo agora. Devido aos meus dias sem roteiro, não consegui assistir ao jogo contra o Small Club, nem tão pouco aos piores momentos, só pude acompanhar o lance em que o torcedor deles invadiu o gramado com um apito e acusou o nosso arqueiro de crime contra os animais por dividir uma bola com a ave adversária. Com toda liberdade que me dou dentro desse blog, aquilo não é penalidade nem aqui, nem na china e muito menos em uma partida de futebol de sete. Mas não vou reclamar mais disso, só queria registrar tal indignação. Afinal, no final das contas, não fiquei chateado, os amigos tricolores e os blogs nos quais confio diziam que o time fora melhor e merecia melhor sorte diante dos que representavam o crime. Acreditei e acredito. Alguns dias se passaram, eis que se deu nosso reencontro com o campeão boliviano, o já famoso THE WEAKEST. Não me alongarei, não quero pautar os fatos do jogo. Vale dizer que o time, mais uma vez, foi melhor. Vale dizer que o nosso camisa nove, mais uma vez, fez falta, tivemos inúmeras chances desperdiçadas, enquanto o adversário teve uma e fez dois gols. E, também, vale dizer que, dessa vez, apesar de melhor e dos inúmeros gols perdidos, o time foi mal. Mais do que com o jogo em si, fiquei chateado com aqueles torcedores que habitam as redes sociais. Aqueles mesmos que citei na postagem anterior, os fracos, que engolem tudo que é vomitado por aí. Li, indignado, que o nosso maior ídolo foi o grande responsável pela situação em que estamos e que ele já não honra mais essa camisa. Quanto ultraje. Se hoje essa camisa é o que é, foi graças, muito também, ao suor desse rapaz que a veste há mais de vinte anos. Não aceito ler tal afirmação sobre aquele que melhor representa a nossa gente. Jamais vou admitir. Deve-se dizer que não foi a melhor partida da longa carreira do nosso capitão e que a bola do segundo gol poderia ser defendida, só que isso não aconteceu e, infelizmente, é dessa maneira que as coisas acontecem às vezes. Cabe um pouco de compreensão, apesar de não parecer, ele também é humano. Por fim, nos tornamos o terceiro colocado do nosso grupo, conseguindo, até o momento, estar pior do que o THE WEAKEST na classificação geral. Agora dependemos de uma combinação impensável de resultados para continuar no torneio. Nos resta apenas um jogo, em casa, contra o time mais badalado dentro da competição. O nosso concorrente boliviano visita os nossos concorrentes argentinos para que eles, enfim, possam se matar. Ficou difícil? Acredito que sim, mas até que haja pulso, estaremos vivos, bem como cantou Vedder naquele mágico e estranho dia.
““Is something wrong?”, she said. Well, of course there is.  “You're still alive”, she said. Oh, and do I deserve to be? Is that the question? And if so... If so... Who answers? Who answers?”
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#3 - Interrogação? Mais do que ausente, ando chateado. Acompanhei o mais querido por todo esse período, mesmo que de longe. Mesmo que o mundo conspirasse contra tudo, eu estava sempre ali, longe-perto, por amor, por fé, mas, talvez pela primeira vez nesses vinte e três anos que me cabem,  por distração principalmente ainda que tenha sido árdua a tarefa de apenas me desligar de toda a merda do mundo enquanto estava com a minha atenção voltada para o meu primeiro grande amor. E como foi difícil essa fase.  Optei por romper um ciclo parasitário e empregatício onde eu não tirava vantagem alguma, ao contrário do que me fizeram acreditar por cerca de um ano e meio.  Isso me pôs em um período de reclusão, mais uma vez, onde eu tentava me conhecer e acabava esbarrando em mim mesmo. Durante as quintas chegava exausto do Hospital onde fui escravo trabalhava, mais psicologicamente do que fisicamente, e me preparava para mais uma noite de luta, ainda que triste por estar longe do Cícero Pompeu de Toledo.  E como tem sido difícil essa fase. Nosso time não engrenou, corre com dificuldades, mas corre sempre.  O treinador, o qual admiro por diversos motivos, insistiu em um esquema que já mostrou não funcionar para 2013. Não temos mais o segundo melhor camisa 7 do mundo. Também não temos ninguém para substituir o último grande ídolo a nascer em nossas terras. Demorou, mas o nosso comandante parece ter enxergado que o caminho é mesmo mudar o esquema tático. A imprensa, COMO SEMPRE, tenta deturbar o nosso ambiente, como se já não bastasse aquela atitude EXTREMAMENTE INFANTIL do zagueiro experiente que trouxemos da Europa e aquela declaração infeliz de um dos homens fortes de nossa diretoria. Os nossos torcedores mais fracos, que se alimentam de tudo o que lhes oferecem, abocanharam facilmente tudo o que a corja de jornalistas do mal cuspiram em suas redações e microfones. Sem saber,esses torcedores mais fracos, acabam amplificando essa ideia de uma crise sendo instalada nos nossos bastidores, o que acredito não ser nada interessante nesse momento. Somos os líderes do campeonato regional mais difícil do nosso país. E somos líderes ostentando uma vantagem de pontos e um jogo a menos. Somos os vice-líderes do nosso grupo no campeonato que deveria ser continental (malditos mexicanos), assim como outras agremiações do nosso país, o que incluí aquele que é defendido pelos mesmos jornalistas sujos que cospem em nossa gente e que �� patrocinado pelo governo nefasto desse brasil com letra minúscula. As exceções ficam para o atual campeão nacional e para o segundo maior time de Minas Gerais, que são os líderes de seus grupos, enquanto a Sociedade Esportiva Parmalat segue fazendo nada, que é o que se esperava dela. Para encerrar e deixar registrado, estive ausente durante um empate contra o time argentino que fica na conta daquele árbitro que, além de péssimo, estava muito mal intencionado. Houve um outro empate pelo regional, esse ridículo pela nossa falta de competência, já que o jogo foi em nossa casa e contra uma equipe verde que lutará, com muita dificuldade, pelo seu segundo título na série B do campeonato nacional. Fomos para a Argentina, lutar contra toda a catimba e insegurança do nosso time e nos demos mal. Em dois jogos ressuscitamos uma equipe que, até nos encontrar, estava morta. O líder do nosso grupo disparou, seguimos em segundo, com o terceiro colocado pedindo passagem e com o lanterna querendo complicar. Ficou difícil? Sinceramente, eu não sei, só o tempo poderá responder. Após esses jogos só entramos em campo pelo estadual, vencendo todos, inclusive em um jogo em minha cidade, contra o segundo clube de coração do antigo presidente desse país, que eu também acompanhei de longe.  As coisas não estão tão nebulosas como o mal insiste em afirmar, mas também não estão tão belas quanto eu gostaria que estivessem. Que seja assim, então, e que consigamos, como sempre foi e deverá ser, nos superar. Libertadores: dois jogos. Dois bons jogos, espero.
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#2 - It's friday, i'm in love. Estava ansioso, esqueci os três jogos anteriores dentro dessa libertadores e encarava esse como a verdadeira estréia do nosso time. Como todos os outros da nossa gente, confiava piamente em um passeio de nossos jogadores sobre aquele apanhado do THE WEAKEST. Assim, como todos os outros também, me enganei feio. Nossos onze começaram bem, ao contrário do árbitro que, logo no início,  anulou aquilo que poderia ter sido o nosso  primeiro gol. Osvaldo avançou pelo meio e acabou sendo derrubado por dois adversários, na sequência a bola sobrou nos pés de Aloísio (O Touro) que a fuzilou por entre as traves defendidas pelo goleiro adversário (A Vaca), porém aquele que detinha o apito em mãos errou tudo e já havia esquecido da importante lei da vantagem. Na cobrança da infração nosso GRANDE ARQUEIRO quase fez o nosso segundo primeiro gol sobre os bolivianos. O jogo prosseguiu sem grandes méritos e sustos, até que, por conta de um vacilo GERAL, tomamos o primeiro, pelo alto mais uma vez. O gol adversário dificultou a nossa vida e mudou todos os planos. O adversário passou a gastar o tempo, nosso time ficou nervoso, nossos jogadores passaram a não acertar o básico. Luis Fabiano, que até então sofria pela falta de bola em seus pés, acabou perdendo em um lance que, caso fosse concluído dentro das redes, poderia, ainda, nos dar a goleada. Que fique registrado, nosso futuro maior artilheiro fez tudo o que deveria ter feito, a bola é que não quis entrar. Quando o empate já se encaminhava para o intervalo, Aloísio recebeu pela direita, fez boa jogada e cruzou nos pés do nosso camisa nove que, por sua vez, finalizou forte, nas mãos do goleiro RUMINANTE para que o rebote fosse exatamente para os pés do único atacante que não havia participado, ainda, dessa jogada. Osvaldo, então, só empurrou a bola, o goleiro e o que mais estivesse ali, com desprezo e um chute muito mal chutado. Alegria e fim da angústia, soube ali que os três pontos seriam nossos, de novo. O maior campeão desse país voltou para o segundo tempo, mas a goleada que todos nós esperávamos não (nem o aquele timinho metido a jaguatirica da argentina). Ney, mais angustiado do que eu, chocou Ganso e Cañete para que eles resolvessem para o nosso lado. Logo no primeiro lance Ganso não gançou (inevitável, me desculpem) e provou que calaria a boca de muitos naquela noite, juntamente com a minha, claro.  Não demorou muito, nosso meia inteiramente argentino, com um toque magistral, encontrou nosso, então, Maestro na entrada área. Ganso acompanhou a bola, deu cinco passos ao lado dela e calou a minha boca  a ofereceu de presente para Luís, O Fabuloso, que só a assoprou para o fundo das redes. Fez-se ali, naquele gol, naqueles segundos silenciosos, a alegria e alívio de todos que estão do nosso lado, seja dentro ou fora do estado que leva o nosso nome. Confesso, não lembro de muita coisa após a virada. Lembro apenas de ver o Fabrício batendo seu recorde de minutos em campo com uma camisa tricolor e de uma entrevista bem humorada de dois de nossos ídolos já próximos da escada do vestiário. Fim de jogo, fim de angústia e início de mais um ciclo de ansiedade que durará até quinta-feira que vem. Foi sofrido, mas foi exatamente do jeito que deveria ser. E, como disse aquele que de tudo sabe, "se fosse fácil não era Libertadores, era campeonato de qualquer outra coisa.” Um jogo, dois gols, três pontos. It's friday, i'm in love.
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#01 - Ô, abram alas. Hoje, vinte e seis de fevereiro de dois mil e treze, 05:04h, longa madrugada insone, eu, esse mesmo que vos escreve, munido de PEPSI e algumas doses de café para qualquer emergência, declaro oficialmente o nascimento deste blog.
Não tenho muito o que escrever, na verdade. Estou cansado e AINDA me sinto meio babaca conversando sozinho por aqui. Apenas estou publicando essa baboseira para que você, futuro leitor (espero de verdade que você realmente venha a existir algum dia), tenha um ponto de partida dentro desta JOÇA. Sou tricolor desde mil novecentos e oitenta e nove, mais precisamente desde o dia do meu nascimento, uma vez que, com algumas horas de nascido, senti o imensurável prazer de ser campeão. Nasci  poucas horas antes do nosso título paulista daquele ano, título esse que, além de ser o meu primeiro, ÓBVIO, foi o primeiro do GRANDE E MÁGICO RAÍ com a gente.  Enfim e por fim, o blog está aí. Sintam-se à vontade, ou não se sintam à vontade, vocês que mandam, mas, por favor, não deixem NUNCA de sentir. Ps: esse vídeo está aí por motivos óbvios. Ps': WHITE STRIPES É INCRÍVEL, em tudo, até em suas cores. PS'': Vai ter muita música BOA por aqui, se acostume. PS''': Feliz aniversário, Juvenal, aprendi a gostar de verdade do senhor. ÍDOLO. Ps'''': Rogério Ceni é / foi / será / sempre será / eternamente FODA. Dá-lhe, adiante, até breve. (:
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