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02.20.25 Nika (of Zola Jesus) played a solo set at Public Records in Brooklyn
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Meoto Iwa (wedded rocks), Futami Okitama Shrine, Mie Prefecture
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"Parece-me crucial – mesmo eticamente crucial – tratar com cautela qualquer retórica que dê a entender possuir toda a bondade ética a seu favor e atuar para expelir, como Butler postulou (em A força da não violência), a "dimensão falha ou destrutiva da psique humana para agentes de fora, que vivem na região do 'não eu', com os quais nós não nos desidentificamos". Isso se aplica em especial na arte, uma vez que artistas muitas vezes produzem obras justamente para dar expressão às dimensões complexas e às vezes perturbadoras de suas psiques que, de outra forma, se conservariam às escondidas. Também me parece crucial – mesmo eticamente crucial – que as intenções ou efeitos reparadores de uma obra de arte, quaisquer que sejam, se mantenham sem script, sem supervisão, e que sejam reconhecidos como sujeitos à mudança do tempo. Este último sempre corre o risco de parecer eticamente insuficiente, já que se preocupar com a capacidade da arte de se desdobrar no tempo conduz o cuidado na direção de públicos desconhecidos e futuros imprevisíveis, tanto quanto ou mais do que em direção a espectadores e demandas do presente. Afinal, vivemos no presente: presente é inevitavelmente o contexto de nossas reações e respostas, e isso importa. Ainda assim, uma de suas características mais cativantes é a forma como a arte revela as disjunções entre o tempo da composição, o tempo da disseminação e o tempo da consideração – disjunções que podem nos convidar à humildade e ao assombro."
Maggie Nelson, Sobre a liberdade: Quatro canções sobre cuidado e repressão
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Maria Helena Bernardes, Vaga em campo de rejeito, 2003
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"A visão azul do mais fundo perdida no mais alto – céu e mar misturados na mesma névoa de luz. É um dia de primavera, e ainda é manhã.
Céu e mar e nada mais. Um imenso índigo...Em primeiro plano, as ondas refletem a luz prateada, e a espuma desenha linhas que giram e giram. Mas um pouco além não se vê nenhum movimento, não se vê coisa alguma além de cor: o azul quente e indistinto das águas é alargado até se dissolver no azul do ar. O horizonte não existe: tudo é só distância que se lança no espaço – a curva infinita se desenha à nossa frente e se dobra em arco imenso sobre nós – quanto mais alto, mas azulado é o azul. Muito mais longe, no azul-médio, você vê contornos quase imperceptíveis das torres de um castelo, com telhados que parecem luas crescentes – é a sombra de um esplendor estranho e antigo, iluminado por um sol tão suave quanto o da memória."
Lafcadio Hearn, em Kwaidan: histórias de fantasmas e outros contos estranhos do Japão antigo
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Mori Yuzan, Ramonshu: a Japanese Book of Wave and Ripple Designs
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Alfredo Volpi, Sereia
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Gustav Heurlin - View of a walkway lined with crucifixes in Lithuania, 1933.
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"O espaço possui seus valores próprios, assim como os sons e os perfumes têm cor, e os sentimentos, um peso. Essa busca de correspondências não é um jogo de poeta ou uma mistificação (assim como se ousou escrevê-lo a respeito do soneto das vogais, hoje por exemplo clássico para o linguista que conhece o fundamento – não da cor dos fonemas, variável segundo os indivíduos, mas da relação que os une e que admite uma gama limitada de possíveis); ela propõe ao cientista o terreno mais novo e aquele cuja exploração ainda lhe pode proporcionar ricas descobertas. Se os peixes distinguem, tal qual um esteta, os perfumes claros e escuros, e se as abelhas classificam as intensidades luminosas em termos de peso – para elas a escuridão é pesada, e a claridade leve – a obra do pintor, do poeta e do músico, os mitos e os símbolos do selvagem devem afigurar-nos se não como uma forma superior de conhecimento, pelo menos como a mais fundamental, a única verdadeiramente comum, e cujo pensamento científico constitui apenas a ponta afiada: mais penetrante porque amolada na pedra dos fatos, mas às custas de uma pedra de substância; e cuja eficácia decorre de seu poder de penetrar com suficiente profundidade para que a massa da ferramenta acompanhe por completo a ponta.
O sociólogo pode contribuir para essa elaboração de um humanismo global e concreto. Pois as grandes manifestações da vida social têm em comum com a obra de arte o fato de que nascem no nível do inconsciente , porque são coletivas no primeiro caso, embora sejam individuais no segundo; mas a diferença é secundária, inclusive é só aparente, já que as primeiras são produzidas pelo público e as outras, para o público, e que esse público fornece a ambas seu denominador comum, e determina-lhes as condições de criação.
Portanto, não é de modo metafórico que é correto comparar – como se faz com tanta frequência – uma cidade e uma sinfonia ou um poema; são objetos da mesma natureza. Talvez, ainda mais preciosa, a cidade se situa na confluência da natureza e do artifício. Congregação de animais que encerram dentro dos seus limites sua história biológica e que ao mesmo tempo a modelam com todas as suas intenções de seres pensantes, por sua gênese e por sua forma a cidade depende simultaneamente da procriação biológica, da evolução orgânica e da criação estética. É a um só tempo objeto da natureza e sujeito da cultura; indivíduo e grupo; vivida e sonhada: a coisa humana por excelência."
Lévi-Strauss, em Tristes Trópicos
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One by Anne Imhof
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