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E quem é nesse mundo que a respeita nós, pobres, infelizes e desgraçados? A vingança tem de vir pra curar os anos de sofrimento. // And who on earth respects us, the poor, miserable and dishonored? Revenge must come to heal all these years of suffering.
Antonio das Mortes (1969) dir.: Glauber Rocha
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Tropicália
1967 - "Tropicália" é um labirinto construído com uma arquitetura improvisada, semelhante às favelas, um cenário tropical com plantas características e arara, onde o público caminhava descalço, pisando em areia, brita, água, experimentando sensações, no fim do percurso se defronta com um aparelho de TV ligado, um símbolo moderno.
Esta obra daria nome ao movimento cultural brasileiro, encabeçado por Caetano Veloso e Gilberto Gil.

Oiticica chamou essas construções de Penetráveis, porque você pode entrar, ou penetrar passando pelas camadas de cortinas, os penetráveis são parcialmente inspirados no modelo de construção das favelas e também compartilha dos mesmos materiais (madeira compensado, tecidos) criando uma alusão a paisagem do Rio de Janeiro.
No cenário tinham poemas chamados de poemobjetos, que são o poema em cima do objeto, que pode ser qualquer coisa. Era um projeto de Roberta Camila Salgado, cunhada de Oiticica, ela pretendia desenvolve-lo em pontos de ônibus, restaurantes, aeroportos, mas que acabou não dando certo. Mas Salgado disse que ' Hélio viu aquilo e disse que fazia questão de ter meus poemas numa obra que ele estava desenvolvendo'.
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À Meia Noite com Glauber (1997)
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Filme de Ivan Cardoso em homenagem a Hélio Oiticica e Glauber Rocha.
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Hélio Oiticica (2014), César Oiticica Filho
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Este documentário conta a história do artista plástico Hélio Oiticica através de fitas K7, que o próprio gravou durante os anos de 1960 e 1970. As "Heliotapes" foram encontradas por seu sobrinho César Oiticica Filho, que dirige este longa, quando preparava uma exposição sobre a vida e obra do tio. Fugindo da narrativa tradicional, o filme aborda diversos aspectos da biografia de Oiticica, como suas aspirações anarquistas, sua temporada em Nova York e seu contato com as drogas.
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Apocalipopótese, 1968
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Em 1968, Hélio Oiticica realiza no Aterro do Flamengo a manifestação coletiva Apocalipopótese, da qual fazem parte seus Parangolés e os Ovos, de Lygia Pape.
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Parangolés (1964 -)
Parangolés (1964 -) Hélio Oiticica
Os Parangolés se caracterizavam pela construção de tecidos extensos que podiam trazer desde cores vibrantes, até estampas e frases escritas. Sua principal base no entanto, era a presença do corpo humano para interagir. Na proposta do artista, o Parangolé só acontecia quando estava em movimento.
O contexto para a série de obras, diz respeito ao ano de 1964, em que 4 eventos aconteciam ao mesmo tempo, se encerrava o movimento concretista no Brasil, se instaurou a ditadura militar, o pai de Hélio veio a falecer e ele se mudava para a Favela da Mangueira.


Hélio Oiticica e integrantes da escola de samba Estação Primeira de Mangueira com Parangolés, na área externa do MAM Rio durante a abertura da exposição Opinião 65. Foto Desdémone Bardin
Em seu novo cenário o artista renova sua relação com arte e desconstrói o academicismo que demarcava a posição da obra e do telespectador. Trazendo o público não só para perto, como também o colocando como peça fundamental para que a obra tenha seu funcionamento pleno.
Hélio na favela se envolveu com a Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, que foi de fundamental importância na idealização e concretização dos parangolés, que além das camadas de tecidos sobre o corpo dançante também foram tendas, estandartes e bandeiras.
A primeira experiência do parangolé em dança se deu ao final de um carnaval em que o próprio Hélio percebeu o potencial de sua criação ao performar com ele por horas após o show
O nome parangolé por si só era uma gíria usada na época, que significava animação, agitação súbita e alegria. A obra podia ser expressa como a própria música e dança.

Nildo da Mangueira com P 08 Parangolé capa 05 Mangueira (1965), César Oiticica, Hélio Oiticica e Reinaldo Jardim na abertura da exposição Opinião 65, no MAM Rio; ao fundo, o P 03 Parangolé tenda 01 (1964). Foto Desdémone Bardin
Os parangolés eram “travestidos”. Não tinham identidade de gênero nem raça. Então sua pluralidade de discursos eram diversas. Compreendendo sua agitação súbita não só a felicidade, como qualquer outro sentimento. Se adaptando aos locais e discursos.
Isso se característica sobretudo na época em que o artista estava hospedado em Nova York, em que o parangolé se acomodou ao novo ambiente, deixando o samba e abraçando o rock n’ Roll.
Parangolé P15, Capa 11, Incorporo a Revolta 1967, Hélio Oiticica ,técnica mista Projeto Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ)
Parangolé Capa 30, 1972,Hélio Oiticica Projeto Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, RJ)
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Hélio Oiticica ( 26 julho, 1937 - 22 março, 1980)
Oiticica foi um dos maiores artistas brasileiros. Leia mais sobre sua produção inicial.
Nascido na cidade do Rio de Janeiro, Hélio Oiticica recebeu educação básica em casa com o pai José Oiticica Filho (1906-1964), engenheiro, professor de matemática, entomólogo e um importante fotografo brasileiro de seu tempo. Aos 10 anos Hélio se muda com a família para Washington DC, onde seu pai começa a trabalhar no Smithsonian Institution. Em 1950 a família volta ao Rio de Janeiro. Um ano após a visita à II Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Hélio começou seus estudos em artes no Museu de Arte Moderna (MAM-Rio), como aluno do Curso Livre de Pintura de Ivan Serpa, em 1954.

foto do arquivo do Projeto Hélio Oiticica
Hélio entra em contato com o Grupo Frente e participa da segunda exposição do Grupo no Museu de Arte Moderna. O encontro com a artista Lygia Clark (1920-1988) e com os críticos de arte Ferreira Gullar (1930) e Mário Pedrosa (1900-1981) acontece provavelmente nesse período.
De 1956-58 Hélio trabalha como a produção de guaches em cartão, chamadas de Secos.


Hélio Oiticica, 1956, guache sobre cartão, 35.50 cm x 44.50cm, Projeto Helio Oiticica, Rio de Janeiro, RJ
Metaesquema, Hélio Oiticica, 1958, guache sobre cartão, 55 cm x 58 cm, Projeto Helio Oiticica, Rio de Janeiro, RJ
Em 1959 Lygia Clark e Ferreira Gullar convidam Hélio Oiticica para participar do Grupo Neoconcreto do Rio de Janeiro. A série Branca evolui de pinturas em cartão para pinturas a óleo sobre tela e compensado. Realiza obras monocromáticas que incluem pinturas triangulares em vermelho e branco e também a série Invenções. Inicia o grupo de Bilaterais.

Branca Tantrum, Hélio Oiticica, 1959, oléo sobre tela, Acervo particular


Bilaterais, 1959. Fotografias do Projeto Hélio Oiticica e Mauricio Cirne
Nesse ano ele começou a pensar a superação do quadro de cavalete. Suas obras penduradas no teto, permitiam que os espectadores se locomovessem ao seu redor, conceituando seus projetos com a interação.


A partir daí Oiticica desenvolve obras que incentivavam a interação ativa, obras feitas para serem tocadas, remexidas, vividas. Abandona os trabalhos bidimensionais e cria relevos espaciais, bólides, capas, estandartes, tendas e penetráveis.


Hélio Oiticica em foto de Marco Rodrigues, do Acervo de Pesquisa e Documentação do MAM Rio
Continua trabalhando na série Invenções e nos Núcleos. Realiza o penetrável PN1 e a maquete do Projeto Cães de Caça, composto de cinco penetráveis, mais o Poema enterrado de Ferreira Gullar e o Teatro integral de Reynaldo Jardim.
- 1963
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