Don't wanna be here? Send us removal request.
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Durante o dia inteiro, o iPhone de Penelope emitiu sinais sonoros sem parar, desde o despertador, logo cedo de manhã, até as mensagens que a mãe mandava naquele exato momento. Não tivera aula alguma essa semana por causa de um assassinato ocorrido dentro do Instituto mesmo, durante alguma noite coberta de neve cujo resultado chegou aos ouvidos de Sarah Lancaster. A mulher podia não ser a que mais se preocupava ou amava sua filha, mas não queria perder todo o trabalho duro que teve para fazer com que a garota se tornasse o mais perto da perfeição que era possível para a mesma. Foi amaldiçoada com uma filha que não podia ser tão perfeita quanto ela queria. Por mais que lhe fosse fácil ter uma outra criança, não podia ter certeza de que seria uma outra garota, e logo tratou de criar uma lista de razões para ligar para Penelope regularmente, o que lhe deixava bastante irritada.
Não havia opção alguma senão caminhar com o objeto para cima e para baixo, na frente dos olhos, onde podia ler com clareza as mensagens aleatórias da mais velha. O único momento que sempre teve para si diante de Sarah eram os treinos de patinação artística que, graças a Deus, aconteceriam hoje. Quando estava perto de anoitecer, a garota foi até o quarto e aprontou-se para mais um treino, carregando em mãos uma garrafa d'água e os patins em sua devida capa. Caminhava distraída pelos corredores, olhando o visor de seu celular por tanto tempo para responder recados que nem notou quando uma garota vinha correndo e acabou por esbarrar nela, deixando que a garrafa e os patins caíssem no chão. Tomou um susto no momento da batida, mas logo abaixou-se para pegar a garrafa, notando quando foi buscar os patins que a garota estava estendendo-os em sua direção. -- Não tem problema -- Respondeu sorrindo enquanto segurava os patins e levantava-se.
Starting Something. | Holly & Pen
Após sua viagem e sua conversa na direção, Holly parecia meio perdida e não sabia por onde começar. Via um monte de gente e muitos lugares nos quais nunca havia visto antes. Não se sentia muito a vontade em fazer amizades logo assim. Até viu que havia um comitê de boas vindas mas preferiu não incomoda los. Resolveu então que o mais importante naquele momento era conhecer o território pegou um mapa e começou a fazer uma visita por conta própria. Deixou por último sua visitação à sala de esgrima, ela queria se surpreender. Então iniciou o ‘tour’ por todo o Campus de Mont Blanc. Ficou impressionada com a quantidade de atividades naquele lugar. Havia coral, animadores de torcida, clube de teatro, xadrez, caiaque e um monte de outras coisas. Isso a deixou levemente mais aliviada pois não sabia que ela não passaria tédio, ao menos.
Após horas de visitação, a garota estava exausta, isso porquê não havia visitado nem metade de todo o campus… Foi então jantar e se sentiu um pouco deslocada pois ainda não havia feito nenhum amigo. Por um momento pensou em ligar para seu pai e dizer o quanto sentia a falta de casa, mas sabia que aquele sentimento não era recíproco, e desistiu. Voltou a pensar na falta de amigos, e lembrou de sua antiga escola onde Holly sempre fora enturmada, falava com todos. Mas de repente, tudo mudou, depois de tudo o que lhe havia ocorrido. Ela não era mais a mesma Holly, era como um furacão que ser tornou tão importante como uma mera brisa, como aquelas que haviam em Cannes, insignificantes e comuns.
Sentou em sua mesa e voltou a ver suas fotos com Arthur, esperando que a fome viesse. Sempre que o fazia sentia uma mistura de ódio e frustração. Ficava observando uma por uma e lembrando de cada palavra, cada jura, cada momento que os dois haviam trocado. Sentia-se uma estúpida por tudo isso. Passaram-se uns 20 minutos até que a vontade de chorar tomasse conta. Ela não chorava na frente de ninguém, portanto saiu correndo e foi até o banheiro mais próximo. Depois que sua recaída passou, começou a guardar suas coisas e percebeu que algo faltava: Seu celular. Saiu correndo em direção ao refeitório para buscá-lo. Correu que nem uma louca, não via nada a sua frente… e muito menos em baixo. Não foi por menos que Holly atingiu uma garota que andava também rapidamente e não a viu. Quando se deu conta do que aquilo causou os pertences da garota já estavam todos no chão e então Holly resolveu ajudá-la. Reparou que a menina era meio desaparada, e então disse: “Me desculpe, acho que eu estava tão rápida que você se tornou invisivel…”, logo depois viu que os pertences não eram qualquer pertences, e sim equipamento de patinação.
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Tudo estava acontecendo tão rápido dentro daquele quarto que Penelope não conseguia concentrar-se com clareza nas ações e falas de ambas as meninas, principalmente a ruiva, que não hesitava em mostrar toda a eletricidade incomum que continha em suas veias. Era bom conhecer pessoas assim, tão alegres que tinha certeza de que mesmo quando estivesse triste e abalada com qualquer problema pessoal, estaria na cama ao lado para falar algo sem sentido e se não podia realmente consertar um problema, ao menos distraí-la dele; isso não fazia com que o jeito mais calmo e tranquilo da outra fosse menos especial, pois podia ver-se desabafando o que acontecia consigo com a mesma; enquanto Penelope, bem, era o intermediário entre ambas, quem sabe pudesse amparar alguma briga entre as mesmas ou externamente. Riu sozinha e prosseguiu sorrindo, por ter tido um pensamento tão precipitado que lhe pareceu tão real.
Quando voltou ao mundo real, onde estava num quarto com - mesmo que inconscientemente - suas futuras melhores amigas, CeCe estava no banheiro vestindo alguma roupa e ela laçou um olhar divertido para a outra, Candy, como se simplesmente dissesse que Cecilia é... Uma figura. Penelope soltou o coque que prendia os cabelos escuros e deixou que caíssem em ondas nos ombros já livres do sobretudo, e em uma cabeceira que ficava ao lado da cama, deixou os óculos que cobriam os olhos azuis bastante claros. Uma vez que realizou tudo isso, Gonzales estava de volta e chamava ambas as colegas de quarto para um passeio. "Por que não?" Pensou enquanto lançava um novo olhar para Mitchell, quase como um estímulo para que ambas fossem. -- Tem alguma idéia, CeCe? -- Perguntou de pé, empurrando suas malas para o canto do quarto, certa de que aquele não era o momento para arruma-las, e sim para conhecer algo novo com pessoas interessantes e, até então, maravilhosas. Digitou uma mensagem simples para sua mãe no iPhone que repousava ao lado dos óculos e depois o pôs no bolso traseiro da calça, passando a mão na blusa de seda que vestia desde o vôo. Disse mentalmente que tomaria banho quando chegasse, assim como arrumar a bagagem nos armários e gavetas.
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Candice se virou ao que ouviu a porta abrindo, com um rangido irritante. Ofereceu um sorriso tímido à garota ruiva que surgiu ali, vestida apenas com um roupão. Sentiu vontade de rir ao perceber que suas colegas de quarto eram uma ruiva e uma morena, sendo Candy loira - uma coincidência sem dúvidas curiosa. Observou quando a ruiva demonstrava uma animação quase assustadora, trazendo um novo sorriso aos lábios da garota Mitchell. Apesar de se considerar alguém tímido e quase fechado, adorava pessoas animadas e espalhafatosas exatamente por não conseguir formular assuntos pra conversar. Com pessoas como a ruiva animada que agora abraçava a morena dos olhos azuis, nunca faltaria sobre o que falar.
A loira repetiu os nomes - CeCe e Pen - mentalmente algumas vezes, apenas pra não esquecer. Se permitiu uma risada alta com a animação sem limites que CeCe possuía, confirmando os pensamentos de Candice sobre ela ser um tanto animada. Assim como CeCe, Penelope parecia feliz, apesar de mais controladamente. As duas eram extremamente simpáticas e pareciam gentis, ao que Candy foi preenchida com alívio. Surpreendeu-se com o abraço da garota ruiva, mas a abraçou de volta, subitamente mais animada. Teve medo de suas colegas de quarto serem chatas e irritadas, mas tudo estava saindo como a melhor das hipóteses que a garota havia se permitido pensar. - Eu sou Candice, mas eu prefiro que chamem de Candy. Normalmente só sou chamada de Candice quando querem brigar comigo - suspirou, sorrindo. - Eu cheguei já faz um tempo. Uns… 15 minutos? 10? Não sei. - e deu de ombros, indiferente. Acabou falando um pouco mais do que normalmente falaria, mas tudo se devia à felicidade que a Mitchell sentia no momento. Ir pra Mont Blanc provavelmente poderia ser considerada como a melhor decisão que já fizera.
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Ele se sentia estranhamente distraído, como se tivesse vergonha de ficar focado, já que aparentemente, ele não era bom o suficiente para estar sentado com Penelope, mas ela parecia completamente bem com a situação, seu habitual sorriso nunca saia de seu rosto, e seu cabelo parecia perfeito sempre, isso fez Shane rir para si mesmo, com o pensamento de que a menina o lembrava uma boneca. Parecia que ela era perfeita sem opção, como se realmente fosse uma boneca, presa em sua caixa, imóvel, sem poder sair. Mas era estranho ver uma menina que para todos aparentava ser perfeita saindo de seus padrões. Imaginou o que aconteceria depois daquilo, eles andariam pelo colégio? Cada um seguiria seu caminho? Ele realmente não sabia, mas esse era um dos problemas de Shane, ele não sabia aproveitar o presente sem ter certeza do futuro, o que era um pouco egoísta de sua parte, mas ele a partir de agora iria aproveitar mais o que vivia, principalmente agora, pois por mais estranho que fosse, ele queria conhecer a menina, apesar de ter certeza que ela não gostaria de fazer o mesmo com ele.
O tempo silencioso passou-se devagar, deixando Penelope um tanto inquieta e sem permiti-la parar de pensar no que falar para expulsar a monotonia daquele final de manhã. Quer admitisse ou não, Penelope tinha interessado-se superficialmente por Shane desde quando ele entrou na recepção, julgando-o bastante bonito para nunca ter-lo visto, e interessando-se realmente quando descobriu seus problemas com estudo. Se havia algo errado, Lancaster queria saber o que era e estranhamente poder ajudá-lo, apesar de nunca sequer ter conversado com ele antes. E agora estavam ali, sentados em uma mesa da cafeteria, ela sem conseguir pensar em qualquer coisa para quebrar o gelo e sutilmente fazer algo que fizesse bem ao garoto, afinal, ele estava sendo bastante legal com ela, nem que seja só por chamá-la para tomar um café.
Olhou para o balcão mais uma vez, onde a mulher para a qual antes sorriu estava conversando com um grupo de adolescentes animados que riam juntamente com ela. Haviam no Mont Blanc algumas pessoas super humildes que faziam amizade até com os funcionários, e Pen sabia que se enquadrava perfeitamente nesse grupo apesar de ser bastante privilegiada financeiramente. No segundo em que a cabeça foi e voltou, sua companhia já não fazia-se mais presente, e ela vasculhou o lugar com os olhos procurando por Shane. O garoto ia até o balcão e buscava dois cafés gelados, gesto que fez Lancaster sorrir discretamente enquanto ele voltava para a mesa onde estavam sentados, entregando-lhe um dos copos. A morena deu um gole e acompanhou-o sentar com os olhos, e posteriormente fazer uma pergunta. -- Já faz um tempo que estou aqui -- Respondeu vagamente, depositando o copo de café na mesa, -- E você? -- perguntou de volta, sem desviar o olhar dos olhos azuis do outro. Penelope gostava de falar assim, olho no olho, descobrindo se as pessoas estavam realmente interessadas na conversa ou apenas fazendo hora. Até então, Sha parecia gostar da companhia de Pen tanto quanto ela estava gostando da dele, o que é bastante bom, acreditava.
A little help from a friend @Pensha
Se tinha um fato curioso sobre Shane, era que ele realmente se sentia um pouco envergonhado quando estava na presença de meninas atraentes, mas não aquelas que são bonitas, mas fúteis e idiotas, e sim, aquelas que podiam não ser tão bonitas, mas eram interessantes, ou diferentes. No caso de Penelope, incluía os dois casos, então basicamente, o garoto estava sem reação. Ele permanecia sério, na esperança que ela não notasse, ele era conhecido por ser agressivo, mas ninguém nunca tentou ser agradável com ele como Penelope. Os dois ficaram um tempo sem falar nada na mesa, foi então que Sha se tocou de que como a ideia tinha sido dele, ele mesmo deveria sugerir pegar algum café para a menina. Ele se levantou e foi até o balcão, pegou dois cafés gelados, como qualquer um gostava, e voltou para a mesa, sorrindo um pouco desconfortável.-Então, você é nova no colégio Penelope? Nunca tinha te visto por aqui.- O que na verdade era mentira. Obviamente ele já havia ouvido falar de Penelope Lancaster, uma menina que veio dos Estados Unidos, chamava bastante a atenção dos meninos, e era boa demais para estar sentada em uma mesa com alguém como Shane Abbot.
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Penelope tomou uma expressão de maior seriedade quando o garoto tornou a falar, prestando atenção em suas palavras como se fossem realmente importantes. Apesar de ser um esporte completamente desconhecido para Pen, que estava bastante acostumada com a suavidade da ginástica artística, o mesmo lhe era certamente interessante. A habilidade com a qual os jogadores se moviam com incrível velocidade pelo ringue, o manejo absurdamente fantástico com os bastões para todos os lados, e talvez até a frieza com a qual se machucavam e machucavam os outros, mas sempre voltavam a jogar era impressionante. Se havia na cabeça de Penelope uma designação para tal ato é amor ao esporte, e disso a morena realmente entendia.
Um sorriso espontâneo e tímido veio fez-se presente ao ser elogiada uma segunda vez, enquanto ela abaixava o rosto corado pelo esforço recém-feito, não por vergonha, deixando que o cabelo fosse todo para frente de um dos ombros. Cuidadosamente tirou a perna de cima da barra de apoio, voltando ao chão e deslizando algumas vezes no mesmo lugar para aquecer mais uma vez as lâminas recém-afiadas. Aqueles eram seus patins mais antigos dos que cabiam em seus pés, o estado do couro não era dos melhores, mas a lâmina estava sempre afiada. Ela tratava de cuidar bem daquele par, todo atleta do gelo sabe que os melhores patins são os antigos. -- Comecei a treinar quando tinha seis anos ou sete, faz um tempo -- Respondeu divertidamente, num tom nem alto nem baixo, quando a euforia de treinar já tinha passado. Podia estar o quão acostumada fosse com os treinamentos, mas ficava maravilhada e assustadoramente feliz quando os fazia.
Ainda com o corpo próximo à barra, voltou a deslizar os pés do chão, ainda visando aquecer as lâminas que esfriaram rapidamente. Para Lancaster essa era a pior parte do treinamento, parar por alguns minutos e precisar fazer tudo a partir do início. Já sentia-se segura para realizar um novo movimento, salto, equilíbrio, qualquer coisa que lhe fosse à mente no momento, quando Erik apresentou-se, fazendo-a voltar-se de frente para ele, oferecendo um sorriso gentil -- Penelope Lancaster -- virando de costas mais uma vez e patinando lentamente, avaliando pela primeira vez o gelo onde estava. É claro que depois de um jogo de hockey o gelo não ficaria tão esteticamente bonito quanto depois de uma apresentação de patinação artística, mas não fazia a menor ideia de como os garotos conseguiam deixá-lo tão acabado. -- Os garotos do time deram ponta-pés com os patins aqui ou coisa do tipo? Está todo desgastado, nem parece que só aconteceu um jogo... Ou dois. -- Comentou, voltando-se mais uma vez para Lawerence de cenho franzido e cabeça levemente inclinada.
Hockey's area @Perik
Os movimentos, passos e saltos pareciam completamente aleatórios e fora de ordem aos olhos de Erik, que apenas estava observando tudo se desenrolar no maior dos silêncios. Mas mesmo assim, não podia evitar de se cativar com tudo o que via, as bases da garota sendo as mesmas que aprendera para conseguir prosseguir com o seu próprio esporte.
Notou a raiva que se formara na garota, justamente após o salto que havia o impressionado, e se fora com a mesma facilidade. Mas nem ao menos se deteve nos pensamentos que poderiam justificar o porquê daquilo. Ele pelo menos não havia detectado nada de errado com o movimento, mas também não podia se levar por isso já que não sabia quase nada sobre patinação artística do mesmo modo que a menina não deveria saber nada sobre hockey. E não podia deixar de achar graça como duas coisas que tinham uma base idêntica eram tão grotescamente diferentes. A patinação artística era o que o próprio nome já dizia. Era arte com o próprio corpo sobre duas laminas, movimentos bonitos e precisos, com níveis de dificuldades absurdos e delicadeza quase palpável. Enquanto o hockey era a mais pura forma de agressividade sobre o gelo, com movimentos ágeis e coordenados ao mesmo tempo em que eram de brutalidade sem igual.
Respondeu ao agradecimento com um leve menear de cabeça e um sorriso gentil e contido. Observou a garota aproximar-se da garrafa d’água, apoiando agora ambos os cotovelos sobre o muro do ringue, de modo que conseguiria acompanhá-la com o rosto aonde quer que fosse, antes de ter a pergunta dirigida a si.
Meneou com a cabeça em confirmação, deixando que o sorriso se alargasse em seus lábios finos, antes de a voz se fazer audível. - Digamos que sim. Eu jogo hockey desde que nasci, praticamente. - Achou que não havia a necessidade de falar sobre o pequeno empecilho que o limitava naquele momento, impedindo-o de deslizar através do ringue. Era algo de certa forma pessoal, por mais que fosse aparente, e ele iria esperar até o momento máximo para revelar sua fraqueza maior, apenas por um mero capricho do que por questão de orgulho. - Patina faz tempo, não? Você é realmente boa. - Soava sincero em cada misera palavra, vendo que realmente havia se impressionara com as habilidades da menina e não duvidava que ela desse praticamente a mesma resposta que ele. - Sou Erik Lawrence, aliás. -
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Seu corpo fazia-se notavelmente presente no ringue, mas sua cabeça estava numa grande multidão, tocando... Summer 78? Sim, deveria ser essa a música, no ritmo que ela dançava, mas quem não ouvia a música certamente não notava o ritmo que Penelope era levada pelas notas marcantes do piano de Yann Tiersen sutilmente. Seus movimentos eram precisos e difíceis, partindo de pequenos detalhes artísticos com os braços até os saltos equilibrados que se tornavam arriscados sob as rachaduras daquele gelo desgastado. Mesmo quem não entendia absolutamente nada sobre o esporte podia dizer que Lancaster tem o talento necessário para algo como as Olimpíadas, mas infelizmente não tinha a idade, nem a ambição.
Incrivelmente até para ela mesma, realizou um Axel Quádruplo quase com perfeição, e seria perfeito se não tivesse sido atrapalhada pelo chão abaixo de si, trazendo uma onda de raiva que logo desapareceu ao ouvir um elogio vindo do nada, mas obviamente bem-vindo. Ela tinha acabado de realizar o salto mais difícil que já tentou fazer, afinal, não é o tipo de coisa que se faz todo dia e além disso foi elogiada por ele, tinha motivos de sobra para sorrir. Rotacionou em seus patins em busca da pessoa, trabalho que se tornava mais difícil quando estava tão cansada quanto acabara de notar que estava. Assim que encontrou a única pessoa, com exceção dela, naquele lugar, abriu um sorriso simpático para ele, -- Obrigada! -- respondeu visivelmente alegre, sem sequer imaginar o quão idiota devia parecer ao agir desse jeito, como a mãe deixaria claro.
Patinou deslizante até uma esquina do ringue, alcançando no chão uma garrafa d'água que trouxera consigo e levando o objeto à boca, matando quase instantaneamente a sede que sentia e voltando sua atenção para sua companhia, com um sorriso menor que o da primeira vez que olhou-o, mas válido. -- Você patina ou algo do tipo? -- Perguntou aleatoriamente, apenas tentando desmanchar o silêncio que fazia no lugar até recuperar as energias que tinha e voltar a treinar o máximo que seu corpo permitia. Levou uma das pernas até a barra em que estava apoiada, deitando sobre ela e fazendo o mesmo com a outra, afim de não esfriar os músculos e distender algo quando voltasse aos exercícios.
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Não tinha nem como tentar negar, havia uma certa honra ao ser chamado pelo treinador do mais novo time de hockey, para auxiliá-lo nos treinos dos garotos enquanto Erik ainda não podia voltar aos ringues. Mas ao mesmo tempo em que o garoto se animava com tal oportunidade, se arrependia de tê-la aceitado. Os outros rapazes eram terrivelmente ruins sobre o gelo, de modo que o menino Lawrence tinha que conter as ganas de acertá-los, juntamente com o treinador pouco firme em suas ordens, com o taco. Faltava disciplina e dedicação naqueles garotos, além de talento para conseguirem se manter firmes sobre as laminas e deslizarem fluidamente sobre o gelo fosco.
A patinação de todos era horrível, nenhum tinha a capacidade de virar ou patinar de ré em alta velocidade. Nem ao menos travar - ou diminuir a velocidade bruscamente. O manejo dos tacos, então, era algo que faziam-no querer largar mão de tudo. Apenas um se sobressaia nesse aspecto, sendo capaz de movimentar o disco, utilizando o taco, de um lado para o outro rapidamente fazendo com que seus oponentes ficassem confusos. Mas, em compensação, a capacidade de passe ou tiro do rapaz eram desanimadoras. - Você. - Apontava para um dos rapazes mais velozes, dentro das limitações. - Você vai assumir a posição de center. Enquanto vocês. - Apontava para outros dois, ao lado deste. - Direita e esquerda respectivamente, vamos ver como vocês se saem como wingers. - E com isso, tornou a despachá-los para o centro do ringue. Sua jurisdição já era quase maior que a do treinador da equipe, que se limitava a observar tudo em silêncio, enquanto Lawrence quem confrontava os outros garotos e gritava ordem e broncas a plenos pulmões.
Mal esperava para a perna se recuperar completamente, para poder entrar naquele ringue repleto de palhaços e mostrar para eles como se jogava hockey de verdade. Sabia que não era justo pensar desse modo, uma vez que ele teve acesso ao esporte desde que começara a andar e direito a treinos com os melhores do mundo. Também sabia que era um pensamento arrogante, mas era a mais pura verdade.
Fosse como fosse, o treino já havia se estendido mais do que o necessário e sua perna já se encontrava dolorida de tanto manquitolar nervosamente de um lado para o outro enquanto assistia ao decorrer do treino. Despediu-se dos meninos, que saiam animados do ringue, com apenas um aceno educado de cabeça, e se deixou cair pesadamente sobre uma das cadeiras confortáveis da arquibancada. Precisaria de descanso antes que pudesse voltar a sua lenta caminhada até os dormitórios.
Então se deixou pensar sobre o que havia acontecido naquela tarde. O convite do treinador chegara na noite anterior e Erik nem pestanejou em aceitá-lo, achando que talvez fosse um bom modo de se distrair e se incentivar ainda mais a recuperar-se para voltar a velha forma. Mas o que encontrou foi pior do que imaginava. Os garotos eram completamente crus no esporte e muitos deles eram mimados o suficiente para não se submeterem a acatar ordens de quem quer que fosse. O trabalho ali seria intenso, isso era certo, mas de algum modo ele conseguia ver um pequeno futuro para aquela equipe. Para a sua equipe. Além de tudo, também havia sido convidado a ser o capitão do time quando pudesse voltar a ativa. E mais uma vez, não hesitara em aceitar a proposta. De fato, não era o tão grande time de Ottawa, mas já era um bom começo após o tão terrível acidente.
Por fim, apertou distraidamente o casaco branco e confortável contra o corpo, com o objetivo de manter todo o calor ali, antes de ajeitar distraidamente o boné que também usava sobre os cabelos castanhos claros e levantar. Já se sentia confortável o bastante para conseguir caminhar até o próprio quarto. Mas parou ao só então notar um movimento no ringue utilizado pelos seus jogadores até instantes atrás.
Apoiou o cotovelo sobre o muro que dava acesso ao gelo, prendendo os olhos na garota que patinava suavemente sobre o gelo, realizando por vez ou outra alguns saltos e movimentos dignos de admiração. Era notável o talento da garota, ainda mais para alguém que tinha uma boa noção de patinação, como Erik. Talvez ela pudesse ensinar aos outros rapazes a como ter velocidade e fluidez de movimentos sobre os patins, pensou amargamente, por mais que os da patinação artística fossem menos brutos e em menor velocidade do que os do hockey. Os movimentos eram naturais e delicados, a concentração se fazendo presente em todos eles como nas feições joviais da menina, que não devia passar dos 15 anos ao julgamento de Lawrence, que limitou-se a observá-la em silêncio, de certo modo até mesmo invejando-a por poder sentir o deslizar suave da lamina extremamente afiada contra o gelo sob os pés. - Muito bom. - Não se conteve em comentar, após um salto particularmente interessante da garota, que não patinava tão longe de si por mais que parecesse ainda não ter notado sua presença ali.
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Hockey's area @Perik
Não existem palavras para descrever o quão feliz Penelope sentia-se agora que estava no Mont Blanc e que sua vida começava a tornar-se mais digna dela mesma. Suas notas ainda eram incrivelmente altas, mas ao contrário de quando morava com os pais tinha liberdade para fazer o que quisesse, conviver com quem quisesse. Claro que não o fazia pelo simples medo de ser tirada do lugar, mas o que tinha era de bom tamanho. Aproveitava os dias muito mais com seus novos amigos, fazia coisas que sempre tivera vontade de fazer, mas nunca fez. E além de tudo isso, ainda podia treinar. Saltar, correr, alongar, fechar os olhos e deixar-se levar pelo som alto da música e das lâminas dos patins contra o gelo liso e quase transparente.
A neve cobria todo o Mont Blanc e as ruas da cidade francesa, impedindo que carros saíssem de suas respectivas garagens e que Penelope fosse treinar no local onde estava matriculada. Era proibida a saída de alunos do instituto quando nevava daquela forma, mesmo com a autorização dos pais. Restavam à garota duas opções, a) ficar no quarto ou b) encontrar no colégio algum lugar para substituir seu treino sozinha. Não era difícil fazê-lo, afinal, havia uma grande diversidade de turmas extracurriculares no seu atual colégio e com certeza alguma delas usava um ringue, no mínimo similar ao de patinação. Depois de uma breve pesquisa no site da escola, descobriu que ali, próximo aos dormitórios, havia um local onde os garotos da equipe de Hockey treinavam, e de acordo com as fotos do site era mais que suficiente.
Rapidamente, Pen desligou o computador e caminhou até o banheiro, tomando um banho rápido e quente apenas para despertar para seu treino. Prendeu o cabelo longo em um rabo-de-cavalo alto, que mesmo preso de tal maneira continuava a cobrir um quarto de suas costas. Vestia uma regata nude, uma calça flexível de um material semelhante ao veludo e um par de tênis cinzas, que seriam substituídos pelos patins brancos da patinação artística que levava em uma pequena bolsa apropriada para isso. Gostava da sua aparência quando estava pronta para treinar, às vezes até mais do que sua aparência usual e comum, como a de todas as garotas daquele colégio.
Lancaster caminhou sem muita pressa entre os corredores para chegar até o ringue, de onde alguns jogadores saiam cumprimentando-se e falando do jogo do dia, deixando a garota envergonhada e um tanto encabulada. Era claro que tinha vergonha de pessoas mais velhas, ainda mais em tão grande quantidade enquanto ela era só mais uma e indo na direção contrária à deles. Ainda precisava pedir permissão para treinar, mas a garota apesar de nova passava uma impressão de profissionalidade quando se tratava de treinos, e assim que falou com o responsável pelo time, teve permissão. Uma vez sentada na arquibancada, fez seus alongamentos difíceis, abrindo escala para todos os lados e sustentando ambas as pernas tanto quanto fazia desde sempre. Fazendo tantos cambrets de alto grau que algumas pessoas podiam acreditar que ela quebraria no meio, mas nunca quebrava. Segurando a perna no alto da cabeça, e puxando-a para o corpo com facilidade inacreditável. Tudo se tornava ainda mais bonito no gelo.
Desceu as escadas acreditando estar sozinha no lugar fechado para entrar no ringue, dando voltas e voltas no gelo irregular pelo jogo e treinando seus melhores saltos. Axels, Loops, Flips, Lutz... Eles pareciam ser tão fáceis diante de tanta concentração estampada no rosto de Pen, que finalizava cada movimento pousando suavemente e voltando a patinar com discrição, quase como se tivesse quase caído e tentasse disfarçar o que houve, mas ela não estava nem sequer perto de cair.
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Penelope já tinha entreaberto a boca para falar algo à garota que estava sentada na cama quando a que estava anteriormente no banho abriu a porta. A garota que continuava na cama tinha um cabelo loiro, de tamanho mediano, liso e discreto que realçava seu rosto branco e sereno; já a que saíra do banheiro, tinha cabelos longos e cacheados, um rosto muito diferente do que se costuma ver e um grande sorriso, já acusando sua felicidade por ver alguém. Não precisava saber o nome de qualquer uma das duas – que apesar de escrito claramente na porta do quarto 11, não se interessou em olhar antes de entrar – para ter uma noção da personalidade de cada uma delas. Notou de primeira que ambas eram simpáticas, levando em consideração os sorrisos que ofereceram e foram retribuídos. A do cabelo mais curto era mais calma, já a outra não hesitou em lançar várias perguntas para Penelope e abraçá-la, mesmo que apenas envolvida em um roupão. Lancaster sinceramente tinha se assustado com o ato, mantendo as mãos bem abertas antes de abraçá-la com menos intensidade, mas ao menos o tinha feito. Soltou uma leve risada, pois realmente achava o que estava acontecendo engraçado, apesar de como a outra disse ter ficado toda molhada.
Enquanto CeCe, como tinha se apresentado, abraçava a garota da cama, Penelope guiou suas próprias coisas até a cama que ficava do lado da janela, sem conseguir sequer deixar de sorrir agora que estava longe de sua mãe maluca e com tanto otimismo em relação a ter amigos após conhecer as colegas de quarto. Ambas eram mais velhas que ela, mas não lhe trataram mal por causa disso. Talvez a sua vida realmente pudesse começar a ter esse nome como adjetivo, tudo estava indo bem e tinha esperança de que continuaria dessa maneira, e quem sabe, se possível, melhor. -- Meu nome é Penelope, mas vocês podem me chamar de Pen. Cheguei fazem uns dois minutos, algo do tipo -- Disse assim que a atenção de ambas se voltou para ela, ainda sem desmanchar um sorriso, enquanto mexia nas pontas do cabelo longo e escuro que tanto cuidava desde pequena principalmente por ter isso como uma obrigação imposta por Sarah. Esse nome ainda lhe causava arrepios ao cruzar sua mente vaga. -- E você? É a única que ainda não se apresentou -- Perguntou para a menina que continuava sentada na cama enquanto tirava o sobretudo que lhe cobria por inteiro e começava a proporcionar certo calor.
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Os olhos cansados de Candice ameaçavam se fechar quando finalmente passou pelos portões de Mont Blanc. Lançou um olhar melancólico ao seu motorista, acenando-lhe um tchau energético. Sentia-se extremamente cansada e tudo que desejava naquele momento era se jogar em uma cama e dormir, mas antes daquilo tinha que achar seu dormitório. Dormitório. A perspectiva de poder passar seus dias em um local onde as pessoas não a tratavam como se não existisse era incrível, e mesmo que se sentisse péssima por admitir pra si mesma, a felicidade de Candy era ainda maior que seu cansaço. Um sorriso satisfeito surgiu em seu rosto quando marchou até a secretaria pra ver onde dormiria, perceptivelmente animada.
Assim que obteve a informação necessária, os pés da Mitchell deslizaram pelo piso do Instituto. Abriu a porta de seu mais novo quarto, suspirando profundamente e jogando-se na cama. Levou algum tempo até perceber que alguém já ocupava o dormitório, tão distraída que estava. O barulho de água jorrando dentro do banheiro não negava que possuía colegas de quarto, e Candice apenas se sentiu mais feliz por saber que não ficaria sozinha naquele espaço tão grande. Pegou seu iPod dentro da pesada mochila que agora jazia jogada no chão, conectando seus fones de ouvido no aparelho e ouvindo a música tão alta que quase estourava os tímpanos da garota. Mal percebeu quando outra pessoa adentrou o quarto, parecendo animada. Uma garota com os cabelos castanhos, longos e os olhos profundamente azuis, com um sorrisinho tomando conta das feições delicadas.
Candice acenou positivamente com a cabeça, saudando-a. Devolveu o sorriso à garota com uma animação rara, retirando os fones do ouvido pra conseguir prestar maior atenção ao que a outra dizia. - Oi! - respondeu num tom igualmente animado, sentando-se na cama. - E aí? -perguntou, divertida. Ouviu o barulho da água que vinha do banheiro cessar e sentiu-se ansiosa pra conhecer a outra garota com quem dividiria o quarto, apesar de não ter desviado os olhos da que estava em sua frente. Ter amigas era algo quase sobrenatural pra Candy, que sempre fora extremamente sozinha. Esperava poder mudar aquela situação em Mont Blanc, que parecia já estar lhe trazendo a esperança de poder finalmente confiar de verdade em alguém que valesse a pena.
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O sorriso torto e de certa forma engraçado expressado pelo outro foi certamente de se admirar, pois para alguém que se mostrou tão irritado apenas algum tempo antes daquilo parecia ser impossível, principalmente para Penelope, sorrir de uma forma espontânea. Não durou muito, como já era de se esperar, e o garoto voltou para uma expressão séria enquanto dava as costas pouco antes de Pen apresentar-se, oferecendo ajuda para estudar, o que era completamente verdade, levando em consideração que a garota realmente gostava de ajudar. Escutou o que ele tinha a dizer de cenho franzido, tentando entender se ele estava aceitando ou não sua ajuda. Por fim, Abbot lhe dirigiu uma pergunta que Lancaster não esperava, mas como as aulas já tinham acabado não hesitou em respondê-la com um sorriso no rosto, dando de ombros -- Ahn, pode ser -- permitindo-se deixar escapar uma risada curta e consideravelmente nervosa.
Pelo visto Abbot não tinha lhe escutado, pois começou a andar até o refeitório sem olhar para trás, como quem apenas esperava que Pen o seguisse. Ela ficou de frente para ele no caminho que fazia até a porta de vidro que deixava a recepção, e olhou para trás, para as secretárias atrás de um balcão que os observavam curiosas e com uma expressão de indagação. Por que uma aluna tão aplicada como Penelope Lancaster iria tomar um café com o rebelde Shane Abbot? Penelope entreabriu a boca, como quem quer falar algo, mas não sabe o quê, e desistiu. Olhando para frente e apenas encontrando a porta fechando e o rastro fino de água que o outro deixara. Apressou-se em segui-lo antes que o perdesse de vista naquele enorme colégio, passando de lado pela fresta que restava para a porta fechar e andando em passos acelerados atrás do outro, apenas alcançando-o quando chegou na cafeteria do colégio.
Observou-o de fora passar pela porta e caminhar até uma mesa ao fundo, sendo acompanhado por breves olhares curiosos. Não é todo dia que um garoto num roupão, parcialmente molhado, entra na cafeteria do colégio daquela forma. Delicadamente, Penelope empurrou a porta e caminhou até a mesma mesa que ele estava indo, sorrindo para a mulher que estava atrás do balcão no meio do caminho e parando na cadeira em frente a Shane, sentando. Assim que ele o fez também, apoiou-se na mesa, pensando em algo para falar, mas sem encontrar nada em sua mente. Não o conhecia e não sabia se alguma pergunta podia ofendê-lo. Apesar de sincera, gostava de tomar cuidado com suas palavras.
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A sinceridade era uma coisa que Shane admirava, e ele não pode deixar de notar isso na menina. Sua sinceridade que podia ser julgada de certa forma, ingênua, era provavelmente sua maior arma para conquistar todos a sua volta. A menina era graciosa, parecia que deslizava em seu andar, e que em toda sua vida sempre foi fiel a si mesmo, tudo que o menino não foi, ou nunca seria. Ele não pode deixar de parar na mesma hora que a menina se pronunciou, e ao olhar o pequeno sorriso em seu rosto, ele automaticamente se controlou para não sorrir, o que o fez pensar, havia tanto tempo, que talvez ele tivesse se esquecido de como sorrir, devia parecer um troglodita tentando, então preferiu permanecer sério, como se tentar expressar qualquer outra expressão fosse proibido, ou fosse o constranger, o que era muito possível.
Ele se virou, levantando uma sobrancelha, e quase se matando pelo quase sorriso esboçado em seu rosto. Logo a expressão de seriedade havia voltado, e a menina se pronunciou novamente, o oferecendo ajuda e se apresentando. -Bem, Penelope, eu realmente não tenho muitas dificuldades, só uma incrível capacidade de tentar me suicidar toda vez que olho para um livro, ou exercício.- Ele olhou em volta tentando achar o que dizer a menina sem soar grosseiro como antes, ela não parecia o tipo de pessoa que se sentiria bem em receber duas respostas como aquela. -E se você não ouviu pela minha discussãozinha com o diretor, ou em várias vezes em que fui gritado em sala de aula, sou Shane, mas meus amiguinhos aqui me chamam mais de Abbot.- Ele ajeitou a mochila nos ombros. -Então, quer tomar um café ou alguma coisa assim?- Teve que abaixar um pouco a cabeça para olhar constrangidamente nos olhos da menina, então deu de ombros e seguiu o caminho até o refeitório, sem se importar muito se Penelope o seguia ou não.
Ao chegar na cafeteria da escola, se sentou em uma mesa na parte do fundo, não muito cheia de alunos, já que os únicos que ocupavam aquela parte do local eram os alunos mais velhos, que a essa hora já estavam se preparando para a festa da noite em algum dos dormitórios. O menino sentiu uma estranha sensação de alívio quando percebeu que Penelope havia mesmo o seguido até o local. Ele já havia deduzido que ela era americana e bastante sincera, mas em um lugar profundo de si mesmo, queria realmente saber mais sobre ela, por mais que ele se odiasse por isso. Se teve uma coisa que ele se prometeu a vida inteira, foi nunca, em hipótese alguma, se apegar, ou se interessar mais que superficialmente por alguém. A unica pessoa em que realmente se apegou, seu pai, não dava a mínima para ele, e a unica pessoa pela qual ele realmente se interessou tinha sido uma menina, quando ele tinha por volta de seis anos, que encontrou por dois dias, e depois nunca mais a viu. Não que ele se importasse, mas decepções eram a pior coisa que podiam lhe acontecer, e como essas eram bastante frequentes, não havia nada que ele podia fazer a não ser se esconder de qualquer tipo de sentimento, e ele com certeza teria que lutar contra si mesmo para seguir suas regras com a menina.
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Enquanto o dia de Penelope estava tomando um bom rumo, o do outro parecia vir se tornando pior a cada minuto que passava levando em consideração a bronca que levava do treinador e do diretor simultaneamente. Ainda não o tinha visto pelo colégio, mas já sabia algumas coisas a seu respeito só pela discussão que acabara de escutar em claro e bom tom, exceto uma parte que foi dita com certa delicadeza por parte do diretor do Mont Blanc. Os problemas eram comportamento – o que não era novidade do Instituto de maneira alguma – e notas, péssimas notas, que ameaçavam a vaga do outro não só na equipe de natação, mas também no colégio renomado. Ela comprimiu os lábios diante de tal situação e apertou os pés para deixar a secretaria, mas ainda assim não conseguia, esperava poder ajudar aquele garoto de alguma forma.
Ainda na mesma posição que estava quando Shane invadiu a sala, Penelope acompanhou o caminho que o mesmo fazia até a porta que estava pouco atrás dela, chegando a ser bastante indiscreta e indelicada, adjetivos que lhe renderia uma pisa caso a mãe descobrisse, sem sombras de dúvida. Foi desperta de seus pensamentos por um comentário grosseiro e mal-educado da parte daquele que observava a deixando primeiramente em choque e posteriormente atordoada. Pen balançou a cabeça e olhou para frente, visando encontrar mais uma vez o rosto do outro e sendo forçada a erguer um pouco o pescoço para tal. -- Apenas você -- Disse com um sorriso curto nos lábios, sem hesitar ao evitar qualquer mentira. A morena nunca foi das melhores mentirosas e com certeza acabaria falando alguma tolice se tentasse se experimentasse isso agora.
Era óbvio que apenas pelo tom que Abbot usara para se dirigir a Penelope já deixava de merecer qualquer ajuda da mesma, que se sentia no direito de apenas dar as costas e ir para qualquer ligar naquele instituto, mas realmente não conseguia fazer isso com ninguém. Talvez porquê ajudar os outros com seus problemas lhe ajudava a esquecer dos seus, ou apenas porquê é uma boa menina. Não é o tipo de coisa que se discuta. Antes que ele resolvesse deixar a sala, antes dela, voltou a falar num tom calmo e gentil, sem nenhum traço de agressividade como a voz dele trazia em cada frase, palavra, sílaba. -- Eu acho que você notou que eu escutei uma parte daquilo, e me desculpe por isso, mas se você quiser ajuda ao menos para estudar, disponha. Meu nome é Penelope. -- Não economizara palavras e muito menos tempo para falar tudo aquilo e esperava que ele não notasse malícia no que a garota dizia, pois realmente não havia qualquer.
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O dia de Shane havia começado com o pé esquerdo. Tudo parecia bem, ele foi as aulas devidamente, sem nenhuma intenção de as faltar, ou ficar no banheiro enquanto os outros estudavam, mas logo no último tempo, o professor que menos gostava entrou na sala e começou um discurso sobre algo inútil e ele abaixou a cabeça entre os braços, sem interesse algum. Foi quando ouviu seu sobrenome ser chamado com certa agressividade, e quase berrando para que ele saísse da sala. O menino saiu sem entender o motivo, mas não protestou, foi direto para a sala da coordenação. Teve uma conversa com o diretor, que apesar de conhecer a pouco tempo, já era bem frequente, e seguiu para se aprontar para a coisa que mais gostava de fazer no mundo, treinar natação.
Se atrasou alguns minutos procurando por seu roupão, consequentemente irritando seu técnico, que já o olhava com certo desgosto. Por mais que ele gostasse do treinador, ele sempre foi muito exigente com Sha, provavelmente pelo fato de ele não aproveitar seu potencial, e também por sua atitude. O menino entrou na água rapidamente e fez as séries que lhe foram pedidas, apesar de dentro d’água, ele ouvia perfeitamente as criticas que envolviam seu nome, como “Vá mais rápido!”, “Abbot, atrasado na raia de novo!”. Isso irritava o menino ao extremo, mas ele relevava a situação e continuava a nadar, por mais que em todo treino, ele saia da piscina e confrontava o técnico, ele estava decidido a ficar calmo, pois seria a segunda advertência que levaria no dia, e assim foi, até o fim do treino. O menino permaneceu calmo até a hora que saiu da piscina. Ele se envolveu no roupão, mas na hora em que se virou para pedir para ser dispensado, a única coisa que ouviu foi “Bem Abbot, pela maneira que você anda se comportando, se anda ameaçando sua vaga no time da escola, imagina nas competições.” O menino se virou, dando de cara com um dos colegas de time, e descontando a raiva do treinador, partiu para cima dele, com um soco direto no nariz, recebendo um de volta no peito.
Quando o treinador apartou a briga, ele não teve nenhum direito de defesa, foi levado diretamente para a sala do diretor. Não tinha se machucado muito por sorte, mas a dor no peito pelo que estava por vir era maior. Assim que passou pela porta, quase bateu em uma aluna que parecia ser nova. A menina chegava a ser pálida de tão branca, criando um contraste com os cabelos cor de chocolate, Era bem atraente, diga-se de passagem, mas o contato visual entre os dois não durou mais de um segundo até que foi empurrado até a sala do diretor. “O senhor devia se preocupar mais com esse aqui” O treinador falou, apontando para Sha. “Sem limites! Me afronta em todo treino, hoje deu um soco em um dos nadadores! Se ele continuar com as notas horrivelmente baixas que tira e esse comportamento, não vai só perder a vaga no meu time, mas sim nessa escola!” Ele se virou para o menino, o encarando nos olhos. “E os pais dele? Não tem?” O diretor explicou a situação da morte de sua mãe, e do fato de seu pai estar sempre muito atarefado. -Acabou?- Ele perguntou. A veia na testa careca do treinador pulsou, já visivel. “Garoto, se você não tomar todo o cuidado do mundo, está fora. Essa foi a gota d’água.” O homem saiu batendo o pé da sala, e o menino perguntou ao diretor se podia se trocar, já que em suas mãos se encontravam suas bermudas e uma blusa. O diretor assentiu e ele foi rapidamente ao banheiro atrás de sua mesa.No caminho de volta ao campus, a menina que encontrou na entrada continuava ali, o encarando como se o menino fosse um monstro. -Olhando alguma coisa?- Ele perguntou de maneira grosseira antes de se retirar do local.
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A sala de aula estava inquieta de angustia enquanto o professor de história explicava o Governo de Lenin durante a Revolução Russa. Não sabia o que deixava seus colegas tão assustados em um conteúdo tão simples e captável de uma matéria tão boa e realista. Penelope já estudara aquilo tudo por si só e estava apoiada em um dos braços em sua mesa, praticamente dormindo, enquanto o professor fazia perguntas sobre o que acabara de explicar para pessoas aleatórias. Estava quase fechando os olhos quando a mão quase careca do Sr. Wazouski pousou sobre a mesa de madeira, despertando-a automaticamente. “Você está sabendo o suficiente do assunto para dormir durante minha aula, Srta. Lancaster?” Ele perguntou, com um olhar rígido caindo sobre o caderno rabiscado da menina já desperta. -- Sim, senhor -- Penelope respondeu, e logo foi atropelada por outro questionamento “Me diga quais foram as três medidas tomadas por Lenin, durante a guerra civil russa entre 1918 até 1921”, no mesmo momento que o meio careca perguntou isso, uma das secretárias abriu a porta da sala, convocando Penelope Lancaster. Ela jogou a franja para o lado e levantou-se, pedindo licença e caminhando até a porta, mas parando antes de se retirar para fitar o professor. – Ele tirou a Rússia da Primeira Guerra Mundial, fez uma divisão de terras e estabilizou a economia. Tchau, professor. -- Penelope disse e saiu da sala, escutando apenas um coro de deboche ao fundo. Ao menos a inteligência que foi obrigada a ter lhe ajudava em algo.
Enquanto caminhava no corredor não se deu o trabalho de perguntar para sua acompanhante o que estava havendo. Como de costume, Sarah ligava para o colégio durante a aula para perguntar qualquer banalidade. Em sua mente, essa saída constante de sala chamava a atenção de todos para sua filha. Ao chegar a recepção, Penelope cumprimentou todos com sorrisinhos e acenos de mão antes de atender ao telefone. Dessa vez, a questão era se a correspondência tinha chegado. De acordo com sua mãe, ela tinha mandado por correio um par de patins novos e não tinha certeza se já estavam com Penelope. As recepcionistas achavam a preocupação fofa, mas não sabiam nada realmente sobre a relação mãe-filha das mulheres Lancaster, de Nova Iorque. A encomenda ainda estava na recepção, o que tranquilizou Sarah e deu liberdade para que Pen deixasse o ambiente com um simples -- Depois passo aqui e pego o pacote, ok? -- já sabendo a resposta. Na hora que ia passar pela porta de madeira, a mesma se abriu, lhe permitindo ver um garoto desconhecido que certamente estava bastante irritado, poderia dizer até furioso. Ele estava na frente de um homem de porte grande, e só depois notou que ambos usavam roupões. O mais novo caminhou até o outro lado da sala relativamente pequena, parando na frente da sala da diretora. Discutia com o mais velho sobre expulsão, treinos e notas. Parecia ser bem sério e era tudo bem audível, duas coisas que prenderam Penelope ali até que eles parassem de falar e o treinador se retirasse.
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Be ready for @The R11 Threesome
A viagem de avião era longa, o suficiente para acabar com toda vivacidade que uma garota de quase quinze anos pode carregar. Penelope estava notavelmente cansada, os olhos estavam roxos em volta e o resto de seu rosto estava branco, de um lado rosado por ter dormido de cabeça virada. Por sorte sua mãe não estava presente, e caso estivesse a faria se maquiar antes até de tirar o cinto de segurança do avião. De Nova Iorque até a França esteve sentada entre um senhor simpático e sua esposa, que passava todo o voo escutando músicas em seus fones de ouvido e olhando Pen de uma forma arrogante, por mais que ela se mostrasse diante de todos uma garota ideal, onde nada era certo. Com exceção da Sra. Lancaster, que lhe adotava todos os maus adjetivos e críticas existentes. Os avisos de atar cintos foram apagados e novamente, aeromoças disseram os procedimentos de aterrissagem. Assim como nas duas conexões pelas quais passou.
Com as passagens de mão ao seu alcance e posteriormente as que tinha despachado, Penelope se dirigiu ao salão do aeroporto enquanto chamava sua mãe no WatsApp do iPhone para avisar que tinha chegado. Não que ela se importasse de verdade, mas fazia questão de saber. Assim que alcançou o saguão principal, havia algum profissional do Mont Blanc segurando uma placa com seu nome e uma foto. Ele parecia cansado, mas não tanto quanto a garota. Seus olhos alarmaram-se ao encontrar Penelope, e antes que ela já estava se apresentando e guiando-a para o carro, no intervalo de tempo que Lancaster recebia uma mensagem da mãe, intimando-a a postar uma foto. Enviou todas as que achou postáveis para a mulher que desaprovou a maioria, mas finalmente escolheu algumas que foram postadas por Sarah. A maior ao menos entendia que não era o tipo de coisa que sua filha goste de fazer, por isso tratava de colocar para ela.
Não demorou tanto tempo quanto esperava até chegar nos portões altos do Mont Blanc, vigiados por seguranças bem vestidos que passariam batido caso Penelope não prestasse atenção a tudo no instituto. Parecia melhor que sua casa, pelo menos. Depois de entrar, foi guiada até o que lhe pareceu ser a recepção, onde a diretora alta lhe recebeu, agradavelmente falando a língua natal de Pen. Uma tour pelo colégio era tudo o que precisava fazer para concluir seu trabalho do dia, o que era ainda mais importante com os freshman. Demorou em torno de trinta minutos para conhecer algumas salas de aula, a área de lazer, regras do colégio e finalmente a porta do dormitório feminino, onde lhe foi dada a chave de seu quarto e as instruções para alcançá-lo.
Os olhos azuis escuros rolaram toda a porta escura na sua frente, Lancaster esquecera de perguntar se havia alguém dividindo o quarto. Não que companheiras fossem um incômodo, mas seria desagradável abrir a porta e sem esperar encontrar uma desconhecida pegando um cara qualquer. A ideia era de estremecer e fez Pen balançar a cabeça em negação, “Não vai acontecer” pensou “De jeito nenhum” reforçou. De olhos abertos abriu a porta devagar, tentando fazer isso de maneira natural, mas não como quem está em casa, no seu doce lar. Não havia, graças a Deus, ninguém pegando um cara. Na verdade, das únicas pessoas que ocupavam o lugar uma estava deitada na cama escutando música pelos fones de ouvido, e a outra, julgando pelo barulho de água que vinha de uma porta dentro do quarto, tomava banho. Já com a porta aberta, Penelope deu três batidinhas, visando despertar e chamar a atenção da que estava na cama para lhe oferecer um sorriso. -- Oi! -- Ela cumprimentou a outra, acidentalmente animada demais.
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Penelope “Pen” Lancaster, heterossexual, 14 anos, Freshman.
História: Apesar do limite pré-suposto em Nova Iorque ser quase inexistente, Penelope sempre foi presa pelos pais, que sonharam por todas suas vidas em ter a filha perfeita: Inteligente, bem-sucedida e bem casada. Na verdade, esse era o sonho de sua mãe, para o pai pouco importava. A sra. Lancaster sempre foi um tanto paranoica em relação à vida que queria para sua única filha, e isso só piorou com o passar do tempo. Sarah, como se chamava, casou-se cedo e nunca teve com o que se preocupar, por viver do dinheiro que Paul, seu marido com o dobro da idade, ganhava no trabalho. Como uma espécie de passatempo, Sarah começou a programar a vida de Penelope, chegando ao ponto de usar as redes sociais da garota e até conversar com as pessoas que com a filha convivia por meio delas e acompanhar a vida de todas suas companhias pela internet. Entretanto, como aquilo já era de costume, Penelope se fez acreditar que era normal ter a vida controlada pela mãe maluca e nunca estranhou a situação que se passava em casa, até que comentou com uma amiga e ela disse que era pior que anormal. Como de costume, a mãe ficou sabendo e entrou em depressão, o que apenas agravou a situação na casa dos Lancaster. Sempre que Penelope ameaçava não fazer algo que era determinado pela mãe, a mulher descontrolada fazia ameaças de vida ou morte, deixando a filha sem opção alguma senão obedecê-la.
Estas eram as exigências de Sarah: 1. Todas as notas acima de 9; 2. Ser excepcionalmente boa em algum esporte; 3. Ter vida social, incluindo festas todos os finais de semana; 4. Arranjar um namorado. Como já dito anteriormente, Pen não tinha nenhuma escolha que não fosse fazer tudo o que Sarah pedia. Estudava a tarde inteira e durante a noite, treinava patinação artística, esporte pelo qual – além de ser muito boa – apaixonou-se posteriormente, conheceu todas as pessoas do colégio e sempre tinha festas, e o namorado, bem… Ela até poderia arranjar, mas nenhum servia para a mãe, que só tinha olhos para o vizinho do quarto andar. Ele realmente gostava de Penelope, ela nem tanto. Sempre tentava encontrar uma maneira de se livrar dele, mesmo que todas dissessem que ele é um bom partido. Era isso que Sarah queria, afinal, um bom casamento para a filhinha. Penelope começou a usar seus treinos como desculpa para não vê-lo, e quando chegava em casa a mãe tinha trocado diversas mensagens pelo Twitter com o bendito vizinho. Ela já tinha chegado ao extremo de gritar com a filha de madrugada apenas para respondê-lo na rede social, estava ficando obcecada. Uma hora Pen não aguentou mais: Apagou tudo o que lhe conectava aos outros pela internet e Sarah ficou mais que irritada, o que lhe fez fugir de casa. Penelope e Paul passaram a noite inteira lhe procurando, para encontrá-la num beco jogada, cortando-se com um pedaço de vidro quebrado, tirado de alguma garrafa de cerveja qualquer.
Pela primeira vez, o homem da família tomou uma decisão útil, de mandar a filha para um internato onde poderia se ver um pouco liberta da esposa. Disse para Sarah que lá sua filha poderia arranjar um namorado melhor, rico e inteligente como todos no colégio aparentavam ser. Que ela teria um bom futuro e que havia uma boa escola de patinação próxima ao internato, que Pen poderia frequentar caso tivesse a autorização de seus maiores. Faltavam apenas quinze dias para que começasse o ensino médio, único tolerado pela escola, e isso foi certamente uma grande sorte. Tão rápido quanto se esperava Penelope já estava na França, ainda controlada pela mãe, mas dessa vez praticamente mais livre. A jovem Lancaster precisava manter suas notas, seu desempenho esportivo, sua popularidade e encontrar alguém que estivesse dentro da qualidade colocada pela sra. Lancaster, mas é difícil encontrar uma pessoa assim e ainda gostar dela o suficiente para aturá-la, como diz sua mãe, para sempre.
Personalidade: Logo que Penelope chegou ao Mont Blanc, conquistou muitas pessoas com seu jeito brincalhão. Muitos garotos a quiseram, mas nenhum era bom o suficiente para ela e para a mãe simultaneamente. Pen é muito ligada à sua família, apesar de todos os seus problemas, e mesmo que não tenha motivos para tal ama seu pai e sua mãe incondicionalmente. A situação difícil que enfrenta faz dela uma garota um tanto misteriosa, por preferir não comentar nada sobre o que aconteceu com ela fora do internato com ninguém, absolutamente ninguém. É obediente, leal e sabe ouvir como ninguém, por influência da maneira como precisou crescer, aturando todo e qualquer chilique da parte de Sarah Lancaster. Penelope acredita ser a única com problemas pessoais e quando se abre muito, acaba demonstrando ter problemas e não saber como lidar e por um fim real neles.
FC: Georgie Henley.
Faz patinação no gelo (fora do Instituto com autorização dos pais).
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