Portfólio de atenção primária contendo experiências e reflexões de Raieny uma estudante de Enfermagem do 4° período Para melhor visualização abra em seu computador
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Temáticas
Conceitos básicos sobre atenção primária: Humanização, Acesso e Acolhimento na APS.
Territórios
Resenha sobre o artigo a respeito da PNAB 2017
Controle dos cânceres de colo de útero e mama na Atenção Primária
Assistência ao Pré-natal na APS
Infecções sexualmente transmissíveis
Planejamento Familiar
Doenças crônicas não transmissíveis: Diabetes e Hipertensão
HIV/AIDS
Resenha sobre o documentário Meninas
Hanseníase
Tuberculose
Crescimento e desenvolvimento infantil
Imunização
Conclusão
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Conclusões
Minhas conclusões a respeito da disciplina de atenção primária à saúde e a elaboração do portfólio. Primeiramente, eu não tinha a ideia da magnitude da atenção primária, grande parte da minha vida não tive contato com a saúde pública, porém, após cursar a disciplina além da minha atuação e observação na perspectiva acadêmica me senti muito estimulada em procurar os serviços de atenção primária como usuária e lamento por nunca ter utilizado antes e perdido acesso a tanta coisa. Além das coisas boas, também percebi muitas situações negativas que podem ser modificadas e reestruturadas quando eu puder futuramente colaborar como profissional de enfermagem.
Acredito que tudo que aprendi sobre a importância de cada profissional parte da equipe de saúde multidisciplinar vai me enriquecer muito como profissional de saúde. Entender como cada um é essencial permite que a comunicação entre a equipe funcione melhor e os profissionais sejam valorizados sem maiores protagonismos. Destaco aqui, o quanto me impressionou a importância de agente comunitário de saúde. Nos dias de hoje e com as políticas de corte na atenção primária é lamentável a desvalorização de um profissional que é o elo entre a população e a assistência de saúde.
A questão do atendimento a diversas populações que nós lidaremos também foi algo de grande impacto durante o curso, entendi que é preciso trabalhar muito a comunicação acessível para todas as pessoas, a construção do vínculo e da escuta ativa, o atendimento longitudinal, individualizado e integralizado.
A disciplina foi valiosa esclareceu sobre como a atenção primária é responsável por um atendimento humanizado, derrubando a visão verticalizada proveniente do aprendizado biomédico centrado no diagnóstico e na terapêutico vivenciado por nós alunos até aqui.
O processo didático envolvido na elaboração do portfólio apesar de trabalhoso é bastante didático. Ao me perguntar “o que você aprendeu” ou “qual foram suas principais reflexões” me trouxe um senso crítico muito maior durante as aulas, não apenas nessa disciplina, mas em outras. Outro ponto positivo é que durante a construção do portfólio eu acabava revendo grande parte do conteúdo teórico das aulas e também me aprofundando em outras questões que não foram necessariamente tão abordadas assim.
Diante disso, eu gostaria de dizer que apesar de ainda não termos tido a vivência prática ainda eu já passei a valorizar muito a atenção primária, eu não entendia nada de como tudo nela era tão complexo e como os profissionais que atuam na atenção primária precisam ser tão capacitados, atentos e dedicados. É um tipo de serviço que eu gostaria muito de trabalhar e comecei a perceber como os enfermeiros da atenção primária são como engrenagens essenciais parte de uma grande máquina, fazem parte de tudo que acontece na unidade de saúde. Sou grata pela oportunidade de aprender tanto e ouvir tantos relatos.
Atenciosamente, Raieny.
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Imunização
No dia 24 de abril de 2019 na parte da tarde foi realizada pela professora Simone de Carvalho Mendes a aula sobre imunização.
Um dos primeiros pontos que me deixaram reflexiva a respeito da imunização foi a questão de encaminhar os usuários para completar o esquema vacinal aproveitando as oportunidades em campanhas ou consultas. A forma como a atenção primária é estruturada para tratar o usuário de forma integral é muito interessante, as vezes essas pessoas procuram a unidade para outros procedimentos e atendimentos e saem dela com muitas outros assuntos resolvidos. Sobre as vacinas dada simultaneamente também são formas de otimizar as vindas do usuário a unidade, isso favorece principalmente aqueles que tenham a mobilidade mais comprometida como os idosos, então pude perceber o quanto esse tipo de prática de captar os usuários durante as oportunidades é favorável.
Para garantir a imunização que é proposta pelo Programa Nacional de Imunização e o aproveitamento de oportunidade de vacinação faz-se necessário que os profissionais responsáveis pela sala de vacina e os usuários estejam cientes a respeito de indicações e contraindicações de adiamento de vacinas para assim diminuir atrasos no calendário vacinal (BARROS et al., 2015).
Um caso específico que me chamou a atenção foi a vacinação para imunossuprimidos pois cada doença terá uma indicação ou contra indicação de vacina, nesses casos creio que é fundamental a comunicação entre a equipe multidisciplinar, especialmente, entre médicos e enfermeiros, uma vez que, essas orientações são dadas ao paciente normalmente por médicos e a vacina é aplicada por enfermeiros ou técnicos de enfermagem.
A questão que mais me chamou atenção durante a aula realmente foi a problemática dos eventos pós vacinais. De certa forma a vacinação abre margem para uma série de potenciais riscos, até mesmo a morte, portanto, é essencial que o procedimento seja feito de forma correta e não apenas isso, mas que os eventos posteriores sejam notificados e se possível resolvidos.
Entretanto, de nenhuma forma a vacinação deve ser desincentivada, nos dias de hoje vemos a crescente do movimento antivacinal e a volta de doenças que não eram mais circulantes. O papel da enfermagem em esclarecer mitos e fake news que são espalhadas entre a população também fica evidente quando tratamos desse assunto, para que possamos defender a saúde de todos.
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Puericultura
No dia 24 de abril de 2019 foi realizada a aula de crescimento e desenvolvimento infantil ministrada pela professora Simone de Carvalho. Dos pontos que me induziram maiores reflexões devo destacar a participação paterna no crescimento e desenvolvimento infantil.
Na sociedade patriarcal em que vivemos é comum designarmos o papel de cuidado de saúde das crianças unicamente a mãe não incentivando a participação do pai. Acredito que a participação paterna fortalece não apenas o cuidado em saúde daquela criança, mas também promove maior qualidade de vida e saúde para as mães, já que muitas delas ficam sobrecarregadas, normalmente sendo as únicas responsáveis pela criança e acabam não tendo tempo para cuidar da própria saúde.
A enfermagem deve considerar que a paternidade é desenvolvida durante os momentos significativos do desenvolvimento e cuidado da criança, conforme as etapas de sua vida. Entretanto, incentivar o envolvimento paterno desde o pré-natal aumenta as chances de participação paterna em todos os momentos incluindo nas consultas e orientações que fazem parte da puericultura. Ao inserir o pai na assistência prestada é essencial que o enfermeiro conheça suas características individuais, incluindo a experiência de cada pai, assim como, as interações com o filho(a), com a companheira/mãe da criança e outros familiares (SILVA, B., 2014; SILVA, M., 2014; BUENO, 2014).
O período puerperal por ser muito delicado já que se trata de uma fase de adaptação da mãe a nova realidade não foi uma questão que foi muito discutida durante a aula já que a mesma era sobre saúde da criança, porém, gostaria ter visto mais sobre a participação da enfermagem nessa rotina mãe-bebê, queria saber se há atuação em observar a saúde mental dessa mãe, com destaque para atentar a depressão pós-parto e também incentivar o descanso. Sendo assim, entra a importância de se ter uma rede apoio familiar e principalmente como é fundamental a participação paterna, permitindo uma divisão de tarefas e que mães tenham condições físicas e psíquicas para exercer plenamente sua maternidade. Já foi evidenciado que baixo apoio social e familiar e baixo apoio do parceiro são fatores de risco para o surgimento de DPP (ARRAIS, 2018; ARAUJO, 2018; SCHIAVO, 2018)
Dentre outros pontos que me chamaram atenção foram como as crianças estão muito suscetíveis a situações de violência, por não entenderem ainda o mundo e terem uma comunicação diferente, portanto, o olhar atento e a escuta ativa do profissional de saúde, especialmente, o enfermeiro nesses casos devem ser aprimorada. Creio que é fundamental que o enfermeiro cumpra o papel social de proteger e cuidar desses pequenos indivíduos, principalmente se a violência vem da família. A questão da notificação de violência ser diferente de uma denúncia formal também foi muito esclarecedora, uma vez que, que me preocupava com todos os riscos que isso acarreta tanto pro profissional de saúde que “denunciava” quanto para a vítima.
Ademais, acredito que a aula poderia ter falado mais sobre como lidar com crianças em determinados procedimentos, por exemplo, na prática de imunização da disciplina percebemos que a forma de fazer o procedimento é muito diferenciada, por se tratar de criança acaba sendo muito mais demorado e até mesmo trabalhoso, exige a participação dos pais e profissionais ágeis etc. Entretanto, creio que seria preciso de mais de uma aula pra falar só sobre isso.
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Tuberculose
Na parte da tarde do dia 17 de abril de 2019 foi realizada pelo Mestrando Lucas Fernandes Gonçalves a aula de Tuberculose parte da disciplina de atenção primária.
O mestrando tratou sobre 3 fatores determinantes para o surgimento da tuberculose: comunidade, ambiente intradomiciliar e fatores individuais, a partir disso percebi o quanto em cada um desses níveis o enfermeiro pode intervir. Nas comunidades mais afetadas podem existir programas nacionais do governo que envolvam a estratégia de saúde da família e a atuação do enfermeiro. No nível domiciliar existe a consulta domiciliar de enfermagem, o acompanhamento dos usuários acometidos e também dos contatos suscetíveis. Quanto aos fatores individuais, acredito que seja o nível mais complexo, já que cada indivíduo é único, mas ainda assim, é possível intervir criando dinâmicas que garantam o diagnóstico e a continuidade do tratamento independente das questões de cada um.
O enfermeiro foi muito perspicaz em comentar com a turma sobre uma pesquisa que relacionava o nível de risco que algumas populações específicas tem de adquirir tuberculose, como, por exemplo, pessoas em situação de rua ou situação prisional. Acredito mencionar esses estudos para os alunos contribui para o desenvolvimento de um olhar mais aguçado quando houver o cuidado direcionado a essas populações, facilitando o diagnóstico e terapêutica, criando as estratégias que contemplem as demandas desses grupos.
Passei a aula curiosa a respeito do granuloma, eu imaginava que era um achado clínico importante no diagnóstico da doença, porém foi esclarecido que nesse caso é mais importante a realização da baciloscopia e a observação de achados anormais no raio x no caso da TB pulmonar.
Gostei como o enfermeiro fez questão de ensinar como encontrar anormalidades no raio x, apesar de achar que isso poderia ter sido abordado com mais calma, porém ainda assim achei relevante trazer isso para aula, como o próprio disse durante a graduação na EEAP ele mesmo não teve muito contato e aulas a respeito.
Um ponto que gostei bastante foi comentado pelo professor sua experiência com a ausculta pulmonar e como é mais comum identificar padrões normais, logo, quando se escuta algo anormal entende-se que aquilo não é padrão. Esse relato traz uma segurança maior para nós estudantes que não temos exatamente muita vivência nesse tipo de prática.
Gostei também do esclarecimento sobre o mito da “tosse por 3 semanas”, propagado na mídia e que não se aplica necessariamente a todos os grupos de pessoas, alguns grupos podem suspeitar de Tuberculose com menos semanas de sintomas. Além disso, o vínculo e a confiança no profissional de saúde são fatores que influenciam que a população se sinta à vontade para procurar a unidade de saúde no surgimento dos primeiros sinais e sintomas, o que permite o diagnóstico precoce (SPAGNOLO et al., 2018).
Como foi mencionado por Gabriel o diagnóstico de tuberculose é um diagnóstico muito difícil e frequentemente desencadeia problemas psicol��gicos e depressão. Acredito que como futuros enfermeiros devemos combater o estigma, estimular a população a entender que apesar do tratamento ser longo e difícil a tuberculose tem cura.
Ainda sobre a desmitificação de mitos entendemos que apesar de frequente, a tuberculose não se resume apenas a tuberculose pulmonar, entender a existência dos outros tipos de tuberculose possibilita uma maior facilidade na identificação dos mesmos, não esperar os mesmos sintomas em todos os tipos de tuberculose nesses casos é fundamental.
Falando sobre o tratamento da tuberculose achei poderia ter sido mais abordado o aspecto socioeconômico, pois a doença e o tratamento muitas vezes impede o paciente de trabalhar, portanto, em muitos casos isso pode ser um fator que incentive o abandono do tratamento, pois atinge um âmbito muito delicado na vida dos pacientes.
No mais achei que a aula poderia ter utilizado mais elementos lúdicos/interativos como foi feito durante a aula da manhã de hanseníase, pois o conteúdo extenso e unicamente teórico se tornou maçante ao longo das horas.
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Hanseníase
No dia 17 de Abril de 2019 foi realizada a aula de Hanseníase com a Professora Vanessa de Almeida Ferreira Corrêa. Primeiramente, a aula realizada foi muito esclarecedora e enriquecedora em vários aspectos. Foi trazido pela professora informações epidemiológicas que demonstraram que a doença predomina imensamente em nosso país, como aluna eu não imaginava que a doença era tão presente assim. Também foi abordado o estigma que a doença carrega, historicamente sofrendo muito preconceito, me questionei bastante se esse estigma é o que ocasiona na falta de informação e conscientização a respeito da doença até mesmo pra mim que sou estudante da área da saúde. Durante a aula foi perguntado pela professora se sabíamos quando havia sido a última campanha contra a hanseníase e ninguém soube responder, enquanto isso, sabemos quando foi a última campanha de outras doenças, claro igualmente importantes, entretanto, a hanseníase também deveria ser reconhecida.
Ainda falando sobre os aspectos epidemiológicos abordados foi interessante aprender que a não detecção da doença em determinados territórios não significa que ela não exista, provavelmente com a visão que nós estudantes temos atualmente esse tipo de perspectiva passaria batido. Acreditamos apenas naquilo que é registrado e notificado, não observamos indicadores epidemiológicos e não suspeitamos de subnotificação.
A atuação da enfermagem observando as especificidades de cada usuário é muito importante, a hanseníase é uma doença com muitos riscos para o indivíduo uma vez que sua percepção de dor está comprometida. A aula me fez compreender o quanto é importante a enfermagem na atenção primária estimular o autocuidado do indivíduo com hanseníase e trabalhar para evitar o surgimento de lesões. Um exemplo utilizado pela professora foi oferecer aos fumantes algo que segure o cigarro para evitar as lesões por queimaduras, nesses casos pensei como seria interessante utilizar a criatividade para criar estratégias acessíveis ao usuário melhorando suas condições. É fundamental o cuidado longitudinal do profissional de saúde, acompanhando o indivíduo em domicílio, avaliando suas condições e oferecendo e elaborando alternativas para os utensílios utilizados no dia-a-dia (SOUZA, 2014).
Acredito que seja também muito importante discutir mais a respeito das formas de transmissão da doença, muitas vezes o preconceito está associado ao medo das pessoas em contrair alguma enfermidade, as pessoas que não conhecem bem pensam que a hanseníase é extremamente contagiosa, que passa pelo contato com lesões por exemplo. As questões que dizem respeito ao modo de transmissão e tratamento da doença ainda são equivocadas no entendimento da população em geral, esse tipo de informação é essencial para superar as dificuldades no tratamento, interromper a cadeia de transmissão e os programas de atenção integral aos portadores de hanseníase (SOUZA et al., 2014).
Falando a respeito de onde eu acho que a atenção primária é mais essencial: na responsabilidade de identificar as famílias dos usuários acometidos e diagnosticar possivelmente a hanseníase nessas pessoas, pois a transmissão intradomiciliar ocorre com facilidade, também em acompanhar o tratamento dessas pessoas garantir que este esteja sendo feito, assim como, garantir o esclarecimento sobre a medicação e seus efeitos diminuindo as taxas de recidiva e abandono. A consulta de enfermagem consegue reconhecer as necessidades de saúde do paciente, garantindo as prescrições e orientações individualizadas, evitando uma visão unicamente clínica, orientando o autocuidado, esclarecendo sobre as reações adversas do tratamento, observando as incapacidades físicas e garantindo a participação do usuário em todo o processo (SOUZA et al., 2014).
Para finalizar acredito que abordagem da professora foi muito lúdica e esclarecedora, focando nos pontos em que realmente ficarão guardados de agora em diante, evitando decorebas e focando no aprendizado de valor que fará parte da vida cotidiana da enfermagem. Adorei como a professora deixou os alunos a vontade para fazer perguntas esclarecendo suas dúvidas, incentivou a participação dos mesmos durante o aprendizado e trouxe metodologia ativa, fazendo com que nós alunos fizéssemos os testes de comprometimento de sensibilidade em nós mesmos, isso cria um aprendizado muito mais fixado e alcançável do que o que aconteceria em uma aula estritamente teórica no modelo de educação tradicional.
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Documentário “M9ninas”
No dia 13 de Abril de 2019 foi solicitado pelas monitoras da disciplina que fosse realizado uma resenha crítica a respeito do documentário “Meninas” dirigido por Sandra Werneck. O documentário aborda a vida de 4 adolescentes que estão grávidas, além de todos os aspectos envolvidos com a gravidez na adolescência, essas jovens enfrentam estados de vulnerabilidade como por exemplo a pobreza, a violência urbana, a violência doméstica e os problemas familiares. A mídia acompanha as jovens durante a gestação até após o nascimento das crianças.
Durante o documentário é possível observar algumas atuações da estratégia e saúde da família no pré-natal e puerpério. Logo no início do documentário vemos algumas jovens numa unidade de saúde recebendo algum tipo de medicamento oral. Além disso, mais de uma vez durante o documentário pode-se perceber que há o acompanhamento pré-natal realizado pela APS, são feitos exames como o ultrassom identificando o sexo do feto, a ausculta dos batimentos cardíacos fetais, pesagem da gestante e exame ginecológico. Além disso, o cuidado permanece até o pós parto, onde é visto que uma das adolescentes, Edilene, é auxiliada por uma profissional de saúde durante a primeira amamentação.
Os profissionais de saúde também trabalham para aproximar a família das gestantes, desenvolvendo a aceitação e diminuindo a rejeição a gravidez por parte dos familiares da gestante estimulando o apoio familiar daquelas gestantes.
A enfermagem nesses casos detém um papel fundamental no que diz respeito ao pré-natal e puerpério, primeiramente, para informar as usuárias sobre a importância do pré-natal, garantir o cuidado longitudinal dessas gestantes, para que assim, elas não abandonem o pré-natal. O pré-natal acompanha o estado de saúde da gestante, não apenas sua condição relacionada com a gravidez, mas também anterior e posterior a gestação. No puerpério, por exemplo, o enfermeiro cuida da ferida pós operatória nos partos cesárea, avalia o estado de saúde da gestante e do bebê, auxilia e incentiva a amamentação, realiza a vacinação e teste do pezinho do bebê e também abre uma discussão sobre planejamento familiar e retorno ou inserção de novos métodos contraceptivos.
É importante considerar que o enfermeiro não realiza o pré-natal em gestantes adolescentes menores de 14 anos, pois nesses casos são consideradas gestação de alto risco.
O que mais me surpreendeu no documentário foram as situações encontradas, a maioria das meninas que participaram tiveram uma gestação não planejada devido a falta de informação sobre métodos contraceptivos.
Uma jovem em especial me chamou atenção, Evelin, o pai de seu filho era um traficante que acabou sendo morto durante as gravações do documentário, e ela relatou que em sua comunidade ocorria muitos tiroteios e ela não se importava com isso, o que denota como ela lidava com muita indiferença a situação de violência local. A menina também relatou que sofria agressões de seu namorado, mas ainda assim sustentava a relação devido aos seus sentimentos por ele, acredito que esse seja um aspecto de vulnerabilidade da personagem, que estava em um relacionamento abusivo que ainda tinha envolvimento criminal.
Outro fato que me surpreendeu bastante foi quando Luana, uma das jovens grávidas, disse que os rapazes de sua comunidade “puxavam” e “faziam o que queriam” caso uma menina os olhasse de volta uma vez. A violência e a falta de possibilidade de consentimento que essas meninas enfrentam me fez refletir sobre a vulnerabilidade em que estão algumas das pessoas que futuramente iremos cuidar.
O documentário foi completamente satisfatório em abordar realidades que são comuns e que raramente são pensadas por um estudante do quarto período de enfermagem, foi importante para desenvolver uma sensibilidade para as questões sociais e o pensamento crítico em como desenvolver ações que sejam capazes de alcançar a realidade e demandas individuais de cada usuário.
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HIV/AIDS
Na parte da tarde do mesmo dia 03 de Abril de 2019 foi realizada a aula sobre HIV/AIDS pelo enfermeiro Gabriel de Paula.
Um dos pontos de reflexão durante a aula foi a comunicação estabelecida entre enfermeiro e usuário, assim como na aula de planejamento familiar foi dito que a comunicação deve ser no linguajar do usuário fazendo-se compreender, evitando termos técnicos e principalmente julgamentos. A questão de ter que respeitar caso o usuário escolha ter relações sem preservativo e mesmo assim, intervir com a redução de danos mostra o quanto o enfermeiro, especialmente, o da atenção básica precisa se adaptar ao contexto de seus pacientes.
Foi comentado pelo Gabriel os profissionais de saúde costumam tratar mal os pacientes que não se previnem ou mesmo tratam o paciente com HIV como se ele fosse unicamente o seu quadro clínico.
O papel da enfermagem, muito além das intervenções é fornecer suporte e atenção pro paciente, muitas vezes simples gestos de afeto ou mesmo cuidados de saúde que não sejam voltados para o HIV podem significar muito para esse paciente que é visto como apenas mais um HIV positivo.
O indivíduo em sua condição clínica de soropositivo não precisa achar que a sua vida a partir de agora é apenas focada na doença. O conceito de recovery é definido como um processo, um desafio diário e uma reconquista da esperança, da confiança pessoal, da participação social e do controle sobre as suas vidas que acontecem num determinado momento da vida. (COUTINHO, 2018; O'DWYER, 2018; FROSSARD, 2018)
Outro ponto que me fez refletir foi o fato de existir também um estigma para o homem realizar os testes rápidos e aceitar o diagnóstico, fato que também foi comentado nas aulas de IST’s muitos homens só procuram as unidades de saúde quando já tem sinais e sintomas graves de uma doença. Eu acredito que o enfermeiro nesse caso tenha plena capacidade de conscientizar sobre a importância do cuidado a saúde independente de gênero.
O enfermeiro no Rio de Janeiro pode solicitar o exame de contagem de células TCD4 e carga viral, o mesmo não se reflete em outros estados a importância então de saber da legislação e atribuições de acordo com cada Estado. A autonomia da enfermagem pode ser utilizada também para solicitar exames complementares como hemograma completo dando início ao cuidado a saúde geral, não apenas focalizado no HIV.
O direito ao sigilo do portador de HIV deve ser estritamente respeitado, se ele desejar ir para longe de seu território para ser atendido assim deve ser. Uma curiosidade contada pelo o Gabriel sobre o uso da PREP é que ela demora mais tempo para proteger a mucosa vaginal do que a mucosa anal, acredito que nesse caso seja fundamental pro paciente que faz uso dessa medicação ser informado a respeito do tempo que ela demora a agir, sendo assim faz-se necessária a atenção do enfermeiro.
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Diabetes e Hipertensão
No dia 3 de Abril de 2019 foi realizada a aula a respeito de Doenças crônicas não transmissíveis: Diabetes e Hipertensão realizada pela professora Simone Mendes Carvalho.
Uma questão que me incomodou um pouco durante os momentos da aula foi como a questão da obesidade foi abordada. O IMC é a classificação mais aceita pelos profissionais de saúde e a comunidade científica, porém, existem limitações nessa classificação, uma vez que, ela pode induzir a alguns erros, por exemplo, classificar como obeso pessoas que tem grande massa muscular ou até mesmo classificar como normal quem tenha níveis grandes de gordura, por isso, existe a necessidade de realizar a bioimpedância ou avaliação física associada com o cálculo do IMC.
Para mim essa questão da obesidade foi abordada de forma rasa, como se a única causa da obesidade fosse a má alimentação ignorando, por exemplo, fatores genéticos. Também considero relevantes falarmos sobre os fatores que podem levar a má alimentação, como, por exemplo, o tabagismo e distúrbios alimentares, como a compulsão alimentar. Eu senti que faltou humanizar um pouco mais as pessoas obesas, claro sem incentivar a obesidade, porém entender que se trata de um grupo que sofre opressão social e estrutural e que muitas vezes negligencia o cuidado a saúde já que muitas vezes a opressão social vem dos próprios profissionais de saúde.
Com relação as comorbidades associadas diretamente com a obesidade, como hipertensão e a diabetes, também perpassa pela questão de evitar o aconselhamento de cunho negativo nesses casos. É preciso saber conversar com esses indivíduos, entender seu contexto de vida e sugerir, sem impor, uma alimentação mais saudável. Assim como, não culpabiliza-los pelo seu estado de saúde, muitas vezes, não se sabe o que levou aquele indivíduo a chegar ao ponto de adquirir uma comorbidade, não se sabe o contexto social e emocional daquela pessoa. Tratar o usuário de forma receptiva o deixa mais aberto as mudanças necessárias e principalmente, mantém ele ativo e presente no cuidado a saúde, assim como, integrado as unidades preservando o vínculo enfermeiro e usuário e a integralidade do cuidado.
Uma questão que eu acho super interessante e que envolve as duas comorbidades diabetes e hipertensão é a questão do autocuidado e como abordar e desenvolver o autocuidado em diferentes tipos de pessoas. A autoadministração de insulina em pacientes com diabetes deve-se relacionar entre os distintos níveis de escolaridade. A família do usuário ou mesmo a falta dela tem grande influência na adesão ao tratamento e ao autocuidado (MOREIRA et al., 2018).
Sendo assim, os profissionais de saúde, especialmente o enfermeiro, devem dar suporte para o desenvolvimento e aprimoramento de habilidades de autocuidado dos indivíduos, facilitando e influenciando a realizar mudanças comportamentais para conter a doença e seus danos. O estudo citado mostrou que os entrevistados em sua maioria além de diabetes também tinham hipertensão. A associação entre as duas comorbidades deve exigir do enfermeiro ainda mais atenção e uma dinâmica diferenciada direcionada ao tratamento e o autocuidado desses usuários.
Um ponto que eu achei muito positivo durante a aula foi a professora ter mencionado que os valores da pressão arterial devem ser individualizados e contextualizados, um valor considerado normal nas classificações padrões as vezes pode ser danoso em um usuário que tenha outro valor de PA mais baixo na maior parte do tempo, fica evidente então a importância do atendimento individualizado.
A aula no geral foi corrida e por isso ficou um pouco rasa quando se pensa na quantidade de conteúdo teórico e relato de experiências que poderiam ter sido abordados se houvesse mais tempo.
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Planejamento familiar
A respeito da aula realizada no dia 27 de março de 2019 sobre Planejamento Familiar pela Enfermeira Ana Claúdia.
Antes de ter a aula eu não imaginava que planejamento familiar ia muito além de métodos de evitar uma gravidez indesejada, mas também para quem planeja ter filhos ou pra quem quer ter filhos e não consegue. O papel da enfermagem de oferecer suporte nesses casos, priorizando uma postura ética e imparcial a respeito da situação em que se encontra a usuária e/ou o casal.
Muito importante aprender sobre como devemos dar autonomia para os usuários escolherem seus próprios métodos contraceptivos, apenas oferecer e instruir sobre o uso dos métodos, porém sem impor nenhum, pois existe hoje em dia métodos que são muito mais utilizados, mas que podem não ser ideais para o contexto de vida daquele indivíduo.
Sobre o método contraceptivo diafragma, faço parte de um grupo no Facebook sobre o método e muitas participantes relatam a dificuldade em adquiri-lo pela rede pública, muitas precisam abrir uma ouvidoria e outros processos burocráticos para ter acesso a esse método gratuitamente. Ouvi alguns relatos de mulheres que se sentiram muito ofendidas, pois os enfermeiros responsáveis pelo planejamento tentavam impor outros métodos considerados mais eficazes e seguros.
Segunda uma reportagem da BBC News Brasil de junho de 2018 “Na prática as mulheres enfrentam a desinformação e falta de treinamento dos profissionais de saúde na busca por contraceptivos no sistema público. Grande parte dos postos de saúde e maternidades focam na oferta de camisinhas e anticoncepcionais em pílula.”
Entendi então que que como profissional devo respeitar estreitamente a escolha da usuária com relação ao método de sua preferência, pois se ela prefere aquele método tem seus motivos e impor a utilização outro método pode prejudicá-la e levar a falha na utilização. Percebi também como na prática muitos profissionais de saúde acabam não fazendo o mesmo colocando a evidência científica acima do bem estar daquele indivíduo.
Poder ver os métodos contraceptivos pessoalmente tornou a aula muito interessante, podemos associar o conteúdo teórico com a realidade, por exemplo, ao ver como é o dispositivo intrauterino (DIU) ficou muito mais fácil compreender como ele é alojado.
Um ponto que também me chamou atenção foi a necessidade de ter uma comunicação que seja acessível e abrangente para a realidade daqueles usuários que buscam métodos contraceptivos. Ao orientar os usuários é preciso se certificar de que os mesmos estão entendendo e acompanhar aquelas pessoas.
Há a falta de vínculos no planejamento familiar para adolescentes que não tenham filhos. As demandas específicas desses grupos exigem estratégias diferenciadas, é preciso integrar esses grupos de pessoas não apenas ao planejamento familiar, mas aos cuidados em saúde no geral.
Além disso, as doenças e medicamentos podem influenciar na eficácia de um método hormonal, portanto, cabe ao enfermeiro instruir qual seria o melhor método para esses casos específicos garantindo o princípio da integralidade do SUS. (LUIZ, 2015; NAKANO, 2015; BONAN, 2015).




Fotos dos métodos trazidos pela professora Ana Cláudia
Link para reportagem da bbc news: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44615686
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IST’s
A respeito da aula realizada no dia 27 de março de 2019 sobre Infecções sexualmente transmissíveis pela prof.ª Simone Mendes Carvalho primeiramente uma das questões mais significativas durante a aula foi a da notificação compulsória em que são notificadas mesmo as fortes suspeitas das doenças de maior incidência mesmo que não haja a confirmação efetiva (por razões diversas).
Um tópico valioso e que não havia sido pensado por mim antes durante a graduação foi a importância de se interromper a cadeia de transmissão, especialmente a busca ativa pelos parceiros dos usuários portadores de ISTs foi a intervenção que mais me surpreendeu. Devido a complexidade emocional e das relações sociais envolvidas, a adesão dos parceiros ao tratamento não é tão simples e mediar essa inserção exige do enfermeiro uma capacidade de articulação muito grande.
Quando se trata do aconselhamento no caso dessas infecções também deve ser realizado com cuidado, para não afastar o usuário do tratamento e garantir suporte emocional e educativo. Me surgiu o questionamento sobre como construir um vínculo tão sólido tão rapidamente já que o ideal é que seja feito diagnóstico, tratamento e aconselhamento logo na primeira consulta. Além disso, entram em questão as especificidades de cada indivíduo.
Foi comentado pela professora durante a aula que existem casos de homens que procuram a unidade de saúde apenas quando estão com muitos sinais e sintomas de IST’s, normalmente procuram quando estão com casos avançados da doença. Provavelmente o estigma social e cultural do cuidado a saúde e sexualidade do homem interferem bastante nessas situações.
Deve existir diferença de estratégias para a prevenção contra IST’s para homens e para mulheres, considerando as questões de gênero que influenciam no comportamento diferenciado entre os sexos e aumentam a exposição as IST’s. (ARAUJO et al., 2015)
Diante disso, acredito que o mesmo deva acontecer para outras etapas do atendimento, como, por exemplo, o tratamento, diagnóstico e aconselhamento. Apesar dos objetivos serem os mesmos para todos, é preciso garantir que as questões individuais dessas pessoas sejam percebidas antes de elaborar o plano de cuidados.
Durante a aula de IST’s foi solicitado que a turma se dividisse em grupos e elaborasse um caso clínico e o plano de cuidados baseando-se no modelo de atenção primária.
O caso criado pelo grupo foi o seguinte: “Um jovem de 23 anos, estudante e de classe média, que deu entrada na emergência com um quadro de overdose por uso de drogas injetáveis. Após estabilizado ele foi encaminhado para atenção primária em saúde para o programa de redução de danos, na atenção primária também foi solicitado o teste rápido para hepatite B que deu positivo”
Após o diagnóstico confirmado de hepatite B o grupo pensou que seria necessário nesse caso intervir na situação dele sendo usuário de drogas, sendo este um fator agravante tanto para o tratamento/cura da doença, quanto para o acompanhamento daquele usuário. Para isso foi pensado a assistência, para além do plano terapêutico-clínico, o encaminhamento para unidades que cuidem desse tipo de situações como por exemplo os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).
O caso clínico foi muito interessante para conseguirmos visualizar que, até então, ainda somos incapazes de elaborar um cuidado totalmente integralizado pois ainda não temos conhecimento de todos os “ramos” da rede de atenção a saúde e todas as necessidades afetas em nossos futuros pacientes.
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Pré-natal
A respeito da aula realizada no dia 20 de março de 2019 na parte da tarde sobre Assistência ao Pré-natal na APS pela enfermeira Ana Cláudia. Foi comentado pela Ana que o pré-natal de baixo risco é “revezado” entre o médico e o enfermeiro, sendo assim o enfermeiro possui uma grande autonomia e importância em todo esse processo, prescrevendo medicamentos como o sulfato ferroso e o ácido fólico e até mesmo medicamentos padronizados para tratamento de ISTs. Foi comentado também sobre a busca ativa das grávidas faltosas as consultas pré-natal, realizando assim consultas domiciliares.
Um dos pontos valiosos foi aprender que o acompanhamento segue até o período puerperal, não cessando ao nascimento da criança. Outra questão que achei interessante foi a do uso de álcool e drogas a maneira de intervir nesse caso é diferenciada, deve ser feita com cuidado para não afastar a gestante do pré-natal, foi essencial receber essa informação logo agora no quarto período para não demonstrar julgamento nessas situações, essa percepção me fez idealizar sobre qual seria a melhor maneira de lidar com isso.
É fundamental conscientizar os profissionais de saúde a compreenderem as necessidades particulares de cada gestante e como cada uma delas pode afetar o acompanhamento pré-natal da gestante. (PRUDENCIO, 2018; MAMEDE, 2018)
Durante a aula surgiu uma discussão sobre não ser preconizado no pré-natal da rede pública no brasil o exame de translucência nucal que é um exame que serve para medir a quantidade de líquido na região da nuca do feto, feito durante o ultrassom, realizado entre a 11ª e a 14ª semana de gestação e que serve para calcular o risco do bebê apresentar alguma malformação ou síndrome de Down. Segundo a professora a justificativa do ministério da saúde é que não poderia ser feita nenhuma intervenção, caso houvesse alguma malformação ou síndrome, sendo assim, o resultado geraria apenas sentimentos negativos na gestante. Entretanto, se pensarmos criticamente, provavelmente é uma medida para economizar custos bem mais do que uma preocupação com a saúde mental da gestante. É preciso pensar até onde estamos humanizando o atendimento a essa gestante, se existe um exame que identifica esses tipos de anomalias ainda durante a gestação, privar a gestante disso é teoricamente uma negligencia, embora isso seja de responsabilidade dos órgãos que atuam na gestão da saúde.
Também foi comentado sobre não ser oferecido com frequência a ultrassonografia, que geralmente tem uma importância emocional muito grande para gestantes. Foi dito pela professora que muitas gestante realizam o ultrassom em clínicas com preços mais populares. Faz bem priorizar o bem estar da relação mãe e bebê se existe a vontade dessas mulheres de realizarem o exame.
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Atenção a saúde da mulher - Câncer de colo de útero e mama
A respeito da aula realizada no dia 20 de março de 2019 sobre Atenção à Saúde da Mulher - Controle dos cânceres de colo de útero e mama na Atenção Primária pela prof.ª Simone Mendes Carvalho foi a aula mais empolgante até o presente momento. Gostei muito da abordagem a respeito dos aspectos históricos e as falas sobre a saúde sexual e questões envolvidas como o aborto e a violência de gênero. Essas articulações são extremamente atuais e relevantes para um profissional de Enfermagem em formação, de forma que, garante que futuramente seja executada uma assistência imparcial e íntegra para as usuárias do SUS garantindo o conforto dessas mulheres, assim como, estimulando a igualdade entre os gêneros.
Acredito que com relação ao preventivo falta esclarecer para a população de que se trata de um exame que tem objetivo de buscar por células percussoras cancerígenas, esclarecer que não serve para identificar IST’s. A idade em que se realiza o Papanicolau parece ser uma questão controversa, há divergência entre a idade preconizada pelo SUS e a realizada pelas unidades de saúde privada. A idade preconizada para realização do exame pelo SUS é o período de fertilidade da mulher (entre 25 e 59 anos), porém, atualmente existe uma mudança significativa em que a iniciação sexual das mulheres ocorre mais cedo, ainda na adolescência talvez seja preciso rever a aplicação do exame nesses casos.
É possível perceber casos em que há a falta de estrutura para a realização do exame Papanicolau (TOMASI et al., 2015). Esta realidade pode refletir diretamente para a não ampliação da faixa etária do exame.
Com relação ao câncer de mama foi interessante a sinalização sobre a necessidade de se avaliar o risco-benefício do rastreamento precoce e o fato da mamografia não ser realizada em mulheres mais devido a densidade do tecido mamário.
Também refleti sobre a importância da realização do exame clínico das mamas, prática que não deve ser jamais negligenciada já que é muito mais acessível de ser realizada, acredito que toda oportunidade de realizar este tipo de exame físico deve ser utilizada.
A realização do ECM, o encaminhamento e acompanhamento para mamografia e a busca ativa por mulheres que tenham suspeita de câncer de mama são alguns das responsabilidades dos enfermeiros. Além disso, garantir o sucesso da atuação da equipe multiprofissional, a educação de profissionais e de usuárias, assim como a assistência para prevenção e controle do câncer de mama (TEIXEIRA et al., 2017).
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Resenha do artigo sobre a PNAB 2017
Foi solicitado pela professora Simone, que realizássemos uma resenha crítica a respeito do texto “Política Nacional de Atenção Básica 2017: retrocessos e riscos para o Sistema Único de Saúde”.
O artigo compara a PNAB de 2011 com a PNAB de 2017 nos aspectos cobertura, ESF, configuração das equipes e organização dos serviços. O artigo detalha cada um dos aspectos modificados e problematiza cada questão.
A sutileza ao abordar os aspectos políticos que desencadearam em uma ascensão das privatizações e o corte de gastos destinados a saúde foi bastante relevante. Um trecho que me chamou muita atenção foi apontar que o SUS nunca teve o financiamento necessário para prosperar, ao contrário dos investimentos e incentivos direcionados a inciativa privada. É muito comum em nossa sociedade as críticas relacionadas a saúde pública, porém, na maior parte do tempo, nós, enquanto sociedade, não temos conhecimento a respeito das limitações e dificuldades que o SUS enfrenta.
No aspecto cobertura, falando sobre a importância do ACS a nova PNAB não define a quantidade mínima desses profissionais da estratégia. O ACS é extremamente importante na busca ativa e o atendimento domiciliar, evitando o abandono de tratamentos, diminuição da continuidade de cadeias de transmissão e recidiva de doenças, o ACS é o único da equipe que conhece profundamente os territórios trabalhados na ESF. A nova PNAB conforme dito no texto também se compromete muitas vezes em aumentar a quantidade de profissionais por equipe sem se preocupar com a qualidade do serviço e a vulnerabilidade da população.
O texto ao problematizar a PNAB aponta que princípios e diretrizes são atingidos, de maneira que, não se possa perceber a primeira vista, mas se com um olhar mais crítico houver a análise da PNAB é possível identificar que ela fere, por exemplo, o princípio da equidade, assim como, o da universalidade e integralidade. Para isso acredito que conhecer esses princípios e diretrizes seja fundamental, é difícil para sociedade em geral ter essa percepção também.
A vontade de privatizar a saúde oferecendo planos acessíveis também é mencionada no texto podemos abrir aqui uma reflexão a respeito de outros sistemas de saúde baseados na privatização, como por exemplo, o dos Estados Unidos da América e que enfrentam diversos problemas, por exemplo, dificuldade da população com vulnerabilidade financeira em ter acesso à saúde. Com certeza essa não seria solução adequada para o nosso país, em que a saúde pública é um direito conquistado pelas pessoas e que não deve ser retirado em troca de um modelo completamente arriscado e inacessível.
A conceito de universalidade da nova PNAB invalida as diferenças e condições entre os territórios, é impossível tratar igualmente populações com diferentes demandas, necessidades e mazelas. Assim como, a centralização do poder de decisões que modificam todo o cenário da atenção primária em pessoas que não tem norral na área, é difícil que políticos tenham a mesma capacidade de entender todas as engrenagens da atenção básica.
O artigo é muito eficiente em fazer compreender a série de retrocessos que a nova PNAB traz para a atenção primária, apesar de algumas vezes mudanças ao longo dos anos serem necessárias, essas mudanças não devem desfazer os avanços já conquistados pela atenção básica e saúde pública no Brasil
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Territórios
A respeito da aula realizada no dia 13 de março de 2019 na parte da tarde parte pela Prof.ª Simone Mendes Carvalho e Outra parte pela Enfermeira Ana Claudia sobre O Território e sua dinâmica social como campo de atuação da ESF, primeiramente a metodologia utilizada foi muito interessante porque induziu a reflexão do aluno sobre aspectos que não são observados rotineiramente. Eu pessoalmente nunca tinha pensado na disponibilidade de unidades de saúde no meu bairro e até mesmo na eficiência do serviço. Também estive reflexiva sobre a grandiosidade da cidade do Rio de Janeiro e nas múltiplas diferenças entre as munícipios, regiões e bairros e refletindo em diferenças entre as populações e nas suas demandas.
A aula abordou a importância da atenção básica, as atribuições da equipe da que atuam na atenção básica, as atribuições específicas do enfermeiro, os princípios e diretrizes e a composição da ESF. Um ponto que me chamou a atenção foi a diretriz da longitudinalidade do cuidado que pressupõe a continuidade da relação de cuidado, com construção do vínculo e responsabilização entre profissionais e usuários ao longo do tempo e de modo permanente e consistente.
Outra questão que me fez refletir foi a respeito importância do agente comunitário de saúde, nunca havia pensado o quanto ele faz diferença dentro da estratégia de saúde da família, porque justamente durante o curso de enfermagem até agora foi pouco discutido sobre o papel de cada um em uma equipe multiprofissional e até mesmo sobre a interdisciplinaridade nas relações de trabalho. Durante a aula foi possível compreender que o ACS é primordial para identificar as necessidades da população de um determinado território.
Com relação ao aprendizado em aula durante a disciplina de APS, uma questão muito valiosa para o aprendizado foi o fato da professora convidada, Ana Claudia, estar atuando na estratégia de saúde da família, a vivência e as experiências trazidas por ela garantem uma aula extremamente atualizada com o contexto da atenção primária.
Um ponto que me deixou curiosa foi o surgimento do ESUS a modernidade do equipamento pode trazer vantagens, facilitando o trabalho de toda a equipe da ESF e outras unidades de saúdes, além disso, evita a perda de prontuários e diminui o consumo de papel, tendo também uma importância ambiental e econômica. Tive curiosidade em saber quem participa da elaboração dessa tecnologia e acredito que a enfermagem como parte da ESF, assim como outros profissionais de saúde teriam propriedade e vivência mais do que suficiente para ajudar na elaboração desse tipo de tecnologia.
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Atenção primária
A primeira aula da disciplina, realizada no dia 13 de março de 2019 pela professora Simone Mendes Carvalho abordou primeiramente uma introdução e conceitos básicos sobre atenção primária, como Humanização, Acesso e Acolhimento na APS.
Um dos primeiros questionamentos que me surgiram após a aula é o fato de só ouvirmos falar na atenção primária no quarto período. A complexidade da disciplina e a necessidade de utilizar pré-requisitos para tratar do assunto não exclui o fato de que há a urgência de sermos apresentados ou até mesmo termos breve contato com esse modelo de atenção o quanto antes no curso de enfermagem. As atividades práticas nas clínicas da família seriam menos assustadoras para o aluno se ele já estivesse minimamente familiarizado com a atenção primária à saúde antes de chegar ao quarto período.
O que o aluno conhece da AB é provavelmente de quando ele foi usuário da rede ou acompanhou alguém sendo um usuário, ou mesmo através da mídia. Sendo assim, nosso conhecimento, até agora, é limitado e até mesmo influenciado e chegamos a disciplina carregados de prejulgamentos a respeito da AB.
Um ponto muito importante a ser destacado é que durante uma das aulas a Prof.ª Simone disse que achamos que a atenção primária só serve para encaminhar casos para atenção secundária ou terciária. Eu identifico que não sabemos ainda reconhecer a importância da atenção primária para o sistema único de saúde. Também somos incapazes de projetar uma definição concreta do que é atenção primária, é algo bem difícil de visualizar logo nas primeiras aulas, apesar das nítidas comprovações de sua importância apresentadas.
Pensando nisso, pressupus que a visão rasa dos acadêmicos vem de um modelo de formação centrado no ensino biomédico curativo em que o estudante de enfermagem passa pelo menos 1 ano e meio inserido. É extremamente recente para nós como alunos, compreendermos que a atenção primária não se resume apenas a prevenção e encaminhamento, que a AB não se limita a cuidar apenas do processo de saúde e doença. Imagino que, infelizmente, essa realidade, em que há a falta de conhecimento sobre o assunto, possa refletir na atuação dos profissionais de saúde.
O aprendizado completo sobre a atuação da atenção primária se faz necessário, para entender que ela vai muito além de intervenções clínicas. E que existe uma complexidade em todas as suas etapas. Diante disso, abordarei algumas questões interessantes a respeito do acolhimento.
Durante a aula foi dito que o acolhimento deve ser centrado no indivíduo e nas suas necessidades, garantindo a identificação e atendimento da demanda de forma organizada, permitindo principalmente a humanização do atendimento, para assim, alcançar a satisfação do usuário (SPERONI; MENEZES, 2014).
No estudo citado foi visto feito uma pesquisa em uma UBS mostrando como é implementado o acolhimento e como os usuários lidam com o acolhimento e suas regras. É mencionado no texto que o acolhimento prioriza o atendimento imediato aos usuários que tenham demandas emergenciais e encaminhando/agendando/acompanhando aqueles que podem aguardar o atendimento. Esse modelo de gestão se baseia no princípio da equidade classificando cada pessoa de acordo com suas necessidades. E também o cuidado longitudinal. Essa execução visa acabar com a distribuições de senhas e o atendimento por ordem de chegada.
Foi visto na pesquisa que o modelo preconizado acaba não sendo implementado da forma que deveria, há ainda a questão da distribuição de senhas e atendimento por ordem de chegada. O encaminhamento para outras unidades de saúde quando o usuário não pertence a área de cobertura da unidade gerava a insatisfação nos mesmos, ainda que, muitas vezes o usuário seja atendido naquela unidade descumprindo as regras da organização do acolhimento. O atendimento daqueles que estavam dentro dos critérios de área e necessidade dependiam do número de vagas disponíveis para a consulta, sendo que a distribuição de senhas extras gerava conflitos com a equipe de saúde.
Para resolver essas questões o esperado é que a população seja conscientizada a respeito das áreas de cobertura da unidade em que se busca atendimento, assim como, que sejam ampliadas as equipes e as unidades de saúde para uma quantidade suficiente para garantir o atendimento para as demandas. E o mais importante seguir as condutas estabelecidas que visam regular e organizar o atendimento nas unidades. Muitas dessas mudanças não dependem unicamente do enfermeiro, mas das autoridades governamentais e da população também.
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Introdução
A temática central da disciplina é a atenção básica que ainda é novidade para nós estudantes do quarto período, mas de acordo com os entendimentos que ainda são rasos adquiridos nas primeiras aulas ela atua preferencialmente na porta de entrada das unidades de saúde para oferecer atenção integral que abrange desde a prevenção até a manutenção da saúde, incluindo diagnósticos, reabilitação, tratamento entre outras modalidades.
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