Tumgik
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-- E eu por a acaso comentei que era melhor que outras? -- retrucou ela, inclinando muito levemente a cabeça para trás, encarando-o nos olhos.
A expressão facial de Vallerie era severa e provocativa. Devolvia o olhar dele de forma traiçoeira e destemida, como se quisesse que ele agisse para ela reagir. Parecia que ele pedia para tirá-la do sério e olha que a morena é bastante controlada para isso. Tensionou o maxilar enquanto o encarava e o viu responder à sua pergunta. Arqueou uma sobrancelha e, quando deu por si, ele já adentrava aquele bordel. 
-- Tsc. 
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E entrou junto com ele com cara de poucos amigos, as mãos enluvadas no bolso.
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“Tsc” Grunhiu com impaciência, virando-se totalmente, ficando cara a cara com a garota. Abaixou minimamente o rosto e meneou a cabeça “Uma moça como você? O que faz com que seja melhor do que as outras?” Retorquiu com descaso, sem estar sequer próximo de ser intimidado. Fora ensinado a não temer a dor e a não se curvar a qualquer um. Era improvável que a garota viesse a significar uma ameaça ao ruivo. 
Arqueou uma das sobrancelhas em desafio ao ouvir a pergunta, o rosto tão impassível de sentimentos quanto um lago parado, porém a orbe vermelha ainda cintilava em irritação “Pretendo, a não ser que prefira continuar aqui discutindo a relação” Escárnio escorreu junto com as palavras, e sem esperar pela resposta (talvez por saber qual seria) o ruivo adentrou o bordel.
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Uma veia se formou na testa da morena ao ouvir aquilo. No entanto, manteve a calma e o controle acima de tudo porque não era de sua natureza perder a cabeça ou se descontrolada. Desejou quebrar o nariz dele mas não o faria por enquanto. Respirou fundo e bufou de irritação, apenas devolvendo o olhar dele.
-- Diga essa falta de respeito para com uma moça como eu novamente e quebro-lhe o nariz, ruivo. -- foi o que disse, em escárnio, cuspindo as palavras. Seu olhar era intimidador. -- E falo sério. Tsc.
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Então desviou o olhar para o estabelecimento em questão e franziu o cenho, em desgosto por aquele lugar. O cheiro que vinha a enojava um pouco apenas de seu corpo reagir, discreta e secretamente, de outra forma só de pensar. Cruzou os braços em frente ao busto e olhou para o ruivo de esguelha.
-- Pretende entrar? -- foi o que perguntou, com total indiferença.
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Avaliava as reações da menor de esguelha, apesar de não disfarçar quando seus olhares se cruzavam. Aos poucos a compreendia, ainda que a compreensão fosse pouca também. 
“Que seja, vou continuar chamando-a de sweetheart ou de qualquer outra coisa que me der na telha” Deu de ombros, voltando a focar-se nas ruas que se abriam diante de ambos. Uma música começava a alcançar seus ouvidos, uma música deveras conhecida e almejada “Consegue ouvir?” Perguntou de repente, voltando a fitá-la parcialmente, já que a orbe dourada havia ficado encoberta pelos cabelos quando virara o rosto “É o ressoar da impuridade”.
O ruivo limitou-se a sorrir para a garota, sem responder o gracejo. Seguiu em silêncio durante um bom tempo, prestando atenção na melodia que ecoava em sua cabeça. Era repulsiva, sim, mas ainda era capaz de atraí-lo. 
Parou em frente a uma construção de aparência discutível, uma luz vermelha espalhava-se sobre a fachada, as letras que outrora proclamavam o nome do local estavam apagadas, mas não importava. Não havia dúvidas que haviam chegado ao local certo. O ruivo adiantou-se, parando em frente a porta, sorriu novamente ao cheirar o que acontecia lá dentro “Por acaso possuo algo que possa agradá-la, bem aqui, entre as pernas. No entanto acabaria por gritar meu nome se eu a deixasse tê-lo…”
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Ela sorriu maldosamente com a proposta de quebrar alguns narizes por aí, mesmo que faça parte de sua conduta. Admitia que gostava de fazer vandalismos desse tipo algumas vezes e quando achava que podia, mesmo que tenha sempre sido educada, disciplinada por natureza. Um pouco de diversão não faria mal, não é? Não. Porém, ela fechou um pouco a cara com as palavras dele, arqueando ambas as sobrancelhas com desinteresse principalmente quando o ruivo falara de por algo na boca dele. Vallerie revirou os olhos e suspirou, virando a cabeça para fitar alguma coisa que não fosse ele.
-- Então também não direi meu nome. Só o direi quando tiver vontade ou quando revelar o seu. -- foi o que disse de forma bem provocativa para ele. Havia voltado a cabeça para encará-lo enquanto andavam. -- Se tiver curiosidade de saber, agrade-me de alguma forma para consegui-lo. Caso contrário, tanto faz, não fará diferença na minha vida mesmo, heh.
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“Wow” Provocou, aparentando estar impressionado, havia erguido as mãos, chacoalhando-as próximas ao rosto, apenas para dar ênfase ao ato. E, obviamente, a falsidade era notável “Veremos do que é capaz, sweetheart”
Não diria em voz alta, mas a garota mostrava-se cada vez mais interessante. A probabilidade de noite ser divertida apenas aumentava com aquela companhia “Talvez quebremos alguns narizes esta noite, só por diversão, huh?”
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“Nunca disse que a considerava normal. Novamente volta a colocar palavras em minha boca…” Bufou e revirou os olhos, um nota de impaciência sendo notada através do tom outrora zombeteiro “Se quer colocar algo em minha boca, coloque algo que me agrade, sim?” Um ou dois gracejos passaram-lhe pela cabeça, piadinhas sujas, claro. Mas ainda não conseguia prever as reações da garota, e não estava interessado em espantá-la ou… acabar com o rosto machucado.
Devolveu o sorriso traiçoeiro e sustentou o olhar, aquele era um jogo que ambos poderiam jogar, ele mais do que ninguém “Você irá perder” Foi o que sussurrou em tom confidencial, para logo após mostrar a língua à menina. 
“Não, não perguntou. No entanto, meu nome é deveras precioso para ser pronunciado em vão… Me chame do que quiser, dificilmente me importarei com o que escolher” Sempre tivera um cuidado especial com o nome que ostentava, raramente havia gostado de ouvi-lo ser pronunciado por outros lábios. Nunca havia respeito suficiente, medo suficiente. Tolos que blasfemavam sobre seu Deus.
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“Qual o seu?”
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-- Oh, sou capaz de muitas coisas, hein. -- ela deu uma risadinha nasal para o próprio comentário. -- Mas foi legal sim. O nariz dele sangrou bastante.
Ela caminhava ao lado dele com ambas as mãos escondidas dentro do bolso do longo sobretudo. Achou que seria interessante continuar na companhia do rapaz. Era a segunda pessoal "normal" que encontrava naquele lugar desde que chegara. Podia não parecer, mas Vallerie gostava de ter alguém para conversar ou fazer algo em conjunto. Seria carência? Não, apenas evitava ficar entediada. Ficava entediada com facilidade e isso a irritava. 
-- Heh, alguma vez ou disse que era normal? -- provocou ela, arqueando uma sobrancelha. -- Se pensou isso então pensou bastante errado de mim, meu caro. 
Abriu um sorriso traiçoeiro encarando-o de forma provocativa e desafiadora. Depois moveu os olhos para o lados, ainda um tanto curiosa sobre aquela cidade estranha. O que havia de divertido ou interessante.
-- Mas me diga, qual é o seu nome? Acho que não perguntei.
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“Eh, uma coisinha como você conseguiu quebrar o nariz de alguém? O infeliz não deveria ser lá muita coisa…” Apesar das palavras o tom que usava não era ofensivo, a única coisa claramente notável em sua voz era a diversão. Na verdade, acabou rindo ao imaginar a cena “Seria algo legal de se ver”.
Sabia que ela aceitaria o improvável convite - algo como um sensor parecia ter sido ativado desde que chegara ali, talvez fosse mais um presente de seu mestre, talvez fosse algo comum aos moradores dali -, de qualquer forma, gostara daquela estranha habilidade. Teria a desleal vantagem durante os jogos. 
E a vantagem, às vezes, significava tudo.
Já havia iniciado sua caminhada quando a jovem voltou a falar, uma expressão surpresa tomou sua face, mas não durou muito, logo o sorrisinho zombeteiro estava de volta “Estranho. Você é estranha. As pessoas não gostam da minha companhia, elas a evitam ou fogem” Virou-se para olhá-la por cima dos ombros, um brilho estranho no olhar, quase nostálgico.
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“Você é estranha” Repetiu “Gosto disso, vamos nos dar bem”. 
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-- Tem lógica mas nunca tive o hábito de visitá-las. Apenas uma única vez quando um colega meu tentou, num tentativa falha, de me divertir. No final, ele acabou com o nariz quebrado porque eu o soquei. Não estava de bom humor no dia. -- explicou ela com desdém, sorrindo um pouco como se achasse graça daquela lembrança. 
A morena baixou uma sobrancelha e arqueou a outra com o comentário sobre ela não ter impuridade. Observou-o de forma curiosa e não mexeu um dedo quando o ruivo resolveu se aproximar e inspirar. Parecia um cachorro farejando drogas ilícitas e Vallerie era o ponto duvidoso. Não fez comentário sobre isso porque sua expressão de, "nossa..." dizia o suficiente. 
Ela, de fato, nunca teve o hábito de visitar aqueles lugares. Nunca teve interesse e nem tinha, talvez jamais tivesse um dia. Era controlada, educada e calma, mas tinha seus dias rancorosos e que seu humor não estava dos melhores. Malditos sejam os dias femininos...
-- Claro, claro. Acho que será bom, sei lá, é entediante andar por aí sozinha. -- disse, dando de ombros, desencostando-se da parede para acompanhá-lo. -- E gostei de conversar com você, sabia? Não é todo dia que encontro alguém provocador assim.
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O ruivo poderia ter rido da expressão que aos poucos se fechava, no entanto temia que seu riso acabasse ou apressasse o jogo. Então limitou-se a manter a postura amigável, divertindo-se internamente com as reações dela. 
“Não a conheço, logo não sei quais lugares costuma frequentar. Logo não é tão absurdo assim considerar a hipótese de apreciar as atividades das casas noturnas” O tom foi ganhando convencimento aos poucos, sabia que havia lógica em suas palavras “Não costumo negar quem sou” Apenas omitia vez ou outra, ou fazia com que tivessem uma visão distorcida, mas negar não, nunca. 
“Longe de mim afirmar algo do gênero, sweet. Gosto da impuridade, mas não consigo cheirá-la em você” Acabou se aproximando, inspirando profundamente próximo a ela “É.. Nada” Declarou ao voltar a posição inicial, agindo como se seus atos fossem absolutamente normais “De qualquer forma, vou-me indo. A não ser que queira me acompanhar” Não soou como se tivesse segundas intenções e, de fato, não as possuía, queria companhia, mas não pediria por ela.
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O rosto da jovem fechou-se um pouco, estreitando o olhar com leve irritação porém sem perder a calma, nunca. Revirou os olhos e bufou, completamente entediada. Levou uma mão à nuca para coçar ali como distração ou simples vontade de querer se mover. Voltou a encará-lo, pensando no que poderia dizer, escolhendo um pouco de suas palavras.
-- Ah, claro, como se eu tivesse o costume de andar em prostíbulos. -- disse, balançando um pouco a cabeça. -- Comentei porque achei que não fosse ser uma resposta comum como "não". As pessoas sempre negam e isso é irritante. Assim como coisas comuns e habituais são irritantes. Tsc.
Procurou um lugar para se encostar, levantado um joelho e apoiando o pé na superfície. Uma mão dentro do bolso e a outra agora sobre a própria perna. Encarou o rapaz ali de forma mais desafiadora, um tanto enigmática. Achou interessante o comportamento e as respostas. 
-- Mas se quiser me considerar uma pessoa ímpia pra mim tanto faz. É você quem tá falando e não vou perder meu tempo me importando com a banalidade alheia. 
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Não verbalizou, mas percebeu que a garota o encarava com interesse, provavelmente por causa de seus olhos. Estava acostumado com isso também, já havia sido chamado de diversas coisas por causa de sua peculiaridade. 
Devolveu o sorriso que recebera, apesar de não usar o deboche como arma, o que o revestia era a falsa aura amigável, claramente notável e irritante “Todo lugar tem um. Deve ter, se quiser ser chamado de paraíso..” Não estava de fato interessado nas prostitutas, apenas gostava de ser rodeado pela sujeira, de apontar e zombar e, vez ou outra, sentir-se superior “Mesmo que não haja profissionais masculinos, os clientes equiparam-se com um, não? Tão sujos quanto”.
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“Eh, achei que tivesse deixado isso claro quando perguntei se você também estava a procura de um” Provocou “Admito, tenho certa tendência a cercar-me de ímpios quando estou entediado… Atividades cristãs nunca trazem tanto divertimento” Tratava do assunto com banalidade, apesar de ser um adepto da atuação, não costumava negar sua real natureza. Não quando lhe era conveniente, ao menos.
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-- Que seja. -- Vallerie deu de ombros, fechando os olhos. 
Observou-o por um curto período de tempo, analisando um pouco, mas, na verdade, curiosa por causa dos olhos desiguais do rapaz. Nunca vira isso e achou legal, diferente. Não olhou por muito tempo porque era falta de educação encarar pessoas desconhecidas assim, ainda mais pela peculiaridade que elas tiverem. A morena ali nunca fora boa com sentimentos e emoções desde sempre, desde que nascera. Seus olhos eram frios e indiferentes por natureza e não se esforçava para mudá-los também. Só quando queria ou achava conveniente. Assunto inútil e que chutou de sua mente. Não valia a pena gastar seu tempo com algo tão banal. 
Voltou a encará-lo, arqueando as sobrancelhas e levantando o canto da boca em deboche. Deu uma breve risadinha e voltou a ficar séria. 
-- Olha, não, mas admito que parece ser uma ideia interessante. Nunca pensei que aqui pudesse ter um. -- foi o que disse, dando de ombros e bufando em seguida. Sorria com descaso. -- Apesar que não sei se haveria prostíbulos masculinos por aqui... E que valessem a pena. Heh, aposto que não. Você está procurando por um?
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Havia algo sobre o descaso que era sempre capaz de diverti-lo. Estava tão acostumado a vê-lo nos olhos dos pais que já era capaz de considerá-lo um velho amigo. De qualquer forma, era aquilo que via nos olhos negros à sua frente. Descaso e frieza. 
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“Na verdade, não quero” O tom ainda se mantinha divertido quando deu de ombros com naturalidade “Nunca fui bom com desculpas” Não que tivesse tentado ser também. Não se lembrava de ter se desculpado por nada a ninguém. Até tentara uma vez, mas Sarah interrompera o ato, apreciando apenas o fato de ter tentado… Um suspiro escapou de seus lábios, enquanto dava-se conta do quão estranha a namorada fora (e do quanto gostara daquilo nela).
Passara a destra pelos fios ruivos, meneando de leve a cabeça. As orbes desiguais voltando a focá-la enquanto dispersava os antigos pensamentos “De qualquer forma, o que faz por aqui tão tarde? Também está procurando por um prostíbulo?” 
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Sabia antes mesmo de perguntar que a resposta seria negativa, mas passar tanto tempo imerso em tédio tinha aquele efeito sobre o rapaz. Deixava-o um tanto mais desagradável do que o normal, mesmo que não se esforçasse por aquilo. 
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As informações que conseguira desde que chegara ali eram escassas, mas suficientes para saber que não deveria estar morta ou sonhando. Talvez ambos. Talvez um ou outro. Talvez nunca saberia de verdade. Achara engraçado quando soube que haveria consigo uma tatuagem de acordo com o signo. Vallerie, por pura curiosidade, encontrou-a bem em seu osso da cintura, preta e interessante. Tirando ela, tinha uma segunda tatuagem no corpo, que era a de seu antebraço esquerdo. 
Caminhava por aí, sempre sem saber exatamente para onde ia, com as mãos nos bolsos de seu sobretudo longo e azul-marinho. Se tinha uma casa e sabia sobre ela, tinha certeza que se perderia e nunca mais retornaria. Nunca foi boa em situar-se nos lugares ou ler mapas. Estava caminhando de forma levemente distraída, levemente entediada, quando por acidente esbarrou-se em alguém. 
-- Ah, desculpe-me. -- dissera com voz monótona e olhar frio. Arqueou uma sobrancelha ao fitar os olhos desiguais do rapaz quando se virou para ele. -- Mas se quiser se desculpar também, fique à vontade.
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Estava ali há menos de vinte e quatro horas e já estava entediado. Nem mesmo a grande caverna no centro de sua vila fora capaz de prender sua atenção por muito tempo. Apesar da aura densa que o lugar emanava, achava que seria desperdício de tempo aventurar-se por lá sozinho. Afinal,  a diversão não seria tanta sem alguém para poder assustar. Era estranho, mas admitia sentir falta de uma boa companhia para brincar vez ou outra. 
E foi em busca de companhia que decidiu voltar a cidade, ou centro, ou seja lá o que aquilo fosse. Não havia conseguido tantas informações quando chegara, apenas falaram-lhe sobre a tatuagem - que acabou achando na coxa direita, próxima a virilha - e sobre a distribuição de signos entre as vilas. 
Bem, a maldita vila estava vazia e assim havia ficado durante todo o tempo que zanzara por lá. Talvez estivesse acontecendo alguma reunião ou uma festa e esqueceram de convidá-lo. Talvez seus conterrâneos fossem apenas filhos da puta decididos a ignorá-lo… Ou, apenas não sabiam que ele existia. 
O público de Prontera mudava drasticamente durante a noite, lembrando-lhe da cidade suja de onde viera. Por mais que não fosse possível avistar nenhuma prostituta ou traficante por ali, sabia que deveriam existir em algum ponto da cidade. 
Os transeuntes que abordara não ficaram muito satisfeitos com a pergunta que fizera, aparentemente, a doutrina dos habitantes dali era parecida com a Bíblia ou tão cheia de pudícia quanto. O significava que não aprovavam ruivos com aparência suspeita a procura de acompanhantes. Lembrava-se de ter balançado a cabeça com os primeiros insultos - ou lição de moral - que recebera, até perder a paciência e murmurar um simples e útil foda-se.
Enquanto caminhava sem rumo, levara uma das mãos inconscientemente ao bolso do casaco, pegando de lá a fotografia - agora um tanto amassada - da antiga namorada. Distraiu-se com as memórias que a imagem lhe trazia, perdeu-se tanto a ponto de não notar mais o que o cercava e não demorou para que colidisse em algo ou alguém. 
“Tsc, vocês são piores que testemunhas de Jeová” Soou entediado, levemente desgostoso. Esperava reencontrar o maldito que lhe julgara a pouco, mas quando focou as orbes desiguais na silhueta em sua frente viu que se tratava de outra pessoa. A mudança na expressão do ruivo foi tão drástica quanto divertida “Ora, ora, o que temos por aqui” Cantarolou “Devo me desculpar… Ou foi você quem esbarrou em mim?”
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-- Gritar com certeza não vai te ajudar em nada, sabia? -- uma voz feminina e calma disse. 
Estava atrás da jovem de cabelos azuis, de braços cruzados sobre o peito e a expressão fria e indiferente em seu rosto. Suas roupas eram bastante incomuns que lhe davam um aspecto bem intimidador mas não faria nenhum mal à menina. Simplesmente achava imprudente ficar gritando à toa por aí, chamando atenção desnecessária, em um local totalmente desconhecido e estranho. 
-- Se não sabe onde está, gritar por alguém ou socorro é um ato imprudente. -- desviou o olhar para o lado. -- Pode atrair coisas ruins.
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Estava em um lugar completamente diferente, não fazia ideia de onde estava. Via pessoas andando nas ruas, que eram desconhecidas nunca tinha visto este lugar! 
Não sei o que poderia fazer, um segundo atrás estava… me afogando? Eu morri? Esse é o lugar após a morte? É, não era nada de como eu imaginava ser mas e agora? Passei a mão pelo meu corpo para ver se eu ainda era de carne, me parecia que não tinha mudado em nada. Isso era realmente estranho. Tentei falar com umas pessoas que estavam passando por mim mas não estava conseguindo, elas simplesmente me ignoravam! 
— ALGUÉM AQUI PODE ME AJUDAR??
Gritei, será que assim alguém prestaria atenção em mim? Alguém me responderia? Unica coisa que me restava era esperar.
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Aquela menina era estranhamente fria. Não em seu aspecto, sorriso ou olhar como Vallerie, mas sua pele e seu corpo. Não emanava calor como qualquer outra pessoa normal e isso era, de alguma forma, intrigante. Queria perguntar o motivo de ser dessa forma estranhamente incomum mas seria má educação. Uma pessoa educada e disciplinada como Vallerie não podia, de jeito algum, perder sua postura. Rolou apenas os olhos de um lado para o outro, procurando um lugar que pudessem se sentar sem serem interrompidas ou surpreendidas por algo desconhecido. Andaram até que, para alívio de Vallerie, avistaram algo que parecia muito com um parque. Devia ser um e isso era ótimo; um lugar tranquilo.
Andou com cuidado até lá, sempre ajudando Jackeline a andar, apoiando-a o máximo possível. A morena tinha cara de durona e olhar frio e indiferente mas era gentil, seus atos eram de gentileza e seu toque delicado. Um paradoxo, quem sabe. Assim que viu um banco branco, caminharam até lá.
-- Sente-se. -- disse com o mesmo tom de voz frio de antes, não dirigindo o olhar dessa vez. -- Qual o nome, minha cara?
Assim que a albina se sentasse, a morena ali ficaria apoiada em apenas um joelho no chão, e puxaria o pé machucado com delicadeza para examiná-lo melhor.
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   Nossa, cara. Como assim. A moça ajudava a garota ali, no chão, ainda falava que iria ajudar um pouco mais e conseguia deixar a albina com um pouco de medo. Como podia explicar…? As feições duras e frias dela eram um tanto quanto intimidadoras - mas, quem sabe, aquela morena que a socorrera poderia ser de alguma ajuda? Bem, ela já estava se voluntariando para isso, então….
  —  Erh… Claro. — Jackie concordou, segurando, com força, o cajado na sua outra mão livre, apertando-o com os dedos, não deixando que, de jeito algum, o objeto escapasse de suas mãos. Era algo meio importante, digamos assim. Ajeitou o seu braço magro e fino pelos ombros da morena, dando um pouco mais de conforto para ela mesma e para a garota.
   Abriu um curto sorriso, olhando a garota que a socorrera de cima à baixo. Ela parecia, por mais que as feições lhe enganassem, uma pessoa gente boa. Bem, isso a albina ali poderia dizer depois de dois séculos observando todos os tipos de pessoa - mas também aprendera que as aparências enganam, é.
   O sorriso no canto dos lábios frios e tão pálidos quanto o resto da pele de Jackeline era apenas um agradecimento silencioso - a morena ali parecia um sargento, as quais as ordens não deveriam ser desobedecidas -, então, simplesmente virou o rosto para a frente depois de poucos segundos, assim que a garota começara a caminhar, fazendo a albina, com o pé não machucado, tentar acompanhar seus passos, ao meio de toda aquela gente.
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Não havia muito tempo que acordara em uma casa que não era sua e em um mundo tão... Diferente do seu. Talvez tivesse enlouquecido ou colocaram drogas ilícitas no café que tomara na cafeteria de Londres antes. Pelo menos suas roupas continuavam as mesmas por mais que fosse um tanto provocantes para os homens, porém não vulgar. De qualquer forma, andava sem saber que caminho tomar, que direção ir, sem saber exatamente onde estava e, o principal: se era seguro. Todavia, seus olhos negros demonstravam monotonia e tédio, as mãos dentro dos bolsos de seu sobretudo longo e azulado, de cor bem escura quase preta. Suspirava vez ou outra, de forma calma, buscando alguém são para lhe dar alguma resposta ou informação mas tudo o que via eram pessoas robóticas, inexpressivas demais para o seu gosto.
Assim que seus olhos avistaram uma moça de cabelos brancos e comportamento normal, viu que era uma chance de saber que raios de lugar, mundo, o que quer que fosse, era. Começou a caminhar devagar em sua direção, arqueando uma sobrancelha quando essa moça caíra após tropeçar em alguma coisa. Estava longe demais para fazer alguma coisa por ela e, assim, o mínimo que podia fazer, era ajudá-la a se levantar. Parou e tirou uma mão dos bolsos, estendendo-a para auxilia-la. A expressão de dor não lhe passou despercebida e viu que ela havia torcido o tornozelo.
-- Não há de quê. -- disse ela, sua voz um tanto grave e séria para uma moça. De repente, puxou com gentileza o braço de Jackeline, passando-o por sobre o seu ombro. -- Deve ter torcido o tornozelo e por isso irei ajudá-la um pouco mais. Se quiser agradecer, que o faça depois, agora não é hora. 
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   Olhou, de maneira triste, para o lago doze metros abaixo de seus pés.
   Flutuava no ar, segurando, não tão firmemente, o cajado na mão direita - fazendo com que o objeto quase escorregasse de seus dedos, o que a fazia dar uma desequilibrada no ar de tempos em tempos. A albina não sabe quanto tempo passou lá, observando-o, enquanto as lágrimas frias demais para serem de um humano qualquer escorriam pelas bochechas brancas de Jackie. E nesses malditos duzentos anos de existência, finalmente descobrira a sua finalidade no mundo.
   Dar vida à uma lenda a qual nem pertencia à ela.
   Quer dizer. Pertencer, pertencia - mas os dados não estavam corretos. E ela jamais seria vista como uma lenda, teria alguma dignidade ou traria felicidade à alguém. Não por ela mesma - Jackeline. E não sabia dizer se a sua vida era menos medíocre antes ou agora. Digo, antes de cair sobre aquele mesmo lago congelado o qual flutuava por cima dele.
   Não haveria problema em dizer que alguém simplesmente apontaria para ela e gritaria: Uma menina flutuante! Porque ninguém conseguia vê-la. E isso, até mesmo antes de se tornar um simples espírito com os poderes de gelo. Quando era uma humana, ela era considerada uma fantasma. Invisível à todos, até mesmo à própria família - mesmo que, naquela época, apenas queria se divertir e nada mais.
   Os pés balançavam enquanto pensava. Não poderia morrer se caísse ali, não? As águas gélidas não poderiam ter temperaturas menores que as internas do seu corpo, certo? Semicerrou os olhos, pensando naquilo. Ela mesma tratou de concertar o buraco pelo o qual caíra, há muitos e muitos anos atrás, assim que recebera os poderes de gelo. Talvez ela conseguisse transformar a temperatura em uma inferior à sua. Talvez não.
   Porém, antes de decidir qualquer coisa, o cajado finalmente escapou pelos dedos pequenos e pálidos, indo em direção ao gelo. E, sem ele, seus poderes eram completamente inúteis. Demorou três segundos para que a albina finalmente se desse conta de que estava caindo em direção ao mesmo lago que tirara a sua vida duzentos anos atrás.
   Uma palavra, um momento, uma sensação: fudeu.
   Os olhos dela arregalaram-se, mas como era mais pesada que o próprio cajado, acabou por passar por ele no meio da queda, conseguindo agarrá-lo no meio do ar, dando tempo apenas de descongelar o lago, fazendo um enorme estrondo quando o seu corpo, por mais pequeno e magro que fosse, se chocasse contra as águas geladas.
   O grito de dor - porque, de boa, cair de doze metros de altura e se chocar, de barriga, contra um lago gelado não era uma situação confortável - foi abafado pela água. A menina cerrou os dentes, enquanto apertava com força o cajado em sua mão direita. Pff, que ideia idiota aquela. Pelo menos, fizera-a acordar dos pensamentos inúteis - ela era um mero espírito qualquer com poderes de gelo, e aquela era a sua vida e ponto final.
   Espera… Acordara? Não era o que parecia, quando as pálpebras começaram a pesar, fazendo a albina sentir um longo sono. E olha que nem estava tão de noite assim - e ela nem sentia mais a dor do impacto - então por que estava com tanto sono…? O corpo dela foi afundando mais e mais, e como o lago não era muito fundo, logo chegou até o chão do mesmo, permitindo-se dormir, usando a água como um cobertor.
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   Ressonava, ali, com uma das mãos - a que, claramente, não segurava o cajado - repousava sobre a sua barriga. Os cabelos longos platinados, vez ou outra eram bagunçados pelo movimento da água, fazendo um efeito muito bonito à cada um que visse-! Ah, me desculpem. Ninguém podia vê-la.
   Porém, quando abriu novamente os olhos azuis, devagar, não estava mais no seu lago congelado. Era um lugar… Completamente diferente. Quando sua mente lerda processou que estava, não mais na Argentina, e sim, num lugar calmo, com várias pessoas andando pra lá e pra cá, o qual parecia um Paraíso…
   … Entrou em pânico.
   Levantou-se com um pulo, olhando para tudo e todos - com uma dor latejante na região direita da sua cintura -, como se alguém fosse lhe dar uma resposta. Porém, todos pareciam bonecos de marionete muito bem controlados - e até imaginou que estava de volta na Terra, que estava sonâmbula e voando por aí sem nem perceber, porque ninguém mais à via.
   Correu - porque, estranhamente, não conseguia voar -, empurrando aquelas pessoas as quais trombavam nela, normalmente com as mãos ou com o cajado. Porém, a sua mão não as atravessavam. E algumas até podiam vê-la, lançando-a olhares tortos. Então, não. Aquilo não era a Terra. Mas para organizar os pensamentos tinha que sair para algum lugar. Algum lugar o qual pudesse respirar normalmente.
   Só que não percebeu quando, quase conseguindo se ver longe daquela maldita multidão, tropeçou em alguma coisa - uma elevação na calçada, uma pedra, ou talvez nos próprios pés descalços. Já estava se levantando novamente, cerrando os dentes, sentindo que, muito provavelmente, havia torcido o pé esquerdo, quando uma mão amigável estava lhe estendida em sua direção.
   Levantou uma sobrancelha para o gesto - ninguém o fazia há mais de dois séculos - mas depois os olhos azuis brilharam, quando olhou nos olhos da pessoa que o fazia e percebeu que era realmente com ela, e não com alguém atrás dela ou qualquer outra coisa do tipo.
   Aceitou a ajuda de bom grado, mas, ao colocar-se de pé, o equilíbrio falhou um pouco, e as feições contorceram-se em uma de dor, antes dela apoiar-se no cajado, vendo que, daquele jeito, era realmente melhor. Deu um suspiro um tanto aliviado, e depois olhou, ainda com um certo brilho nas orbes azuis escuras, e um sorriso nos lábios.
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  — Ah… Muito obrigada. Hehe.
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Cheguei~ Would someone like to role play with me?
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Canaan spam FTW
Seriously, I’m gonna rewatch this thing. I miss it so much
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“Unity is vision; it must have been part of the process of learning to see.” ― Henry Adams
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