EM DEFESA PELA MANUTENÇÃO DO ANFITEATRO PÔR DO SOL E DOS PARQUES PÚBLICOS DE PORTO ALEGRE
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O ESPAÇO ANFITEATRO PÔR DO SOL É DO POVO! NÃO À CONCESSÃO!
O Anfiteatro Pôr do Sol, na Orla do Guaíba e próximo à foz do arroio Dilúvio, foi concebido como um espaço de espetáculos musicais e culturais a céu aberto, cercado pelo verde. Constitui-se em um importante patrimônio a ser resgatado para a população de Porto Alegre, para a retomada de eventos e lazer em meio à natureza.
O espaço tem capacidade para 70 mil pessoas e foi inaugurado em 13 de maio de 2000, um ano antes do Fórum Social Mundial, onde recebia público porto-alegrense e de várias partes do Brasil e do mundo. Seu nome foi resultado de votação popular, que contou com a participação de mais de 20 mil pessoas.
É um espaço nobre, aberto, com potencial de retomada de espetáculos e eventos gratuitos à população. Abriga ainda uma ampla área verde de gramados, circundados por mata ciliar, apresentando flora e fauna típicas da beira do Guaíba, além de arborização mesclada a uma paisagem natural que coroa um cenário ímpar no entorno do prédio do Anfiteatro.
O Anfiteatro Pôr do Sol fica ao sul do Parque da Harmonia (Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, incluído no “Trecho 1”, já concedido, da Orla do Guaíba) e ao norte do Parque Marinha do Brasil (incluído no “Trecho3”, com edital de concessão pronto). O “Trecho 2” da Orla, por iniciativa do prefeito Sebastião Melo, inclui o Anfiteatro previsto para concessão a empresas privadas implantarem um megaprojeto lucrativo, com muito concreto, prédios, centro de eventos, farol, marina, estacionamentos e outras estruturas mirabolantes que venham a gerar negócios privados, mais uma vez e acima de tudo.
A proposta de concessão, oriunda da Secretaria de Parcerias da Prefeitura, impede a recuperação do prédio abandonado e pretende transformar a área em ambiente de comércio e negócios. Porém ali há uma faixa de 500m de Área de Preservação Permanente (desde a mata ciliar da margem do Guaíba até áreas da foz do arroio Dilúvio) amparada pela Lei Federal 12.651/2012 e pela Lei Orgânica de Porto Alegre. Ali também vivem dezenas de espécies de aves (algumas migratórias), preás, tartarugas, gambás e outros animais da fauna nativa, em parte que fugiram da recente destruição do Parque Harmonia, promovida pela empresa concessionária GAM3 e pela Prefeitura de Porto Alegre.
O Espaço Anfiteatro Pôr do Sol não pode seguir o mesmo destino criminoso do Parque Harmonia, que foi deliberadamente abandonado para ser concedido por 35 anos para uma empresa construir um espaço próprio, de atividades lucrativas e eventos comerciais. A concessão do que chamam Trecho 2 implicaria no corte de dezenas ou centenas de árvores para a construção de mais estacionamentos privados, com impermeabilização do solo, muito concreto e ilhas de calor e menos área verde e biodiversidade, ferindo o interesse público e o direito ao meio ambiente equilibrado a todos (art. 225 da Constituição Federal).
- Pela manutenção dos espaços públicos, gratuitos para todos(as) e todes, com a restauração da estrutura do prédio e do palco de shows do Anfiteatro e manutenção total, das matas ciliares e da área verde e de preservação de seu entorno!
- Pela retomada de atividades artísticas, populares, gratuitas em harmonia com os espaços verdes e arborização!
- Pela preservação dos Parques Públicos, Praças e Áreas Verdes, sem concessões!
- Pelo Parque do Anfiteatro Pôr do Sol, pelo direito público de lazer, e por uma Cidade com mais verde e condições dignas de vida para todes!
Coalizão de Movimentos Salve Os Parques de Porto Alegre, Coletivo Preserva Redenção. Movimento Salve o Harmonia, PreservaPOA, Preserva Zona Sul, Ser Ação, InGá, Agapan, Amigas da Terra, AMPD, Sindibacários, Sindijus, APCEF/RS, Laudato Si, Pastoral da Ecologia Integral do Brasil/ RS, Coletivo Preserva Parque Marinha, ACESSO.








Anfiteatro Pôr do Sol Foto: Mapio.net
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