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há uma ligeira melancolia que toma conta do peito de carissa ao que ela esquadrinha a face de laurent —— uma sensação peculiar que a faz vacilar apenas por um segundo. de certa maneira, dói até mais do que as palavras afiadas que ele atira como lâminas em sua direção. ❛ nem o bastante para que você tenha deixado de usar o orgulho como arma. ❜ não há provocação em sua voz, nem mesmo crítica. somente uma constatação que ela se vê obrigada a fazer após tudo o que escuta, dita em tom sereno e tanta emoção quanto quem comenta sobre o clima. ❛ pelo jeito as coisas realmente não mudam. ❜ completa, ainda que ciente de que isto não pode estar mais longe da verdade. ali, diante dele e todo o rancor que queima em suas íris desiguais, a elytheana é confrontada com o quanto tudo realmente mudou.
não faz mais de seis anos desde que pertenceu a ele, mas ao mesmo tempo parece até ter ocorrido em uma vida passada. lefreve não é mais o seu principe encantado e nem ela é a menina frágil que podia se esconder atrás do ombro protetor dele e passar a tarde lhe enchendo com os planos para seus jardins. e embora cissa nunca tenha sido particularmente orgulhosa, fingir que ainda é essa menina parece um insulto aos dois. ❛ talvez não, mas tenho tanto controle nisso como tive antes. ❜ a resposta é tão sincera quanto pode ser sem pedir desculpas. porque se tivesse tido a chance —— se qualquer pessoa tivesse se dado ao trabalho de perguntar o que ela queria, a resposta teria sido ele. só que a realidade é apenas uma: a princesa de elythea vem antes de carissa, da mesma forma que o bem de seu povo deve prevalecer sobre seus desejos egoístas. e é justamente a princesa que se encontra diante dele, com o queixo erguido, sem fugir de sua fúria ou deixar a tristeza escapar para além de seus olhos. ❛ e que tipo de postura você acharia mais adequada? lágrimas? declarações furiosas e exageradas? nós não somos mais adolescentes, laurent. ❜ as sugestões lhe arrancam um riso nasal fraco e sem humor, ❛ eu entendo que prefira me culpar, mas se isso lhe ofende, talvez o problema não esteja na civilidade, e sim em pensar que nossas vontades são maiores do que nosso dever. ❜
laurent nunca foi exatamente o tipo de homem que buscava paz , mas havia momentos em que até ele precisava fugir do barulho . e althara estava cheio dele . foi por isso que acabou ali . a estufa era um ponto cego no mapa social — um espaço úmido , abafado , mas surpreendentemente eficaz para respirar . parecia um bom lugar para pensar . ou para não pensar . laurent não decidiu qual preferia . estava escorado em uma estrutura de ferro envelhecida coberta por trepadeiras , o olhar perdido num vaso de flores exóticas como se aquilo fosse digno de sua atenção . e então ouviu passos , o que já era suficiente para fazê-lo revirar os olhos . olhou por entre as folhas , e o corpo inteiro enrijeceu antes que pudesse impedir . o desgosto foi físico ao ver carissa . subiu quente pela garganta e travou nos dentes . laurent permaneceu onde estava , as mãos cruzadas nas costas , com a postura quase militar de quem preferia manter distância . ‘ se soubesse que era seu refúgio , teria escolhido outro lugar . ’ talvez o que mais o irritasse era que , por um breve instante , o coração bateu rápido . só para lembrá-lo da humilhação que ela o fez engolir . ‘ e ainda assim , não o bastante para que você deixasse de me incomodar com a sua presença . ’ seu tom era tão frio que quase condensava o ar da estufa — e ele pouco se importava com isso . ‘ você não deveria estar aqui . mas já que está … pelo menos tenha a decência de não fingir que somos civilizados . ’
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ᘛ featuring : @darianversion ᘛ scenary : durante a caçada por esconderijo dos corações
os dedos de phaidonos deslizam pelas pétalas azuladas de uma íris, em um toque quase reverente. seria mentira dizer que esperava encontrar logo um canteiro silvestre no meio daquela floresta labiríntica, mas entre todas as surpresa que presenciou ali até o presente momento, supõem esta é a que faz mais sentido. o espaço é aberto, oferecendo todo o sol necessário para seu crescimento, e o riacho ao lado mantém o solo fofo e úmido, exatamente como esse tipo específico gosta. e conforme cissa observa aquele cenário, não pode evitar o sorriso que desponta de seus lábios e alcança seus olhos, espantando suas dúvidas. é o esconderijo perfeito para seu medalhão —— talvez um pouquinho óbvio considerando o seu apreço por jardinagem, contudo, se é para ser encontrada, que seja por alguém que a conheça.
e com a mente decidida, a princesa se põem a mão na massa —— ou melhor, na terra. com cuidado, ela afasta a maior das rochas mais próximas e cava um buraco entre suas raízes trançadas. a textura macia da terra sob os dedos lhe traz um conforto silencioso. não vai muito fundo, é claro. somente o suficiente para que seu coração não fique tão exposto. no entanto, um pequeno problema acontece antes mesmo que tenha a chance de escondê-lo. um vulto surge pelo canto de seus olhos, despertando uma surpresa que pausa sua mão ainda no ar. tem o olhar ligeirmente arregalado quando ergue o rosto e encontrar as íris de darian fitando diretamente as suas, de tal maneira que a deixa consciente demais do fato que ainda está ajoelhada, com as mãos sujas de terra e o medalhão entre seus dedos. e lá se vai a discrição, pelo jeito. ❛ lorde darian, que milagre encontrá-lo por aqui. ❜ o sauda em um tom alegre, bem humorado. as bochechas carregam um toque de azul, mas ela não esconde o riso que brinca no canto de seus lábios conforme termina de cobrir o relicário com a rocha. os olhos anis se acendem ao encontrarem os dele de novo e a loura finge inocencia quando pergunta: ❛ eu sei que em teoria não devemos revelar o que somos, mas agora que me pegou desse jeito, acho apenas justo que me diga se somos apenas dois corações com o pensamento favorito ou será que acabei de facilitar o trabalho de um caçador? ❜
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ᘛ featuring : @courtscent ᘛ scenary : brundh, durante a caçada ᘛ prompt : you don't look good
o mar de árvores esmeraldinas se estende ao longe e atraí seu olhar como um verdadeiro imã toda vez que cissa acaba se dispersando —— o que tem acontecido com mais frequência do que gostaria de admitir. sua mente não está exatamente na caçada, tampouco no presente. toda aquela demora lhe incomoda como nunca –— uma incerteza que não é apenas sua arranha portas bem fechadas dentro de si. o grupo de corações reunido no brunch representa apenas uma fração de althara, e ainda assim é demais —— gente demais, expectativas demais, sentimentos demais. tudo se empilhando sobre seus ombros como o mundo que atlas foi forçado a carregar.
por um instante, carissa teme que vá desmaiar, só que algo bem mais embaraçoso acontece: ao se virar, acaba colidindo com outra pessoa e o conteúdo da xícara que esta segura voa entre elas, respingando em ambos. ❛ me desculpe! ❜ tenta dizer, a voz fraca e as bochechas acesas de vergonha. o mundo parece girar e, instintivamente, a princesa tenta se afastar, recuar em direção a qualquer canto onde possa respirar sem ser notada. mas é obrigada a parar quando sente um toque leve e quente contra sua pele fria, ancorando-a no local. a preocupação alheia alcança seus ouvidos, soando mais distante do que realmente está, e a princesa hesita. ❛ são pessoas demais. ❜ sua voz não é mais alta que um sussurro, e escapa pausadamente, como se lutasse por cada palavra. ❛ eu só preciso de ar. ❜
#@courtscent#heart hunt#amg vc pediu uma frase diferente mas eu só percebi quando fui catar seu url lá no call pra posta#me desculpe !!!!#mas espero q vc goste <3
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ᘛ featuring : @cheiodelorota ᘛ scenary : estufa
um sorriso tímido se ajeita nos lábios da princesa elytheana e com uma desculpa gentil, ela se afasta do pequeno grupo de damas com quem conversava até então. seus passos são leves, como se tudo o que precisasse fosse um pouco de ar fresco, mas, na verdade, o que procura mesmo é paz. um instante de silencio, longe de conversas superficiais e sorrisos encenados, dos desejos alheios empilhandos sobre seus ombros. longe da expectativa de quem será o próximo a aparecer para reclamá-la como um troféu.
seus pés a conduzem quase por instinto até a estufa. o aroma verde e úmido a envolve como um velho amigo, abafando todo o ruído em sua mente e acalmando algo dentro de si. por um breve momento, o mundo lá fora desaparece. só que a ilusão de solidão dura pouco —— tão logo que cissa abre os olhos, percebe que não está sozinha. à sombra de uma fileira de flores nativas da ilha de treatan, laurent a observa com aquele olhar afiado de quem já percorreu o mundo inteiro e não encontrou nada que valesse a pena. um bem diferente daquele que costumava lançar em sua direção. mas eles dois também não são mais os mesmos. ❛ eu não percebi que meu pequeno santuário havia se tornado popular. ❜ carissa não recua. sustenta o peso do olhar dele com um sorriso tão leve quanto o tom que utiliza. ❛ já faz bastante tempo, alteza. ❜
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faz pouco menos de cinco minutos desde que a princesa foi encaminhada à floresta com a missão de esconder seu medalhão. parece algo simples o suficiente —— até porque, em momento algum foi dito que era preciso esconder em um local particularmente difícil. ainda assim, a cada vez que cogita um esconderijo, uma sensação estranha se instala em seu peito. o olhar recai sobre o relicário, e a dúvida começa a nublar o céu azul de suas íris. como se algo nela soubesse que não devia escolher o caminho mais fácil —— e por ora, finge que se trata apenas do desafio proposto. é mais seguro assim.
cissa está tão absorta nos próprios pensamentos que só percebe a presença do guarda quando sua voz soa próxima demais, alta demais. e o susto é inevitável, assim como o pequeno salto que dá para trás. ❛ pelo santo, você me assustou! ❜ admite, rindo de leve, o som frágil e quase tímido escapando de seus lábios. ❛ ajuda? ❜ acaba ecoando a oferta, mais uma vez, surpresa com ele. por mais ingênua que carissa possa parecer, a vida já lhe ensinou que ajuda nem sempre vem de graça —— nem sempre nasce da boa vontade. ❛ tem certeza de que isso não vai lhe trazer problemas para você? ❜ a elytheana pergunta devagar, com doçura. ❛ não imagino que o magisterium permita auxílios que não sejam estritamente ligados à nossa segurança... ❜ há uma pitada de receio no jeito com o qual aponta, o rosto tombado com uma delicadeza quase inocente. não é uma negativa, é claro. apenas um jeito sutil de questionar sem parecer muito desconfiada.
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❛ Aceita ajuda, alteza? ❜ Perguntou, surgindo por trás de Carissa como um sussurro entre as árvores. ❛ Conheço uma clareira onde nem a luz entra. Ninguém vai encontrar seu segredinho lá. ❜ Não o agradava, exatamente, ser o capacho do Sumo Sacerdote, mas talvez, mostrar a incapacidade dos azuis que se distraíam com as mínimas coisas, fosse surtir um bom efeito para a causa. Ele sorriu, gentil, educado, ao que sinalizava o caminho à frente, instruindo que ela fosse primeiro, mas logo a acompanhando.
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guiada pelos belos jardins até a presença do sumo sacerdote, carissa mantém a postura real que lhe foi ensinada tão logo que aprendeu a andar —— coluna ereta, queixo levemente erguido, passos graciosos, e uma expressão serena o suficiente para esconder até uma tempestade. e é exatamente o que ela tenta fazer agora: esconder. porque sob o sorriso polido, um tumulto se agita em seu âmago, inquieto e cada vez mais difícil de ignorar. é uma reação besta, ela repete para si mesma, numa repreensão silenciosa. o casamento —— ou melhor, o segundo casamento —— deixou de ser uma possibilidade no instante em que foi informada de sua participação em althara. é pra isso que está ali, afinal. só que por mais que empurre as memórias do primeiro para longe, algumas cicatrizes demoram a fechar por inteiro. algumas ainda doem.
no instante em que seus olhos repousam sobre a figura à frente, contudo, a surpresa lhe colore as feições. baek-ho, um dos milhares de príncipes coreanos — alguém que phaidonos nem tinha cogitado. mas, para ser justa, também não havia considerado ninguém em específico, tão ocupada que estava tentando não congelar sob medos irreais. o reconhece de algumas reuniões diplomáticas passadas, com seu jeito irreverente e um sorriso leve, de quem não tem o que temer. é esse mesmo sorriso que, por alguma razão, desarma seus temores mais íntimos. ele parece ser... seguro.
prontamente, cissa inclina o corpo em uma reverência graciosa e baixa o rosto, com um sorriso tímido nos lábios. ❛ faz tempo desde que não respondo mais como rainha, vossa alteza. ❜ o título ainda lhe raspa a garganta com amargor, mas ela se recusa a deixar que isso chegue aos olhos. quando volta a encará-lo, as íris dançam com um brilho quase divertido —— e um toque de alívio que ela tenta não permitir crescer demais. ❛ a honra será minha. ❜ e, no fundo, a princesa quase se surpreende com a facilidade com a qual o aceita. não esperava negar quem quer que fosse escolhido pelo acaso — isso não seria educado, afinal —, mas genuinamente não consegue pensar em um único motivo para hesitar. os olhos passeiam rapidamente pelo traje dele, limpos demais para quem acabou de sair de uma caçada, e o canto dos lábios da elytheana se curva com delicada gentileza. ❛ será que posso lhe oferecer algo do buffet para compensar o trabalho que deve ter tido na floresta? ❜
Esse é um starter para @princissadadisney
O Choi não era um entusiasta da natureza e tinha certeza absoluta que não queria sair dali completamente sujo, não seria seu melhor close ou ângulo. Por isso, enquanto via malucos saindo por aí e se jogando na lama, ele apenas andava tranquilamente pela floresta com as mãos dentro do bolso da calça de moletom. Quando sentiu a energia de um medalhão por perto, seu primeiro instinto foi olhar em busca de algo que fosse bonito para esconder e estivesse mais baixo, já que qualquer princesa que se prezava não esconderia nada em lugares absurdos... Talvez suas ex namoradas, justamente quem ele não queria um novo encontro com. Foi em um arbusto de flores perto de algumas pedras que ele achou um medalhão com uma rosa elythiana, um sinal de que ele definitivamente estava com sorte e por isso não demorou muito mais a reclamar aquele medalhão como seu antes que algum maluco parecesse para lhe atrapalhar ou roubar. Quando se revelou que a pessoa era ninguém menos que a rainha viúva da qual ele já andava de olho em desde que havia casado... Bom, realmente, ninguém tinha mais sorte do que Baek-Ho. Sorriu largamente para e fez uma breve reverência, não poderia pensar em ser recusado, se considerasse que era inofensivo o suficiente para que jamais vissem um mero encontro como algo ruim. ❝E então, minha bela rainha? Depois de todo meu esforço, me dará a honra de aceitar como o caçador do seu coração?❞
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carissa não faz o tipo que se desespera por qualquer coisa, menos ainda um problema. aprendeu logo cedo que desespero não ajuda em nada. mas tais fatos pouco significam algo quando observa a figura de seu irmão praticamente se arrastar para fora da floresta. ❛ adonis! ❜ o nome lhe escapa os lábios duas oitavas mais alto, tão surpresa que até demora alguns segundos para correr até seu lado. ela o alcança quando ele termina de alegar estar bem, o que tem o efeito quase imediato de erguer suas sobrancelhas em descrença, afinal, bem é o último dos adjetivos que utilizaria naquele momento. seu irmão, sempre tão bem arrumado, agora parece até saído do olho de um furação, com a roupa rasgada, folhas no seu cabelo e terra espalhada por todo canto. em alguns momentos, será capaz de rir da visão, por ora se limita a firmar seus braços ao redor do tronco masculino, ajudando a tirar o peso de seu machucado conforme caminham até o banco. ❛ e então você não teve outra opção senão lutar com ela.. ? ❜ a pergunta soa ligeiramente incredula, torcendo o canto de seus lábios sem que sequer perceba.
diante o sorriso orgulhoso do príncipe, contudo, a mais nova se vê compelida a alargar o seu próprio em resposta. ❛ talvez não. mas também não precisa ser desse jeito, meu irmão. ainda precisamos de você vivo ❜ a repreensão perde sua força diante a delicadeza que utiliza. delicadeza esta que também se espelha no modo com o qual o ajuda a se livrar das folhas em seu cabelo. porque independente de tudo não dito que pesa entre eles, adonis é seu irmão, seu futuro rei, e cissa fica genuinamente feliz por suas conqusitas —— mesmo quando elas parecem atropelá-lo igual um caminhão. ademais, não é como se ela possa falar muito com seu joelho ralado e as roupas ainda ligeiramente sujas pela queda que teve mais cedo. ❛ príncipe baekho da coreia. ❜ o tom é sutil o bastante para não demonstrar desagrado com seu par, só que é o olhar que explicita aquilo que não é educado falar diante as câmeras: o príncipe coreano está longe de ser uma união favorável a elythea. mesmo assim, carissa não pode se dizer insatisfeita quando seu caçador é exatamente aquilo pelo qual torceu: alguém inofensivo o suficiente para não despertar demônios adormecidos. ❛ eu aceitei o encontro. ❜ comenta distraídamente, apenas a mérito de informá-lo. sua atenção ainda está em se livrar do pequeno arbusto que se formou entre os fios do mais velho.
os dedos hesitam por um único instante antes de completar: ❛ kalliope também foi sorteada como coração. mas ninguém aidna clamou seu medalhão. ❜ preocupação colore sua voz ao mencionar a pequena princesa da família. não deve ser tido como grande surpresa, afinal, pro mais que a esta seja de longe a mais mimada dos phaidonos, desde que retornou da ucrania, a loura tomou uma postura verdadeiramente materna quanto a caçula. ❛ e quanto a você? já tem alguma ideia de quem você conquistou das árvores? ❜
@princissadadisney
"Eu estou bem, juro." Adonis falou ao sair da floresta e dar de cara com a irmã, já a tranquilizando sobre o jeito que estava mancando. E também a tranquilizando pelo fato de que tudo correu certo e Adonis não arrumou briga com ninguém; ela bem sabia que ele era competitivo demais e empurraria algumas pessoas de seu caminho se precisasse. O que não aconteceu dessa vez. "O medalhão estava em uma árvore." Adonis falou, encontrando um banco para se sentar também. "Teria sido bem mais fácil se estivesse no lago, mas acho que o público não ia gostar de nada fácil.... E tenho que concordar com eles." Adonis sorriu desse vez, um tanto triunfante ao parar pra pensar que talvez estivesse jogando um pouco melhor naquele reality show. Olhou para a irmã, deixando-se ficar um tanto menos tenso com a companhia dela, recostando-se no banco pronto para descansar e tirar todas as folhas secas presas em seu cabelo. "Você já sabe quem é seu par?"
#@theprinceadonis#heart hunt#amg ... perdao mds#mas é contexto ta ?#prometo q a resposta vem menos...#eu espero qq
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ser um coração está terrivelmente de acordo com carissa phaidonos. sentar e esperar enquanto outras pessoas lutam pela oportunidade de tomá-la como um troféu brilhante é praticamente a história de sua vida. agora, contudo, é também algo que provoca inquietação por baixo do sorriso principesco que carrega nos lábios, até porque, é para isso que foi mandada para althara. para cumprir seu papel e encontrar uma nova união que favorecesse seu reino. contudo, após os capítulos mais conturbados que viveu em sua união, não há como impedir a angústia que sobe à garganta junto a bile conforme precisa esperar. porque, dessa vez, a princesa sabe que alguns pretendentes não são exatamente gentis.
talvez seja esse sentimento que a atraí até bahar. quem sabe seja apenas o silêncio, a chance de não precisar grandes encenações de expectativa. ao menos, é tranquilizador que a pergunta que ela faz é sobre o que cissa falou e não para que caçador torce mais para que encontre seu medalhão. ❛ eu perguntei se vossa graça gostaria de mais chá. ❜ repete, em tom gentil, indicando o bule que trouxe consigo com um gesticular delicado da destra. ❛ espero não estar incomodando, mas me disseram que esta é uma fusão de ervas popular em anatolia. achei que poderia gostar. ❜ a princesa oferece. não duvida por um segundo que alguém tão perspicaz quanto bahar perceba as palavras não ditas por trás do gesto: você parece nervosa. não é seu lugar apontar tal coisa ou mesmo questionar a razão quando a própria cissa também deseja escapar de suas preocupações. é por isso que apenas oferece um sorriso delicado.
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Bahar deslizou o dedo pela tela do celular com delicadeza. O brilho do Instagram refletia nos olhos inquietos, ainda que o conteúdo passasse sem deixar rastro — stories de nobres em jardins ensolarados, close-ups de porcelanas caras, e um mar de legendas cuidadosamente curadas, todas parecendo muito mais à vontade naquele mundo do que ela jamais se sentiu. Era uma distração. Um refúgio tolo, mas funcional. Cada toque na tela afastava o incômodo crescente no estômago, a ansiedade dos olhos que talvez estivessem observando. Estava acostumada a ser invisível, e agora, com uma câmera em cada canto, a luz parecia queimar sobre a pele. Estava tão imersa nos movimentos repetitivos que quase não notou a presença ao lado. Só quando uma voz — melodiosa, marcada por um sotaque impecável — disse algo próximo a ela, Bahar piscou, voltando ao presente com um leve sobressalto. Levantou o olhar e encontrou os olhos de Carissa, a princesa da Grécia, fixos nela. ❛ Me desculpe... ❜ Disse depressa, o celular sendo travado e escondido como se fosse um segredo indevido. ❛ Eu... poderia repetir, alteza? ❜ Um leve calor subiu pelo pescoço. Mesmo que Carissa não parecesse repreendê-la, Bahar sentia como se estivesse sendo pega fazendo algo errado. Como sempre.

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a loira apenas captura o lábio inferior entre os dentes, já sentindo o sangue subir às bochechas e o coração falhar mais uma batida. não sabe dizer se o motivo é a preocupação que vê estampada no rosto de mikhail —— preocupação com ela —— ou o modo como as mãos dele se apertam contra seu corpo, mantendo-a próxima. involuntariamente, as suas se espalmam contra o peito dele, prontas para impor alguma distância respeitável entre eles. mas, no instante em que deveria empurrá-lo, carissa simplesmente não encontra forças. como se o próprio corpo se recusasse a seguir qualquer justificativa racional e escolhesse, por si só, permanecer ali, junto a ele.
por um momento, quer gritar.. o cuidado que ele a segura, o calor que emana de sua pele, o perfume —— meio amadeirado, meio terroso —— próximo o suficiente para entorpercer… é tudo demais para si. e parece tão certo que quase se esquece do quão errado realmente é.
os dois não deveriam estar daquele jeito. mikhail certeamente não a seguraria assim case se desse conta do tudo de ruim que ela já causou em sua vida. o problema é que por mais que a princesa ainda tenha consciência o bastante para saber que o mais nobre seria se afastar, existe uma vozinha traiçoeira em sua mente, insistindo que aproveite só mais alguns segundos naquela privacidade, longe dos olhos e do julgamento do mundo. e pela primeira vez na vida, carissa se permite ser egoísta.
mesmo com a menção implícita do passado, ela não se afasta. ❛ eu estou. e você, está? ❜ seu tom é firme o bastante para assegurar seu bem-estar, mas suave como seda aos ouvidos dele. aquele tipo de suavidade e compreensão que só existe entre quem sobreviveu a um terror juntos —— e eles sobreviveram. não importa que valentín ainda assombre seus sonhos ou que seu veneno ainda escorra pela relação fraturada deles. porque é apenas isso. o poder que ele tinha para feri-los já não existe mais. e é por isso também que cissa ri.
uma risada mais forte, mais viva, mais leve, que vibra por todo o corpo e até dificulta sua respiração. ❛ não estou não! ❜ repete por pura implicância, os lábios comprimidos em uma linha fina que pouco consegue segurar o tilintar de seus risos. ❛ não exatamente… mas, agora que mencionou, acho que é a primeira vez que te vejo tão em contato com seu elemento. ❜ a elytheana admite sem constrangimento, apenas um sorriso travesso. suas mãos, novamente, sobem involuntárias pelos ombros dele, espantando a terra e as folhas que repousam ali com pequenos tapinhas. outro riso lhe escapa quando encontra uma folha agarrada nos fios loiros de mikhail. ❛ aqueles tal de memes. ❜ ecoa, com uma careta bem-humorada. ❛ você agora soou como lady angel agora. ❜ carissa provoca, não resistindo à lembrança da socialite ucraniana que sempre jurava ser mais velha do que de fato era. esta — e o beijo casto que recebe logo depois —— apertam seu coração, mas de um jeito bom: saudosista, menos dolorido. lembrando-a que nem tudo que viveu na ucrania foi ruim. a princesa fecha os olhos por um segundo, permitindo-se sentir, apenas sentir, os lábios dele contra sua pele antes que a realidade, enfim, a obrigue a recuar.
❛ só alguns arranhões. nada com que precise se preocupar. ❜ diz, já ajoelhada ao lado do príncipe. sua destra espelha a dele ao subir até o rosto dele, afastando os resquícios de sujeira. seus movimentos denotam uma preocupação que escorre por sua voz e alcança seus olhos a medida em que o observa, à procura de machucados nele. ❛ como não? só estou assim porque você amorteceu todo o impacto. ❜ a voz de phaidonos carrega uma leve repreensão, mas também uma nota quente de algo que ela não ousa nomear. ❛ tem certeza de que não está ferido? consegue se levantar? ❜
Estar com Carissa era a única coisa que parecia o redimir de seus pecados. Não que Stefan não chegasse perto, mas a culpa o seguia como um machado em suas costas. E mesmo que essa culpa devesse existir ao lado dela, simplesmente não existia. O que o parava não era um senso abominável de sus moralidade, era simplesmente o mundo que não deixava. Ele jamais arrastaria ela para o mais fundo do desespero, onde Mikhail residía. E ainda sim, estava ao lado dela. Não tinha tanto atenção para onde estava andando, e não era por conta da visão. Ela estava perfeita em relação à floresta. O que lhe distraia era o amor que restava em seu peito estar andando tão perfeitamente em sua frente. Não ter percebido a parte escorregadia quase parou seu coração, e envolveu a cintura dela em um apego forte e desesperado pra evitar qualquer machucado. Como se seu corpo fosse um escudo e pudesse evitar todo mal, mesmo que soubesse que nunca pode evitar nada que aconteceu a ela.
"— Eu prefiro que você está bem." Respondeu a pergunta dela, ainda meio paralisado e a abraçando como se sua vida dependesse disso. Tinha feito o possível para que ela caísse em cima de si, e felizmente, tinha conseguido. Podia notar uma certa surpresa conforme os batimentos cardíacos dela se descompassavam, e o desespero de ter feito algo errado tomava conta de seu corpo. A apertou mais ainda, uma tentativa de a manter ali no chão com ele, em cima dele. Onde pertencia. "— Não quero que peça desculpas, eu quero que esteja bem." A frase falava mais sobre o passado que o presente, sabia que Cissa entenderia. Mas tudo parou quando a escutou rir. Convidou tomou conta de seu rosto e começou a cogitar que ele seria a piada, porém, era Carissa. Seu coração era bom demais para qualquer maldade. "— Sim, está." Quando percebeu, começou a rir também porque o riso era contagiante e a grega parecia feliz. Mikhail só queria que ela fosse feliz. "— Só espero que não dá minha cara." Brincou, se sentando ainda com ela grudada em si, e a mão instintivamente acariciou o rosto dela. "— Para de rir, eu vou rir mais." Avisou, o riso soprado saindo naturalmente quando pensou que estavam sendo gravados. Parecia a cena de um desenho.
"— Provavelmente vão postar como aqueles tal de memes, e bem poderei ficar bravo. Pelo menos sou alto o suficiente pra cobrir seu corpo." Tirou a sujeira do belo rosto da mais nova, e deixou um beijo em sua testa. "— Realmente não está machucada? Eu não me perdoaria."
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ᘛ featuring : @mikhailosbutia ᘛ scenary : floresta ᘛ prompt : touching their cheek while laughing.
seu coração bate em um ritmo diferente no peito . não é a sensação que deveria ter ao lado de mikhail —— não depois de todos os desastres que marcam a história entre eles —— , mas cissa nunca soube como impedir aquela cadencia traiçoeira . e após o reencontro , ela busca não evitá - lo de forma tão descarada . é por isso que , ao encontrar o príncipe pela trilha , caminha ao seu lado . o braço enlaçado ao dele para poder ajudá - lo a se mover entre a mata .
instruída desde a época em que aprendeu a caminhar , carissa possuí uma elegância ímpar . o tipo que te faz pensar que ela simplesmente desliza suavemente de um ponto ao outro . mesmo ali , no coração da floresta , entre galhos quebrados pelo caminho e as trilhas de musgo , consegue fazer manter o passo confiante mesmo quando sua atenção não está exatamente nos obstáculos . veja , o problema não é ela . ou talvez seja , pois é justamente a sua falta de atenção que faz com que eles passem por uma parte mais escorregadia do caminho . ela ainda consegue se equilibrar sozinha , só que mikhail escorrega de tal maneira que resulta nos dois rolando por um pequeno barranco .
um grito surpreso escapa dos lábios dela , e seus dedos se agarram à blusa dele no reflexo , mantendo - o junto a si durante a queda . não é uma descida longa —— dura talvez um minuto , talvez menos —— , mas o suficiente para bagunçar tudo ao redor até que , enfim , parem . cissa tenta se mexer primeiro , e um gemido baixinho de dor escapa quando sente diferentes pontos do corpo protestarem com o movimento . ❛ você está bem ? ❜ pergunta prontamente , ainda com os olhos fechados . na segunda tentativa , percebe que o chão não é tão duro e que é provavelmente por isso que não sente nenhuma dor maior . basta abrir os olhos , contudo , para descobrir que não é o chão que a ampara , e sim mikhail ! ❛ pelos sete santos ! me desculpe ! me desculpe ! ❜ o pedido sai rápido , atropelado , e a elytheana ignora toda e qualquer reclamação de seus músculos enquanto tenta se levantar o mais depressa possível . o gesto acaba saindo desajeitado , e por mais que tenha todos os motivos para querer morrer de vergonha ali mesmo , quando as íris esverdeadas encontram as azuis do amigo , o que lhe escapa não um gemido ou outro pedido de desculpas . . . mas sim um riso . leve , solto e logo seguido por outro . ❛ desculpe . eu não devia estar rindo ! eu não estou ! ❜ uma mentira deslavada , vez que a própria fala é pontuada entre risadas . ❛ eu só espero que não tenham gravado isso . deve ter sido uma cena vexatória ! ❜
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𝘦𝘷𝘦𝘯𝘵𝘰 𝟎𝟐 — heart hunt
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um dos grandes propósitos de althara é conseguir a melhor aliança possivel . e não há dúvidas de que stefan draganis seja exatamente isso . beleza e charme a parte , ainda que murmúrios percorram os corredores e canais de fofoca sobre insatisfações internas e disputas cuidadosamente abafadas sob gracejos de cortesões , tanarvia permanece firme , um reino poderoso e estavel . para elythea , uma união com ele que poderia trazer inúmeras vantagens , como , por exemplo , força e segurança —— ambas coisas que ainda são tão frágeis em sua terra . carissa entende isso , aceita isso . contudo , ainda assim não deixa de se surpreender quando ele demonstra interesse em si .
sua surpresa não diz respeito a ele , exatamente . bem , ao menos não em um sentido perjorativo . se for honesta , stefan é uma opção até melhor do que a loura acreditou que conseguiria , considerando que é uma viuva herdeira de um reino menor e mais instavel —— existem opções muito melhores do que si , e não diz isso de maneira depreciativa , é apenas um fato simples e objetivo . na realidade , sua reação se dá mais pela mudança que o interesse dele representa na amizade até então superficial dos dois . cordial o suficiente para que já tenham tido oportunidades de conversar ao longo dos anos , mas do tipo que existe mais como consequencia de suas companhias em comum —— primeiro , por meio de laurent , e depois por mikhail —— do que por alinhamento deles . cissa , afinal , nunca esteve solteira desde que o conheceu e , agora , conforme sente o braço forte dele envolvê - la com gentileza e também intenção , percebe que nunca cogitou que poderia ser uma possibilidade romântica para o tanarviano se estivesse .
❛ é um filme excelente ! devo , inclusive , admitir que não esperava uma escolha tão sensivel quando me avisou que já tinha algo em mente . ❜ responde com sinceridade e interesse suficiente para que não pareça fria diante sua aproximação . esta não é indesejada , somente algo novo ao qual precisa se acostuma . ela pode sentir o calor emanar de stefan como uma brisa sutil e , em seu âmago , consegue apenas torcer para que seja uma atenção melhor do que costumava receber de valentin . um calafrio lhe percorre a espinha com a lembraça , mas carissa prontamente a enterra na mente , forçando - se a alargar o sorriso até que ele alcance seus olhos , sua atenção agora voltada exclusivamente para o principe ao seu lado . ❛ você é um romantico , stefan? ❜ pergunta , com um sutil arquear da sobrancelha e um tom aveludado . ❛ ou somente alguém que sabe escolher muito bem ? ❜
Esse é um starter para @princissadadisney
Conhecia Mikhail o suficiente para saber que ele provavelmente ficaria furioso — o que, para a infelicidade do melhor amigo, apenas tornava tudo mais interessante. Havia um prazer quase sádico em provocar o outro, especialmente quando a causa da irritação era algo que Stefan realmente desejava. E bem… estava em busca de uma noiva adequada. Que culpa tinha ele se Carissa estava muito bem viúva e era, sem sombra de dúvidas, uma escolha excepcional? Sua personalidade lhe agradava. Não era excessiva nem apagada, e havia nela um tipo de vivacidade contida que o fazia querer observá-la por mais tempo do que pretendia. Ficar em sua presença era surpreendentemente fácil — e isso, vindo dele, já era algo considerável. Levá-la para a sala de cinema fora uma escolha estratégica. Um ambiente escuro, silencioso, sem necessidade de manter diálogos contínuos — e ainda assim, aconchegante o suficiente para permitir uma aproximação maior, caso houvesse abertura para isso. No meio do filme, com um movimento natural, Stefan passou o braço por cima dos ombros dela, num gesto sutil. Não a pressionou, mas a puxou levemente para mais perto, oferecendo seu corpo como apoio. Deixou que ela decidisse se se aconchegaria ou não. E, ao notar que ela não se esquivava, inclinou-se até o ouvido dela, o timbre baixo, íntimo, quase uma promessa maliciosa escondida sob o tom educado. ❝Escolhi um bom filme? Ou devo escolher melhor numa próxima vez?❞ O sorriso que acompanhou a pergunta não foi visível — mas podia ser sentido na entonação, na respiração próxima à pele, no calor de quem estava acostumado a conseguir o que queria com sutileza. E ele queria Carissa. Não apenas por desafio, não apenas pela fúria previsível de Mikhail — mas porque, de alguma forma, ela lhe interessava de verdade. E isso era muito, vindo de Stefan Draganis.
#a proxima vem menor amg eu só tive q contextualizar o trauma da gata qqqqqq#açsldkasdçlk#@stefanado
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ela observa adonis questionar a fonte , incapaz de segurar o riso . ❛ foi uma boa tentativa . ❜ consente , quase que numa tentativa de humor ao que parea suas palavras com um aceno pesaroso e dois tapinhas no ombro masculino . ❛ sem dúvidas . mas , também , quem sabe seja para nos fazer descobrir sozinhos como conseguir tais alianças . ❜ é sua vez de sacudir os ombros . contudo , os olhos adquirem um brilho conspiratório ao que cissa se inclina para mais perto do mais velho e , com a voz baixa , comenta : ❛ apesar que me pergunto se isso não é só um mecanismo do programa . e algumas perguntas não tem resposta justamente porque eles ainda não sabem . ❜ a loura não é do tipo cínica , mas tampouco pode se dizer exatamente sonhadora . esta é uma qualidade muito bonita , sem dúvidas , só que não uma que combine com todas as experiências que já teve até então . no fundo , carissa gosta de se ver como uma pessoa prática , considerar todas as possibilidades —— e , bem , esta parece tão possível quanto qualquer outra . ❛ ainda não sei bem . ❜ existem algumas perguntas em sua mente , mas ainda não sabe quais delas se encaixam como certa . os lábios então se projetam em um pseudo biquinho pensativo . ❛ foi adonis quem acabou com todos os cupcakes que trouxemos ? ❜ pergunta em voz alta . no entanto , ao invés de olhar para o lago , seus olhos repousam no rosto do próprio , observando - o com uma sobrancelha erguida em provocação .
Mesmo com o clima um tanto tenso ao redor deles, Adonis ficava um pouco mais confortável ao lado da irmã quando ela fingia tão bem que o passado não a perturbava. Adonis tinha que aprender a deixar tudo isso de lado também; até porque no almoço do dia anterior teve que lidar com uma figura de seu passado que ainda deixava seus pensamentos embaralhados demais. Ele deixou um sorrisinho pintar seus lábios com o jeito que a irmã começou a lhe explicar a visão dela sobre a fonte. Carissa soava como se fosse mais velha do que Adonis às vezes, mas o herdeiro não achava isso esquisito. Ele teve que viver a vida de estudos e treinamentos, sem tempo para aprender certos detalhes sobre socializar ou sobre detalhes técnicos de fontes mágicas.
Adonis inclinou-se para a fonte então, pensando um pouco antes de soltar a tal pergunta. "Com quem eu irei me casar aqui?" Foi recebido com silêncio, o que foi bem esperado. "Não custava tentar." Falou em um tom menos sério, voltando a sorrir. "Eles provavelmente cortariam as câmeras se as fontes realmente respondessem. Não dá pra deixar o público saber, certo...?" Encolheu os ombros, questionando-se se isso era mesmo algo que importaria pra si mesmo como o público fazia. Adonis sempre soube que se casaria por obrigação pelo seu país, então ele deixava de lado toda a questão dos sentimentos quanto a isso. Foi o que lhe ensinaram, afinal. Perguntou-se então se a irmã tinha vontade de se casar de novo; mesmo depois de tudo que ela passou... bem, quando ele voltou a falar, não foi isso que Adonis questionou para ela. "Então, o que você perguntaria?"
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ᘛ featuring : @dehvsse ᘛ scenary : suíte 106
o vapor sobe preguiçoso pelo ar da suíte , ondulando como um véu invisível e transformando tudo ao redor num quadro embaçado . ali , parcialmente submersa na espuma grossa , com os olhos fechados e os fios dourados flutuando livres ao redor de sua cabeça , o tempo parece até parar . os sais espalham o aroma sutil de lírios elytheanos pelo lugar e é como se carissa estivesse longe . não exatamente em casa , mas em algum outro lugar sem alianças nem casamentos , sem precisar lidar com câmeras 24 horas por dia ou toda aquela rotação de pessoas . santa lyra sabe que ela não é de fugir de seus deveres , mas também não pode dizer que sentiu falta de tais coisas durante os últimos anos , quando sua viuvez serviu como justificativa perfeita para que pudesse desaparecer confortavelmente entre suas funções do dia a dia .
seus pensamentos , contudo , são interrompidos por um barulho . este não é muito alto —— na realidade , é sutil o suficiente para que a loira se questionasse se havia sido impressão sua . ❛ antonia ? ❜ ela chama por sua criada , a voz ainda ligeiramente rouca pelo silêncio . não há resposta , mas isso não serve para lhe trazer de volta a paz anterior . a bolha fora rompida , carissa está de volta à althara . um suspiro baixo toma passagem por seus lábios a medida em que ergue seu tronco devagar , deixando a água escorrer em trilhas quentes por seus cabelos e ombros , contornando os seios e as curvas , até retornar à banheira em um eco que preenche o ambiente . ela tateia em busca da toalha que repousa próxima . mas não há tempo nem de secar o rosto antes do som metálico da maçaneta cortar o silêncio com a mesma delicadeza de uma serra elétrica . a surpresa rende cissa em um estupor , e ela permanece assim : parada , ainda nua e brilhando sob a luz amena e a espuma escorrendo por suas pernas . seu estado não seria um problema se estivéssemos falando de sua funcionária vermelha . contudo , a pessoa que encontra parada à porta é maior e mais robusta .
os lábios femininos se entreabrem , quase como se prontos para dizer algo —— o que , ela ainda não sabe . seus pensamentos entram em pane ao que se esforçam para fazer sentido do impossível : o que , pelos sete santos , levaria um dos príncipes da ranu ao seu quarto numa hora daquelas ? tanto é seu espanto que somente se dá conta do pior quando uma brisa fria invade a suíte pela porta e encontra seu corpo num calafrio . ela continua parada —— e nua , completamente nua diante de hakon ! e não há como conter mais o grito agudo que rompe pelos lábios . cissa praticamente salta do lugar , tentando se cobrir o mais rápido possível com a toalha , no entanto , sua pressa se mostra um erro já que a princesa consegue apenas se enrolar e cair de bunda no chão , com um estrondo abafado e espuma sendo jogada pra todo lado , tal qual sua dignidade . ❛ saia ! saia ! ❜ é somente isso que é capaz de dizer , as palavras entre uma ordem e uma súplica , enquanto o constrangimento tingue fortemente a pele ainda úmida que tenta esconder .
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a loura veste suas roupas mais leves enquanto caminha pelo pátio do palácio , onde todos parecem já estar se exercitando . embora haja sentido na prática física , a obrigatoriedade lhe soa boba , como se tivesse de volta à escola novamente . carissa , contudo , nunca teve problemas em seguir ordens e tampouco pretende começar agora . e após uma breve sessão de aquecimento , ela começa a trotar . só que não demora muito para que sua corrida seja interrompida pela chegada da princesa turca . ❛ adalet ! que prazer lhe ver ! ❜ o sorriso gentil alcança os olhos sem esforço . ela para seu exercício e gira nos calcanhares , até estar de frente para a amiga . ❛ eu creio que estejam indo bem . e as suas ? ❜ pergunta de volta . o jeito como os demais parecem evitar a karadag não passa despercebido; mesmo agora , percebe alguns pares de olhares sobre elas , como se curiosos do que aconteceria . no fundo da mente , cissa pode quase escutar o assessor mentalizando para que ela tivesse uma resposta parecida —— ainda mais quando ainda existem boatos sobre sua participação no final de valentin . falando friamente , não é uma boa ideia para a imagem . contudo , a alegria nos olhos de adalet a impede de se afastar . porque carissa já passou pela sensação de estar sozinha e sabe como é terrível . ❛ pelos santos ! esra está aqui já ? ja deve estar enorme . ❜ ao invés de se afastar , a princesa enlaça seu braço ao da turca , convidando - a a caminhar consigo . ❛ eu estou tentando . lili é uma boa menina , mas tem suas próprias ideias sobre possíveis pares . as vezes fico com medo de me meter muito . ❜ seu riso sem graça mal esconde que a princesa há tem algumas opções —— bem , uma . só que isso ainda não vem ao caso . ❛ e como você está ? aproveitando o althara ? ❜
Esse é um starter para @princissadadisney
Havia acabado de ser completamente ignorada por um grupo de princesas o que a deixou um tanto chateada, então, quando viu Carissa passar diante de seus olhos teve que conter a vontade de correr em sua direção e a abraçar! Até por que sabia da natureza mais reclusa alheia, não queria passar dos limites de uma de suas poucas amigas que ainda restava ali. ❝Cissa!❞ Acenou ainda a distância, enquanto já começava a se aproximar em passos mais rápidos e animados, apenas queria uma boa companhia pra conversar sobre qualquer coisa que não fosse muito séria ou trabalhosa. ❝Como tem sido suas entrevistas? Está conseguindo guiar bem a Kalliope? As caçulas sempre são bem agitadas, não é? Esra é um furacão, mas não trocaria ela por nada.❞
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ᘛ featuring : @barbieoppenheimer ᘛ scenary : vila dos azuis ᘛ prompt : em uma visita inesperada à vila dos azuis , o sumo sacerdote lhes entrega uma caixa selada . vocês devem entregá - la a alguém “ que não sabe que precisa dela ” . mas abrir a caixa antes é um crime .
a brisa que bagunça seus fios dourados é tão suave quanto a tarde que carissa esperava ter quando alcançou a vila dos azuis . apenas um passeio simples para conhecer o lugar e , quem sabe , admirar as suas mercadorias tão elogiadas —— senhorita suzanne jurara que os tecidos dali eram quase tão belos quanto os de surakshya ! mas , ao que tudo indica , o magisterium tem outros planos para si . ❛ o sumo sacerdote não deixou escapar nenhuma pista para você? ❜ a pergunta vem enquanto seus olhos azuis se estreitam , focados na caixa que gira delicadamente entre seus dedos . cissa a manuseia com cuidado , quase com receio de que o objeto dentro dela seja mais frágio do que espera . as instruções haviam sido simples , quase enigmáticas —— entregue a alguém que ainda não sabe que precisa disso . não seria tão absurdo supor que ele poderia ter dito algo para a princesa barbara , vez que já estava acompanhado dela e da caixa quando abordou a elytheana . ❛ não sei , mas nao me parece ter muito sentido mandarem logo um homem importante como ele para nos passar um desafio que depende só de sorte . não acha ? ❜ completa em um tom mais pensativo . é então que estende a caixa para a herdeira do reino unido , seus olhos voltando para ela com genuíno interesse por suas ideas . até porque sabe o quão inteligente ela é .
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