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Solidão é como sinônimo de infinitos invernos em Antártida. Luz nula, com a sensação do corpo fora do chão, é difícil ver onde piso pelo dilúvio da escuridão. Perco a consciência e me afogo em desespero, não encontro abrigo e estou morrendo pela hipotermia. O que encontrei é algo oco, é o silêncio incomum que até estranho, sem ruídos de carros nas ruas, sem os cantos dos pássaros nas manhãs... Mas pelo curso eles são sugados para o vazio, um som que não existe mais. Como o único ser existente, sem alguém para compartilhar uma fogueira e uma xícara de chá quente. Aqui é frio e recluso, não tem motivos para esperar uma visita. É um labirinto cercado por gelos que podem derreter e desvanecer em segundos. Se não tomar cuidado, apenas dar um passo para a esperança e cair em ilusões, cair em luares, cair em seu próprio reflexo. Eu firmo no gelo, mas ele se destroça, eu caio de novo e mais uma vez, até não ter mais terra firme. Meu coração transformou-se em gelo para as pessoas agora, mas ele se parte quando elas me abandonam... Eu só pretendia derreter no calor, na fogueira, me aquecer na respiração de alguém. Embora estando nesse deserto congelado, ainda há beleza, ainda é visível o brilho das estrelas nesse bréu, por mais que elas não estejam mais ali, ainda há luz e ainda há minha própria respiração que esquenta minha palma.
- rin.
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tua pele exala pôr do sol
carícias celestiais arde meu âmago ofuscado
cego-me com tua beleza extravagante
como um fenômeno, um eclipse
seu sorriso ilumina o ambiente
um belo tesouro oculto no fim do arco-íris
e banhado em ouro como El Dorado
um achado, uma lenda nesses lençóis
tocar-te é como sentir seda
e cheirar extraordinários campos de girassóis
como um amor de verão
é um achado, é como oásis
- rin.
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sussurro ao paraíso, na esperança que tu escute minhas trevas em algum lugar desconhecido nas nuvens que se movimentam e somem no céu junto à suas cinzas vivo em ti por mais que não recordas visto meu vestido preto para escrever páginas nas matinas e te lapidar em memórias para que você volte a lembrá-las no diário trancado em minha gaveta lhe conto todos meus segredos na fossa da minha alma agora em revolta a chuva cai em minhas bochechas vejo nossos retratos desde sua partida me lembra da infância, do cheiro da sua comida um cheiro no qual jamais substituirá horas de doçuras
- rin
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Sinto saudade do toque dele, da sensação de seus olhos me observando no escuro enquanto estou com os olhos fechados ou quando estou apenas distraída, sinto saudade de sentir as mãos dele no meu cabelo, acariciando e dizendo o quanto é cheiroso e que ama meu corte de cabelo, eu gosto quando ele faz grunhidos manhosos pedindo por mais carinho em seus fios, quando diz que meu carinho é bom, aquele carinho lento e leve, aquele a qual meus dedos passam como eclipse na sua pele como pôr do sol, a qual eu ficaria olhando esse pôr do sol por horas, mesmo que me deixasse cega de amor, gosto do seu cabelo que agora está curto, mas que gostaria de deixar crescer, gosto do seu nariz se esfregando no meu como seda, seus cílios entre os meus, como duas asinhas se batendo uma na outra, quando ele ri de alguma coisa que eu não faço a mínima ideia do que é, mas fico curiosa em saber o que lhe causa isso, quando ele beija minhas costas e meus ombros para me acordar, quando ele diz se está tudo bem mil vezes durante o dia e se estou confortável, aquele momento que nossos olhares se encontram e ficamos nos olhando por alguns minutos sem desviar o olhar, me causando borboletas na minha barriga, um sentimento estranho, algo novo, mas gostoso, quando ele pisca pra mim e eu tento piscar de volta mas eu não sei piscar com um olho e ele ri de mim pela minha tentativa falha, quando ele me explica algo e eu não entendo, mas eu admiro o assunto que ele domina, quando ele vai falar algo mas se perde no que está falando, quando ele sorri para mim e mostra seus dentinhos separados e com um belo combo se forma as covinhas que eu me abrigaria ali até quando ele dizesse chega, e nisso os olhos dele também sorriem, aquele famoso “eye smile”, aqueles sorrisos que eu registraria e colocaria um retrato em minha escravinha, e quando eu lhe visse eu ter a sensação de observar o anoitecer, quando ele entende cada ato de carinho que eu quero, sendo que eu não preciso dizer nada, apenas me movimentar um pouco e ele entende o recado. Todos esses detalhes eu vejo. Eu te vejo... Você me vê?
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tua pessoa diz que sou perfeita, que mesmo meus defeitos que sempre lhe dou de mãos abertas e com olhos semi fechados, conseguia sentir sua mão me acolhendo nessa tempestade, porque sabia que tinha os mesmos que o meu, mas meus hábitos não são pra lá de fazer os olhos brilharem... eu compreendo como se sente diante de algo estranho, todos nós deviamos, não é verdade? entretanto, imaginei que você poderia enfrentar minhas diferenças e não ver o que você tem comum em mim. hipoteticamente, gostaria de ouvir você dizer para mim que estou enganada com esses pensamentos, dizer que está do meu lado, mesmo eu quebrando sua idealização de mim por um hábito perigoso próprio meu. eu só... gostaria que você não fugisse da realidade. você viu, eu não sou uma garota qualquer, mas ao mesmo tempo eu sou uma qualquer. não tenho uma habilidade especial e muito menos sou uma pessoa tão boa e certinha que pensas, e se lhe contei é porque eu confiei cegamente e fui impulsiva. lhe decepcionei por ser quem sou, e as vezes eu me sinto triste por ser tão inqualificada, as vezes também gostaria de me encaixar, mesmo sendo tão pequena, eu não consigo porque simplesmente não sou eu.
— rin.
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em direção a escuridão vejo faíscas de luzes na solidão me atraindo para a singularidade, além da compreensão flutuo em águas rasas na noite de luar buscando uma forma de encontrar o barco esquecido no mar que está a afundar tremores constantes causa ondas gigantes tantas sensações boas ou ruins, são tentadoras tentações descobri do pior modo que o amar pode ultrapassar a gravidade, o tempo, o espaço, a morte a saudade, a alma e o inexistente a totalidade do que não há o explicar não existe mais o início e o fim levei em vão meu coração antes em cor carmesim se tornou um mero carvão
— rin.
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estávamos destinados a dar certo, por um momento eu senti que você era minha alma gêmea, nossas personalidades simplesmente eram espelhadas entre si... de fato eu não pude crer que existia alguém como você... porém, você foge, e em um instante, eu parei e perdi toda a vontade de lhe encontrar novamente.
— rin.
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você não sabe como me odeio, como todos os dias eu tenho que enfrentar meu ser e por quanto tempo estive na solidão, no inferno que é conhecido como a terra, meu próprio lar, linda como uma bolinha azul em meio aos cosmos. não sei como é em urano, portanto todos sabemos que não tem como viver lá, e sabe, até me identifico com aquela bolinha azul maior que a nossa. vazia, tão fria como as noites de inverno em antártica, sem vida e tão distante, ao contrário da terra que é barulhenta demais para mim. realmente não sei do meu propósito, estou vagando em um mundo que não pertence a mim, e nem mereço estar vivendo essa vida que foi maravilhosamente criada e nem sabemos ao certo do por que estamos aqui.
— rin.
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alguns dias, eu não sou uma boa pessoa de se conviver. cada um oferece aquilo que tem por dentro e nem sempre as coisas andam bem dentro da gente. c.s.
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eu não sei o que sinto por ti, ainda, mas está um grande vazio no meu peito, dói e é difícil aceitar como as coisas são, como é nosso destino. eu sinto raiva por amar você, sinto falta tua, mesmo querendo você por perto, mas tu é minha flor venenosa, não posso tocar, apenas lhe ver agora e sentir teu cheiro que me faz recuar, sinto perigo. você me machuca quando está perto, me traz um enorme vazio quando está distante, e porra, isso dói demais. eu não sei que rumo seguir mais, não me importo mais com nada, mesmo doendo para caralho, eu desisti de tudo, espero que você não saiba disso.
— rin.
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desejo me sentir segura em volta de seus braços, nossas dermes estão grudadas uma na outra, mas ainda sinto o frio e o arrepiar do medo percorrendo em minhas veias visíveis. entendo que esteja com medo, porém, quando você me evita, quando você não suporta esse frio e me deixa para trás, o olhar desconfiado que refletem em minhas palavras doces, meu mundo se torna um caos. não consigo distinguir o que estou fazendo. não sei mais o que estou fazendo.
— rin.
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