qualleyh
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⠀ 𝐢𝐧 𝒆𝒄𝒔𝒕𝒂𝒔𝒚 ,
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𝑤𝘩𝑦 𝑑𝑜 𝑤𝑒 𝐚𝐥𝐰𝐚𝐲𝐬 𝑔𝑜𝑡𝑡𝑎 𝑟𝑢𝑛 𝑎𝑤𝑎𝑦.ᐣ 𝐡𝐮𝐧𝐭𝐞𝐫 𝐪𝐮𝐚𝐥𝐥𝐞𝐲 , 𝑡𝘩𝑖𝑟𝑡𝑦-𝑠𝑖𝑥⠀,⠀ 𝐟𝐨𝐱⠀.
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qualleyh · 2 months ago
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existe uma habilidade que cabe a eles de se manterem entre o pé de guerra e uma rodada de amassos. não era proposital que provocava a ex, só era algo satisfatório em sua completa essência o fazer. ter o poder de irrita-la, mas da mesma forma acabar com os lábios aos dela era o bastante para garantir que hunter fosse um homem feliz. ❛ teria coragem de me machucar? não acredito nisso. ❜ o drama performático é digno de oscar. hunter leva a mão sobre o coração, como se o órgão doesse com a ideia de ser machucado por alguém tão importante para ele. ❛ humildade, beleza, dinheiro. é a minha tríade de qualidade, baby. ❜ a piscada é composta de flerte e egocentrismo. ele não achava aquilo as melhores coisas do mundo de fato, também tinha outros momentos que o faziam ser decente. mas ali, só queria se achar. e, com certeza, ver a cara de irritada de adalind. ela ficava uma graça irritada. ❛ chame, ela não vai fazer nada sobre isso. ❜ é vez dele se divertir com a água jogada nela. a parte boa é se sentir observado, o narcisismo tomando conta de si enquanto a puxa para perto, diminuindo a distância entre ambos corpos cobertos de água.
a manter perto de si carrega duas vantagens. primeiro, mostrar que pode facilmente vencer aquele aquele jogo, deixando-a presa contra si. segundo, a ter contra si. hunter observa adalind, gravando em sua mente detalhes que conhecia previamente, mas também, mostrando o controle que é capaz de manter naquele lado. ❛ eu tenho minha parcela de culpa, nunca neguei. ❜ o sorriso aumenta ainda mais com aquela mão sobre si. aproveita da chance para descer a mão pela cintura, encaixando-se em um segurar quase protetor. ❛ se eu disser que já pesquei uma sereia bem aqui vai ser brega demais? ❜ ele sabia muito bem a resposta, mas não se importava em ser um clichê naquele momento. ❛ oh, então se é assim. ❜ a voz rouca foge de sua garganta enquanto se ajeita, aproximando da orelha daquela para sussurrar. ❛ você aceitaria ir ao baile comigo, adalind crain? ❜ o nome por completo é dado como uma música saindo pelos seus lábios. hunter afasta o rosto milimetricamente para olha-la, mantendo o contato visual por alguns instantes. ❛ preciso de uma resposta, para saber se posso te pegar, docinho. ❜
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                              era   involuntário.   respirar   fundo,   contar   até   dez   e   não   fazer   nenhum   tipo   de   grosseria   com   hunter   —   ou   beijá-lo,   como   seu   corpo   às   vezes   pedia.   julgava-se   tola   por   se   sentir   atraída   por   aquele   rapaz   que   visivelmente   parecia   se   satisfazer   só   de   perturbá-la,   mas…   ela   não   fazia   o   mesmo   com   ele   às   vezes?   o   provocava   quando   temia   que   o   clima   entre   ambos   acabasse   pesando.   “   não   me   tente,   pois   sou   bem   capaz   de   fazer   isso   mesmo.   ”   avisou,   em   partes   sendo   sincera   e   em   partes   apenas   brincando.   cabia   a   hunter   descobrir   qual   parte   venceria.   riu   enquanto   revirava   os   olhos,   tamanha   a   modéstia   do   rapaz   a   sua   frente.   “   você   é   tão   humilde   que   me   emociona,   hunter.   tá   ai   mais   uma   qualidade   pra   sua   listinha,   hm?   ”   ela   poderia   listar   algumas   qualidades   dele   genuinamente,   sim,   mas   também   sabia   que   talvez   fosse   melhor   manter   esse   conhecimento   para   si   ou   acabaria   servindo   de   munição   para   futuras   provocações.   adalind   não   era   do   tipo   que   dava   tiro   no   próprio   pé…   não   duas   vezes.   “   ah,   nesse   caso   irei   chamar   a   professora   denver   pra   puxar   a   sua   orelha.   ”   joga   água   outra   vez,   o   lábio   inferior   sendo   mordido   pela   travessura   e   pela   infeliz   visão   que   estava   tendo.   ele   precisava   mesmo   estar   sem   camisa?   os   mosquitos   não   estavam   sendo   atraídos   por   aquilo   ou   ada   já   estava   fazendo   o   trabalho   por   todos?   porra,   era   uma   idiota!
                              a   risada   ecoou   naquela   área   da   floresta,   o   rosto   tomando   uma   coloração   avermelhada   por   saber   que   deveria   estar   fazendo   algo   sério,   mas   aquilo   era   muito   mais   forte…   e   divertido.   ela   precisava   um   pouco.   ao   se   ver   presa   o   olha   em   desafio,   convicta   de   que,   sim,   ele   era   o   responsável.   responsável   por   muitas   coisas,   se   fosse   ser   sincera.   “   bom,   quem   foi   o   garotinho   de   oito   anos   e   meio   que   decidiu   jogar   água   em   mim   primeiro?   ”   o   indicador   dançou   pelo   braço   do   rapaz,   subindo   pela   lateral   do   pescoço   até   chegar   nos   cabelos   da   nuca,   onde   a   mão   descansou   casual.   “   é   mais   fácil   você   pescar   uma   sereia   com   seus   talentos   de   playboy   do   que   um   salmão.   seja   sincero.   ”   não   sabia   de   todas   as   capacidades   dele,   mas   achava   que   ele   não   tinha   essa   habilidade   de   pesca.   ainda   assim,   se   ele   fosse   tentar,   gostaria   de   estar   presente.   “   nu-uh.   essa   é   a   sua   maneira   de   me   convidar.   ou   já   esqueceu   que   me   atrapalhou   agorinha?   ”   o   indicador   da   mão   livre   deu   uma   leve   batidinha   no   nariz   do   rapaz,   essa   mão   agora   repousando   sobre   seu   ombro.   “   agora   seja   um   bom   garoto   e   me   convide   para   ir   ao   baile.   não   estou   nem   pedindo   flores,   olha   só.   só   talvez…   hm…   deixa   pra   lá.   ”   sorriu   e   desviou   o   olhar   apenas   de   charme,   dando   de   ombros   para   manter   a   personagem   difícil   —   que   normalmente   não   conseguia   interpretar   para   ele.   “   nos   vemos   mais   tarde   então,   hm?   ”
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qualleyh · 2 months ago
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a lembrança do último encontro com cassie o causa arrepios. sabe que, ela não seria a primeira pessoa a acreditar em si e isso o desestabiliza um pouco mais do que deveria. ❛ você também não tem a cara mais sã dessa floresta, cassandra. ❜ as palavras surgem de uma maneira involuntária. pode sentir o ar faltando de seu corpo quase como se estivesse a beira de um ataque de pânico. ❛ jeito estranho de chegar perguntando as coisas. ❜ e embora pareça um ataque, hunter admite que é um reflexo do que passou. nunca havia visto nada como aquilo. em sua vida perfeita, morte era algo distante. os primeiros falecidos haviam sido as vitimas fatais do acidente. mas com mila era diferente, havia vida em seu corpo, falando com eles. e então houve a morte. ❛ você não acha muito suspeito esse acidente? a forma que ela estava naqueles galhos, cassandra? ❜ ousa expor o que não para de pensar, o que ocupa cada milimetro de sua mente de novo e de novo. ❛ é só um corpo, não há o que despedir. ❜ e embora exista pouco conhecimento sobre a pós morte, sabe que o que carregam é só uma casca sem vida. não existe mila mais. nada além disso. ❛ e não estou traumatizado. ❜ mais mentiras que, nem seu próprio eu acredita, mas que repetiria até que se passasse a serem verdades.
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                            sim   ,   você   tem   .      parece   em   surto   .   a   franqueza   tem   um   quê   de   lisura   ante   a   pronúncia   de   cassandra   .   não   é   por   implicância   que   responde   ;   ora   ,   não   há   porque   discordar   do   que   ele   mesmo   interpõe   .  não   estou   te   acusando   ,   só   perguntei   .  como   você   está   ,      embora   tenha   pleno   juízo   sobre   o   quão   ambígua   fora   em   seu   questionamento   .  você   não   matou   a   mila   ,   hunter   .   foi   um   acidente   .      é   trágico   ,   fodido   e   injusto   .   mas   é   o   que   é   .           carece   de   empatia   para   que   medite   sobre   o   quão   frágil   deve   estar   a   psiquê   de   qualley   .     pressupõe   o   manifesto   e   visível   por   ser   uma   reação   humana   natural   ;     o   trauma   de   tê-la   encontrado   .    você   não   vai   se   despedir   ?         não   é   uma   check-list   póstuma   ,          apenas   questiona   por   não   tê-lo   visto   quando   a   soterraram   .      aliás   ,   não   te   ajuda   em   nada   ficar   falando   sobre   matar   .    proferiu   em   minúcia   para   alertá-lo   sobre   o   óbvio   ,   afinal   ele   não   é   uma   criatura   com   estima   por   natureza   .          você   '   tá   traumatizado   ,   qualley   .   todo   mundo   aqui   está   .   só   pega   leve   .          
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qualleyh · 2 months ago
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embora finja esconder bem, existe uma coisa que hunter tem igual ou até mais que os outros rondando pelo seu corpo. o medo. uma sensação forte e paralisante, o qual fazia ser um pouco mais otário que o normal. não queria parecer fraco ou indefeso. não queria deixar que achasse que cairia para qualquer merda. mesmo assim, a imagem de mila aparecia em sua mente a cada fechar das pálpebras. não conseguia esquecer, não conseguiria esquecer nunca. não importaria quantos anos passassem. sabe que soa suspeito quando admite, mesmo que em silêncio, seus próprios surtos. mas não há o que fazer além disso. ❛ só estou dizendo que não sou culpado de merda alguma. ❜ até mesmo a falta de ar faz parte do seu eu, repleto de pensamentos que consideravam: e se for o próximo. ❛ ela deve ter feito isso. não tinha uma visão tão boa. ❜ deixa no ar como se a conhecesse, mas no fim, nenhum deles enxergava bem nas noites escuras e com a mente chapada com chá. ❛ se você contar pra alguém disso eu acabo com você. ❜ não se trata de uma ameaça vazia, mas ao mesmo tempo é domado pelo medo de ser culpado. se o tratassem como tal, qual seria o próprio fim? ❛ não sou de contar meus segredos. ❜
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    ⊱                                                 é   incapaz   de   mensurar   uma   realidade   onde   a   morte   não   carregue   um   peso   esmagador,   ainda   mais   quando   era   tão…   trágica   e   inesperada   —   claro   que   ali   cada   dia   mais   a   certeza   do   resgate   era   engolida   pela   perspectiva   de   um   desfecho   sepulcral,   mas   ainda   assim   se   tratava   de   um   impacto   significativo.   se   pega   pensando   se…   poderia   ser   evitado,   e   então   suas   mãos   tremem   porque,   se   a   resposta   fosse   positiva,   ele   havia   deixado   a   chance   de   poupar   uma   vida   em   prol   da   luxúria,               cara,   relaxa.   nem   disse   nada.               talvez   outra   pessoa   além   deles   havia   murmurado   —   havia   aprendido   a   sua   lição   sobre   sussurros   na   semana   anterior   —,   mas   certamente   não   é   de   si   que   parte   o   julgamento.                  acho   que   ela   tentou   correr   da   porra   do   urso.               o   que   em   si   só   já   é   caricato   ‘pra   caralho   —   uma   morte   sangrenta   que   ninguém   notou   e   um   ataque   de   urso   no   curto   espaço   de   tempo   do   amanhecer.                  ah,   falou   como   um   assassino,   mas   sorte   que   eu   não   sou   juiz   de   nada.                  tenta   resgatar   estatísticas,   relatos   que   já   havia   lido   sobre   assassinos   voltando   para   cenas   de   crimes,   mas   sua   mente   está   ocupada   demais   com   a   ideia   insistente   de   que   não   precisava   ter   sido    daquele   jeito.               quem?               indaga   em   curiosidade   genuína.
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qualleyh · 2 months ago
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hunter não sabe definir o que o faz ficar tão agressivo, quase animalesco. possui um histórico quando é falado de jacob, mas costuma o ignorar, agir como se aquele fosse apenas um incomodo. não como estão ali. a mão formiga, necessidade de agir de uma forma que não corresponde aos básicos. se o quer socar no rosto? a resposta surge em um sorriso lateral. sim. ele queria. ❛ para que eu faria isso? temos você, o que é quase a mesma coisa. ❜ a provocação em sua face é uma referência a vontade de brigar. já estiveram em situações parecidas anteriormente. situações onde sabe que não foi apenas um lado que se segurou para evitar o pior. entretanto ali, o chá lhe dá mais coragem do que precisaria para se aproximar de jacob. o olhar é superior, como se a condição prévia valesse de algo. condição onde hunter era importante e aquele apenas parte do resto da sociedade. ❛ um inútil que devem estar se importando mais do que com você. me diga, jacob, você tem alguém pra sentir sua falta lá fora? ❜ a pergunta é dita pois sabe a resposta. no fim do mundo onde o outro vivia, poucas pessoas se importariam com a ida dele. já a sua... ❛ por isso, se quiser ter uma chance de voltar para sua imundícia, deveria ficar grato em me manter vivo. não é nada além da sua obrigação, willis. ❜
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❛   don't   flatter   yourself,   a   fifth-grader   could've   done   this   as   well.   ❜    ⸺   timeline   passada   com   @qualleyh
a   calada   da   noite   os   abriga   .   jacob   não   tem   medo   do   escuro   ,   mesmo   assim   o   sons   da   floresta   parecem   confusos   demais   a   sua   própria   audição   .   o   corpo   se   encontra   leve   ,   como   se   sentisse   algo   errado   ,   mas   não   sabe   o   que   ;   suas   mãos   formigam   ,   como   se   precisassem   lhe   dizer   algo   —   mas   não   compreende   o   que   está   faltando   .   termina   de   alimentar   a   fogueira   ,   o   fogo   preguiçoso   tomando   os   pedaços   de   madeira   como   seu   .   uma   tarefa   perigosa   quando   observa   a   própria   visão   se   tornar   turva   .   ⸺   o   que   você   quer   ,   hunter   ?   é   a   primeira   coisa   que   diz   ,   levantando   -   se   com   o   corpo   um   quão   cambaleante   .   que   merda   acontecia   ?   ⸺   se   uma   criança   pode   fazer   ,   você   deveria   ter   feito   .   ou   será   que   isso   é   demais   para   você   ?   fecha   o   punho   em   uma   ação   quase   imediata   .   quantas   vezes   estiveram   naquela   discussão   ?   quantas   vezes   em   todos   aqueles   anos   ,   os   ânimos   haviam   os   levados   a   brigas   ?   ⸺   esqueci   que   é   apenas   um   inútil   .   não   tenho   como   contar   com   você   .
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qualleyh · 2 months ago
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as vezes, quando sozinho em sua casa, hunter esquecia o que era pertencer a algum lugar. o que pouco se era dito, é como o ápice era um estado vazio, com muitos segredos em seu peito que não havia como explanar. por isso, estar ao meio de seu grupo causava uma sensação estranha. algo entre pertencer e uma vontade de fugir do local. ser ameaçado de morte, para hunter, era o menor dos problemas. havia deixado de ser algo novo e parecia mais como um dia comum de sua vida. porém isso não significava que sua mente se esquecia de anos anteriores, onde tudo aquilo era real, o ódio era real. ele não sabia como sobreviveu por tanto tempo na floresta. ou como o seu destino havia o levado até ali, com tantas pessoas diferentes carregando uma conexão de um mesmo caos interior. os olhos, então, repassam por cada um deles. cassandra, basil e adalind. o que, depois de anos, ainda tinham em comum? suas memórias cujas quais ainda queimavam fortes, principalmente quando os gritos do lado de fora eram fortes e lembravam a hunter algo muito mais interno que apenas uma revolta. algo guardado a sete chaves. as caçadas. se expusesse as lembranças, levaria aquilo a ser real novamente, e como aquilo poderia, mais uma vez, ser real? ❛ se quiserem me matar, façam isso logo. vocês sabem que não sou de implorar. ❜ a voz é firme o bastante, mas falta algo. não há medo, por mais que o olhar de basil lhe cause calafrios. hunter sabe que eles são capazes de o matar, não há dúvidas disso. entretanto agora confia tanto naqueles três que entende que o trauma os quais viveram juntos os ligava de uma forma muito mais interna do que qualquer terapia poderia o fazer. ❛ mas se querem cobrar, é melhor me sequestrarem e pedirem algo enquanto estou vivo. meu rostinho vale mais inteiro. ❜ o olhar convencido passa por todos os integrantes daquele pequeno e estranho grupo. o pior a si, ou talvez melhor, era ter a certeza de saber que aqueles eram os seus. ❛ uou, nada disso de cabeça minha em quarto de horror. mais respeito com a minha morte, por favor?! ❜ há um ligeiro movimento ao que protege seu próprio pescoço, aterrorizado falsamente com a ideia de perder a própria cabeça. ❛ você é uma piadista, querida. nem tente chegar perto. ❜ embora exista uma risada falsa, também há seriedade. o que um homem presa mais do que sua masculinidade? difícil saber.
porém se o clima humorístico era mantido anteriormente, sente que quando a informação de que um deles se machucou é exposta, um véu decaiu sobre os sobreviventes. não tinha muita ligação com nenhum dos outros em particular. todos que importavam a si estavam ali, sem exceções. mas há um choque no olhar e uma curiosidade em saber quem havia sido atingido por aquela droga de cidade. ❛ que merda. ❜ consegue proferir, a voz sai rouca enquanto toma mais um gole do vinho direto da garrafa. não há modos ou sequer resquícios do artista de cinema ali. era apenas hunter, o homem que sobreviveu a um acidente de avião para ser caçado por idiotas de uma cidade do interior. as vezes, só pensa por qual motivo decidiu voltar para o funeral, ninguém ligaria se um artista de cinema famoso houvesse deixado de ir. mas o escondido estava nas entrelinhas: a lealdade entre os sobreviventes permanecia. podiam se odiar, ou até agir como se não se conhecessem. mas eram leais uns aos outros de uma forma difícil de explicar. era como laços de sangue, impossível de ser quebrado. ❛ não acho que alguém morreu. se não a policia já teria dado jeito nisso. ❜ a esperança o compõe, enquanto se embriaga com líquido doce que adentra a glote. sabe porém, que apenas o vinho não será capaz de confortá-los naquela noite. ❛ vocês acham mesmo que vai ter um próximo? ❜ a pergunta surge mesmo com a resposta ressoando em sua mente. um sonoro sim. quando estavam na floresta, ela sempre queria mais e mais. até darem tudo que tinham, ficando apenas como cascas comandadas pela imensidão verde que os tomou. a fala de adalind o fez revirar os olhos, sem carregar a transparência da própria crença. ou pelo menos tentando até a explicação de basil. ❛ aqui se faz, aqui se paga. não é esse o ditado? se forem cobrar os males que fizemos... vocês já estão preparados para sofrer? ❜ os olhos recaindo agora, por @morgcncassie, esperando que, por alguma imprevisto do destino, fosse ela a dar uma resposta que os tirariam de toda aquela angustia.
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                                                       enoja   a   mísera   ideia   vitimista   de   se   prender   no   e   se   .    embora   fosse   involuntário   —   tal   qual   a   cerne   humana   —   ponderar   sobre   o   quão   imperturbável   estaria   se   estivesse   a   quilômetros   .     pensa   no   próprio   apartamento   ;   o   consultório   largado   às   traças   .     no   glossário   de   pacientes   que   ligam   ,   dia   após   dia   ,   rogando   por   explicações   ante   a   acusação   .    afinal   ,   não   é   todo   dia   que   o   rosto   de   cassandra   estampa   uma   manchete   sanguinolenta   e   hecatombe      .   a   última   vez   ,   por   exemplo   ,   foi   a   quinze   anos   quando   ainda   não   havia   uma   índole   a   zelar   .   o   que   assimila   do   mau   presságio      —      além   da   insânia   tortuosa   ,   é   de   que   sem   luz   não   prevalece   contato   com   o   cosmo   externo   .    o   extrínseco   que   equivale   à   sua   verdadeira   existência   não   lhe   perturba     ao   menos   em   efemeridade   .     o   desassossego   agora   é   outro   ,   porém   .  preservar   o   resquício   de   privacidade   e   segurança   diante   os   abutres   ;   jornalistas   e   civis   famintos   por   carnificina   .   sangue   se   paga   com   sangue   .   é   a   prima   assimilação   que   tem   ao   vislumbrar   do   vinho   ;   o   escarlate   sendo   uma   recordação   palatável   do   período   na   floresta   .      você   chegou   na   hora   certa   na   verdade   .      o   cumprimento   caloroso   e   afável   ao   abraçá-la   com   esmero   ,   a   taça   de   vinho   sendo   equilibrada   na   mão   esquerda   .     bash   estava   decidindo   fazer   uma   referência   bem   simbólica   a   the   purge   .      e   não   conseguiria   impedi-lo   ,   isto   é   se   não   fosse   cultivada   pelo   fascínio   do   ímpeto   para   tomar   a   arma   em   suas   próprias   mãos   .      hunter   tem   um   alvo   e   tanto   na   testa   .     limitou-se   a   dilucidar   parte   do   escárnio   para   com   o   qualley   ,      a   mão   direita   que   se   ocupa   em   segurar   uma   garrafa   de   vinho   ao   examiná-la   com   esmero   .   nada   como   uma   boa   dose   de   álcool   para   nublar   e   perturbar   a   psiquê   .       quanto   você   acha   que   vale   a   cabeça   dele   ,   ada   ?          
                                                         reclinou   a   cabeça   para   o   lado   ,   o   riso   ávido   repercute   quando   se   dedica   a   contemplar   a   janela   quebrada   .       um   último   ritual   antes   de   resolverem   incinerar   a   casa   ?      é   bem   poético   ,   sabe   .    não   se   ilude   com   a   boa   conduta   —   ou   mísera   competência   policial   —   para   resguardar   a   segurança   deles   .     quanto   tempo   até   matarem   um   de   nós   '   pra   devolver   a   morte   do   delegado   ?  quase   sibilou   a   pronúncia   com   entretém   ,   embora   não   ouse   elucidar   ao   preferir   tomar   pose   de   mais   uma   taça   .     por   sorte   o   marido   é   um   excelente   anfitrião   ,   de   modo   que   sorri   em   genuína   cumplicidade   para   ele   .     quanto   sentimentalismo   .   se   querem   tanto   um   quarto   '   pra   trepar   ,   segundo   andar   próximo   a   direita   .     o   quarto   de   hóspedes   ,   embora   não   saiba   se   basil   fez   alguma   alteração   no   projeto   durante   os   últimos   dois   anos   em   que   esteve   fora   .   apartada   de   todo   aquele   pandemônio   internalizado   .    sei   tanto   quanto   vocês   .      que   o   melhor   é   não   sair   sozinho   .  a   menos   que   queira   tomar   um   tiro   na   nuca   .       um   convite   intrínseco   para   que   fiquem   ,   de   modo   que   busca  oferecer   a   taça   de   vidro   para   cada   qual   ,   ocupando-se   a   preencher   com   o   líquido   rúbido   .  não   sei   vocês   ,   mas   não   quero   ir   em   outro   funeral   tão   cedo   .   que   seja   a   cerimônia   ou     suavidade   ,      os   dígitos   logo   abandonam   a   taça   sobre   a   mesa   para   segurar   uma   das   garrafas   .    @adalznd
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qualleyh · 2 months ago
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❛ sabe, docinho. ❜ quem olhasse hunter daquela forma, poderia pensar que se tratava de um stalker ou talvez um maluco a porta de adalind. não um ator renomado de cinema ou alguém que milhares matariam para ficar algumas horas por perto. o homem estava encostado na parede, ao lado da porta onde sabia que ela iria entrar. não era um perseguidor, só tinha informantes eficientes. ❛ quanto mais eu penso, mais acho estranho que nossos quartos sejam um do lado do outro nesse hotel gigante. ❜ insinua de uma forma ainda implícita enquanto enxerga a porta de seu próprio quarto a passos de distância da dela. como se houvessem programado aquilo, como se tudo fosse uma obra do destino. ❛ quem diria que sentiria tanta falta de mim assim? ❜ a provocação dança nos lábios de hunter, rindo divertido a situação. coincidência ou não, pouco importava aquele momento, seu interesse era a presença de outra coisa a sua frente. ou melhor, pessoa.
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@adalznd
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qualleyh · 2 months ago
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hunter sabe que a escuridão que recai sobre a cidade é um lembrete de que as coisas ainda não estão seguras. mas também entende que é incapaz de se manter mais uma hora preso. havia nascido para ser uma ave livre, não enclausurado. a moto que conserta na beirada daquela rua demonstra uma ação que não é usual, mas não podia fazer nada se o caos anterior havia atingido seus bens materiais. apenas torcia para que ninguém o visse ali. um astro do cinema mexendo em uma moto no meio fio? poderia ser uma chacota. ❛ espero que você não esteja tirando uma foto disso, eliza. vou querer direitos de imagem. ❜ a voz estala, olhando para a mulher a poucos passos de distância. hunter a observa por cima, tentando entender o que uma pessoa em sã consciência fazia perto do anoitecer em uma cidade fadada a loucura. ❛ você sabe que estamos em meio a uma epidemia de loucura? se eu fosse você voltaria para casa, pode acabar como a próxima afetada. ❜ a língua coça em sua boca. hunter é incapaz de segurar as palavras que luta para dizer. ❛ se bem que não sei se isso seria contagioso para robôs. ❜
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@ssquirrzl
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qualleyh · 2 months ago
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deveria haver algum motivo para que, de tantos locais existentes no mundo, hunter houvesse decidido parar naquela casa no meio de um surto coletivo da cidade. poderia dizer que considerava o hotel inóspito em meio a uma queda de luz, mas só isso não justificaria. caberia então admitir que apenas queria a sensação de estar envolta de outros que compreendiam seus traumas. e ali haviam duas pessoas, o que numa contagem os deixava em três contra dezenas de pessoas loucas. as chances eram poucas mas eram boas. era o que achava antes da recepção calorosa de basil. ❛ isso é jeito de dar boas vindas a visitas? boa noite para você também, basil. ❜ a voz é a primeira a sair, olhando-o de cima para baixo, esperando que a noção retorne ao homem e perceba que não é uma ameaça. ❛ as vezes me dar um tiro é misericordioso de sua parte. melhor do que lidar com esse manicômio que chamam de cidade. ❜ o sarcasmo é uma lembrança da própria personalidade. adentra a casa howl-morgan com paciência, demonstrando um sorriso performático o bastante para basil e @morgcncassie, o qual reflete o próprio humor momentâneo. hunter ainda cumprimenta a mulher ao se aproximar, evitando segurar a própria língua ao recitar. ❛ seu marido está muito estressado, cassie. até parece que estamos sendo caçados ali fora. ❜ de volta a floresta, queria completar. mas se censura apenas para que possa se dirigir ao meio da sala dos companheiros de acidente. está preste a completar sua chegada com mais uma piada quando se vira para a porta a abrir.
não espera que a pessoa que veria fosse adalind, o que de fato parece fazer sentido diante a conjuntura atual da situação. os quatro novamente juntos? pelo menos as chances aumentaram para a batalha contra pessoas loucas. ❛ também é um prazer te ver novamente, querida. ❜ é dado um acenar a mulher, sentando-se ao sofá confortável que se encontrava naquela sala. os chamados amigos pelo menos haviam escolhido uma boa decoração. ❛ entre ser espetado e queimado, sinto que prefiro aquele tiro certeiro que conversamos antes, bash. ❜ é a primeira vez que realmente ri. não passam de um grupo traumatizado, desestruturado e completamente insanos. mas pelo menos, estavam juntos e isso ser o ápice do seu dia parecia um tipo de brincadeira do destino. ❛ vim fazer o mesmo que você, meu bem. atrapalhar a foda satânica de fim de mundo dos nossos casados favoritos. ❜ e é com o toque e ada em seu ombro, que observa a situação com que se encontram. eram incompatíveis quando olhados em um todo, mas permaneciam juntos e isso parecia a única coisa certa nos seus últimos dias de loucura. hunter realmente precisava voltar logo para casa. ❛ eu vou fazer as honras. não sei vocês, mas tudo que preciso agora é beber. ❜ é o primeiro a pegar a garrafa do centro, tomando-a para si. não se envergonha em procurar um abridor para ingerir o liquido translucido. a cada dia que passava, parecia que tudo se tornava ainda mais terrível a sua volta. ❛ agora, alguém sabe que tipo de merda está realmente acontecendo lá fora? ❜
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residência   dos   howl-morgan.  aproximadamente   23h30.
                                    quando   as   luzes   do   hotel   se   apagaram   de   vez   adalind   estava   finalizando   a   primeira   garrafa   de   vinho,   a   impaciência   a   consumindo   dia   após   dia   e   a   bebida   sendo   uma   das   poucas   coisas   que   a   mantinha   em   um   breve   torpor.   esperou   a   luz   voltar   —   um   minuto,   cinco,   dez,   quinze . . .   foi   quando   ouviu   os   funcionários   do   hotel   falando   sobre   o   blecaute   e   como   poderia   demorar   para   ser   resolvido.   rodeava   o   quarto   entediada   e   ao   mesmo   tempo   assustada.   as   coisas   não   estavam   muito   amigáveis   para   aqueles   que   passaram   pelo   o   mesmo   que   ela   e   uma   parte   sua   acreditava   naquelas   histórias   que   começavam   a   rondar   pela   cidade;   maldição,   destino,   cobrança…   o   que   fosse,   era   curioso   pensar   que   apenas   os   sobreviventes   basicamente   estavam   sofrendo.   seu   instinto   de   sobrevivência   gritava   para   ela   sair   dali.   e   ela   obedeceu.   em   poucos   minutos   conseguiu   dirigir   até   a   casa   dos   howl-morgan,   batendo   na   porta   e   mal   esperando   ela   ser   totalmente   aberta   para   entrar   retirando   o   casaco.   “   espero   não   estar   interrompendo   a   foda   de   vocês,   mas   no   momento   descobri   que   posso   ter   medo   de   escuro.   ”   ironizou,   virando-se   para   abraçar   o   casal   individualmente   e   de   maneira   rápida.   o   gesto   sendo   reservado   apenas   para   aqueles   os   quais   se   sentia   mais   próxima.
                                  “   tá   um   breu   lá   fora,   ninguém   sabe   o   que   aconteceu   e   meia   cidade,   sendo   otimista,   está   querendo   nos   caçar   com   tochas   e   foices.   nada   mais   justo   que   vocês   me   adotarem   essa   noite.   e…   ”   ela   tirou   uma   garrafa   de   vinho   cheia   de   dentro   da   bolsa,   sacudindo   o   recipiente.   “   eu   trouxe   vinho   como   agradecimento.   ”   foi   quando   escutou   a   movimentação   ao   lado,   virando-se   para   automaticamente   revirar   os   olhos   —   mais   pelo   divertimento   da   costumeira   briga   que   tinham   há   anos.   “   nossa,   mas   vocês   tão   fazendo   caridade   agora?!   ou   é   uma   festa   do   pijama   só   para   traumatizados?   ”   segurou   a   vontade   de   beber   diretamente   da   garrafa,   sabendo   que   o   que   já   não   seria   simples   poderia   ser   ainda   mais   complicado.   planejava   apenas   sentar,   beber   e   conversar   até   dormir   no   sofá   se   pudesse,   mas   vendo   seu   grupo   ali…   era   como   estar   na   floresta   de   novo.   em   parte   era   reconfortante,   porque   gostava   da   sensação   de   estar   perto   deles.   se   aproximou   de   hunter,   apoiando   a   canhota   em   seu   ombro   num   gesto   solidário.   “  brincadeira,  mas  e  ai,  está   perdido,   docinho?   ”
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@morgcncassie @bashfvll @qualleyh
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qualleyh · 2 months ago
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❛ aquela árvore está se movendo ou é impressão minha? ❜ sopra contra o ar da noite que cai em seu corpo. as coisas pareciam fora do lugar, como se algo o tomasse a cabeça e controlasse seu corpo sem que pudesse interferir. o coração acelerado, vítima do chá que ingeriu a pouco. ❛ essas coisas não deveriam acontecer, você sabe. ❜ olha fixamente, os olhos sem ousar se mexerem para que visse libby. de alguma forma, hunter sabia que ela estava ali, não precisava de confirmação. ❛ alguma coisa está errada aqui. ❜
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@livsuzuki
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qualleyh · 2 months ago
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se hunter era irritante por natureza, com adalind ele o fazia por prazer. nada mais divertido do que a ver com aquele rosto todo sério para si, pronta para xinga-lo a qualquer momento daquela conversa. ❛ se cuidar de mim, você pode até me acertar. quem sabe eu não ligue. ❜ acaba deixando a provocação no ar, enquanto se esticava para caminhar até ela. se podia entender de uma coisa, era como deixa-la brava pelo simples. se tratando de ada, as coisas eram ainda mais fáceis. quem sabe, a história pregressa entre os dois ajudasse, ou talvez, só poderia ser a pessoa mais difícil de lidar dali. votava nos dois. mas em principal votava em que talvez, não fosse uma pessoa tão ruim assim, afinal ela ainda estava do seu lado. ❛ eu sei reconhecer meus defeitos. isso me faz uma pessoa muito boa. ❜ ou um idiota consciente. quem saberia?
o corpo permanece perto ao dela mesmo após jogar a água. sente o momento o qual adalind é atingida com a água e pode sorrir com divertimento. ❛ oito anos e meio, docinho . ❜ entretanto a maior diversão é ser atingido de volta. a pele desnuda do tórax arrepia e hunter volta a ataca-la com a água, em uma reação instantânea aquela brincadeira. aquele momento, não mantinha a casca azeda que sempre possuía, era só ele sendo quem pretendia ser em segredo e nada mais. ❛ só eu fiz isso? ❜ mas agora, quando adalind joga água contra si, ele se aproxima e a segura, deixando o braço alheio preso contra sua mão. o homem deixa uma carícia no local, certa pressão ao sentir a pele alheia. ❛ um salmão gigante... posso resolver depois. ❜ não, ele não podia. mas não se importava em mentir mais um pouco do usual. ali, pelo menos não fazia mal a ninguém. ❛ para o baile? ❜ o olhar curioso estampa seus olhos. ❛ essa é sua maneira de me convidar? ❜
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                           a   dualidade   que   hunter   trazia   para   si   a   irritava   profundamente   —   por   um   lado,   sorria   com   as   coisas   idiotas   que   ele   dizia   e   tentava   protegê-lo   assim   como   fazia   com   todos   aqueles   com   quem   se   importava;   por   outro,   adalind   sentia   que   precisava   de   grande   força   para   alinhar   seus   chakras   e   não   querer   acertar   um   soco   em   hunter.   esses   sentimentos   pareciam   ter   aflorado   desde   que   caíram   na   floresta.   “   você   tem   muita   sorte,   isso   sim.   por   eu   não   querer   acertar   seu   pé   com   essa   lança.   sabe,   sem   querer,   querendo.   ”   respondeu   com   o   bom   humor   que   puxou   de   seu   interior.   a   careta   para   o   apelido   brega   era   de   divertimento.   bom   saber   que   algumas   pessoas   não   mudaram   ou   perderam   seus   costumes   por   estarem   ali.   de   certa   forma,   ficava   grata   por   tê-lo   ali,   pois   era   como   ter   um   pedaço   de   casa,   de   sua   vida   normal   naquele   inferno.   “   sabe,   eu   só   não   acho   que   você   é   um   idiota   completo   porque   você   reconhece   que   é   um   chato.   ”   o   balançar   de   ombros   foi   leve,   um   falso   desdém   que   ela   não   tinha   por   ele.   chega   a   olhá-lo   após   o   leve   baque,   irritada   por   ter   sua   concentração   interrompida.  
                           “   cala   a   …   ”   parou   ao   sentir   a   água   gelada   em   contato   com   seu   corpo,   dando   um   grito   abafado   de   surpresa.   “   você   tem   quantos   anos?   oito?!   ”   cravou   a   lança   no   chão   ao   seu   lado,   cruzando   os   braços   com   uma   expressão   de   seriedade   antes   de   erguer   a   perna   direita   num   movimento   rápido,   jogando   água   nele.   sorriu,   quase   travessa,   e   se   virou   de   costas   para   ele,   vendo   que   sua   possível   pesca   havia   fugido.   “   que   porra…   ah,   olha   só   o   que   você   fez!   ”   virou-se   novamente   para   ele,   jogando   mais   água   no   rapaz,   apesar   de   saber   que   tinha   sua   parcela   de   culpa   naquelas   águas   agitadas.   “   você   me   deve   um   salmão   gigante,   qualley!   ”   planejava   levar   aquilo   para   o   baile,   contribuir   para   não   comerem   apenas   frutas   e   raízes.   “   mas   eu   aceito   uma   companhia   irritante   para   o   baile   como   pedido   de   desculpas.   ”   sugeriu   casual,   apesar   do   nervosismo.   era   um   baile   no   meio   da   floresta,   com   sobreviventes   de   um   desastre   como   convidados,   mas   ainda   assim   era   um   baile   e   adalind   não   era   lá   muito   habilidosa   com   eventos   desse   nível.  
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qualleyh · 2 months ago
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❛ tão agradável como na noite em que você me deu um soco. ❜ pode dizer que não ousa deixar que a piada se escape de seus lábios. anos atrás viviam a ponto de um assassinato. como traumas poderiam mudar as coisas assim? hunter recusa a sair de perto do próprio carro, permanecendo encostado enquanto a avalia, garantindo que está inteira após todo o caos ocorrido nos dias anteriores. ❛ me inspirar? só se foi para um filme de terror. mortes, falta de luz e ataques? ❜ os últimos dias da cidade haviam sido... estranhos para dizer o mínimo. ❛ infelizmente para você, continuo bem vivo e saudável. ❜ se aproxima, fingindo não ligar para a mulher a sua frente. mesmo assim, quando ela o abraça, hunter retribui, sentindo certo alivio de cassandra continuar a mesma. ❛ eu não ia tocar no assunto mas... isso é uma confissão de assassinato? porra, deveria ter trago meu gravador. ❜ a belisca de uma forma leve, como uma criança travessa. sabia que ela não havia feito aquilo. mas também se recusava a ser uma pessoa totalmente agradável, aquilo poderia prejudicar sua imagem. ❛ se tivéssemos luz, eu iria te levar para um café. mas sabe, você que é moradora desse fim de mundo. alguma recomendação? só quero um lugar para esquecer que além de reféns, estamos sem água quente. ❜
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                                                            sempre   tão   agradável   ,   qualley   .     a   modulação   do   timbre   é   reconhecível            —         embora   esteja   longe   de   ser   palatável  .     é   cômico   como   uma   presença   displicente   inebria   a   ambiência   e   ,   sejamos   sinceros   ,    o   homem   não   é   a   personificação   da   bonança   .      veio   '   pra   cá   para   se   inspirar   ?     não   é   novidade   que   ele   parece   sorver   ,   verossímil   a   um   buraco   negro   ,   o   resquício   de   boa   ventura   que   tem   .        pensei   que   o   seu   próximo   filme   seria   uma   bibliografia   póstuma   .    desta   vez   ,   porém   ,   esboçou   um   sorriso   jocoso   e   legítimo   ao   examiná-lo   com   atenção   .    não   se   retém   a   observar   o   cenário   a   volta   ,   quiçá   a   presença   célebre   de   um   ator   —      não   é   uma   opinião   particular   ;   apenas   reflexo   do   que   lê   nas   manchetes   —   cative   atenção   da   mídia   .     vai   pegar   bem   '   pra   você   ,   qualley   ?      nosso   herói   com   uma   assassina   .     sibilou   ,   o   riso   soturno   ,   quando   quebra   a   distância   em   um   abraço   firme   .   quando   mais   nova   não   hesitaria   em   esganá-lo   ,   ceifar   aquele   sorriso    oblíquo   e   libertino   .       '   pra   onde   a   gente   vai   ?      afastou-se   ,   tão   logo   quanto   se   aproxima   ,   para   abrir   a   porta   do   carro   .         
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qualleyh · 2 months ago
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hunter não se importava com o que ela achava dele. na maior parte do tempo, curtia ser odiado, pois era como um brinde: daquela forma, todos ficavam longe, evitando contatos indesejáveis. e mesmo assim eliza insistia em vir o irritar. ❛ eu também conseguiria fazer isso. olha só: as 10, irritar quem está quieto. as 11, ir ver se alguém está tendo paz para tira-la. e se eu estiver atoa, sempre tem mais pessoas para encher o saco. ❜ mimetiza as funções, indicando na tabela como se estivesse checando uma por uma. em outro momento, poderia até fingir que entendia o que ela fazia, mas não estava disposto a ser empático naquele instante. muitas coisas ocorriam para que seu humor se encontrasse péssimo. ❛ grupo de vigília? acordada a noite? não era como se conseguíssemos dormir com frio e fome antes da cabana. ❜ a sinceridade e amargura de sua voz é reflexo de seu âmago. a olha sem tanta emoção, pensando em como poderia expulsa-la daquele local. se a jogasse no lago, poderia ficar quieta? ❛ então porque não continuam tentando sobreviver sem mim? já que estão indo tão bem. ❜ a dúvida fica ao ar. não precisam dele ali e hunter preferia assim. quem sabe em algum momento poderia decretar sua independência e sair do meio de todos? ❛ buscar água? ❜ a risada é alta, quase humorística. ela acreditava que aquele show iria o convencer de verdade? ❛ e é você quem vai me obrigar a isso, eliza? ❜
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Eliza fechou as mãos em punhos quando ele pegou sua tabela, contendo-se para não avançar em cima de Hunter e arrancar o papel das mãos dele. Provavelmente rasgaria tudo no processo e eles mal tinham conseguido recuperar papel o suficiente para que ela pudesse desperdiçar assim — mas que fique registrado que se não fosse o caso, estaria disposta a entrar na disputa física com o colega. "Talvez seja porque eu posso me lembrar das minhas próprias responsabilidades, Hunter! Você, nitidamente, não conseguiria fazer isso." Chegava a ser absurdo que ele estivesse sugerindo que poderia ficar com uma das tarefas de organização, quando não se importava com o coletivo. Liz tinha suas manias de controle, mas pensava em formas de ajudar todo mundo. Estava sempre tentando fazer o certo. "Para a sua informação, eu estou no grupo de vigília desde a primeira vez que começamos a nos organizar dessa forma, antes mesmo de virmos para a cabana." Não que devesse satisfações, mas a forma como ele a expôs a irritou profundamente. Liz levava o trabalho em grupo a sério e ser comparada a alguém que mal se levantava para ajudar era inaceitável. "Não somos todos igual você, encostados! Estamos tentando sobreviver aqui. Como espera sair desse lugar com vida sem organização?!" Diminuiu a distância entre os corpos e esticou o braço para pegar sua folha, puxando-a dele. "Você vai buscar água." Disse em tom de voz seco, sem deixar espaço para protestos. Já não estava mais disposta a discutir. "Mas posso até ir junto dessa vez, se quiser. Porque, sinceramente, estou começando a achar que até encher um balde você não sabe fazer. Colocavam a água direto na sua boca em casa, Hunter?"
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qualleyh · 2 months ago
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timeline passada.
existe um sentimento que percorre todo o corpo e o atormenta. hunter nunca sentiu medo antes, sempre teve conforto o bastante para não sofrer com isso. mas depois da forma que encontrou mila, algo mudou. ele não tinha o objetivo de procura-la, muito menos se importaria com a falta da presença da garota. o problema foi a forma em que tudo aconteceu. como mila havia chegou ali? quem, ou o que, tinha feito aquilo com ela? hunter não deixa transparecer, por fora continua o mesmo idiota de sempre, mas por dentro... ❛ é claro que eu não tive nada haver com a morte dela só porque a achei. lá tenho cara de assassino? ❜ hunter deixa com que um suspiro pesado escape, resultado de sua própria indignação. era um completo babaca, mas não um matador de aluguel. ❛ melhor não responder. eu não tive nada haver com isso. se fosse matar alguém, com certeza não seria ela. ❜
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qualleyh · 2 months ago
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hunter se considerava um homem forte, mesmo quando as coisas pareciam a beira do colapso, ele conseguia lidar bem com seus traumas. não poderia negar que ficou incomodado com o que houve na delegacia, da forma com que tudo pareceu premeditado em cada movimento. mas também não passou noites em claro pensando sobre aquilo. se aconteceu, mantenha no passado e pense no futuro. ❛ filmes ruins? parece que viu um grande acerco para chegar a uma conclusão final, pandora. ❜ hunter não se rebaixa por uma crítica ruim de uma colega de escola. nem todos sabiam apreciar sua grande filmografia de sucesso. ❛ só não podia perder a piada. respire um pouco, tire a tensão dos seus ombros. ❜ é incapaz de fazer algo além de mexer os braços, indício de que a pedia para se acalmar. ❛ fracasso? não sabia que 700 milhões em bilheteria era considerado um fracasso. com certeza temos formas diferentes de avaliar isso, pandora. ❜ apesar de aquele ser o único ponto naquela conversa que o incomodou, hunter logo se recupera, mantendo a pose intocável por mais uma vez.
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Pandora olhava a frente da delegacia como se revivesse o dia em que o delegado simplesmente morreu na frente dele. Ainda podia ver a mancha de sangue na calçada, e foi tirada dos seus devaneios no momento em que ouviu a voz de Hunter atrás de si. Rolou os olhos bem lentamente para que ele pudesse assistir o quanto a presença dele não era necessária ali, mas não era como se pudesse simplesmente expulsa-lo da calçada pública. ❝ Tão cedo quanto seus filmes ruins. ❞ Teceu a critica com um sorrisinho de canto conforme cruzava os braços de frente aos peitoral e suspirava profundamente. ❝ Vejo que continua o mesmo insensível de sempre. ❞ Pendeu a cabeça para o lado como se o analisasse por um tempo e risse novamente sem muito humor. ❝ O que o astro de Hollywood tem a dizer sobre o último fracasso de bilheteria? ❞ Perguntou em tom de provocação. Não estava defendendo o delegado, nem o conhecia, só queria ver como Hunter iria reagir aquela rivalidade que ambos tinha iniciado tantos anos antes, até mesmo anterior a queda do avião, o que só tornou a floresta um pouquinho mais difícil.
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qualleyh · 2 months ago
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hunter tem uma capacidade gigante de despertar sensações ruins nas pessoas, fosse por sua personalidade ou pela capacidade de criar brigas facilmente. e isso não seria diferente com nicholas, que parecia ter aprendido a responder às pessoas um pouco melhor após longos anos. ❛ tenho cara de quem tem tempo para isso? ❜ não deixa que as provocações alheias ousem o tirar do sério. hunter teria mais o que se preocupar do que com isso. ❛ também vivi tudo aquilo, cada parte. mas não fico chorando por aí até hoje, já passei dessa época. ❜ hunter é tratado como uma figura de superação, não usa sua história na internet com fundos de músicas tristes, ameaçando contar terrores obscuros, isso é passado. hoje, ele se mostra como um sobrevivente. ele fez do limão, uma limonada. não é sua culpa se os outros não conseguiram fazer isso, se os pesadelos que possuíam a noite eram o bastante para os impedirem de seguir em frente. ❛ tão rápido? isso é fácil desde que você não seja um estranho grau 1, nicholas. ❜ poderia ter poupado a provocação, mas não consegue segurar. o olhar o observa de cima abaixo, como se pudesse ler por dentro de nicholas. ❛ não preciso esquecer para agir como uma pessoa normal. ❜ e não daria o gosto a ele de saber que hunter se lembra de tudo perfeitamente, cada uma das atrocidades feitas, tudo que fizeram para sobreviver. ainda sente o gosto do que fizeram em sua boca, como algo residual que nunca vai embora. ainda sonha com as imagens, ainda mais naquela cidade amaldiçoada. ❛ bom samaritano? você quer chamar dois mortos de outra coisa, nicholas? uau, quer que eu peça para o investigador vir aqui? sinto que você está pronto para confessar os seus pecados. ❜
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Nicholas apertou os dedos em punhos ao lado do corpo. O som da risada de Hunter pairou no ar como uma nota dissonante, debochada e fora de lugar. Estavam no mesmo ambiente, mas pareciam de mundos completamente diferentes. — Vai me ensinar por acaso? — Nick estreitou o olhar quase em desafio. Um músculo pulsava em sua mandíbula. — Eu vivi aquela merda, Hunter. Não li num fórum esquisito da internet. — Seus olhos fixos, firmes. Observou Hunter com olhos pesados, como se procurasse algo sob a máscara bem polida. Talvez ainda houvesse um resquício de humanidade ali. Ou talvez não. Talvez Hunter fosse mesmo feito de papel dourado por fora e pedra por dentro. Nicholas não se via como ator, mas era bom em esconder. Sempre foi. Melhor do que gostaria de admitir. — Eu só acho engraçado como você se livrou dessa tão rápido. — Respondeu, a voz baixa, quase ácida. — Como se tivesse esquecido. — Por fora, estava firme. Por dentro, a velha náusea subia devagar, aquela sensação de que ninguém ali era inocente. Nem ele. Nicholas desviou o olhar, um sorrisinho cínico aparecendo. — Boas pessoas? Virou bom samaritano depois de todos esses anos?
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qualleyh · 2 months ago
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é claro que hunter poderia tentar ser menos insuportável, mas na maioria das vezes o que o falta é o querer. ser completamente irritante era uma das qualidades incomparáveis que ele tinha, provavelmente o motivo que havia conquistado adalind anteriormente. ❛ ser eu é tipo um charme. pensei que você ia concordar, docinho. ❜ usa um apelido brega com uma voz doce de propósito, provocando a garota enquanto a observa caçar. a ação faz até com que queira ajudar, mas o orgulho é maior, tal qual o medo de fracassar. se não fosse bom em algo simples, como lidaria com a vergonha? ❛ achei que você me beijava porque eu sou gostoso. você sabe que irritante sou um tempo todo. ❜ prefere levantar e entrar na água, observando os peixe enquanto tromba o ombro no dela, com cuidado para não machuca-la apesar de tudo. ❛ você fica uma graça tão concentrada. mas tenho certeza que os peixes daqui já desistiram de você. ❜ a voz é baixa como um sussurro, pegando abaixando-se para que pudesse a molhar com a água do riacho.
                               “   por   cinco   minutos!   você   poderia   não   ser   você   só   por   cinco   minutos?!   ”   praticamente   implorou   em   tom   alto,   a   linguagem   corporal   dizendo   o   necessário   —   bateria   nele   e   em   quem   mais   inventasse   de   perturbá-la   enquanto   ela   tentava   acertar   um   peixe   com   a   lança   improvisada.   seus   pés   congelavam   por   estar   dentro   da   água   gelada,   mas   adalind   ainda   estava   ali   de   bom   grado   tentando   pescar   o   suficiente   para   alimentar   todos.   os   olhos   se   estreitaram   na   direção   do   rapaz,   mas   não   pôde   manter   a   pose   por   muito   tempo,   o   rosto   sério   se   desmanchando   em   uma   risada   frouxa.   em   parte   por   estar   estressada   e   desacreditada   que   @qualleyh   parecia   estar   ali   apenas   para   tirar   sua   paz.   “   meu   deus   você   é   inacreditável.   mereço   um   prêmio   por   ter   conseguido   achar   um   momento   em   que   você   não   estava   sendo   irritante   pra   te   beijar.   ”   ela   tentou   se   concentrar   novamente,   mas   ainda   tinha   um   ar   de   divertimento.  
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qualleyh · 2 months ago
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❛ você está com uma cara péssima. ❜ há uma tênue que separa as provocações de uma singela preocupação. anos atrás, teria levado um soco na cara por um simples comentário como aquele e teria sido muito merecido. não sabe o que mudou, quando mudo e o porquê. mas havia acontecido e, agora, de alguma maneira, hunter havia iniciado a se preocupar verdadeiramente com cassandra, ao ponto de mandar mensagens de textos (o que era de uma forma óbvia, função da sua agente e não sua). ❛ vim te buscar para um passeio. ou sequestro, o que achar melhor. ❜ tem que segurar a própria língua para não fazer piadas sobre cadeia, mas busca ser forte naquele momento. não quer parecer um idiota completo, mesmo ela sabendo que ele já era um. ❛ só para constar, você não tem escolhas. então entra no carro. se eu tenho que ficar de cárcere nessa cidade, vai ter que me aturar. ❜
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@morgcncassie
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