resignedmemory
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resignedmemory · 5 years ago
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Talvez não dê pra ver a diferença
Sonhei que minha namorada cortava meus braços. E era num clima bom. Rimos durante todo o processo.
Começou com uma brincadeira de faca. Passou pra ela brincando sobre me matar. Terminou comigo concordando que matar seria demais mas cortar os braços, aceitável.
Em um breve milésimo de segundo ou outro eu me sentia desconfortável. Pensava se eu conseguiria alcançar os planos que tinha com essa nova falta. Pensava se ela não fazia aquilo justamente por isso. E pela beleza dos meus braços. Pensei em como gostava das minhas mãos. Depois de cortados olhava pro que os olhos alcançam e me questionava como podia que parecesse tudo normal. No fim sentia uma vontade de sair de perto que era quase um sopro. Sugeria e saía num clima descontraído, rindo, mas apressada.
Saía para uma casa cheia de gente. Lá dentro éramos só nós numa luz baixa, num quarto apertado. Aqui era espaço e o som de um quintal cheio de risadas pesadas.
Passava por um espelho pequeno na entrada da sala da minha casa de infância. Sentia um leve receio de me olhar. Encarava a porta, a luz lá fora, um monte de amigos que não queria encontrar. Não sabia por quê, só sentia que não era uma boa ideia. Sentia vergonha da minha roupa. Sentia que seria demais pra mostrar.
Voltava, não resistindo ao ímpeto de olhar o espelho. No reflexo pequeno de luz baixa e amarela eu via meus braços num remendo. Ainda no mesmo lugar. Agora marcados pela diferença. Me perguntava se ainda dava tempo de juntar.
Alguém que eu amava aparecia. E eu o respondia e falava de perto meio me escondendo. Me chamavam do lado de fora mas ele me trazia comida. Não questionava muito por que eu não saía. Eu o usava pra me trazer o que queria sem precisar me mostrar pra ninguém. Ficava dali de trás da porta enquanto ele circulava, pela sala, pela cozinha.
Numa outra cena ele me chamava no quarto com ela pra tirar uma foto de inverno. Me jogava um casaco sem mangas que me causava desconforto. Sentia uma afronta na escolha. Agora eu penso, os braços estavam no lugar. Talvez não desse pra ver a diferença.
#a
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resignedmemory · 5 years ago
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resignedmemory · 5 years ago
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“Você deveria falar pras pessoas o quanto elas são importantes pra você. Não porque elas podem partir a qualquer momento, mas porque isso sim é uma coisa que vale a pena ser dita.”
— Desconhecido. 
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resignedmemory · 5 years ago
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Every Blair Waldorf outfit: 2x08
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resignedmemory · 5 years ago
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resignedmemory · 5 years ago
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resignedmemory · 5 years ago
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I won't lie that it hurt
Never thought it could hurt so much.
I set on the floor that day, waited for my ride while I could still listen to you sing.
Drops of rain hurting my face, but they were so soft, so I stayed.
All I wanted was to see you and make you feel my love, but instead I walked alway.
Ever since that day you still put me in this state, down memory lane, I crave for a few seconds more of rain.
Maybe I could turn back and stay.
Give you my support, make you feel my love. Just sit there, next to your lover.
I made this bed, I know. I have nothing to do with you too, I know. I took you for granted, I made a lot of mistakes along the way I know I was desperately trying to do it all right.
It didn't turn this way.
I just wanted to say thank you. And I'm sorry. And that I love you.
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resignedmemory · 5 years ago
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não tem roupa que cubra a mancha de suja que me costuram à vulva. em meio às rachaduras, o que vem de dentro é candura. . . . . . a pior coisa q eles fazem é nos fazer acreditar que existe esforço que compense o destino traçado pra nós, traçar perfis de vestuário, descrever pela tela como são as garotas que não merecem seguir esse traço e terminar o caminho em pedaços, como nós. a pior coisa que eles fazem é garantir a existência dos dois lados, nos prometer um ideal de vulgaridade e sendo assim, um caminho pra se estar segura. depois de algumas marcas eu descubro que não posso me vestir de respeitável, não tem fantasia de menina pura, não tem esforço que eu faça, você faça. não tem roupa que cubra, a mancha de suja que me costuraram à vulva. em meio às rachaduras, o que vem de dentro é translúcido, é candura, mas isso eu sei por teimosia, não vem da palavra tua. https://www.instagram.com/p/CA-pHuYD_0C/?igshid=11kgm1i1lrcm0
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resignedmemory · 5 years ago
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afundo, pressiono, espremo, como roupas numa mala já lotada. a viagem tem data marcada e não me espera aprender a organizar. mal dobradas as roupas caem nos momentos mais desfavoráveis. assim é todo deságue. não me espera aprender a suportar. https://www.instagram.com/p/CAn_wOKjWka/?igshid=1nbtypb2euqnt
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resignedmemory · 5 years ago
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resignedmemory · 5 years ago
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Seja Feliz - Monica Sheehan
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resignedmemory · 5 years ago
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(nota)
tenho mania de recordar o refrão de gota d’água quando sinto o mundo rasgar o peito. me abomina a ideia de tudo afetar tão intensamente a ponto de roubar o ar, mas a verdade é que cada gota de quem me toca é capaz de me deixar em carne viva. 
G.
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resignedmemory · 5 years ago
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sinto dificuldade de vomitar o que tu me faz sentir durante esses dias em que você é neve pra mim e se esconde a sete palmos do chão pra sua proteção - e meu isolamento - e isso de alguma forma destrói a nossa bolha e sufoca minhas palavras inúteis em súplica tentando ser ouvidas.
e dói. ininterruptamente.
tu esconde seu mundo de mim e leva todas as minhas palavras contigo. abrupto. jamais considerou em sequer pedir licença.
eu sabia que seria seu egoísmo a dar o primeiro passo da nossa ruína desde o início.
é a única coisa que eu sei dizer.
- g.s.
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resignedmemory · 5 years ago
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sem condições
não é justo tanta lacuna em um caminho cheio de promessas. eu quero uma vida sem vírgulas entre nós, sem a memória fracassada como companheira. o último dos meus desejos era me acostumar com contagem regressiva e o pranto de uma partida iminente. meus olhos, já secos ms entreabertos, ainda enxergam sua silhueta na ponta da cama, esperando eu despertar. a imagem voa como um sonho e o nosso tempo também. ainda é quente onde pisamos, é quente onde nos tocamos. e eu não quero correr mais na contramão da vida se for sozinha, se for pra sentir o gélido de um clima forçado a estar feliz. o quase é nossa ferida aberta, amor.
a dor só incomoda por nunca virar cicatriz.
- g.s.
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resignedmemory · 5 years ago
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Eu tô cansada de sentir vergonha de estar cansada
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resignedmemory · 5 years ago
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D.,
A exaustão não te cabe bem. Tu sacrifica seus pés descalços ao dançar com os verbos por todos os lugares, roda até cair, levanta, levita e não suplica pro mundo parar a rotação.
E eu sei e você sabe da tua capacidade. Nunca houve um ponto de interrogação na minha cabeça que te impedisse de voar. Sempre carregou contigo esse jeitinho de se cuidar enquanto chora pelos olhos outros. Mas se olhares pro chão agora, seus pés estão parados mesmo sabendo todos os passos da música. Sua cabeça se preocupa em como fazer seus braços alcançarem mais e mais e mais e ignoram a distância entre você
e o tudo.
Não deixa seus membros esquecerem que só existe alcance se for dada a largada.
Lembre sempre das sequências da coreografia. Do suor que vai sempre existir para te fazer se sentir suja quando você der o pause. Lembre das trocas de olhares; dos movimentos suaves, sem maldade e sem perigo; do aprendizado etéreo em ser um ser adaptável; das mãos dadas e retiradas. E lembre da inevitabilidade dos limites, D. Pra mim, pra você e para todos os girassóis em que o vento bater.
Dance consigo,
dance com quem te dá abrigo,
alívio
mas jamais dance até para tentar esticar o que é finito
não dance até cair no abismo.
Lembre sempre: a coreografia não para, ela tem pausas. O mundo é o único que não para de girar para ele e para os outros ao mesmo tempo.
Essa fantasia não cabe bem em ninguém.
E sua roupa de heroína é sua própria kryptonita, D. Tua força é toda tua. Ela é capaz de te fazer segurar o mundo, pequeno, nas mãos. Não permita que ele te pare o movimento: o de se abraçar, claro.
- g.s.
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resignedmemory · 5 years ago
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ninguém:
pronome indeterminado
alicerce da imaginação
dono das minhas dúvidas
protagonista das minhas tragédias
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