santuber
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entre silêncios e palavras, sou memória que doa.
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quando tudo parece caótico: o desejo de voltar ao passado como expressão da dor presente
em momentos de caos interno, é comum que a mente nos convide a visitar o passado. não necessariamente por ter sido um tempo bom, mas porque algumas lembranças permanecem vivas no subconsciente como símbolos de uma felicidade já sentida. é um refúgio emocional - frágil, porém reconfortante - onde as memórias parecem mais suaves do que a realidade atual.
contudo, retornar ao passado nem sempre traz alívio. na verdade, esse retorno mental pode reacender dores antigas, feridas mal cicatrizadas que se conectam diretamente às angústias do presente. a impotência diante do que já passou - dos fatos, dos fins, das perdas - pode reforçar o sentimento de frustração. é nesse processo que percebemos: o que vivemos, bom ou ruim, foi parte essencial do nosso amadurecimento emocional. foram experiências que nos ensinaram a reconhecer sinais, a nos proteger, a antecipar dores.
"às vezes, o que parece saudade é só a dor disfarçada de lembrança bonita."
ainda assim, o passado seduz. pensar em revivê-lo pode soar nostálgico, quase mágico. mas esse desejo é, muitas vezes, uma tentativa de escapar da vulnerabilidade que o presente impõe. quando o agora pesa demais, a memória se torna abrigo. e isso não é fraqueza - é sinal de que algo dentro de nós precisa de cuidado.
a verdade é que guardar tudo para si pode ser destrutivo. o silêncio emocional, por mais que pareça proteger, tem o poder de corroer. sentimentos precisam ser acolhidos, expressos, partilhados. quando dividimos o que sentimos, o fardo deixa de ser só nosso. a partilha humaniza a dor e abre espaço para o cuidado mútuo.
nem tudo que se foi precisa voltar. nem todo acontecimento merece um replay. e nem toda dor precisa ser enfrentada sozinha. soltar a linha de um balão não é desistir - é confiar que o vento também pode conduzir. sentir não é sinal de fraqueza. é, muitas vezes, o primeiro passo para curar.
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o tempo das conexões
quando reencontramos alguém - ou conhecemos alguém novo - é comum sermos tomados por uma pressa emocional. queremos saber tudo: seus sonhos, dores, preferências, traumas, por que os relacionamentos anteriores terminaram e como ela lida com tudo isso. esse impulso revela uma ânsia de controle e de pertencimento. queremos montar o quebra-cabeça da outra pessoa antes mesmo de sabermos se ela deseja ser parte do nosso mundo.
mas esse movimento rápido costuma vir da ansiedade - e da idealização. começamos a formar uma imagem da pessoa baseada nas respostas que ela dá (ou não dá), e não no que o tempo nos mostraria com calma. e é aí que mora o perigo: passamos a nos relacionar com a ideia que criamos dela, não com quem ela realmente é.
nem sempre os primeiros encontros são reais. nem sempre as primeiras conversas são sinceras. a verdade, muitas vezes, só aparece quando o tempo passa - quando o encantamento se dissipa e o vínculo se revela (ou não) nos pequenos gestos.
não existe uma "hora certa" para o outro responder. mas existe vontade. quando há interesse, há movimento, disponibilidade, troca. quando você passa um dia inteiro esperando uma mensagem que não vem, dificilmente foi falta de tempo - foi falta de prioridade. e isso já é uma resposta.
se é sempre você quem insiste, quem procura, quem acende a chama sozinho... não é recíproco. e mais do que doer, essa insistência pode te prender a uma ilusão - a de que se você fizer mais, a outra pessoa também vai querer. às vezes, o silêncio do outro não é só ausência de palavras - é um encerramento.
uma única mensagem enviada com expectativa pode custar o silêncio de uma vida inteira. pode te manter preso em uma tentativa de conquistar alguém que só está ali porque gosta do que você proporciona - não necessariamente porque deseja construir algo ao seu lado.
é preciso saber abrir mão do desejo de conquistar quando percebemos que ele é unilateral. quando é para ser, ambos se alinham para fazer acontecer. o vínculo é construído com vontade mútua, não com esforço solitário.
portanto, não deixe a ansiedade te levar a apressar o que só o tempo pode mostrar. os encontros precisam seguir seu próprio ritmo. as respostas certas não vêm com perguntas insistentes - elas vêm com o tempo, com a convivência, com a verdade que se revela nas entrelinhas.
confie no tempo. ele não só mostra quem o outro é, como revela também quem você é, quando não precisa se forçar para caber em um lugar que não é seu.
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amor não se corre: como criar vínculos leves em um mundo de desconexões
o erro não está em acreditar que, dessa vez, pode dar certo. o erro não é tentar, porque ninguém se vincula sem se interessar de verdade. todo início de conexão exige reciprocidade, leveza e espontaneidade. isso é natural. porém, o desencontro acontece quando, no meio desse processo, uma das partes sente que tudo está indo rápido demais. sem saber como lidar com a intensidade ou com a própria vulnerabilidade, essa pessoa pode simplesmente desaparecer.
essa reação não é incomum. cada um lida com o amor a partir da própria história emocional, das feridas, das idealizações e do medo. o amor, para muitos, ainda é um terreno perigoso, onde expor o que se sente é arriscar demais. por isso, o diálogo é essencial. falar com clareza sobre o que se sente e espera não é só um ato de coragem - é um gesto de cuidado.
não se pode esperar que o outro compreenda o que você deseja se, num dia, você fala sobre construir um vínculo e, no outro, desaparece como quem tenta correr na chuva acreditando que não vai se molhar. a verdade é que ninguém sai ileso. mas talvez, ao invés de fugir, você só precise permitir que a outra pessoa se molhe com você - que ela compartilhe a vulnerabilidade, o frio, o medo e a entrega.
às vezes, o inconsciente insiste em te aprisionar naquela velha dúvida: "será que eu deveria tentar mais uma vez?" a resposta talvez esteja na leveza. tente, sim - sempre que sentir que há leveza. o amor de verdade não pesa, ele acolhe. ainda que existam dias difíceis, quando ambos se abrem e partilham, tudo se torna mais suportável.
"devo tentar de novo?" pergunta quem ainda sente. porque onde há dúvida viva, ainda pulsa um amor presente.
amar é partilhar a vida, não apenas sentimentos. é saber construir laços sinceros, claros, em que o afeto não seja apenas promessa bonita, mas presença real. palavras têm força, mas não sustentam vínculos sozinhas. é preciso se abrir, mostrar o que sente, ser honesto com o que te faz feliz.
se existe amor, que seja dito. que seja sentido. e que ambos estejam dispostos a caminhar - mesmo quando chover.
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brinde ao invisível
um brinde ao que nasce em silêncio, sem palco, sem luz, sem alarde, ao passo pequeno e sincero, que cresce sem pressa, sem tarde.
um brinde ao comum dos momentos, às glórias que a alma alcança, à força que vem do interno, ao brilho da esperança.
nem tudo precisa ser dito, nem todo troféu é dourado. há conquistas que são só nossas, e o silêncio é o mais sagrado.
perdemos o tempo buscando sentido no alto, na altura, e esquecemos que a vida mora naquilo que a alma segura.
não é todo dia que brilha, nem sempre se é mais ou demais. mas há beleza no pouco e nos passos normais.
um brinde a quem vê com o peito, quem sente além do que há. um brinde ao que vive calado, mas nunca deixou de pulsar.
não é preciso ser tudo, nem correr por perfeição. ir já é coisa bonita, tentativa já é superação.
liberta-te das palavras que o mundo insiste em impor. encontra tua própria voz e começa, enfim, a florir, a viver, a compor.
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como o apego evitativo pode afetar seus relacionamentos
se você já esteve com alguém que parecia super envolvido e, de repente, se afastou ao falar em compromisso, pode ter cruzado com alguém que apresenta um padrão de apego evitativo.
pessoas com esse tipo de apego têm muita dificuldade em criar vínculos profundos. qualquer sinal de perda da liberdade ou de que alguém possa interferir em suas escolhas faz com que, quase sem perceber, elas se afastem. mesmo que estejam curtindo os encontros, que demonstrem carinho e até falem o quanto gostam de estar junto, o simples fato de você propor algo mais sério pode ser o gatilho para que elas recuem.
esse comportamento pode parecer confuso: se aproximam, demonstram afeto, mas se distanciam quando a relação ganha mais profundidade emocional. manter a independência é essencial para elas, e até mesmo momentos de intimidade mais intensa - como dividir sentimentos e vulnerabilidades - pode gerar desconforto.
"a independência emocional não precisa excluir o amor e a conexão."
também é muito comum que exista um medo de confiar e uma grande desconfiança em relação aos outros, fruto de um receio profundo da rejeição.
é importante lembrar que ter um padrão de apego evitativo não significa que algo "está errado" com a pessoa. não estamos falando de diagnósticos, e sim de formas que aprendemos a nos proteger nas relações, geralmente baseadas na nossa história de vida.
a boa notícia é que, com autoconhecimento, apoio terapêutico e fortalecimento da autoestima, é possível mudar e construir conexões mais seguras e amorosas.
"não se trata de mudar quem você é, mas de encontrar formas mais seguras de se relacionar."
se você se identifica com essas questões, ou se está se relacionando com alguém que apresenta essas características, saiba que o caminho para relações mais saudáveis passa por muita paciência, respeito ao tempo do outro e, acima de tudo, por um olhar gentil para as próprias emoções.
relacionamentos são encontros de histórias. e todos podemos aprender novas formas de amar - com mais liberdade, segurança e verdade.
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histórias que a vida não conta
porque nem toda dor grita, e nem todo herói volta pra casa inteiro.
por muito tempo, acreditei que era assim, que enxergar o mundo com ternura bastava, que tudo funcionava como nos filmes, onde, num instante, a dor passava.
achei que a mudança viria como magia, num sopro leve, num toque de ilusão, mas descobri que a vida surpreende e parte o peito sem explicação.
um segundo é sorriso no rosto, no outro, é vazio no olhar, como quem se perde na própria alma, tentando, em vão, se encontrar.
procurei por alguém na escuridão, como quem busca um farol no mar, mas ninguém veio, ninguém pôde me resgatar.
a vida não para por tristeza, não permite pausa pra despedida, então sigo sozinho essa travessia, sabendo que tudo muda na volta da vida.
não é simples como conto de fadas, onde o herói salva o malfeitor, talvez eu seja só o incompreendido, marcado por rótulos e julgador.
não sou vilão por maldade, mas por não caber no que esperavam de mim, não posso carregar seus desejos, preciso cuidar do meu próprio fim.
no fim do dia, o que importa é estar inteiro, mesmo com os pedaços que guardei, é comigo que devo ser sincero, é por mim que, enfim, ficarei.
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a vida é urgente: sobre perdas, silêncios e o valor de um abraço
a vida, em sua imprevisibilidade, tem maneiras sutis, mas poderosas, de nos desmontar. não são necessárias grandes tragédias ou acontecimentos dramáticos. muitas vezes, é a simples ausência inesperada que, como uma onda, vai aos poucos derrubando as barreiras do que entendemos por estabilidade emocional e afetiva. é um silêncio que chega quando menos esperamos, uma notícia que desconstrói a realidade que tínhamos até então. e, nesse vazio, tudo que conhecíamos começa a se despedaçar.
não é sempre a morte que nos visita. às vezes, é um fim de outra natureza: uma ruptura, um afastamento, uma despedida inesperada. seja como for, o impacto é inevitável, e ele nos atinge no lugar mais profundo: na alma. a dor que se sente, embora silenciosa, é inegavelmente poderosa. ela queima a pele, pesa nos olhos, e nos arrebenta de uma saudade que, entre lágrimas e soluços, se mistura com a sensação de impotência. nesse momento, não existem palavras que possam realmente confortar. o que resta é o gesto simples de um abraço. silencioso, mas reconfortante. porque, na verdade, o silêncio muitas vezes é a única resposta possível diante da dor do outro.
recentemente, eu presenciei uma situação que me fez refletir profundamente sobre o que é perder alguém - e, especialmente, como o luto se manifesta em nós. acordei com os gritos desesperados de meus vizinhos, clamando para que uma criança não fosse levada. soube mais tarde que ela foi encaminhada novamente ao hospital. a partir daquele momento, um silêncio profundo tomou conta daquela casa que antes era cheia de vida, de risadas infantis e sons cotidianos. a ausência foi instantânea, mas as consequências ficaram.
no dia seguinte, antes das seis da manhã, vi o portão da casa aberto. não consegui olhar para dentro. algo dentro de mim doeu profundamente, como se aquela criança fosse parte da minha própria família. alguém muito próximo. uma vida que se foi cedo demais. um pedaço da humanidade daquela família se perdeu com ela. e com isso, um vazio se instalou, não apenas no lar, mas também nos corações daqueles que a amavam.
quando uma criança parte, a perda é ainda mais dolorosa. ela perde a chance de viver, de escolher, de sonhar. mas nós, como sociedade, também perdemos. perdemos os planos que foram interrompidos, os sonhos não realizados, os risos que nunca mais serão ouvidos. a vida, então, se torna uma questão de "e se?" - e se ela tivesse tido mais tempo? o luto, em casos como esse, é algo profundo, constante e sem um prazo. ele não é superado em semanas ou meses. ao contrário, ele reaparece inesperadamente, mesmo quando parece que já conseguimos seguir em frente. o luto surge nos momentos mais simples, nas lembranças cotidianas, nos espaços vazios onde as memórias se acomodam.
é importante perceber que o luto não tem prazo de validade. a dor inicial até pode diminuir com o tempo, mas as marcas, como diz clarice lispector, permanecem. “a dor passa, mas suas marcas duram para sempre.” essa é a verdade sobre a perda: as cicatrizes permanecem, não importa o tempo que passe. a saudade se torna uma companhia constante, que visita nossos corações sempre que nos deparamos com uma lembrança ou um momento feliz que gostaríamos de compartilhar com quem se foi.
ao refletir sobre a imprevisibilidade da vida e as perdas que todos enfrentamos, fica claro o quanto devemos valorizar o agora. a vida é urgente. o amanhã é incerto e o hoje é a única certeza que temos. por isso, é essencial que nos lembremos de não deixar para depois o que podemos fazer hoje. ame sem reservas, diga o que sente, abrace com intensidade, peça desculpas, compartilhe suas emoções. porque, no fim, o que fica são os gestos, as palavras e os sentimentos que conseguimos expressar enquanto ainda temos a chance.
a vida é curta demais para esperar. e, em meio às incertezas e perdas, a única certeza que temos é a urgência do agora.
- ls.
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entre o sentir e o silêncio
você quis me pintar de cinza,
como se eu fosse tempestade,
mas esqueceu que um dia fui abrigo,
fui calor, fui lealdade.
me mostrou teu mundo partido,
mas jurava que era inteiro,
me chamou de errado, perdido,
quando, na verdade, fui verdadeiro.
disse ser som de melodia pura,
e eu, ruído sem direção,
mas nunca percebeu que minha ternura
tentava tocar seu coração.
talvez meu erro tenha sido sentir demais,
aceitar de menos,
te deixar entrar nos meus dias,
acreditando que seus gestos eram plenos.
no começo, era tudo flor,
teus olhos brilhavam feito luar,
mas estar ao teu lado, amor,
foi ver a felicidade desmoronar.
você é montanha-russa sem freio,
e eu só queria paz no coração,
tentei te mostrar um novo meio,
mas você se fechou na escuridão.
somos dois mundos em órbita errada,
tentando se alinhar em vão,
não há harmonia onde há farsa,
nem amor onde há negação.
a vida, meu bem, é partilha,
é entrega em pé de igualdade,
não se pode mudar a essência
pra alimentar falsidade.
no fim, o que pesa é o sentir,
é como a alma se aquece no olhar,
mas quem não sabe se descobrir,
jamais vai saber amar.
você não se ama, e assim,
não havia como me amar também…
mas apesar de tudo, ainda guardo
o que de bom houve em nosso além.
- ls.
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o lado bom é que você ainda está aqui. ainda pode sentir a brisa do mar invadir o peito enquanto o sol nasce tímido no horizonte. pode pisar descalço na areia, deixar as ondas frias tocarem seus pés e sorrir, entre pulinhos e suspiros de leveza.
a vida é boa - mesmo nos dias em que tudo pesa demais. mesmo quando parece que só você carrega o mundo. nem sempre o seu melhor virá, e tudo bem. nem todo céu amanhece azul - às vezes, é preciso nublar para clarear depois. tudo é fase.
deixe essa maré tocar você com calma. em poucos minutos, seu corpo entende o ritmo do mar, e o equilíbrio se ajeita entre o sal, o vento e você.
tudo que é pra florescer, floresce. mesmo que, antes disso, você precise morrer um pouquinho pra depois… renascer.
- ls.
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o céu permanece o mesmo desde a última vez que a vi
o céu ainda está igual, mas a última vez que te vi foi numa sexta-feira. você estava tão feliz… e nem imaginava que aquela noite seria a nossa despedida. o fim. o encerramento de um ciclo. mesmo que tenha sido daquele jeito, me lembro de tudo ao nosso redor: as pessoas vivendo suas vidas, e eu, te olhando, com a certeza de que precisava colocar um ponto final. mas você sorria tanto… que por um bom tempo eu questionei se era o certo a fazer, se era mesmo aquilo.
horas depois, sentei ao seu lado naquela avenida e disse que ali era o fim. te vi mudar completamente. parecia que o mundo desabava para você naquele momento. e eu… não senti nada. só fiquei te olhando e com vontade de dizer que só precisava de um tempo. mas você sempre deixou claro que não acreditava em “tempo”. ou era ou não era. e eu segui o que você dizia: escolhi terminar.
foi doloroso pra você, eu sei. pra mim, o fim veio com uma calma estranha, como se eu precisasse desse espaço. isso não quer dizer que eu não te amei. pelo contrário - te amei. e todas as lembranças que me vêm à mente são boas. lembro das noites que deixei tudo para estar com você, e faria tudo de novo. não mudaria nada.
mas a verdade é que não houve uma conversa de verdade. eu simplesmente terminei. não tinha outra pessoa. só havia eu, tentando lidar com coisas que nunca consegui te contar. minha vida pessoal sempre foi uma caixa fechada, e talvez você fosse a única que merecia saber o que tinha dentro.
já se passou mais de um ano desde aquele dia. e, há cerca de um mês, pensei em você. como tem sido sua vida? você ainda carrega aquela melancolia? antes de excluir minha conta, olhei seu perfil. pensei em te seguir de novo, mas parei. o que eu estaria tentando fazer? talvez atrapalhar. e eu não tenho esse direito. não posso ser egoísta. você nunca me procurou - e eu também não esperava por isso. sempre fui fechado demais.
desde então, nunca quis me envolver com mais ninguém. talvez por falta de tempo, talvez por escolha. talvez o amor não seja mesmo para todo mundo - e está tudo bem. mas não posso desistir das pessoas para sempre.
meus dias têm sido como aquela neblina leve, que parece inofensiva, mas no fim do caminho você percebe que está todo molhado. a vida é assim. uns dias mais densos, outros mais claros. e sigo em frente.
em algum lugar do passado, deixei uma parte de mim. será que você consegue trazê-la de volta?
- ls.
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na verdade, se você tivesse tentado só mais um pouco, eu poderia ter te mostrado que eu não sou essa pessoa ruim, incapaz de amar ou que não sabe manter um relacionamento. se você tivesse olhado com afeto, tivesse me procurado pelo menos uma vez, mesmo eu dizendo que não queria mais vê-la, eu teria feito você acreditar que poderíamos fazer acontecer. poderíamos ter um final decente. poderíamos ter sido melhores amigos além de sermos apaixonados um pelo outro, mas a verdade é que você nunca esteve disposta a me conhecer. você se contentava com o lado bom que eu podia proporcionar, como se o amor fosse só a parte boa.
quantas vezes eu te salvei quando, na verdade, quem precisava ser salvo era eu? e depois de fazer isso, você tocava nas feridas que conhecia, em troca de nada. foi isso que me fez sair pela porta dos fundos quando tudo parecia perfeito. e depois daquele dia, a gente nunca procurou o outro, porque você nunca foi capaz de ir atrás da única pessoa que dizia amar. se amar é deixar o outro ir embora, talvez ter desistido, depois de todas as coisas que eu fui aguentando com você, tenha sido a coisa certa, sim.
você me chamou de covarde por desistir de nós, mas eu fui o único que teve coragem suficiente para te fazer acreditar no amor quando nem eu mesmo acreditava. nunca tive tempo de mencionar isso, porque você fazia tudo girar em torno de você. nunca era sobre mim. era como se eu fosse só uma peça solta na sua vida, que você adaptava pelos momentos bons que eu podia te proporcionar, coisa que você nunca tentou fazer por mim. e olha que eu esperei.
sei que foi cruel a forma como te deixei, mas, querida, a culpa foi sua. como eu tentei, todas as noites, fazermos sermos só nós dois, enquanto eu vivia uma turbulência que você nunca se importou! a verdade é que, antes de desistir de você, eu te chamei, e, nesse meio-tempo, você me fez me perder de mim. então tive que abrir mão de você para salvar minha alma. e você estava tão confortável na posição em que eu te deixei que nunca ousou me procurar, porque não precisava mais de mim.
na volta pra casa, eu já sabia que você era só mais uma ex no banco de carona. você não olhou para trás naquele dia, e eu decidi que não te procuraria, porque era mais fácil pra mim me distanciar, tentar me salvar depois do fim que tivemos, de tudo que me causou e que eu nunca mencionei. porque eu sempre quis te salvar, mesmo estando me afundando na imensidão das coisas que estava vivendo. você soube um terço e usou isso contra mim, parecia uma criança que não entendia que a vida não é um mar de rosas para todos.
eu esperei por você, achando que viria me procurar. me enganei. mas hoje sigo em frente, tentando reconstruir o que sobrou depois do fim. agora preciso renascer, encontrar meu próprio caminho, assim como eu fazia com você quando a vida se tornava difícil. chegou a hora de juntar os pedaços e recomeçar.
- ls.
fonte: @santuber
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o amor é algo bom, e você não pode passar a vida toda fugindo dele. lembro da última vez que tentou, e foi como admirar um destino lindo pelos cartões postais, mas, ao chegar lá, perceber que a realidade era outra. diferente do que parecia de longe, e essa frustração estragou toda a viagem. mas, mesmo dizendo que não se importa, nas noites solitárias, você sente falta de alguém para compartilhar os momentos bons que sempre celebra sozinho.
você insiste que não gosta de comemorações, mas, no fundo, sempre quis chegar em casa depois de um dia cansativo e ser surpreendido de forma clichê. no meio de toda a bagunça e cicatrizes, ainda existe uma parte sua que acredita no amor, que quer encontrar alguém e permitir que essa pessoa fique. mas, ao mesmo tempo que abre a porta, você a fecha. tudo sempre depende de você.
antes de começar algo, não pense logo em quando vai desistir. você se convence de que, em algum momento, deixará de amar, e isso faz com que se sinta insuficiente. assim, desiste antes mesmo de dar uma chance, sem considerar que a outra pessoa pode ser o que te ancora nesse oceano turbulento. suas ondas são tão fortes que você prefere afastar qualquer um do seu barco, deixando a pessoa em terra firme para não precisar dividir o que o amor realmente significa: parceria.
o amor é muito mais do que apenas os momentos bons. é a conexão que sustenta um relacionamento. permita-se viver e ser parte de algo verdadeiro. porque, depois da tempestade, o mar sempre se acalma.
- ls.
fonte: @santuber
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na maioria das situações, você se sujeita a cada coisa, talvez por medo de dar errado, porque é inevitável se achar pequeno, achar que não é capaz ou merecedor de novas oportunidades ou conquistas, porque no lugar onde está atualmente, você não é valorizado como deveria ser.
às vezes, você tem que ir com medo mesmo, encerrar ciclos nos quais investiu tanto para ser reconhecido, quando, na verdade, isso nunca foi necessário. você foi visto desde o início e era bom na sua função. e é exatamente por esse motivo que não saiu do lugar onde estava: porque, para as outras pessoas, era mais fácil te deixar ali, como se você não fosse merecedor de coisas melhores.
talvez parar um pouco para refletir e colocar um ponto final não seja uma tarefa fácil. afinal, você está tão acomodado com sua situação que não sabe para onde correr. mas o lugar onde você está atualmente não é o certo para você. se permita viver outras coisas, seja ousado, da mesma maneira que é para resolver situações da sua vida que ninguém sabe um terço e não teria a coragem que você tem. use essa força para um recomeço.
dizer adeus a algo que você está acostumado não é fácil, mas não é impossível. o caminho depois que você passar por aquela porta será árduo, porque a vida é assim. mas isso não quer dizer que, nesse novo lugar, você ficará reprimido por te acharem pequeno. lá, você será grande e bom. e é nesse meio tempo que você vai entender que valeu a pena o esforço e que desistir do lugar onde estava não foi ruim, foi bom.
nem todo recomeço é regado por flores e jardins. na maioria das vezes, você vai ter que plantar e cuidar do seu próprio jardim. esse é o processo da vida para um novo recomeço.
- ls.
fonte: @santuber
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janeiro, 2025
um ano e um mês se passaram
desde a última vez que te vi,
desde que decidi fechar o livro,
colocar um ponto final na nossa história.
não haveria mais conversas,
não haveria mais encontros,
não haveria mais vínculos.
no caminho até sua casa,
eu já sabia:
o ponto final estava ali,
marcado em silêncio.
não te procurei,
não mandei mensagens,
não senti saudades.
por que, só agora,
minha mente te trouxe de volta?
hoje, me perdi de mim,
pensando em você,
em como tudo poderia ter sido diferente.
mas eu lembro dos motivos,
aqueles que me fizeram desistir.
e, nesse momento,
senti raiva de mim,
raiva de pensar tanto em você.
que culpa você tem, né?
a mente é lenta,
e as dúvidas voltam:
e se eu tivesse insistido?
só mais um pouco?
e se eu tivesse calado naquele dia?
será que teria desistido?
olhei sua foto de perfil,
depois de sumir das redes sociais,
para que você não me encontrasse.
mas janeiro trouxe de volta
o dia em que te conheci.
havia tanto amor naquele dia,
que parecíamos um casal antigo,
mas era só o começo.
seus olhos tímidos ainda vivem aqui,
e a foto trouxe uma nostalgia que dói.
não te segui,
só apaguei a busca
e desejei,
silenciosamente,
que você encontre alguém melhor.
alguém que eu não pude ser,
apesar de ter tentado.
eu fui bom para você,
mas não pude continuar.
talvez tenha sido precipitado,
talvez tenha sido necessário.
não posso voltar atrás,
não posso dizer que sinto falta
do conforto de ter alguém
preocupado comigo no final do dia.
não minto:
não há ninguém,
não consigo me conectar,
não consigo sentir.
hoje, ainda me vejo
nas palavras que disse,
naufragando em alto mar,
perdido,
sem deixar ninguém chegar perto.
não consigo sentir nada por ninguém,
mesmo que eu tente.
no instante seguinte,
sinto que preciso correr,
fazer com que me esqueçam.
mas ainda torço,
secretamente,
para que alguém te faça feliz.
pelo menos um de nós
precisa ter um final feliz.
talvez, em outra vida,
eu tenha o meu.
- ls.
fonte: @santuber
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tudo é incerto
de onde estou,
observo o outro lado
e sinto uma dor no peito
enquanto vejo todos
seguindo com suas vidas.
tento imaginar um futuro,
mas não consigo me ver
chegando a lugar algum.
vivo o presente
com a esperança
de, em algum momento,
me encontrar nesse processo.
quando olho para certas pessoas,
me pego pensando
em como seria viver
uma pequena parte
de suas vidas,
mas logo desvio o olhar,
tentando esconder o quanto dói
apenas sonhar com um futuro melhor –
se é que ele realmente virá.
hoje decido abrir mão
dessas tentativas de planejar
algo incerto.
quero focar no presente,
fazer o que estiver ao meu alcance
por mim mesmo,
sem me comparar a ninguém,
assim como sempre fiz até agora.
- ls.
fonte: @santuber
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pequenos detalhes
ninguém jamais me ensinou
a gostar de música clássica,
de poesia,
ou a entender como amar as outras pessoas.
ninguém nunca segurou minha mão
e prometeu me guiar
por um caminho mais leve, seguro e fácil.
na verdade, aprendi tudo sozinho.
ainda assim, às vezes anseio
por alguém que se sente ao meu lado,
que fique ali enquanto uma música clássica toca ao fundo,
e que eu possa ser simplesmente eu,
e ela, ela.
para mim, isso é o verdadeiro significado do amor.
- ls.
fonte: @santuber
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o segredo é fazer como você: seguir em frente, mesmo com medo
após duas tentativas frustradas de sair com você e de remarcar o jantar no restaurante onde eu tanto desejava sua companhia, comecei a questionar minhas motivações. eu não sabia ao certo se queria te levar lá porque aquele lugar era especial para mim, ou se apenas ansiava por um encontro perfeito. acho que foi nesse desejo de perfeição que falhei, sobretudo quando você me disse que qualquer lugar seria bom, desde que estivéssemos juntos. talvez, naquele momento, eu tenha projetado em você uma versão idealizada, baseada no personagem que você mostrava nas redes sociais, e não na pessoa real que encontrei naquela noite, sem jeito, quando nossos olhares se cruzaram em meio à multidão.
quando fiz o último convite e, de última hora, você não pôde ir, decidi que não te procuraria mais. resolvi que iria sozinho ao restaurante. na semana seguinte, numa sexta-feira à noite, após o trabalho, lá estava eu, no lugar onde tanto sonhei te levar. sentei-me e observei ao redor. vi o amor em pequenos gestos nas mesas ao lado: o rapaz dizendo à namorada que o restaurante era bonito, mas não se comparava à beleza dela, e o casal que, com um filho pequeno, tentava acalmá-lo para que não me incomodasse. eu apenas sorri e disse que estava tudo bem.
naquela noite, postei algumas coisas nas redes sociais. várias pessoas comentaram, mas nenhuma era você. poderia ter escolhido alguém para sair depois dali, ou responder a qualquer mensagem como se estivesse interessado, mas, em vez disso, mandei uma mensagem para você. eu queria te ver, e, para minha surpresa, você respondeu quase que imediatamente. disse que poderíamos fazer algo e, assim, acabamos nos encontrando na sua casa. pela primeira vez, você me convidou. quando te vi chegando, você parecia irreal, como uma daquelas pessoas que fazem a gente querer casar logo no primeiro encontro. ou seria isso o encontro de almas? não sei.
havia algo entre nós, um vínculo que nunca consegui entender plenamente. era como se estivéssemos conectados de uma maneira que transcendia a compreensão. quando ficamos sozinhos, em meio a tantas pessoas no seu prédio, eu te vi vulnerável, exposta de uma maneira que nunca imaginei. pela primeira vez, desejei profundamente deixar alguém ficar - você. fiquei te observando, deitada no meu colo, com os olhos tímidos, de um jeito que eu nunca havia visto antes. naquele momento, quis mostrar todo o meu lado amoroso, aquele que ninguém conhece, mas não consegui.
você, tentando se proteger, disse que não queria nada sério com ninguém, algo que eu costumava repetir. acredito que aquilo era uma tentativa de se resguardar do desamor, da falta de afeto e do medo de ser abandonada. aquela foi nossa última noite juntos e a primeira vez em que fomos nós mesmos, sem máscaras, sem filtros. no dia seguinte, você me convidou para fazermos algo juntos novamente. eu queria dizer sim, queria te ver, mas naquele momento, não podia mais. não mais com você. porque, pela primeira vez, eu senti um desejo tão forte de ter alguém na minha vida que tive medo. medo de errar, medo de não ser suficiente para você.
e assim, te deixei ali, como quem abandona um celular no meio da rua, torcendo para que ele ainda esteja lá quando voltar.
meses se passaram, e soube que você estava em um relacionamento. no início, não acreditei. você, assim como eu, dizia que não queria nada sério. ou será que queria? não precisa responder, porque agora eu sei: você queria. e eu também. que ironia, não é? logo eu, que sempre afirmava não querer nada com ninguém, senti uma vontade incontrolável de te segurar, de te gritar para o mundo, de dizer que eu te queria.
hoje, sei que não podemos mudar o que dissemos ontem, mas podemos mudar nossas atitudes no futuro. quando a próxima pessoa chegar, ao invés de dar um passo para trás e negar o que realmente queremos, talvez seja o momento de dar um passo à frente e tentar. mesmo que a vontade seja de fugir pelos fundos de um restaurante e desaparecer, o amor não é tão ruim ou complicado quanto parece. na maioria das vezes, o segredo é fazer como você: seguir em frente, mesmo com medo.
- ls.
fonte: @santuber
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