satirophil
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Phil
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_ Satir... Sátiro em romeno? Você não tá me dizendo que me tirou do meu berço esplêndido pra me dizer que eu...
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satirophil · 26 days ago
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_ Garota, você acha que os deuses tem 17 anos e acreditam em fadas? - ... - Desculpe, eu não tenho muita noção de idade humana. - Coçou os olhos, os dedos rígidos contra o balaustre que o mantinha em pé. - Traições existem em todos os lados. Você acha mesmo que todo mundo aqui venera os deuses? Eu mesmo se ver aquela warrior of the mind na minha frente outra vez vou fazer ela se arrepender de ter me tirado do mundo inferior. - chacoalhou o tronco na direção do céu. - Tá, agora que estamos aqui, o que tem mente? Encontrou algo suspeito?
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_ Aquilo não é um deus. - Phil parecia exausto. Era notório o quanto ele tinha batalhado, o quanto seu corpo estava cansado mesmo com poucos ferimentos. Tinha dificuldade até pra falar. - Pelo menos não é mais. - suas pernas falharam e ele quase caiu, mas conseguiu se apoiar. - Aquilo tem cara de espião. - olhou em volta com pedaço de tronco servindo de bengala. - Nenhum novato seria capaz de fazer algo parecido... - ergueu os olhos pra ela a usando de exemplo e continuou - ...não importando há quanto tempo se conheça como semideus. Ou foi treinado ou temos um traidor. E traidores eu janto com creme de ricota e orégano.
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satirophil · 1 month ago
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_ Atacar uma árvore? Eu seria incapaz de cometer qualquer atrocidade contra beldades que tornam o nosso mundo um lugar tão maravilhoso e digno de se viver. - aquelas palavras saíram de um lugar muito profundo, não parecia deboche ou qualquer forma engraçada de lidar com o momento de tensão. Phil realmente tinha aqueles sentimentos, aquela gana por... não árvores, óbvio, mas pelas dríades, ninfas e qualquer espírito da natureza. - Uma vez eu conheci uma dríade. - Sempre que uma história de Phil começava com "Uma vez..." era quase difícil de ser verdade. Não tinha muito como provar, sinceramente, mas também precisava de um pouco de esforço pra acreditar. - Uma oliveira. Ela tinha seus cabelos crespos, suas curvas tonteáveis, sua pele viçosa, suass... - fez gestos com as mãos na altura do peito - azeitonas. Eu tava obcecado por ela, todo dia me banhava no rio que a mantinha, e ela até soltava alguns suspiros pra mim. Até que o desgraçado do Odisseu decidiu que a espartana dele valia mais do que eu. Nooossa, Poseidon fez foi pouco, tá?
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valya não se incomoda, nunca se incomodou com o jeito descompassado de phil, na verdade, ela gosta. sorri, quase infantil, quando vê ele fechar os botões das calças com aquele ar de quem sempre foi selvagem demais pra caber no mundo civilizado. — você sonha com maluquices todas as noites, velho! — rebate, a risada escapando leve, quente como o fim de tarde ali, entre árvores que testemunharam coisas demais. se ajeita, girando o arco com destreza nos dedos, só pra mostrar, só pra atiçar. ele sempre dizia que ela era boa, mas valya nunca perdia a chance de fazer questão.— me treinou direitinho? — ergue uma sobrancelha, provocando. — você sabe que sou melhor que você, né? fala sem arrogância, fala como quem compartilha um segredo antigo, enquanto dá dois passos na frente, a mão já deslizando pela aljava, sentindo o peso confortável das flechas, a tensão do momento antes da ação. e, antes de se embrenhar mais, volta o rosto pra ele, sorrindo de canto, meio sombra, meio sol — só tenta não confundir árvore com monstro, beleza? — e parte, com a confiança de quem sabe que phil, mesmo meio fora de si, vai sempre seguir logo atrás.
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satirophil · 1 month ago
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Girou o galho no punho com boa destreza no momento em que o rapaz virou. Seja lá quem fosse, Phil estava pronto pra dar umas boas bofetadas no ser encapuzado. Aos poucos os olhos foram mudando pro carmim sangue enquanto o observava. Suas narinas abriam e fechavam relatando uma tensão, sabe-se lá o motivo. - Quem é você? - ... - Merda de sorriso bonito. - pensou. Não, disse, mas finge que ele pensou. - Eu só preciso saber se você é algum espírito traiçoeiro ou se eu vou pegar mais pesado nos treinos de amanhã. E... porque... pelo amor de Zeus, fecha essa boca, tá me desconcentrando.
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Ponto fraco: Phil consegue ver o ponto fraco do inimigo, no entanto precisa de um turno apenas para se concentrar e ver, virando um alvo fácil. Seu olhos mudam pra um carmim sangue.
oliver nem se dá ao trabalho de esconder o riso, aquele meio abafado, meio debochado, que vibra no fundo da garganta e escapa sem permissão. ergue as mãos como quem se rende, mas o arquejo cínico na sobrancelha denuncia que não há intenção alguma de obediência ali — nossa… força física, é sério? — repete, carregando a provocação com gosto, como quem morde uma fruta ácida só pra ver a careta que o outro faz. dá um passo pra frente, provocativo, o olhar deslizando do galho improvisado até os chifres desalinhados do sátiro — e com esse… graveto? — inclina um pouco a cabeça, como quem analisa uma relíquia exótica e meio ridícula. — deve ter sido uma batalha e tanto, hein? — completa, apontando com o queixo para as roupas rasgadas e o estado lamentável do mais velho, mas o tom não é de preocupação: é o mesmo de quem cutuca uma onça só pra ver se ela ainda ruge. cruza os braços, balançando o peso do corpo sobre um pé só, e suspira dramaticamente — tá mesmo me expulsando ou só quer que eu te ajude a levantar antes que alguém veja você desse jeito? — o sorriso, ladino e preguiçoso, é a assinatura final: oliver, sempre à beira entre o sarcasmo e a oferta sincera de ajuda, mas nunca dando de bandeja qual dos dois é real.
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satirophil · 1 month ago
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Ainda com os olhos estreitos, Phil farejou o ar. Farejou ela, mas não chegou perto o suficiente, e bufou em frustração. - Se eu tivesse meu faro, você estaria frita, garota! - Soltou o galho e se aproximou a passos mancos. - Aquele manipuladorzinho de raios desgraçado queimou meu joelho porque achou que eu era uma alucinação. Ok, eu sei que sou bonito e meu sorriso é de paralisar multidões, mas que tóxico! - olhou a mulher de cima à baixo mudando de expressão de maneira palpável. Phil preocupado também não era algo tão absurdo assim, mas ainda significava que era sério. Não se preocupava se não acreditasse que você realmente tinha alguma chance negativa. - Você tá bem? Tá fazendo o que sozinha na floresta? - e daí que ela podia se virar sozinha? Não era essa a questão.
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Phil era uma figura quase onírica. Quase. Mesmo com seus cascos e chifres ocultos por metamórfica, vê-lo segurando um enorme pedaço de madeira, pronto para um confronto direto, era de fato mágico. A semideusa ergueu os braços sinalizando não apenas paz, mas que estava desarmada — quase desarmada. Sua foice, agora retraída na forma de uma agulha laqueada, estava espetada nas roupas esgarças. — Ow, ow. Sou eu, Phil! — Estridente, sacolejou os punhos. O alívio era uma benesse muito pequena para se sustentar e quando o sátiro negou a própria realidade, Alba tencionou-se, sobrepondo o toque à agulha de maneira instintiva e… confusa. — O que?! — De repente estava ereta. O par de indicadores erguidos no ar numa gesticulação incoerente e ligeira. — Como assim debaixo das suas calças? Ah, pelos Deuses… — Estava pasma, mas não deveria, afinal, era Phil e as palavras raramente saíam de sua boca como uma estrada reta e objetiva. — Honestamente, eu duvido muito que um espírito malfeitor ficaria tão intrigado quanto eu estou agora e eu também duvido que uma aparição me assolaria falando do que tem debaixo das calças. Com certeza eu sou eu e você… Bom… Definitivamente é você.
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satirophil · 1 month ago
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_ Matar sombras é o que eu faço toda sexta feira depois da novela. - Deu alguns passos para trás quando viu a garota se aproximar. Era um movimento padrão sempre na hora de treinar alguém: demonstrava o que tinha que ser feito e então dava a oportunidade para aluno de mostrar o que aprendeu. E assim que parecia ver aquela batalha. Por mais divertida que fosse, era uma aula.
_ Go, girl! - incentivou ao assistir a mais nova. O sorriso largo e o peito estufando expressando a ansiedade ao ver o resultado daquela cena até que... o que era aquilo? No lugar da névoa que há pouco chutava apareceu uma garota de cabelos verdes completamente indefesa e machucada, olhando pro sátiro como quem suplicasse por ajuda. Ela estava ali aquele tempo todo? Não importava, ela parecia em perigo que Nehemia estava há pouco de atacar. - PARA! - Gritou em alerta e empurrou Nehemia pro lado com uma brutalidade repentina. - NÃO ENCOSTA NELA! - se posicionou entre as duas enquanto seus olhos ficavam vermelhos.
Nehemia surgiu por entre a névoa como uma sombra viva, os olhos faiscando com o brilho opaco de quem enxerga mais do que deveria. Havia areia presa em suas vestes, sussurrando antigas maldições a cada passo. Ela não respondeu de imediato, apenas observou Phil com aquele ar quieto e ancestral, como se analisasse um espírito recém-chegado ao julgamento. ❝Você fala como se matar sombras fosse o mesmo que treinar músculos.❞ Sua voz cortou o caos como vidro enterrado na carne. Fria. Precisa. ❝Mas há coisas aqui que não sangram.❞ Shaet e Khesef, suas adagas, pulsaram brevemente em suas mãos como se reconhecessem o cheiro da corrupção no ar. A névoa pareceu recuar por um instante ao seu redor e Nehemia pode sentir o frio da névoa corromper o seu corpo, gélido o suficiente para arrepiar todos os seus pelos e fazê-la sentir o caos da maldição de Set tentar corrompe-la. ❝Ainda assim...❞ Ela deu um passo à frente, lutando mais contra si que contra eles, os olhos fixos na escuridão que se movia ao longe. ❝Se elas não podem morrer, vamos fazê-las lembrar que há coisas piores que a morte.❞ Ela traçou um símbolo no chão com a ponta de Shaet e sussurrou com mais intensidade: ❝Per aa neteru... kheperu sekhem. Anúbis, guia dos passos errantes, selai a passagem com teu olhar.❞ As escoriações nas bochechas arderam como brasas. A areia das adagas escorreu para o chão, formando runas crepitantes que repeliam a névoa em um raio curto.
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satirophil · 1 month ago
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Depois que a névoa começou a se dissipar, Phil decidiu começar sua própria aventura de resgate. Não sabia em quem confiar e ainda se recuperava dos danos que sofreu. O corpo começava a se recuperar, talvez pelo contato com a natureza, talvez pela força de vontade de esquecer a dor. Não sabia até onde retornar ao seu corpo sátiro lhe daria de volta sua habilidades de sátiro, mas a única certeza era que a natureza o fazia bem. Mesmo assim trajava roupas sociais e um sapato que claramente não foi feito pra andar entre raízes. Ainda não tinha certeza do que escutava, por isso ao ouvir os passos de Alba, não hesitou em puxar um grande pedaço de madeira. O rosto conhecido trouxe um alívio instantâneo, que tão rápido quanto veio, voltou. - Não exatamente. - Ótima resposta, Phil! Que tal ser um pouco mais filosófico diante de uma criatura determinada a te matar outra vez? - Quer dizer, sim. Quer dizer... Isso aqui? É porque você não viu o que tem debaixo das minhas calças. - Uma queimadura de segundo grau, mas continue com a escolha de palavras. - Você pode estar blefando. Como eu vou saber que não é só um espírito malfeitor com um ótimo senso de estilo?
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O mundo sempre parecia adormecer de uma investida. O céu estava parcialmente limpo e o vento soprava preguiçoso nos cabelos de Alba. As ruínas exalavam um odor ocre e a terra úmida vibrava sob seus pés, encolhida no próprio tronco e sentada no que horas antes foi um canteiro florido. Os dedos ansiosos embolavam-se às gramíneas que sobreviveram — havia perdido as botas tentando fugir dos pesadelos sancientes vagando pela cidade.
Ela viu o que viu. E por isso desejava poder se cegar com uma agulha quente. E mesmo que já estivesse cega pelo peso da angústia, o olhar, no entanto, era vago. Voltado para as copas recheadas se sacolejando para o vento. Contornando as sombras fantásticas mosqueadas no concreto sinalizando a chegada silenciosa de muse. Não se dignou a olhar em seus olhos pois ainda havia resquícios de loucura no vento. — Eu sei que vai parecer idiota mas… Você é você? — Perguntou num tom amiudado. Sentia, no interior, que estava recheada de galhos secos e pontudos alagando-lhe a garganta. — Desculpa. Foi um dia ruim. — Sacolejou os ombros estreitos, finalmente consentindo o contato visual. Muse parecia impecável, salvo pela poeira no rosto e pequenas escoriações transversais nas bochechas. — Acho que você arranhou um pouco da sua pintura, soldado.
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starter aberto para qualquer personagem localidade: qualquer uma ! narrativa: sinta-se livre para assumir qualquer nível de proximidade entre os personagens !
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satirophil · 1 month ago
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_ Aquilo não é um deus. - Phil parecia exausto. Era notório o quanto ele tinha batalhado, o quanto seu corpo estava cansado mesmo com poucos ferimentos. Tinha dificuldade até pra falar. - Pelo menos não é mais. - suas pernas falharam e ele quase caiu, mas conseguiu se apoiar. - Aquilo tem cara de espião. - olhou em volta com pedaço de tronco servindo de bengala. - Nenhum novato seria capaz de fazer algo parecido... - ergueu os olhos pra ela a usando de exemplo e continuou - ...não importando há quanto tempo se conheça como semideus. Ou foi treinado ou temos um traidor. E traidores eu janto com creme de ricota e orégano.
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𓇼˖ *     ⸻   ㅤ⠀𝐎𝐏𝐄𝐍 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐓𝐄𝐑, nos portões apoteóticos.
O caos maior já havia passado e o tal homem retirado daquele local. Odessa estava parada de frente ao grande local, fitando tudo ao redor como quem analisa o que realmente aconteceu ali. Conseguia sentir a magia do local, sempre conseguiu, mas era como se tivesse alguma coisa a mais naquele momento. Talvez fosse mesmo a energia do tal homem. Sempre foi fascinada por magia e tudo que a envolvia, principalmente alta magia e a mais antiga de todas. Obra de seu pai e, claro que iria se assimilar aquilo e ao antigo. Apesar de não ter mais do que um ano na cidade, já havia compreendido muitos dos ritos e mitos da cidade, absorvendo o conhecimento ao longo da sua passagem por ali. O que a bruxa não conseguia entender era o porque a névoa agiu de uma maneira diferente do que costumava, retrocedendo. Tinha quase a certeza que era a deidade desacordado. Bem, com aquele tipo de descrição, só poderia ser uma. ❝ Quem você acha que é? ❞ Dess questionou no momento em que sentiu muse se aproximar de si, encarando a pessoa em seguida. ❝ Ou melhor... Porque alguém de qualquer panteão iria nos ajudar? ❞ Não era a mais crente nos deuses, então era esperado que a bruxa provavelmente iria querer sim investigar tudo o que estava acontecendo naquele momento pós caos.
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satirophil · 1 month ago
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     🌿     ⸻     𝐇𝐀𝐋𝐅 𝐂𝐇𝐈𝐋𝐃, 𝐇𝐀𝐋𝐅 𝐀𝐍𝐂𝐈𝐄𝐍𝐓    …    uma prole de ATENA sempre indica uma boa história, ouvi dizer que essa aqui tem sentimentos NEGATIVOS em relação ao THEOI que lhe nomeou como SATIR. Já é um milagre que PHIL tenha chegado aos 60 anos, talvez os monstros de INGLESA não sejam tão agressivos. Em Nexum, onde vive há 40 ANOS atua como COACH. Combina com sua reputação de ser INTELIGENTE, HABILIDOSO E PACIENTE, embora possa ser RECLAMÃO, EXIGENTE E MENTIROSO em seus piores dias. Sabe uma coisa interessante? Ouvi dizer que elu tem muito medo de PERDER O DESCANSO ETERNO.
CORPO
Estilo: Cabelo curto e muito bem alinhado, roupas combinando como se ele fosse um milionário (o que não é tão mentira assim), joias brilhante, relógios caros, ouro, prata. Brilho, brilho, muito brilho.
Proporção: 1,80m e diminuindo, olhos castanhos claros quase dourados, um par de chifres com uns 3 centímetros cada, levemente dentuço.
MENTE
Árvoressexual (não, sério, se tu não for um espírito da natureza, nem tenta)
"_ Satir… Sátiro em romeno? Você não tá me dizendo que me tirou do meu berço esplêndido pra me dizer que eu…"
Phil é... chato. Desde que começou a descobrir que estava sendo retirado da calmaria dos Elísios pra fazer o de sempre, é a única coisa que sabe dizer. Costuma se vangloriar de tudo o que passou, mesmo que não se lembre e nem faça questão de lembrar dos seus anos de ouro. Vive nesse limbo entre querer ser o maioral e evitar ao máximo as histórias que fariam o mesmo. É mito comum vê-lo por aí dando dicas pras pessoas, mostrando como fazer certos tipos de planejamento, como lutar, brigar e investir. Trata todo mundo a sua volta como uma mera criança abusada que precisa do sátiro pra ser alguém ou nunca mais teria chances na vida. E sabe o mais engraçado? Muitos desses conselhos sem noção realmente funcionam.
🌿     ⸻    𝐇𝐈𝐒𝐓𝐎𝐑𝐘 𝐇𝐀𝐒 𝐈𝐓'𝐒 𝐄𝐘𝐄𝐒 𝐎𝐍 𝐘𝐎𝐔 ...
De todas as desgraças que poderia acontecer a um sátiro, reencarnar não estava nem cogitada na lista de maldições que Phil tinha guardada no casco esquerdo. Já não bastava os mais de 150 anos treinando os mais diferentes tipos de semideuses gregos - dos mais exibidos como Aquiles aos mais desajustados com Hércules - agora ele teria que treinar de todos, repito, todos os panteões. Porque aparentemente não existia mais nenhum otário desocupado pra cumprir esse papel, por isso tiveram que ir no submundo, buscá-lo em sua redinha nos Campos Elísios. Redinha essa pela o qual ele batalhou muito e se manteve dentro dos limites da justiça Olimpiana, evitando de todas as maneiras reclamar de Zeus. Mas agora que precisavam dele, não mediria esforços pra acabar com a reputação daquele thunder bringer de uma figa. Pelo menos tiveram a decência de trazê-lo em um corpo mais fácil de se movimentar, apesar de as pernas curvas de bode lhe darem um rebolado muito bem elogiado nas rua de Atenas, assim também como promessas de uma pós vida ininterrupta (o que, sinceramente, já caiu no conceito desde que interromperam a última).
O sátiro renasceu no corpo deste homem, um milionário famoso nas redes sociais por seus TEDTalks e palestras motivacionais, misturando vídeos de conselhos nada confiáveis, vlogs de escala e encontro espiritual, dicas de como chegar nas mulheres e vídeos de musculação com exercícios duvidosos. Conforme o tempo passava e os cancelamentos iam surgindo, este homem começou a se questionar sobre o mundo ao seu redor. A cabeça não parava de doer, até que a ponta de um chifre surgiu.
Em uma live recebeu o desafio de seguir uma trilha específica, desafio esse que colocava sua masculinidade a prova. E como alguém que precisa provar algo, Phil não hesitou em aceitar. Foi assim que chegou a Nexum onde sua mente recebeu uma enxurrada de informações sobre o passado e como deveria retornar ao seu papel de treinador de semideuses.
Seria uma história linda se não tivesse desenvolvido um mau caratismo muito grande ao decorrer dos anos como humano.
🌿     ⸻    𝐑𝐄𝐀𝐋 𝐆𝐎𝐃𝐒 𝐑𝐄𝐐𝐔𝐈𝐑𝐄 𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 …   
Ponto fraco: Phil consegue ver o ponto fraco do inimigo, no entanto precisa de um turno apenas para se concentrar e ver, virando um alvo fácil. Seu olhos mudam pra um carmim sangue.
Artes marciais: tem a capacidade de lutar e aprender qualquer tipo de modalidade de combate, se tornando quase uma máquina de matar. Quase, porque por mais que não precise ativar nada, seu corpo está na maior parte do tempo em estado de alerta, pronto pra desviar de qualquer ataque, causando tensão e dores musculares com frequência.
Conhecimento bélico: Assim como a habilidade anterior, é a facilidade em usar todo e qualquer tipo de armamento.
🌿 ⸻ 𝐈 𝐅𝐄𝐄𝐋 𝐃𝐈𝐕𝐈𝐍𝐈𝐓𝐘 𝐈𝐍 𝐌𝐘 𝐁𝐎𝐍𝐄𝐒 𝐋𝐈𝐊𝐄 𝐀𝐂𝐇𝐈𝐍𝐆, 𝐋𝐈𝐊𝐄 𝐅𝐈𝐑𝐄 …
Toque de Porevit: Benção ou maldição, isso varia de quem tá vendo ou das intenções de Phil ao contar a história. Conforme o sátiro vai descobrindo sua verdadeira identidade, partes do seu corpo de sátiro vão aparecendo. Chifres, cascos, fome, longevidade. Características de um bom homem bode. O problema é que ele vem tentando esconder isso, tentando não se lembrar, dificultando o árduo trabalho de Atena.
DESENVOLVIMENTO
[...]
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satirophil · 1 month ago
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A forma como o corpo de Phil se movia era magistral. Quem escutava seu papo de coach com dicas e conselhos questionáveis nunca diria que aquelas coisas "realmente funcionavam". Não é o caso da maioria dos moradores de Nexum que treinaram com ele, mas ainda assim é impressionante como esse desgraçado conseguia falar tanta asneira e ainda ser capaz de movimentos tão precisos. - Vem! Vamos pegar essas pragas e enfiar as espadas em mais buracos que eles podem abrir!
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satirophil · 1 month ago
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O sátiro se encolheu quando viu o tigre se aproximar, mas após a fala da mulher, conseguiu ir aos poucos retomando as coisas. - Eu não to com medo, só achei ofensivo. - Phil não era um sátiro completo. Pode-se dizer que ele é uns 95% homem, apenas com um par de chifres que juntos não somam 6 centímetros. Além do mais, suas vestes não condiziam com seu comportamento. Estava todo arrebentado e com uma expressão perturbada, ainda tremia. Mesmo assim, portava-se como se estivesse pronto pra outra. - Que os divinos vão para o raio que o parta! Me dá esse arco aí que eu acordo ele agorinha. - Fez menção de se aproximar, mas recuou só de olhar pra tigresa. - Miau!
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perto da igreja do broto, estão duas silhuetas: uma mulher de um pouco mais de um metro e sessenta com um arco, e um animal selvagem com listras, quase maior que a mulher mesmo em suas quatro patas: saffron e calla. os olhos preocupados da mulher tocam a face felina minuciosamente, olhando com atenção a pele macia e peluda atrás de sinais de doença ou ferimentos. calla não parece paciente o bastante, soltando um, dois, três grunhidos antes de se afastar da dona, desinteressada e imponente em toda sua força e tamanho, enquanto se aproxima de outra pessoa, com seu olfato apurado e olhos amarelos cintilantes, fazendo menção a tocar o nariz gelado sem qualquer polimento na pele alheia. saffron a observa ir, com as íris pairando na figura de muse. — ela só está procurando sinais de mácula em você. — justificou-se pelo animal, especialmente por saber que era a única que conseguia escutar os pensamentos da trigresa. olhando na direção contrária, a semideusa coloca as mãos na cintura e suspira, com pesar. — qual dos divinos você acha que é aquele? — e então dá de ombros. — queria que ele acordasse logo pra ser interrogado.
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satirophil · 1 month ago
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_ Sai pra lá, coisa ruim! - Phil deu alguns passos pra trás e assumiu uma pose de ataque quando fitou a figura a sua frente. Estava armado apenas de um galho, mas seus olhos estavam vermelhos, o cabelo bagunçado sobre os chifres e as roupas rasgadas. O que quer que tivesse acontecido ao mais velho, acabou com ele. - Eu ordeno que saia imediatamente das terras sagradas ou serei obrigado a utilizar de força física.
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oliver sentou na beirada do parapeito, as pernas pendendo como se não houvesse abismo abaixo. os olhos passeavam pela cidade; nexum tão pequena dali, tão bonita com a fumaça ainda subindo preguiçosa dos cantos onde a névoa deixou dentes, garras, memórias. puxou o capuz, mesmo que não houvesse vento. não pra se proteger, mas pra parecer que precisava. riu sozinho, um som breve, fechado entre os dentes. como quem ouve uma piada que só ele entendeu. quando percebeu a aproximação, não desviou o olhar do horizonte. só inclinou um pouco a cabeça e soltou, casual, como quem comenta o tempo — engraçado… como todo mundo sempre acha que vai dar tudo certo. bateu a sola da bota no concreto, duas vezes, como quem marca compasso ou chama alguém mais pra dançar no meio dos escombros. virou só um pouco, o suficiente pra que a meia-lua de um sorriso aparecesse. sem nenhuma pressa, como quem saboreia o silêncio que precede a próxima ruína: — e olha só… deu mesmo? não parecia preocupado com a resposta. não parecia preocupado com nada, na verdade. só deixou a pergunta no ar, como fumaça, como a névoa que talvez nunca tivesse ido embora de verdade.
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quem. aberto para todos.
onde & quando. qualquer canto onde a névoa se dissipou tarde demais, na franja esquecida de nexum
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satirophil · 1 month ago
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Tudo o que Phil queria era um descanso do dia das oferendas. Não o fazia por si, fazia pelos outros, então era comum todo mês escutá-lo reclamando - na verdade, ele reclamava todo dia - de como as coisas eram melhores antigamente. E como antigamente os sátiros viviam pelados nas florestas, às vezes seus instintos chamavam. Não, ele não tava pelado. Pelo menos quando se fez visível, já fechava os botões das calças. - O que insinua, mocinha? Acha que eu ia ignorar um alerta como esses? - o sorriso louco tinha tomado seu rosto naquele instante. - Você sabe quantas noites eu sonhei com uma maluquice dessas? Vamos logo! Me mostre que eu te treinei direitinho. - o tom animado escondia muito bem o fato de que não estava lúcido o suficiente pra distinguir a menina de um tronco de árvore.
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valya encostou a testa no tronco áspero, como quem pede desculpas ou como quem espera uma resposta que nunca vem. as mãos douradas ainda tremelicavam ali, silenciosas, indecifráveis, enquanto a luz escorria em fiapos pálidos entre as folhas grossas. não sabia ao certo por que tinha ido até ali. não buscava redenção, nem bênçãos. talvez só silêncio. ou talvez o tipo de ruína que ninguém percebe, porque acontece de dentro pra fora. quando ouviu passos, não se virou de imediato. mordeu o canto da boca, respirou fundo. então, com a voz baixa, quase um segredo enfiado entre as raízes — você também ouviu…? não disse o que. não precisava. todos tinham ouvido: o estalo do vidro quebrando, o grito sem garganta da cidade, o chamado que a névoa fez e que, talvez, ainda fizesse, mesmo agora, mesmo ali. afastou-se um pouco do tronco, o olhar ainda preso na cicatriz que uma das mãos douradas deixava no chão — ou… e, dessa vez, virou o rosto, fitando quem quer que fosse, com aquele meio sorriso que doía mais do que curava — … tá fingindo que não? não soava como acusação. soava só… cansada. ou lúcida demais pra disfarçar. ficou ali, esperando uma resposta, ou o silêncio. às vezes, era difícil saber qual dos dois era pior.
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quem. aberto para todos.
onde & quando. ao pé da árvore shinju no kizuna, no fim do dia.
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