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A China não tinha também uma leis que proibiam crenças populares ou sua representação, algo assim? Vi um review de um cara de Hong Kong que falou que o Cinema de terror da China tinha piorado muito nos últimos anos por que o governo proibia a representação de elementos sobrenaturais, crendices e personagens do folclore no filmes, então no final o fantasma tinha q ser uma alucinação ou uma pessoa de fantasia. Esse tipo de coisa deve afetar as estatísticas e as pessoas que praticam ou acreditam não devem falar disso abertamente e isso deve afetar as estatísticas, obg pela pesquisa

São duas questões diferentes, hon'! E ambas delicadas. Tentarei explicar mas, por favor, não pense que estou compactuando / defendendo as políticas e práticas que citarei, okay? Adotei um discurso neutro com o intuito de explicar com maior clareza; mas não é minha visão pessoal. 

Essa parte de televisão / cinema é controlada pelo NRTA (Administração Nacional de Rádio e Televisão, em tradução livre) que é, exclusivamente para essa parte do audiovisual — ela não afeta o que acontece fora do cinema / televisão. Não há relatos ou evidências disso acontecendo. Outro ponto importante é que, oficialmente, ela não proíbe; ela “sugere”, logo, você não irá encontrar escrito “não pode representar x” (salve poucas exceções mas, mesmo essas, são escritas de maneira “suave”, não impondo nada) — técnica da censura para que, no futuro, eles possam modificar como desejarem e evitar que as companhias achem brechas. 

Mas a lógica por trás dessa censura, em específico, não seria contra a religião, mas contra “incentivar a existência do sobrenatural”. Então, apesar de algumas religiões e crenças possuírem elementos que aparecem no gênero sobrenatural, não é abordado com essa visão religiosa, apenas o sobrenatural. Por exemplo, nós vemos muitos dramas do gênero xianxia — oriundo do taoísmo e budismo — que são transmitidos: mas num contexto histórico. Por quê? Novamente, não pela religião, mas o NRTA enxerga que, quando você trás essas noções (prendidas ou não à crenças religiosas) para a atualidade, você está influenciando as massas a pensarem que existem seres sobrenaturais. Um outro exemplo é a censura que aconteceu contra “dramas de palácio” em 2019/2020. Que aconteceu porquê, segundo o NRTA, “promovia valores consumistas e comercialistas”. Mas, como nota o Professor Zhu Ying da Academia de Filme na Universidade Batista de Hong Kong, “A censura tende a ignorar programas de entretenimento com temáticas frívolas; até se tornarem populares e ameaçarem as normas sociais, moralmente e ideologicamente”. Fonte. Contudo, a questão do NRTA é muito instável exatamente porquê, de verdade, ninguém sabe quais são as regras para dramas / filmes serem aprovados ou não. Alguns passam pela censura, outros não. Há muitos fatores envolvidos e nem todos são divulgados, sendo mantidos apenas dentro da indústria. Infelizmente, não consegui encontrar fontes que aprofundassem essa questão para trazer, mas irei procurar mais! 

Contudo. Apesar de, pela constituição da China ser zelado a liberdade da crença religiosa (não o direito de praticar, como aponta  Sophie Richardson, Diretora do Human Rights Watch’s China), o China Aid — uma ONG focada em sensibilizar sobre liberdade religiosa na China — e outras fontes destacam que, desde 2014, templos, igrejas e outros locais de culto foram demolidos “a favor da construção de locais públicos voltados para a recriação” e/ou por “estarem violando leis de construção”. Isso acontece, principalmente com as religiões Católicas, Protestantes e Islã. O direito de praticar só é protegido quando é por “meios normais” — em templos, igrejas, etc. Reuniões privadas em instituições (ou religiões) não reconhecidas pelo governo são contra a lei. A Sophie Richardson aponta que existe, então, de fato, uma perseguição religiosa que acontece de maneira discreta — embora, nem sempre. A “reeducação” que as minorias étnicas sofrem, como os Uyghurs é mais agressiva e destacada; ou contra os Budistas do Tibet. 

Com Taoísmo, Budismo (chinês han) e religões / crenças populares, a jornalista Barbara Demick, antiga “chefe do departamento de Beijing/Pequim” do New York Times, “são vistas como autenticamente chinesas, e há uma tolerância muito maior”. Ian Johnson, autor do The Souls of China: The Return of Religion After Mao, “centenas, se não milhares, de templos de religiões/crenças populares existem sem registro mas são toleradas”.  Mas, como as fontes notam, essa questão também é instável e, num piscar de olhos, pode mudar.  Fonte. Fonte. Fonte.

Mas é uma questão a ser analisada, hon. A relação entre o NRTA e essas outras questões — infelizmente, novamente, não consegui encontrar nada que aprofundasse ambos. Nem relatos pessoais. Mas vou tentar procurar e, se achar, posto aqui!

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Por favorzinho, poderia encontrar se as pessoas são religiosas na China? tipo taoismo, essas coisas? (tl, rm)

Pesquisado, checado, traduzido e resumido, hon'!

Estatisticamente, em dados adquiridos em 2015 pela Gallup, 90% da população chinesa se considera ateístas ou não religiosos. Contudo, pesquisadores & historiadores modernos trazem outras perspectivas.

Segundo David Palmer, professor no Departamento de Sociologia na Universidade de Hong Kong, e Yang Fenggang, diretor do Center on Religion and Chinese Society na Purdue University, religião está revivendo na China moderna (desde os anos 90, mais ou menos) com as mais populares sendo Budismo, Taoísmo, Islã, Cristianismo, Protestantismo e religiosidade/crença popular. O professor Yang Fenggang também aponta que a juventude moderna, é mais aberta a "questões religiosas e espirituais" e tem se convertido — principalmente Budismo e Cristianismo. Ambos os professores dão ênfase na diversidade religiosa da China e a influência do estrangeiro nas últimas décadas. Fonte, fonte.

É importante, também, lembrar que, tradicionalmente, praticantes de Budismo, Taoísmo e Confucionismo se interligavam e misturavam as práticas. Fonte. Isso se enquadra, até certo ponto, com as religiosidades/crenças populares que são inúmeras. A professora Anna Sun, da Kenyon College, reforça que a maioria das pessoas que se consideram ateístas ou não religiosas ainda praticam alguma forma de religiosidade/crença popular (feng shui, por exemplo). E que muitas pessoas praticam certas religiões mas não são praticantes devotos. Ela também aponta que há uma transformação/reinvenção dessas religiões mais antigas, como mulheres tomando parte e sendo figuras importantes em rituais Confucionistas na modernidade. Fonte.

Resumindo, é uma questão complexa. Porém, entende-se que religião é presente e comum no país (mesmo com suas práticas sendo "reinventadas" ou não "tradicionais"), mesmo tendo a predominância de não-religiosos & ateístas — e que religiosidade/crença popular possui um papel muito importante.

*Há outros detalhes relacionadas a religião na China, mas não mencionei porque não era a questão.  

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Diga-me, está há horas pesquisando sobre um único e minúsculo detalhe obscuro sobre uma dinastia milenar? Não sabe o nome um objeto utilizado numa profissão específica? Está com medo da polícia federal arrombar sua porta por conta de seu histórico do chrome? Não temas! O SEARCH U chegou.

Eae, comunidade rpgística e escritores? Como estão? Assumirei que, caso identificou-se com as situação acima, bem mal. Ou, pelo menos, muito frustrades. Sem mais delongas, sou REID e venho, por meio deste, os apresentar ao meu projetinho para a comunidade: o SEARCH U. 

Mas por merlin, que porcaria é essa?

Simplificando, o SEARCH U é um blog de recursos. Não como um rph, não. Não estou aqui para criar conteúdo ou ofertar dicas/guias sobre escrita, personagens e/ou tantos outros recursos que blogs dessa categoria possuem — estou aqui para conectá-los com conteúdos existentes. Pense em mim como o google, uma ponte para o imenso conhecimento disponível na internet. 

Já existe o google para isso…

Sim, eu sei. Mas, entenda, muitas vezes queremos buscar informações porém não sabemos como ou, pior ainda, está num idioma que não compreendemos. Por vezes conseguimos alguma coisinha, mas não tão profundamente como queríamos. As vezes não temos tempo ou só estamos com um celular em mãos e, ora, sabemos como pode ser irritante querer pesquisar qualquer coisa no celular. A minha proposta pode soar bem boba, mas é muito simples: pesquisar por vocês, para vocês. Exatamente pelas razões citadas acima. 

Da onde surgiu isso, meu merlin

Gosto de acreditar que nenhum de nós tem intenção em ofender ninguém e/ou nenhuma cultura. Todos queremos ser respeitoso, sermos capazes de elaborar personagens bem detalhados e vivos. De criar comunidades detalhadas e ricas em informações. Contudo, quantas vezes vemos asks pelos rphs e talkers reclamando da falta de pesquisa de alguma comunidade ou player; de como é difícil interpretar um personagem de cultura x pois não encontra informações em português, etc. Muitas, certo? É daí que veio minha inspiração — criar um blog que vocês podem solicitar informações diversas, alguém que possa traduzir conteúdos, destruir barreiras que nos impede de adquirir conhecimentos. As vezes um rph pode estar restringido pelas outras inúmeras obrigações / propostas que trazem, por isso, o search u é exclusivamente para pesquisas. 

E como funciona, criatura?

É muito simples. Basta você me mandar uma mensagem, mais ou menos, no seguinte modelo (você pode ler mais sobre as siglas nos parênteses aqui): 

Depois que receber sua ask, começarei a pesquisar pelo google e outros inúmeros sites pela informação que você pediu. Posso encontrá-la em português, inglês ou outro idioma — contudo, caso você não entenda outra língua, eu me responsabilizo por traduzir as informações e sumarizá-las para você. Assim como, caso queira, posso fazer um resumo das informações contidas nos links que irei compilar para lhe dar. Simples, não? Legal? Útil? Espero que ache. 

Outro exemplo, caso não tenha entendido. 

Vamos supor que você quer saber qual o horário de aula comum na Coreia do Sul. O que eu vou fazer? Eu irei lá no google, no naver, no youtube, hi!native e inúmeros outros sites que conterem essa informação — seja de forma “teórica & formal” ou por relato de alguém —, checar a veracidade das informações, compilar esses links e trazer para você. Entendeu? É bem simples. 

E quero deixar claro, desde já, que toda a comunidade é bem-vinde para colaborar! Caso você tenha conhecimento de alguma coisa perguntada, tenha links para compartilhar, relatos ou qualquer outra coisa, saiba que você é bem-vinde para reblogar, responder no post, etc. Assim como corrigir, argumentar ou questionar algum link ou informação apresentado! Meu intuito com esse blog é criar um espaço confortável para essa troca de informações. 

Enfim, é essa minha proposta, pessoal. Quero convidar todes para dar uma chance a esse modesto bloguinho. Dito isso, vamos ver no que dá! Muito obrigade pela atenção!