Tumgik
soma-catalogo-blog · 7 years
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A arte e a memória do som
Som traz memórias. Assim como os cheiros, as imagens, as texturas. Nesse catálogo temos alguns trabalhos que refletem as relações entre som e memória, mas gostaria de ressaltar dois: o curta-metragem chuva de Vinícios Debs e o mini álbum Acesso a linha 3 da Heleni Andrade.
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Em chuva, temos as imagens do artista performando ações corporais ao som da chuva e de vídeos diversos. A câmera parada junto ao som conflituoso fazem parecer que o espectador está assistindo uma mente perdida em recortes de memórias. Entretanto, no meio de tantos, tiro, porrada e bomba ouvimos a chuva. 
A chuva acalma, traz um toque de nostalgia ao curta. Ao mesmo tempo que amarra tudo, as imagens e os sons, de forma que dispersa o caos. Mas a música prevalece e como gritos resistência, ouvimos os acordes arranhados e as melodias berrantes. 
Em contrapartida temos Acesso a linha 3, a artista usa do imaginário coletivo paulistano: o metrô de São Paulo. Com sons que premeiam entre si, Heleni construiu uma narrativa sonora que evoca as memórias de todo bom paulista. De forma direta e sem firulas, as faixas são literalmente histórias que navegam.
As duas obras trabalham a memória do som, trabalham a capacidade do espectador de se transportar assim que escuta. No entanto os recortes são diferentes. Vinícios trabalha as co-relações entre as imagens e os sons, de forma a gerar conflito, embate entre os diferentes sons, as diferentes fontes. Já Heleni costura as gravações resultando em faixas harmônicas. 
Pensando no contexto de hoje, em que temos acesso a tantos sons, imagens e experiências em geral, precisamos refletir sobre a capacidade desses suportes e ferramentas. Como cada uma dessas obras afeta o espectador? Principalmente pensando que a grande maioria dos recursos utilizados apelam para algum tipo de inconsciente coletivo. Quais são os limites desse interdisciplinaridade nas artes multimídias?
Outra obra que gostaria de citar nesse texto e deixar de recomendação é o trabalho da artista Sandra Fava.
por Gabriela Sakata
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soma-catalogo-blog · 7 years
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Sem Título por Marina Eckschmidt
INTRODUÇÃO
A criação desse projeto de instalação aconteceu no meio de um cruzamento de interesses de um trabalho que já estava em andamento e de duas disciplinas. Pode-se dizer que os interesses particulares guiaram as pesquisas e as disciplinas abriram portas para assuntos que de outra forma jamais teriam sido considerados como possíveis ferramentas de construção.
A proposta de criar um projeto para criar uma obra que utilizasse o som, dentro da disciplina de Linguagem Sonora, e para criar uma obra multimídia, na disciplina de Mídia VI, vieram de encontro com a existência de uma produção de uma série de peças em cerâmica. Este trabalho, que está sendo realizado como a parte prática da conclusão do curso, embora seja uma série de peças que construam um conjunto, carecia tanto de uma forma de exposição que evidenciasse esse conjunto quanto de uma forma de elevar o mero conjunto para uma unidade, em que as peças tornassem-se partes constituintes da obra. Este encontro de propostas e necessidades desencadeou a criação da instação. Havia uma preocupação inicial de que a necessidade de se criar uma proposta com tais critérios pudesse levar a poética do trabalho que já estava sendo realizado em cerâmica a se adaptar ou encaixar apenas para preencher um requisito da disciplina. Acredita-se, porém, ao invés, que as disciplinas levaram a considerar formas e materiais que tornaram-se maneiras de fazer crescer a poética ao contrário de torcê-la em trono de uma necessidade.
Como trata-se de um projeto realizado também como trabalho de conclusão de curso, ele permanece inacabado no presente momento, incluindo peças e detalhes que não estão finalizados. Este relatório pretende reunir, apresentar e explicar todos os componentes da instalação, detalhando o modo como esta seria montada. Procura-se, assim, ilustrar o andamento do projeto, embora, até que de fato ele seja finalizado, possa algumas haver alterações no número ou disposição dos componentes ainda que sejam mudanças que não modificariam o todo da obra que pretendemos apresentar aqui. Também gostar-se-ia de esclarecer que, embora a instalação seja a maior parte da produção prática que se realizará para o trabalho de conclusão de curso, ela não será a única produção feita nesse sentido. Desta forma, as plantas e esquemas apresentados aqui incluem uma área desocupada que se destina a ocupação das outras peças, mas que não serão apresentadas ou mencionadas aqui, por acreditar-se que estariam fora de contexto, uma vez que este relatório não objetiva tratar do trabalho de conclusão de curso.
MEMORIAL DESCRITIVO
O projeto consiste em uma instalação com dezesseis peças de cerâmica de tamanhos variados dispostas em formato circular. Penduradas por cabos de aço em alturas variadas, as peças dispõe de um elemento sonoro que  é ativado por sensores de movimento à aproximação do indivíduo fruinte. O elemento sonoro consiste em dezesseis sons, cada um correspondendo à uma peça e cada um com uma duração diferente de tempo. Disparando mais de um som ao mesmo tempo, o fruinte fabrica em sua passagem um ambiente sonoro diferente a cada vez, já que mesmo que dispare os mesmos sensores na mesma ordem que a vez anterior, os sons do ambiente que contribuirão para construir o resultado já não serão os mesmos. A intenção é que o fruidor construa através de sua interação um universo para as peças feito inteiramente de sons, uma matéria intangível, convidando o fruinte a pensar para além do que pode ver ou tocar.
DAS PEÇAS
As peças que constituem a instalação foram criadas dentro da pesquisa realizada como parte do trabalho de conclusão do curso, sendo, portanto, imprescindível que se apresente o direcionamento desta. A proposta do trabalho é realizar uma reflexão acerca do imaterial que está presente nas peças produzidas. Como tema norteador dessa reflexão, a pesquisa se volta para mitos ameríndios, em especial uma série de mitos de vários povos que tratam de uma cabeça decepada do corpo e que age como um ser autônomo, algumas vezes devorando animais e pessoas, outras se grudando nos corpos de outros seres. O mito, de tradição oral, possui na sociedade indígena uma qualidade mística, espiritual, que norteia a organização destas sociedades ditas primitivas, sendo este imaterial o tema principal da pesquisa. O próprio barro, matéria prima da cerâmica, está cercado de mitologia e até mesmo proibições no universo indígena, conferindo às produções realizadas com ele esta mesma espiritualidade. Um pote indígena fora de seu contexto ritual continuaria contendo este aspecto espiritual que lhe foi conferido na feitura?
Essas questões orientaram a pesquisa teórica e também uma pesquisa prática, que consiste na produção destas cabeças sem corpos, cabeças voadoras que muitas vezes, nos mitos pesquisados, estão ligados à bruxaria e a espíritos malignos. Elas foram produzidas com o desejo de que pudessem dialogar com esse imaterial ou espiritual, que pudessem vir a ser mais do que meramente barro modelado e queimado no fogo, formando um conjunto. São feitas de argila terracota, argila creme e argila branca, algumas possuem aplicação de engobe ou esmalte, além de fibras vegetais; todas, porém, com uma única exceção, possuem aplicação de carbonato de cobre. Seus tamanhos e formatos são variados, apenas algumas possuem dentes ou cabelos, mas todas tem uma unidade de estilo. Como o trabalho não está ainda concluído, muitas das peças não estão prontas, algumas se encontram apenas biscoitadas e outras permanecem cruas. Segue-se uma listagem das dimensões das peças, identificadas por números por seres peças sem-título. Algumas não puderam ser ainda medidas por se encontrarem no forno.
01: altura: 28 cm, dimensão: 60x63 cm
02: altura: 18 cm, dimensão: 29,5x25,5 cm 
03: altura: 18 cm, dimensão: 30x29 cm  
04: altura: 21,5 cm, dimensão: 41x27,5 cm 
05: altura: 14 cm, dimensão: 27x22 cm  
06: altura: 18,5 cm, dimensão: 18,5x14 cm 
07: altura: ? cm, dimensão: ? cm
08: altura: 13 cm, dimensão: 15x14 cm
 09: altura: 6 cm, dimensão: 8,5x6 cm  
10: altura: 6,5 cm, dimensão: 8,5x9 cm 
11: altura: 5,5 cm, dimensão: 9x8 cm  
12: altura: 7 cm, dimensão: 12x11 cm 
13: altura: 9 cm, dimensão: 14x13 cm 
14: altura: 7,5 cm, dimensão: 9,5x7,5 cm 
15: altura: 12,5 cm, dimensão: 13x11 cm
16: altura: 9 cm, dimensão: 12,5x11,5 cm
DOS SONS
O âmbito sonoro tem grande importância dentro da sociedade indígena. Para alguns povos indígenas, apenas os cantos são capazes de captar corretamente o invisível, curar doenças ou se conectar com o espiritual. O som, feito de matéria não visível, parece ser o melhor material para construir uma ponte entre o mundo físico e o mundo dos espíritos benévolos ou malévolos. Para um trabalho que pretende refletir sobre o invisível, parece indispensável, então, que dedique um momento para pensar sobre o sonoro. Além desse aspecto encontrado nas pesquisas, também deparou-se com o fato que muitas das personagens cabeças decepadas encontradas nos mitos analisados possuem uma associação onomatopéica. De fato, o próprio mito pertence ao sonoro, uma vez que pertence à tradição oral e muitas das transcrições de narrativas encontradas indicam que o narrador canta algumas partes como o personagem cantou, ou imita os sons dos animais ou dos personagens. Tudo isso levado em consideração, concluiu-se que as peças produzidas pediam uma dimensão sonora que quiçá pudesse realizar uma conexão com um invisível para quem a ouvisse, ou ao menos que desse a todas as peças reunidas um conjunto.
Para criar os sons associados às peças, baseou-se na ideia das onomatopéias que as cabeças dos mitos fazem ao sair voando por aí para devorar comida e pessoas. O som indicado dependia do mito, mas constituíam- se de sons repetidos a intervalos, como wis, wis, wis; lepo, lepo, lepo; qep, qep, qep ou qar,qar,qar. Esse barulho emitido pela cabeça tinha o efeito de causar pavor em seus ouvintes, por ser um som não natural, que indicava o caráter sobrenatural e assustador da criatura que o emitia. Assim, decidiu-se captar os sons emitidos durante a produção da argila reciclada, a produção da peça e batendo na peça já pronta. A partir desses sons, produziu-se padrões repetidos que seriam como as onomatopéias repetidas pelas cabeças mitológicas utilizando-se do programa Audacity. Em alguns casos utilizou-se de alterações nos sons com filtros do Audacity com o propósito de criar sons com um caráter estranho ou sobrenatural. Cada som deve estar associado a uma peça e ser emitido ao ser acionado o sensor respectivo. Cada um possuirá duração diferente, havendo a possibilidade de que surja outro som com a sobreposição dos sons acionados. Os sons produzidos estarão incluídos na pasta desse relatório para que possam ser examinados. Estão nomeados com o número da peça correspondente.
DA INSTALAÇÃO
A instalação deverá ser realizada no primeiro andar do Instituo de Artes da Unesp, no espaço em frente aos elevadores. As peças de cerâmica estarão dispostas em um formato circular, penduradas ao teto por cabos de aço de 2mm de espessura. Terão três alturas variáveis, sendo que a maior se localizará no meio e será a mais baixa, a um metro e vinte do solo. Serão utilizados seis sensores, localizados nas paredes, três de cada lado. A ideia é que o interator ative os sensores, criando uma combinação de sons enquanto anda ao redor e no meio das peças. A proposição é que o interator sinta-se imerso em um ambiente de estranhamento, como que participando de uma reunião de seres desconhecidos falando uma língua diferente. Graças ao caráter inacabado de várias peças e de questões de caráter técnico ainda não resolvidas, a instalação não pôde ser montada a tempo de ser apresentada junto com este relatório. Pretende-se que possa ser realizada em novembro deste ano, embora se reserve a possibilidade de que algumas características possam ser alteradas até então, graças ao caráter não estático da criação artística. 
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soma-catalogo-blog · 7 years
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Diálogos sob a escuridão por Eduardo Minoru
Concepção do projeto
A ideia inicial deste projeto foi concebida durante as aulas de Marcenaria, onde eu já estava trabalhando com espelhos e madeira, criando, principalmente, caleidoscópios. Testando as possibilidades visuais que essas estruturas proporcionavam e sintetizando-as dentro da proposta de uma multimídia da aula de Mídia VI, pensei aplicá-las frente a um monitor de computador, e cuja imagem transmitida fosse dinâmica.
Originalmente, o monitor transmitiria um vídeo com múltiplos eventos desconexos, uma não-narrativa. Isso entraria em acordo com o efeito gerado pelos caleidoscópios: espelhos que refletem imagens que nem sempre são selecionadas de propósito, gerando uma nova e caótica composição.
A questão multimídia
Para atender a um dos pontos que, pessoalmente, considerei crucial para Mídia VI - ​a interatividade - passei a construir módulos que pudessem ser manipulados pelo espectador, diversificando sua experiência e instigando sua curiosidade por outras visualidades. Esse grau de interação, analógico, já estava bem encaminhado.
Já a ideia do vídeo não-narrativo foi logo rechaçada devido a sua falta de resposta a um espectador-sujeito. Minha alternativa imediata, “um vídeo que pudesse ser interativo”, foi uma espécie de um jogo onde, para cada ativação de um periférico (neste caso, o teclado), algo aconteceria. Entretanto, minha única certeza sobre o que isso seria era que a resposta deveria ser, em essência, o mesma, mas com um grau de aleatoriedade, como cor e tamanho.
A resposta ao que deveria ser gerado veio nas aulas de Linguagem Sonora. Percebendo as possibilidades da geração de som através de fonemas, acreditei que, se cada tecla do teclado gerasse a letra que ela representa junto o som sob o qual a mesma é transmitida pela fala em português, a obra não só convidaria à interação, como seria intuitiva ao sujeito. O teclado, atualmente presente no cotidiano de muitas pessoas, convida-as a pressionar suas teclas e, respondendo, faz com se engajem na experimentação.
Para que pudesse criar essa interação digital, fui estudando código C# para criar um programa na plataforma Unity, buscando e testando scripts que pudessem atender à minha proposta.
Materialização da obra - Parte física
Durante o desenvolvimento, não houve grandes modificações na parte física do projeto. O que mais me desafiou no início foi a escolha da madeira da madeira para os módulos - algo não tão frágil, mas também não muito pesado. Por fim, consegui realizá-los em MDF com 1,5cm de espessura, um material que contemplou parcialmente minhas expectativas (só não é tão resistente) e facilmente trabalhável.
Durante o preparo das peças, a madeira novamente me causou problemas: devido a espessura, ela requeria muito tempo e concentração para não quebrar as lâminas da seca tico-tico. Por exemplo, para um corte de 10 centímetros, demorava cerca de 15 minutos com esse cuidado. No início, conseguia realizar os cortes rapidamente, mas a vida útil das lâminas não foi muito longo: parti três delas acreditando que seriam resistentes o suficiente para esse ritmo. Quando ajustei para ser mais lento e cauteloso, percebi que o prazo iria apertar muito - já estava na segunda quinzena do mês de maio.
Para não acumular o trabalho, levei as peças para casa, realizando os processos de corte e lixamento de forma manual ao longo de duas semanas. Durante esse período, indo nas aulas de Marcenaria, conversei com o professor sobre a forma como seria realizado o sistema de dobradiças dos módulos, onde optamos por usar parafusos finos para isso - não afetariam a forma de dobrar, seriam discretos e permitiam a maleabilidade necessária para que não fosse muito travado nem muito solto.
O acabamento foi em tinta spray preta, para mesclar com a escuridão onde a estrutura seria inserida.
Materialização da obra - Parte Digital
O programa que realizei no Unity foi relativamente simples, devido a proposta: uma tecla do teclado deveria gerar uma imagem e um som. Entretanto, tive pouca experiência com programação, que vi anteriormente, mas não demonstrava interesse. Durante dois dias estudei e aprendi os básicos da plataforma e pesquisei scripts capazes de trazer o fator “aleatoriedade” para meu programa. Alternava os estudos gravando minha voz, o som que seria reproduzido.
Durante os teste dos sistemas de código, ocorreu um evento inesperado: ao pressionar uma tecla, ela reproduzia o som normalmente, mas a imagem modificava sua posição e cor a cada frame, causando um efeito visual que desorientava-me. Embora não tenha sido minha intenção, o resultado me trouxe certa satisfação, e salvei-o em um arquivo separado. Ele também serviu como um indicador de que a codificação estava no rumo certo, pois bastava apenas encontrar um modo de impedir que o programa atualizasse o sinal múltiplas vezes para chegar na minha proposta inicial.
Proposta posta a prova
Apresentei uma prévia do meu trabalho na sala 413 durante a aula de Mídia VI, no dia 30 de maio, para um pequeno grupo de pessoas. Ainda não havia finalizado os módulos espelhados, e o programa ainda tinha potencial para melhorar. Mesmo assim, foi bem recebido, pois por si o programa já constituía uma poética. Recebi a sugestão de fazer os futuros módulos espelhados se moverem sob um sistema de alavancas e pedais, mas, embora permitisse uma experiência mais fluida do interator, não teria tempo nem recursos para torná-la possível até o final deste semestre.
Em 7 de junho, realizei outra prévia do meu projeto na aula de Linguagem Sonora, também sem os espelhos. Aqui, recebi a sugestão, para futuros trabalhos, de, ao invés de utilizar o alfabeto ortográfico, representar o alfabeto fonético (IPA). Isso diminui o conflito entre símbolo e som, além de permitir uma maior variedade de interpretações.
Dia 8 de junho demonstrei os módulos espelhados na aula de Marcenaria, agora finalizados, junto ao programa. Embora não tenha conseguido testar o conjunto por falta de espaço e iluminação desejados, individualmente foram recebidos como trabalhos que funcionam por si. A única frustração desse dia foi perceber que seria impossível encerrar os módulos sozinhos, devido ao modelo de encaixe. Em outras palavras, o interator não poderia colocar o possível caleidoscópio verticalmente. Minha alternativa foi colocar à disposição caleidoscópios já pré-construídos e independentes.
Nessa mesma aula, conversei sobre os testes que realizaria na sala 514. Consegui apoio do professor da matéria, e até dia 13 aguardava resposta do responsável pela sala.
Caso for impossível usar a sala desejada, utilizarei a sala onde as aulas de Mídia VI e Linguagem Sonora são administradas, adaptando o trabalho de acordo com as especificidades do espaço.
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soma-catalogo-blog · 7 years
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Som que me contorna por Tainah Bernardo
Durante o processo, gravei os sons do corredor de música no 1º andar do Instituto de Artes da Unesp através de um aplicativo de gravação, da Samsung, que decodifica sons em frases e palavras, que acabaram sendo aleatórias devido a distância e consequentemente ao não reconhecimento preciso dos sons.
Procurei programas de edição de som gratuitos e encontrei o Expstudio Audio Editor, que ampliava o gráfico até atingir o resultado desejável. Em seguida, editava no Photoshop CS6 para extrair apenas o gráfico, sem as imagens externas que o programa continha e depois de colocar a “legenda” que o aplicativo traduziu, editava no Illustrator para vetorizar as imagens.
Imprimi em folhas de papel vegetal A4 que apesar da fragilidade do material, proporcionou o que eu pretendia. Num outro momento penso em fazer serigrafias em vidro em tamanhos maiores, talvez num A1 ou A2 para dar um efeito transparente. Também pretendo fazer este trabalho com poesia, mas sem usar o “tradutor” do aplicativo, apenas com o gráfico e o QR Code para que eu se observe o resultado visual de uma sonoridade poética.
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soma-catalogo-blog · 7 years
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chuva por Vinícios Debs
chuva é um curta-metragem de 15’04” que mescla cenas gravadas de algumas ações corporais realizadas por Vinícios Debs na Fábrica São Pedro, em Itu/SP – em uma residência artística de uma semana em novembro de 2016 – e sons que foram dissociados da parcela visual de vídeos no youtube. Esses sons coexistem com o som da chuva e outros ruídos correspondentes a essas ações, capturados durante a filmagem das mesmas. Além desses recursos sonoros, o curta contém 3 músicas, sendo uma delas Spanish Bombs da banda The Clash, e as outras duas Do It Yourself e Done da banda Punch.
A princípio, a obra que resultaria da edição dessas cenas, não tinha relação direta e intencional com o objeto de estudo da disciplina Linguagem Sonora. A ideia consistia em criar um vídeo cujas cenas, contendo apenas o som da chuva, comunicassem algo do universo da criança e da loucura. No entanto, sentiu-se que o projeto estava incompleto e que para tal intento, não se estava alcançado minimamente o resultado esperado. Reconheceu-se a necessidade de mais recursos sonoros.
O novo projeto resgatou um anseio do criador do curta de tratar da temática dos males da guerra e do fascismo, e da resistência exercida a eles. Depois de um pouco mais de 4 meses da gravação das cenas, a obra começou a se aproximar do que hoje é o curta chuva. Viu-se a amplitude narrativa que os sons são capazes de oferecer, independente de imagens visuais, e, quando associadas a estas, de delinear minuciosamente a história que se quer contar.
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soma-catalogo-blog · 7 years
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expersona por Natália Florência de Albuquerque
O trabalho final foi a materialização do pré-projeto num ambiente digital. O site criado consiste de um fundo branco com três imagens com cores distintas, com um player de som abaixo de cada uma delas. As imagens foram criadas a partir da fragmentação e desfoque de uma fotografia de moda de rua japonesa retirada do site Tokyo Fashion, e representam, cada uma, os estilos “Decora”, “Gothic Lolita” e “Mori Kei”. Os sons foram associados aos estilos e as imagens - ainda que seja possível ligar os players em qualquer ordem e que cada experiência seja única.
Idealmente seria possível reproduzir essa montagem em um ambiente físico, onde haja maior interação com os expectadores. Ou, mantendo-se no digital, modificar o link e retirar as propagandas da plataforma (que infelizmente ficaram lá e prejudicam a experiência).
Site atual: https://stranahh.wixsite.com/expersona
Processo
A princípio a ideia do trabalho era conectar estilos de moda de rua japonesa a sons e imagens possivelmente correspondentes, e assim criar uma atmosfera específica e individual para cada um desses estilos. O trabalho seria instalado fisicamente em uma parede para que pudesse haver interação direta do expectador com as imagens e sons, criando alguma aproximação entre a pessoa que vê e as personas representadas na obra. O trabalho teve de ser executado de maneira diferente, uma vez que os vídeos de junção de sons e imagens não se mostraram capazes de criar a atmosfera desejada – ficaram bastante fracos, como uma simples sucessão de elementos. Também perderam parte do aspecto introspectivo da obra, já que as imagens e sons eram bastante figurativos e davam pouco espaço para imaginação do espectador. Também foi feita a opção de usar o site como simulação da exposição, a título de projeto, ainda que o site em si tenha uma linguagem própria bastante evidente. O site completamente branco e os players simples têm a intenção de tentar manter o foco do visitante na experiência virtual (coisa que aconteceria com mais facilidade numa realidade física livre de distrações, como as propagandas da plataforma). O visitante pode optar por ativar os áudios ou não, e sua experiência está, em boa parte, em suas próprias mãos. Ainda que esse expectador não faça nenhuma conexão referente aos estilos japoneses, as impressões criadas pelas combinações de cores e sons serão suficientes para tirá-lo do seu campo sensorial usual. A possível mistura de referências (ligar um player e dar atenção a outra imagem que não a sua correspondente direta) também faz alusão a grande efervescência de diferentes estilos nas ruas de Tokyo e as combinações que não se encaixam em nenhum grupo específico. As imagens usadas no projeto foram criadas a partir de fotografias de rua do site Tokyo Fashion, fonte bastante usada nas minhas pesquisas do TCC e referência comum na comunidade internacional de moda alternativa. O botão “credits” leva o visitante a esse site, onde pode ter algum contato com essa comunidade. As imagens foram recortadas e coladas diversas vezes e depois desfocadas até que só as cores principais pudessem ser distinguíveis. Os sons contínuos escolhidos foram selecionados por impressões pessoais dos estilos, tentando se aproximar de alguma forma das temáticas principais de cada subcultura (sons de videogame, de uma caixa de música antiga e de uma floresta em chamas). Ainda que haja essa tentativa de conexão e um direcionamento posterior para o interesse do visitante, as associações de cores e sons ficam, em primeiro lugar, por conta do expectador. Não é um trabalho finalizado, uma vez que não me parece satisfatória a apresentação através da plataforma digital gratuita, que interfere na experiência. Também acho que, mantendo-se no digital ou não, poderia ser possível criar alguma conexão mais simples e clara que a criada nesse momento (com o site Tokyo Fashion, por exemplo, e com as imagens finais, que não são muito interessantes). Penso em talvez criar peças físicas e não digitais para a representação dos estilos – podendo migrá-las para o site ou usar a instalação física, como inicialmente idealizado.
Fotos utilizadas:
Mori Kei: http://tokyo-fashion.tumblr.com/post/15879742367/cute-dollymori-fashion-at-design-festa-34-in
Gothic Lolita: http://tokyofashion.com/gothic-lolita-harajuku-alice-pirates-metamorphose-temps-de-fille/
Decora:
http://tokyofashion.com/wp-content/uploads/2013/12/Harajuku-Decora-Fashion-2013-11-24-DSC1326.jpg
Acesso em 11/06/2017
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soma-catalogo-blog · 7 years
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Sem título por Marina Nogueira
O projeto realizado para a matéria de Linguagem Sonora consistiu em produzir um vídeo ao som da música “Orchestral Suite”, do artista Skrillex. Sua parte visual foi a gravação acelerada da produção completa de uma pintura feita digitalmente desde o início até o final. O resultado disso foi a seguinte imagem:
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A Ideia, ela surgiu dos meus estudos pessoais realizados em casa. É comum, no meu dia a dia, assistir a vídeos de “Speedpainting”, como são chamados na esfera dos ilustradores. Eles consistem em gravar todo o processo de criação de um desenho e depois acelerar as imagens para que não seja gasto um tempo tediosamente grande para assisti-los. A grande maioria deles vêm acompanhados de uma ou mais músicas, e eu sempre achei extremamente prazeroso consumir tipo de coisa. A imagem e o som pareciam estar se comunicando. Mas, em nenhum dos casos, a imagem realmente serviu ao som, só o contrário foi verdadeiro. A música nesse tipo de coisa ocupa a mera posição de preencher o silêncio, o que me gerou a seguinte dúvida: se já é tão agradável ver um vídeo nessas condições, seria ainda mais gostoso ver um em que a imagem e o som fossem pensados juntos?
Por não possuir conhecimento musical para literalmente inventar um som, eu tive que usar uma música já criada, e a escolha por Orchestral Suite aconteceu porque ela é uma das poucas músicas totalmente instrumentais que eu costumo ouvir com frequência no meu cotidiano, e eu queria que a inspiração fosse completamente sinestética. Se um poema fosse ouvido por cima da melodia, provavelmente as palavras iriam podar as imagens geradas em mim.
A temática foi criada através das imagens que a canção formava na minha mente. Eu deixei os pensamentos correrem livremente enquanto eu rascunhava ao que quer que a melodia me remetesse, deixando completamente de lado preocupações sobre estética, composição, anatomia, estilo ou teoria de cores. A música se repetiu 5 vezes até que eu tivesse um plano já fixo para o que eu queria passar com a ilustração que eu criei, e nesse ponto, eu desliguei o som, e finalizei a obra no silêncio, só então utilizando meu repertório para tornar a imagem “agradável” ao meu ver.
 A produção artística durante toda a minha vida teve longas fases de ser lápis de cor sobre papel, porém, na atualidade, ela é basicamente realizada no computador. A escolha por softwares de pintura ao invés de telas e pinceis inicialmente se deveu ao mercado – as ferramentas digitais facilitam e agilizam os processos. Com o tempo, porém, eu desenvolvi um gosto genuíno pelo suporte, de forma que consigo produzir do zero uma ilustração no computador sentindo exatamente o mesmo prazer de fazer um trabalho manual.    No caso deste projeto, minha ideia foi simular as marcas da pintura tradicional à tinta através do programa Paint Tool Sai, e de uma mesa digitalizadora.
Todo o processo foi gravado com o programa de captura de tela Atube Catcher, e, através do Sony Vegas, eu acelerei o vídeo. Seu tempo total de produção era 2h30, e ele foi reduzido para 7 minutos.
A intenção quando eu idealizei o projeto foi tentar causar nas pessoas o mesmo envolvimento afetivo que eu sentia ao trabalhar em um desenho. Geralmente, quando me encontro desfocada de algum trabalho, ouvir música me inspira a continuar produzindo, justamente devido às coisas que eu sinto enquanto faço isso.
A leitura para a pintura realizada, no caso, seria feita como eu planejei se o expectador olhasse para a mulher representada e sentisse que mesmo que ela chore imersa em um ambiente escuro, ainda existe algo dentro dela procurando constantemente pela luz do sol. O resultado saiu bem abstrato por não ter tido um planejamento racional para a ilustração – como geralmente acontece nos meus trabalhos. Acredito, contudo, que se alguém olhar para o desenho e captar uma mensagem de esperança, pelo menos metade do que eu planejei já terá sido alcançado.
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soma-catalogo-blog · 7 years
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soma-catalogo-blog · 7 years
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Let's play that por Mariana Pacor
Performance “let’s play that” - o som antes do som da palavra, a palavra antes da palavra do som.
Pensei em três propostas de trabalho final para esta matéria. Por motivos de dinheiro e tempo, ironicamente, decidi por levar a cabo como trabalho da disciplina a performance “let’s play that” (nome inspirado no incrível álbum de Jards Macalé e Naná Vasconcelos), na qual toco em uma máquina de escrever uma suíte composta por poesias visuais.
Estabeleci relações entre a leitura duma poesia visual e a interpretação de uma partitura visual, a poesia visual está muito além da palavra, migra para o fonema, (como o som está além da música), funcionando como uma partitura que espalha no branco da página suas letras, ou seja no espaço seus sons, para que sejam impregnados de significados por aqueles que a lerem, lembrando assim as partituras visuais.
Visitei o trabalho de poetas que gosto como Mallarmé e seu lance de dados, os caligramas de Appolinaire, os iniguinoráveis irmãos Campos, o caos cacográfico de Edgard Braga e os estorninhos organicamente organizados de Ana Hatherly. Então compus a Suíte Gota de Chuva para Máquina de Escrever. Nesta suíte tocamos em três movimentos as letras dispersas do poema: “Gota de chuva, gosta de chuva?”. Estão anexadas nesta página deste drive fotos de como seria apresentada esta performance, e um vídeo de como seria a apresentação, que poderá ser feita por qualquer músico.
Levei em conta, também, na execução deste trabalho, as relações do humano máquina, como transcrever para máquina de escrever os rastros da caligrafia à mão? Através do som, o som da palavra antes de virar palavra, o som do lápis no papel, o som do bater da máquina, o som pré som signo fonético, o som que é como a luz numa fotografia, o rastro que desenha a palavra no papel. Pensei na transcrição das diferentes pressões do lápis para mudanças na intensidade do som, como quanto mais clara ou mais escura a cor do grafite se apresentar podemos variar com a tonalidade a altura do som, que acompanha o gradiente do tom mais grave ao mais agudo da ponta do lápis. E será dever do músico intérprete fazer essa tradução, tendo a mãos os sons produzidos pela máquina de escrever quando digitadas as letras que compõe o poema.
Visitei a composição Living Room Music de John Cage, bem como suas diversas partituras visuais, na qual ele pede que sejam tocados não instrumentos, mas objetos que ocupam uma sala de estar, revistas, bancos, mesas, canetas… e porque não máquinas de escrever? Fiquei então pensando na sinfonia composta por Fitzgerald ao escrever seu best-seller “Este lado do Paraíso” ou mesmo por Gertrude Stein ao bater o livro “The world is round” do qual Cage retira a frase que figura o segundo movimento desta suíte Living Room Music.
Achei que o trabalho ficou bem executado, apesar das condições ideais requerirem um teatro e um músico.
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soma-catalogo-blog · 7 years
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Orquestra Mecânica por Maria Isabel Dagli Hernandez e Marina Ferreira Coleta
O projeto
Consiste na execução simultânea de duas máquinas mecânicas utilizadas para a execução de tatuagens. As máquinas são alimentadas por uma fonte de energia cada, e foram ligadas a elas dois pares de clipcords e dois pedais (para acioná-las). A proposta é a exploração das possibilidades sonoras resultantes do encontro sonoro produzido pelas duas máquinas.
Os sons resultantes da combinação das duas máquinas mesclam os conceitos de ruído e som: cada máquina individualmente emite determinada vibração, de acordo com a voltagem de alimentação. A constância sonora do ruído (vibração) gera um som que se assemelha a um som puro - pode-se associar cada som a uma nota musical, e o encontro das duas notas-ruído gera um acorde. A máquina de tatuagem, portanto, sendo primeiramente um objeto utilizado com uma finalidade específica - a aplicação da tinta na pele, através de uma agulha que é a ela acoplada -, é ressignificada e utilizada como um objeto sonoro.
Além disso, as duas máquinas ressoaram sobre superfícies diferentes (mãos, madeira, cadeira acolchoada), e em cada superfície em que atuavam, a sonoridade se alterava (o som era resultante do contato da máquina com a superfície). Tem-se, portanto, que o objeto sonoro não se forma apenas pelo sistema máquina-fonte; a cada novo contato com cada nova superfície, um novo som com novas características sonoras é emitido, e portanto, as superfícies passam a fazer parte do objeto sonoro (constituindo um sistema máquina-fonte-superfície).
O processo
Inicialmente, as máquinas foram colocadas nas mãos e ligadas simultaneamente. Como cada máquina está ligada a uma fonte, possuem voltagens diferentes, logo, vibrações diferentes. Tentamos sintonizar as vibrações das máquinas, a partir do som que elas emitiam. Buscamos começar com a voltagem mais baixa e ir aumentando progressivamente, o que acarretou na mudança de tonalidade sonora.
A fim de explorar como as máquinas se comportam em outras superfícies, foram colocadas numa superfície de madeira, e, seguindo o mesmo procedimento, ligadas com a voltagem mais baixa, até alcançarem uma voltagem maior, modificando a tonalidade.
 A última experimentação de superfícies seguindo os procedimentos anteriores  foi sobre uma cadeira acolchoada.
As três etapas do processo foram registradas por uma câmera digital. Os registros finais foram todos dispostos em um vídeo, que demonstra os sons obtidos a partir da execução de cada uma das etapas. Captamos os áudios por meio de um gravador portátil; porém, percebemos que a qualidade de áudio da câmera era equivalente à qualidade do áudio captado pelo gravador, e optamos por utilizar apenas o áudio captado pela câmera.
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soma-catalogo-blog · 7 years
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Perfo-piano por Juliana Naufel
Tema: Leitura visual de partituras de piano
Proposta: Performance baseada na leitura de 5 obras para piano.
Data de realização: 28 de junho de 2017, às 10:45 no Hall do 1ºAndar do Instituto de Artes da Unesp.
Organização: A partir da escolha de 5 partituras para piano, sendo elas:
“La escula de la volocidad sobre el piano op.299” - Carl Czerny (1791 - 1857)
“Prelude op. 28 n.4” - Frédéric Chopin (1810 - 1839)
“Elegia in Re per contrabbasso e pianoforte” - Giovanni Bottesini (1821 - 1889)
“Deux Arabesques - Arabesque I” - Claude Debussy (1862 - 1918)
“Bachianas Brasileiras n.4” - Heitor Villa-Lobos (1887 - 1959)
Realizar uma performance-recital tocando o repertório em 5 telas distintas, com os dedos entintados de tinta acrílica.
Objetivo: observar a representação visual gerada ao realizar a leitura e simulação de tocar diversas partituras para o piano.
Complementos do projeto: Cinco telas, tinta acrílica, um banco para piano, uma estante para partitura e cinco apoios para as telas.
Pertinência à matéria de linguagem sonora: fazer a representação visual de conjuntos sonoros, além de perceber os sons criados ao tocar uma tela como se um piano estivesse sendo tocado. 
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soma-catalogo-blog · 7 years
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Vídeo Ondas de 4:33
por Vitor Bento
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soma-catalogo-blog · 7 years
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Mulheres Artistas - uma instalação de Glitch Art por Juliana Naufel
Tema: Arte e Feminismo
Proposta: Construção de uma instalação com projeções de gifs em loop criados a partir da modificação digital de imagens de obras de artistas mulheres com a estética da glitch art e presença sonora.
Organização: Baseada em obras de artistas mulheres que são referência para o meu desenvolvimento poético, juntamente com algumas obras que eu desenvolvi durante o período da graduação, desenvolver vinte e um gifs com a velocidade de 250 milissegundos por frame, com sete imagens modificadas em programas geradores de Glitchs. Os gifs serão transformados em três vídeos distintos, em conjuntos de 7 gifs cada um, que serão projetados em loop na instalação a ser desenvolvida. A instalação será desenvolvida em uma sala branca, com o mínimo de interferências visuais possíveis e contará além da presença dos três vídeos em projeções simultâneas, a presença de sons e discursos modificados digitalmente com a mesma estética da glitch art.
Objetivos da Instalação: Ainda hoje, mulheres artistas têm seus trabalhos marginalizados pela Academia e no Mercado da Arte. Uma nova onda do feminismo começa a ganhar corpo desde 2015, e principalmente jovens artistas têm se engajado o movimento no desenvolvimento de trabalhos poéticos-políticos. A instalação pretende expor ao público os trabalhos dessas mulheres, além de provocar uma experiência estética que pode incomodar os espectador que está participando da instalação pela quantidade de informações visuais e sonoras no ambiente.
O Porquê da Glitch Art: O Glitch é criado a partir do mal funcionamento de softwares e programas que acabam gerando erros em imagens, sons e vídeos e em outros artefatos digitais. A Glitch Art ocorre na indução e manipulação de erros nas imagens e sons para a busca do resultado estético desejado. Os Glitchs, que primeiramente trouxeram a noção do indesejado, do erro e do quebrado, podem ser considerados em certos níveis análogos aos trabalhos dessas mulheres artistas, que muitas vezes foram marginalizadas, esquecidas e oprimidas pelas suas produções abordarem temáticas que desestabilizam e provocam as relações de gêneros existentes na sociedade patriarcal em que vivemos.
Pertinências a matéria: o som é parte fundamental da instalação, com a ocupação do espaço através de sons e ruídos.
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soma-catalogo-blog · 7 years
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Curta-metragem chuva
por Vinícios Debs
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soma-catalogo-blog · 7 years
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Som que me contorna
por Tainah Bernardo
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soma-catalogo-blog · 7 years
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Imagens do projeto Som que me contorna
por Tainah Bernardo
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soma-catalogo-blog · 7 years
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C I R C U I T O por Isabella Bonfitto, Jayana Oliveira e Luiza Zelada
Nosso projeto teve como intenção investigar aqueles sons que estão ocultos, que nos rodeiam e não podemos perceber. Essas investigações puderam ser pensadas e elaboradas durante o percurso que fizemos filmando Lorenzo Zelada (15 anos), que criou esse aparelho que converte as ondas do campo eletromagnético em som, na Avenida Paulista.
Durante a experiência de filmagem pude perceber através da vivência os conceitos de paisagem sonora. Tínhamos que ficar em silêncio nas gravações enquanto Lorenzo explorava com seu aparelho os elementos da cidade que geram esse campo e, para ele, esse som. Enquanto ele estava imerso na experiência daquela paisagem sonora que se oculta nós estávamos imersos em outra paisagem sonora, simultaneamente.
Foi também muito interessante pensar no contraste entre essas sonoridades que coexistem, como se modifica nossa relação com elas a partir do momento que as percebemos para além do ruído. Qde9do escutamos, no sentido completo da escuta, esses sons que nos rodeiam cotidianamente no ambiente urbano, passamos a perceber o som em sua unidade e, também, na composição de um quadro maior.
O registro dessa experiência se deu no formato de um vídeo que editamos pensando nessas duas paisagens sonoras, e sua relação com as imagens que produzimos. Majoritariamente, nos momentos em que há imagem no vídeo revelamos o som captado pelo aparelho do Lorenzo no momento, enquanto que nos momentos em que não há imagens preenchemos ora com silêncio, ora com o som ambiente.
Com esse trabalho pudemos refletir acerca da investigação de espaços sonoros coexistentes e nossa relação diária com eles. Surgiram então essas indagações que não requerem uma resposta imediata mas que convidam a observação constante quanto a atenção que damos para o que está a todo momento presente, a nossa percepção daquilo que existe mas está na maior parte do tempo oculto a nós, ao impacto diário da paisagem sonora em nós e como nos relacionamos com isso tudo.
Link para o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=6Njj3WD0qE8
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