sourwords - Tumblr blog

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Me posting on tumblr:

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e nessa vida,

quantas vezes é possível morrer de saudade?

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september…….honey……..angel……….please be kind

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exagerada

sou a brasa que queima tua boca, a maré que transborda nos teus olhos, e a brisa que arrepia tua pele. prazer

— Cora Snow

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ansiedade

certa vez ouvi dizerem que chorar traz a sensação de alivio quando os sentimentos precisam de trasbordar, “chorar é bom, faz bem”, palavras que me soaram como mentiras cuspidas aos ouvidos de um sábio. Chorar nunca me pareceu um escape, é só uma sensação úmida de dor física e agonia.

a verdade é que eu nunca soube a solução para sentimento fujões, sentimentos grandes demais para serem escondidos, sentimento que eu odeio.

a intensidade que nasci condicionada a viver, o ar que desaparece de meus pulmões se penso um pouco, talvez muito, toda hora, todo instante e momento que eu estou acordada, e mesmo quando durmo o ar me falta, o desespero me carrega para um realidade que vivo todos os dias, a minha realidade, a minha mente, quem eu sou.

não tenho escolha a não ser demonstrar, já que todas as vezes que escolhi cobrir com mascaras e panos… eu quase, quase fugi, quase fugi da vida, quase me livrei dela, quase me livrei de mim.

— Cora Snow

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despertar

as estações mudavam, e ela corria.

outubro, novembro, dezembro,

sentia seu corpo queimar, mas só chovia.

para chegar em seu destino, ela teve que fugir,

fugir de casa, de suas origens e do que “era certo”.

também teve que se esconder,

se esconder das pessoas, da luz e de si mesma.

todo aquele sacrifício não fazia sentido.

a garota se rendeu ao fogo,

encontrando a liberdade.

aquele era o seu destino,

aquele era o lugar que a pertencia.

sua alma selvagem alimentava a fogueira,

quanto mais ardente ficava,

mais alta era sua gargalhada.

e quando o povo a encarou,

ela encarou de volta,

e assim a verdade foi revelada.

não era a bruxa que queimava,

era o mundo inteiro.

— Cora Snow

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sz

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últimas lembranças.

 lembro-me das noites em que banhávamos no mar, quentes e intensas, as mesmas que agora são acompanhadas de um vento rude e arrepiante. A bipolaridade da Deusa terra sempre nos lembra que nada é para sempre, e assim chegou o outono, anunciando o meu fim.

 já anoiteceu, mas deixei a janela aberta, logo uma brisa marítima subitamente invade o meu quarto, e mesmo envolvida por um cobertor, sinto calafrios por todo meu corpo. A luz está apagada, e o brilho lunar se mostra suficiente ao pincelar tudo a minha volta em tons sutis de azul.

 sinto-me tomada por sentimentos nostálgicos, lembranças sobre dias graciosamente tristes fluem por minha mente, um conto de fadas amargo e delicado. Refém da melancolia, já não me recordo de uma vida sem ela. Sinto o desconforto de minhas mãos calejadas devido à constância em colher meus pedaços ao chão, na verdade, já não me importo.

 no íntimo dessas memorias encontro você, cabelos azuis e pele distintamente pálida, habitualmente vestia-se de preto, aparentava estar sempre pronto para um velório. Mas o que mais me fascinava eram seus olhos vermelhos, juntos carregavam um mistério, o motivo de tantas lagrimas nunca fui capaz de perguntar, hoje eu compreendo.

 você e eu, iludidos e atraídos por uma beleza peculiar, a mesma beleza que o tirou de mim, sua queda por ela foi fatal. E nesta noite confortavelmente solitária e deprimente, consigo senti-la se aproximando, é a minha vez de cair. Me leve contigo, melancolia.

                                                                    — Cora Snow