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spiozen · 5 years
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( vince )
Uma rotina de rondas tinha sido estabelecida pelos seus superiores desde que chegara à ilha, e Vince a seguia religiosamente sem se entreter muito com pormenores que não fossem ter qualquer uso para si eventualmente. Entretanto, não pôde evitar a curiosidade ao passar pela sala de música e avistar o britânico — preterido de todos os guardas de Hyacinthum, graças ao hábito de ignorar e destratar as demandas desses sem poupar palavras indóceis. É claro que ele era inglês, tinha pouca paciência com a costumeira soberba dos residentes desse país, traço que parecia acompanhar Damian. Ali, no entanto, o loiro parecia estar no seu próprio elemento, bem distante do comportamento intragável e rígido de sempre. Arqueou as sobrancelhas incrédulo, fosse pelo talento escondido do homem ou pela atitude educada deste consigo, levantando as mãos em defesa. — Só o suficiente para vê-lo se comportar como um ser humano agradável em público. — Sorriu em deboche, abaixando as mãos para colocá-las nos bolsos do uniforme em uma tentativa de disfarçar o próprio desconforto, sentindo o incômodo de quem havia pisado em uma situação privada. — É melhor tomar cuidado, mais demonstrações do tipo e os guardas vão desconfiar que você não é tão ruim assim. — Normalmente sequer trocariam duas palavras sem antes tomar algumas doses, afogando o discernimento no processo. Entretanto, desde o assalto aos vermelhos na instituição, sentia que qualquer um que não carregasse o adorno de um brasão familiar se recusava a existir, temendo represália. E apesar de tudo, estavam no mesmo barco. Ou pelo menos no mesmo oceano. Ma che diavolo¹… Suspirou, balançando a cabeça em negação, descrente do que estava prestes a fazer.  — Foi bom, o que fez aí. Você já… teve alguma experiência, com isso? —  
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     ❛ Ah, cale a boca, Vince. ❜ – revirou os olhos ao deboche, cruzando os braços na frente do peito de maneira defensiva. o desconforto alheio, todavia, lhe fez sentir pouco mais convidativo à situação, compartilhando do sentimento alheio que estavam no mesmo barco, o que era um verdadeiro milagre. afinal, vince era tudo o que damian podia detestar em um combo numa única pessoa: guarda e italiano. a única coisa que lhe faltava que seu sangue fosse de uma coloração diferente da sua, mas acreditava que aquilo, na verdade, era o único ponto que traçava a linha entre o respeito e o desprezo, e provavelmente o que lhes trazia mais próximo quando podiam chamar um ao outro para beberem juntos e reclamar das próprias existências. continuou com os olhos pregados no outro conforme ele continuava a zombar de si, os lábios apertados um contra o outro, em uma clara expressão de desdém, até... o suspiro e a frase que o seguiu tomarem-no completamente de surpresa. –
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       ❛ Eu... Uh, não.          Nunca. ❜ – disse, o elogio fazendo com que suas bochechas ficarem ligeiramente tingidas de rubro, demonstrando claramente que não sabia reagir a elogios, muito menos vindos de vince; não que ele não estivesse acostumado a ver seu rosto corado, obviamente, mas sempre era por efeito de álcool, e não de elogios sinceros. pigarreou, soltando os braços e enterrando as mãos nos bolsos da calça, sem saber o que fazer com elas exatamente. nossa, como aquilo era constrangedor. estava, de certo, sóbrio demais para aquilo. --
       ❛ ... Valeu. ❜ -- agradeceu ao rápido enaltecimento, suas palavras quase um murmúrio. se alguém entrasse por aquela porta agora e lhe anunciasse que havia (finalmente) ganhado a pena de morte, damian comemoraria. no entanto, apenas se estabeleceu um silêncio desconfortável por alguns segundos. --
       ❛ Você por acaso          veio me prender?          Olha, eu juro          mesmo que não          fui eu que quebrou...          Seja lá o que          estiverem me          acusando dessa          vez... Haha. ❜ -- é claro que provavelmente tinha sido ele. havia perdido a conta de quantos “alvos de arquearia errados” havia tido somente naquele mês para ser considerado coincidência (e não irritar azuis e guardas, que era o seu intuito inicial). --
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spiozen · 5 years
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( verena )
Ma ora? Nena não estava procurando aquilo, ma… Podia reclamar de ver a versão mal-feita de uma das músicas de Jamie? È vero, precisava se distrair nos últimos dias e, apesar de ser um desastre com qualquer instrumento, havia se dirigido à Sala de Música naquela manhã, mas não esperava aquele show e, bene, não sabia como proceder, de modo que se viu inclinada sobre o batente da porta, comprimindo os lábios para apertar ¹ a risada à medida em que pendia a cabeça para o lado, analisando cada um dos movimentos de Locksley. Guarda bene, sorellina havia lhe contado sobre o episódio entre ele e ela na Ala Farmacêutica, então sabia que o inglês não estava do lado de nenhum italiano, mas não era como se Nena não pudesse se divertir um pouco… Só tinha que ajustar alguns detalhes da diversão, nella verità. Assim que Damian se virou, Nena abriu um sorriso zombeteiro, acenando com a mão enfaixada como se estivesse dizendo guilty as charged ². “Oh, no, per favore! Be my guest.” Assentiu, acenando com a cabeça para que Damian continuasse. “It’s nice to know that you can still talk. ³ Minha boca é como o espartilho de uma lady do Século XVII: tight and shut. 4” Abriu um sorriso carismático antes de levar uma das mãos aos lábios, como se tivesse percebido algo. “A menos que esteja com stage fright 5. Bene, suponho que não seja para todos, mas io giuro que sou uma espectadora boazinha.” Piscou, soltando uma risada zombeteira. Guarda bene, podia se afastar de Locksley, oooou fazê-lo passar vergonha e se distrair com isso. Desnecessário dizer que Verena se inclinava muito mais para a segunda opção.
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     ❛ E-Eu... ❜ – começou a falar, mas a fala da princesa fez com que se calasse imediatamente. não sabia reagir bem à família italiana depois da declaração de guerra à briana e o fato que não tinha contado ainda para elizabeth sobre como sua investigação estaria comprometida a partir de agora. também era incrivelmente desconcertante que verena estava claramente brincando consigo como se fosse uma marionete. pigarreou, umedecendo os lábios com a ponta da língua, claramente sem reação alguma. normalmente, riria das piadinhas da garota e faria algum comentário engraçadinho por cima imediatamente, mas ter sido ouvido cantar era algo extremamente particular, e precisou se recompôr para poder exibir a sombra de um sorriso e reagir apropriadamente. –
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      ❛ Acredito que o show tenha         acabado por hoje. Qualquer         coisa, haverá uma sessão         de fotos e autógrafos daqui         dez minutos. ❜ -- que era exatamente o tempo que precisava para andar até seus aposentos e provavelmente cometer suicídio pela vergonha que estava sentindo. --
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spiozen · 5 years
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@airlocs​
– o empurrão e a bronca que levara do guarda (que, observação importante, era três vezes o seu tamanho) foram deveras merecidos, e provavelmente deveriam ser adicionados a um puxão de orelha, levando-o até elizabeth, para que ela controlasse seu bichinho de estimação. afinal, nunca era muito divertido descobrir que um estúpido se achou o engraçadinho e resolveu praticar tiro ao alvo usando partes da armadura de um guarda em específico (quem diria que era justo a do seu irmão?! pura coincidência! assim como era puro acaso do destino, obviamente, que quem fora tirar satisfação consigo era um amigo do rapaz três vezes seu tamanho. damian era bem crente no “destino”). todavia, o que absolutamente não fora justo foram os dois socos diretamente no olho que recebera; longe de quebrar o nariz, mas perto o suficiente para acertar uma veia e fazer espirrar sangue pelo rosto. de brinde, ganhara uma ameaça para parar de brincar com o psicológico do outro locksley. deu uma cusparada de sangue de sangue no peito da armadura alheia, mostrando que não tinha medo algum, e, de brinde, recebeu um tapa por ser abusadinho. depois disso, cedeu à dor e ficou quieto, deixando com que o guarda fosse embora, levando junto o resto de seu orgulho e amor próprio. foi se arrastando para a enfermaria, onde iria pedir para lucas ser um querido e colocar um gelo, no lugar ou algo do tipo, mas chegando lá não encontrou o amigo. resmungou alguns palavrões para si mesmo conforme ia se servindo de uma das macas da enfermaria e deitou-se por lá mesmo. ficou por lá um tempo, repensando em todas as suas escolhas de vida e como provavelmente só iria voltar pra seu quarto e beber outra garrafa de vinho sozinho, quando percebeu uma movimentação na enfermaria. ergueu-se animado, já pensando em alguma piadinha para dirigir a lucas e fazê-lo não se preocupar com o tanto de sangue, o olho inchado e a marca de mão na bochecha, quando se deparou com outro rosto: um que poderia reconhecer muitíssimo bem, mesmo depois de anos separados. sinceramente, era como se arvin não tivesse mudado nada desde que saiu, crescendo apenas de altura. seria um reconciliamento “lindo”, de certeza, se não fosse pelo fato que damian estava claramente colérico demais para querer tratar qualquer coisa com o responsável por toda a dor que estava sentindo (não apenas a física, claro; sentira seu coração se apertando de angústia ao identificar arvin). –
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       ❛ Fora. Agora. ❜ -- suas palavras foram duras e secas, mas provavelmente não tão ameaçadoras com seu rosto ensanguentado e seu tom de voz dolorido; porque ah, sim, a adrenalina tinha que passar para poder sentir tudo bem quando confrontaria seu irmão em um momento importantíssimo!! --
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spiozen · 5 years
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( jesse )
Era um pedido cruel a se fazer a um vermelho, não só porque Jesse tinha a tendência asquerosa de humilhar os de sangue rubro com sua arrogância, mas também por causa de suas habilidades. Os Gruzinsky nasciam com todas as suas características físicas aprimoradas. Eles não eram tão fortes quanto alguém que nascia com superforça, mas eram mais fortes do que qualquer azul sem esforço algum, e isso queria dizer que para vermelhos a comparação era desleal. ❛ Good… ❜ O fato de Damian ter sorrido e mostrado que entendia a sua real posição no colégio agradou o príncipe, afinal, condição aprimorada podia ser sua habilhada, mas seu super poder era ser desagradável.  ❛ Segura firme. ❜ Não esperou nem o vermelho se ajustar antes de desferir um soco que quebraria uma parede com facilidade.  ❛ Eu to só começando. ❜
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-- já tendo conhecimento das habilidades de jesse, damian já havia se preparando psicologicamente para o impacto em suas mãos - todavia, não acreditou que pudesse lhe doer tanto. cerrou os dentes ao sentir o soco em sua mão com tanta força que provavelmente precisaria de cuidados dentários num futuro próximo... ou de cuidados ortopédicos nas mãos. de qualquer dos dois jeitos, damian era orgulhoso demais para dar o braço a torcer, mesmo que seus anos como espião já tinham lhe dado experiência o suficiente para aguentar a palhaçada de ser ridicularizado todos os dias por azuis insuportáveis como jesse. depois de sua última fala completamente insuportável, inclinou ligeiramente o tronco na direção dele, continuando a estender-lhe os objetos. –
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      ❛ Bom mesmo.         Não iam gostar         de um azul         pegando leve,         não? ❜
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spiozen · 5 years
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bludric‌:
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               “Damian?” E, então, o conde meneara a cabeça minimamente para a origem do som, reconhecendo a voz do homem. Era um de seus dons secundários — distantes do fogo azul e sua manipulação quase sempre esquecida pelo azul; quase sempre — que lhe era deveras útil. “Hmm, eu não estava conversando sobre nada muito importante… Falo sozinho, às vezes.” Confessou sabendo que aquilo não era segredo para ninguém àquela altura. Geralmente era sempre pego falando sozinho, afinal. Cedric ainda não havia aberto a carta e, sinceramente, ele não faria na frente de ninguém — amigos, ou não; confiando, ou não. A verdade por detrás do comportamento do italiano era, bem, simplesmente o fato de saber o que o pai falaria naquelas cartas. E não desejava compartilhar com ninguém os dizeres sempre pouco convidativos do Duque de Normandia. Entrementes, Cedric sabia que poucos — pouquíssimos, mesmo — reconheciam os dizeres em braile. Estava seguro em sua própria forma de linguagem. “O que faz por aqui?”
-- riu desconfortavelmente,  ao ouvir sobre como cedric estava conversando sozinho. realmente, aquilo não era um segredo para ninguém - muito menos para um espião que estava coletando informação por anos. seus olhos passaram relutantes na carta nas mãos do rapaz; sabia que ele não podia enxergá-lo, claro, mas não queria que ninguém mais desconfiasse de sua pessoa mais do que já se fazia necessário. tinha um personagem a manter. –
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       ❛ Eu estava indo conversar          com Elizabeth, falar que o          vestido novo dela já está          arrumado. Aí eu te ouvi          conversando... Perdão, eu          não devia me intrometer. ❜ – suspirou, meneando a cabeça de um modo negativo, como se estivesse envergonhado. e estava um pouco; por que diabos todas as suas desculpas de encontrar elizabeth viraram sobre seus vestidos? algo tinha mexido com ele, de certeza. --
       ❛ Posso voltar outra hora,          se preferir se resolver e          depois conversar. ❜
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spiozen · 5 years
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sugartown01‌:
❥ 〰             ❛ Candice havia se matriculado em todas as eletivas que não exigiam demonstração de poderes, pelo menos não os sobrenaturais. Canto, balé, música, dança, xadrez, debate…. Suas aulas só não eram mais cheias já que ela estava dispensada da maioria das matérias obrigatórias para azuis, de modo que ela tinha muito tempo livre. Naquele dia a aula não tinha sido nada de extraordinária. Era uma boa aluna, tinha uma voz razoavel, mas não sentia nada demais quando cantava, com certeza não seria um prodígio da música, isso era certo. Mas quando viu, ao passar pela sala de aula, o inglês cantando, Candy sorriu. Não era raro ver Damian fazendo o que bem entendia, mas era raro que isso envolvesse algo que não fosse álcool ou violência. Por isso, ela se aproximou e terminou de cantar o refrão junto com ele, mesmo que tenha sido as últimas três palavras. — — Eu? Tempo o suficiente… Não sabia que tinha uma voz tão bonita, senhor.
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-- pigarreou ao ouvir o elogio dirigido a sua pessoa, ainda não conseguindo encarar a garota. odiava que as pessoas descobrissem sobre esse segredo, e principalmente se envolviam de uma maneira positiva com o mesmo; damian gostava de cantar e se considerava bom o suficiente, sim, mas não era como se tivesse algum destino de ser cantor ou artista, então de quê importava os outros descobrirem sobre isso? –
       ❛ Não é nada demais... ❜ – tentou desviar a conversa, coçando a nuca, indo na direção da porta onde candy estava parada para poderem conversar em um tom mais agradável. --
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       ❛ Precisa, hm, de alguma          ajuda? Eu não estou          fazendo nada, mesmo. ❜ – ergueu as sobrancelhas, em um sinal que ela poderia entender para manter seu pequeno e inofensivo segredo. --
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spiozen · 5 years
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( lorelei/maria )
F L A S H B A C K : Pressionando os lábios e com o dedo indicador sobre o queixo, Lorelei fingiu ponderar por um instante. “— Hum… Acredito que serei melhor recompensada se entregar esse ladrãozinho que costumava chamar de amigo às autoridades. Além de confiscar as provas de seu crime, eu seria agradecida com mais biscoitos… Então, é, vamos à cozinha que eu tenho uma denúncia a fazer. —” Seu tom era jocoso ao aproximar-se do amigo, segurando-o pelo braço. A ruiva precisou lembrar-se de envolvê-lo com delicadeza, afinal, aquela era a característica mais marcante da vermelha — ao contrário de Maria que, apesar do porte esguio e do ar gracioso, era uma grande guerreira. “— Essa é sua chance de fazer uma contraproposta. —” Ela sussurrou próximo ao ouvido alheio, como uma criança ao compartilhar um segredo. “— Uma taça de vinho, biscoitos e risadas à luz do luar parecem-me uma opção um pouco mais interessante, se quer minha opinião. Talvez eu me contente com algo do gênero. —” Explicou, direcionando-lhe um sorriso cúmplice. 
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-- ergueu ambas as mãos aos lados do rosto, abrindo a boca em formato de “o”, demonstrando falsa surpresa à acusação de denúncia por parte da amiga. permitiu que ela envolvesse seu braço no dele, ainda entrando no papel de pobre vítima que havia sido pega no ato... até ouvir os sussurros da ruiva, que o fizeram soltar uma pequena risada antes de continuar com a pequena e divertida encenação. –
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       ❛ Ora, mas que interessante.          Nesse caso... Você me daria          a honra de me acompanhar          nessa noite com um vinho          não roubado e biscoitos...          Clandestinos? ❜ – ergueu as sobrancelhas, devolvendo a ideia como se fosse a dele próprio, praticamente como se estivessem compartilhando detalhes de um crime, em uma clara brincadeira. --
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spiozen · 5 years
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( tristan )
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❛ —— Infelizmente não estou a tempo o suficiente para ver você se empolgar a ponto de montar uma coreografia para acompanhar a cantoria. ❜ a zombaria era evidente em suas palavras conforme o francês passava a adentrar a sala de música em passos lentos. Não era um lugar que costumava frequentar, visto que preferia tocar violão em seus aposentos, mas precisara recorrer ao estoque do colégio quando uma das cordas do instrumento havia se partido.  ❛ —— Mas, façamos assim, você não conta a ninguém que eu estou prestes a furtar algumas cordas para o meu violão e eu finjo que nunca te vi cantando aqui. Pode ser?! ❜ e mesmo que ainda não tivesse nenhuma resposta, o duque não se acanhou em ir em direção ao armário no canto da sala, supondo que ali deveriam estar o que precisava.  ❛ —— A propósito, se você souber aonde eles guardam isso, será uma ajuda bem válida. ❜ disse conforme passava a abrir as portas de madeira do armário, percorrendo o olhar em busca do que queria, mas não encontrando à primeira vista. 
-- à zombaria, apenas estalou a língua no céu da boca, enterrando as mãos nos bolsos da calça e desviando o olhar para qualquer lugar no ambiente que não fosse o príncipe. todavia, logo tornou-os de volta para a figura, seu interesse aumentando ao subitamente descobrir que o francês estava furtando em plena luz do dia (tudo bem que eram apenas cordas de violão e uma denúncia seria apenas sua versão contra a dele e que de certeza perderia o embate - sinceramente, aquele pequeno pacto nem era necessário). subiu nas pontas dos pés, olhando por cima dos ombros de tristan conforme ele passava os olhos pelo armário. –
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       ❛ Acredito que eu não          tenha como recusar          uma proposta tão          boa... Aliás, terceira          prateleira, do lado          das palhetas.  ❜
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spiozen · 5 years
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( anya ) -- 𝐅𝐋𝐀𝐒𝐇𝐁𝐀𝐂𝐊
               Ah, Damian não fora nada sutil e a vermelha tampouco deixara de observá-lo enquanto falava, portanto, ao findar da frase do inglês, ela percebera o olhar lançado em sua direção, os lábios se erguendo em um sorriso deveras malicioso — e por que não dizer: convidativo. Conquanto, permanecera imóvel, seu olhar ainda preso à face do outro através do espelho. “Bom, algumas vezes o jeito antigo é bem mais interessante.” Concordou com o outro em seu proferir, observando sua hesitação com uma sobrancelha arqueada. O ar bem humorado da vermelha apenas se elevara quando o ele estendera a lâmina na sua direção. “Você vai confiar sua vida em minhas mãos mais uma vez?” O questionamento de Anya viera acompanhado da própria ação, seus dedos se fechado ao redor do aparelho, sua mente se lembrando da última vez que fizera a barba do inglês. Fora no último dia na Inglaterra e, na ocasião, a mulher proferira os dizeres de agora: ele confiaria a vida dele a ela? Aparentemente, sim. A monegasca tomou a liberdade de guiar o inglês — não tão gentilmente — até uma cadeira que se encontrava próxima do banheiro. “Como nos velhos tempos.” O proferir viera acompanhado de suas ações: os dedos roçaram o ombro alheio, descendo por toda a extensão do tríceps, até que a mulher se ajoelhou diante do inglês, olhos sobre as íris anis. Sua mão tocara a nuca alheia, inclinando minimamente a cabeça, colocando a lâmina em contato com o maxilar masculino. “Então, o que você está fazendo aqui, exatamente?” Embora estivesse concentrada, ainda lançava olhares para o inglês, acompanhando cada reação. Ela tinha um trabalho, afinal.
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-- à pergunta de anya com relação à confiança em sua própria vida, damian respondeu somente com um singelo assentir de cabeça; não que sentisse que precisou da concordância, visto que a morena ter pego a lâmina e tê-lo guiado até uma das cadeiras a qual mantinha em seu quarto. seus pés, no entanto, pareciam flutuar em meio à nostalgia que anya estava lhe proporcionando com suas frases retiradas de um baú de lembranças e de seus gestos tão característicos. o inglẽs pouco conseguia aguentar o sorriso assimétrico, mordendo o lábio inferior vez ou outra. soltou um suspiro quando ela tocou-o pela extensão de seu braço e posteriormente em sua nuca, gostando da sensação dos dedos dela em sua pele novamente. no entanto, permitiu-se até fechar os olhos por alguns segundos quando sentiu a lâmina encostando em seu maxilar, e a sensação de que sua vida poderia ser tirada a qualquer momento, por qualquer movimento em falso, era simplesmente extasiante. –
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      ❛ Trabalhando para a rainha         da Inglaterra. Sou o         assistente pessoal dela. E         você? ❜ – a última palavra demorou um pouco a mais para ser dita do que as outras, como se estivesse a saboreando. ah, como havia sentido falta das conversas que tinham. --
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spiozen · 5 years
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( jesse )
Jesse sabia que a maioria dos funcionários tinham tido a lingua cortada para que não se pronunciasse nada sobre a tal criança vermelha com poderes — criança essa que o Gruzinsky duvidava que existia — mas lhe faltava a empatia necessária para se compadecer da ausência do ajudante, mesmo que motivos médicos. Na verdade, ele não tinha empatia por vermelhos porque não julgava que eles faziam parte da mesma espécie que a sua, e por desumanizar tais pessoas era simplesmente mais fácil não sentir nada por eles além do desprezo. Uma prova viva disso era que Damian, apesar da sua importância para a princesa inglesa, fato que Jesse lutava para entender, ele ainda nutria uma repulsa intensa pelo britânico.  ❛ Não se sinta tão importante… Sua raça não é necessária. Mas vem, segure isso pra mim. ❜ Na cabeça do príncipe não era como se o assistente tivesse a possibilidade de lhe dizer não, e o estofado para as mãos foi entregue em uma lentidão exagerada.
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-- sentiu o sangue vermelho borbulhando em cólera por conta da frase dita pelo príncipe de maneira tão leve. como ele sequer ousava falar aquilo, principalmente com polêmicas tão grandes e importantes se desenvolvendo?? oh, bem--, não era como se damian ficasse surpreso com a posição de jesse em qualquer dos assuntos políticos que estivessem rondando. jesse era a prova viva de tudo aquilo que odiava em azuis e de como o seu trabalho como espião era árduo e mentalmente cansativo. mesmo assim, fora com ele que aprendeu a lidar com pessoas estúpidas como o regente; sorrindo, mordendo a língua, e esperando que a conversação não durasse o suficiente para que suicídio (ou homicídio!) fosse uma opção plausível. –
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       ❛ Claro, com certeza. ❜ – respondeu positivamente para ajudá-lo, no seu melhor tom educado de espião, estendendo as mãos para poder pegar o estofado estendido, praticamente o puxando das mãos alheias que insistiam em lhe passar o equipamento tão vagarosamente. vestiu ambos com normalidade, estendendo-os na frente do rosto, para que jesse pudesse começar a treinar logo - quanto mais cedo pudesse ir embora, melhor. --
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spiozen · 5 years
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( elizabeth )
⊰ ˙ ˖ ¸   As cinzas da carta, incinerada por Elizabeth com suas próprias mãos, podiam ser vistas diante dos pés da rainha inglesa, algumas brasas ainda crepitando e marcando o assoalho, conforme consumiam as palavras na letra espaçada de seu tio Robert. Fervendo de raiva, a britânica só não estava chorando ou gritando, porque aquilo soava inapropriado e histérico demais — se Edward não houvesse lhe ensinado a ser recatada, o vaso que recebia seu olhar fumegante já teria sido estilhaçado contra a parede. Quem seu tio pensava que era para propor casá-la com um zumbi? Havia ido longe demais desta vez! A morena suspirou, pronta para atingir a porta de seu quarto com chamas diante as batidas, no entanto, assim que reconhecera Damian passando pela entrada, ela finalmente retirou os pesos de seus ombros e suspirou aliviada, cedendo à sentar-se na cama. ❝ —— Save me. He can’t do this, Damian. ❞ Reclamou, a voz levemente manhosa enquanto o observava, com um olhar pidonho que não lhe era muito característico. ❝ —— Quem ele pensa que é, para fazer isso? ❞ O desespero fora substituído pela raiva, que a fez colocar-se em pé, somente para voltar ao estado de tristeza e sentar-se no chão, aos pés de Damian, a cabeça apoiando-se no joelho alheio conforme esquecia-se das diferenças entres eles por alguns momentos. ❝ —— Eu sou a rainha da Inglaterra, Damian. Eu não deveria receber ordens dele. ❞
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-- o tom entristecido da morena fez com que o coração de damian se quebrasse em mil pedaços. não sabia o que diabos estava acontecendo, mas qualquer um que estivesse fazendo elizabeth sentir raiva em misto a desespero já detinha automaticamente o ódio direcionado do inglês. quando sentiu o rosto da mulher apoiado em seus joelhos, locksley piscou os olhos, incerto da cena que estava acontecendo, mas logo direcionou uma de suas mãos aos cabelos da menor, passando os dígitos delicadamente pelos fios negros. estava tão desesperado quanto ela, mas tentava passar a calma e a confiança de um espião que ela havia contratado, em primeiro lugar.  –
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       ❛ Você não vai receber ordens          de ninguém. É você quem          está mandando, aqui, ouviu          bem? ❜ – afirmou, com seu tom de voz impassível, apesar das feições doces. sequer sabia ainda o que diabos tinha acontecido para que elizabeth ficasse naquele estado, mas tinha noção que boa coisa estava longe de ser algo tranquilo. –
       ❛ Mas me conte, por favor--          O que houve? Sabe que          não há nada que eu não          consiga resolver por você. ❜
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spiozen · 5 years
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( elizabeth )
—— ғʟᴀsʜʙᴀᴄᴋ 
৴ ⊰ ˙ ˖ ¸   Seria colocada no mesmo patamar que uma cega caso não houvesse notado o estado alheio, mesmo não muito familiarizada com a bebedeira. No entanto, não causaria uma cena com seu assistente por isso, afinal, estavam em uma festa, e mesmo que ela não estivesse se divertindo, não tinha direito algum de impedir que outros fizessem isso. Ademais, não era como se não estivesse se deleitando, de alguma forma, da festividade. Veja, a forma como o outro a respondeu chegou até a causar-lhe um riso interno antes de dar de ombros, voltando a sussurrar para ele. ❝ —— Não precisa ser tão rígido também, Dam. Só não demonstre tamanha intimidade para os outros. ❞ Sorriu, por fim, antes de sorver do líquido em seu cálice, os olhos sendo rolados no instante em que o comentário alheio a alcançou. ❝ —— Esta é sua forma de dizer que estou bonita? ❞ Indagou, demonstrando a habitual segurança, ainda que esta não fosse legítima — aprendera à disfarçar muito bem, para seu próprio bem. ❝ —— O que você passou ainda estava amassado demais, talvez deva se dedicar melhor às tarefas domesticas, Damian. Não acredito que deseja ser substituído… ❞ Provocou, correndo o indicador pelo pescoço ao final da frase, como se o lembrasse do triste fim que poderia ter. No entanto, diferente de outras ocasiões em que trouxera o lembrete à conversa, Elizabeth rendeu-se à uma risada antes de voltar a sorver do vinho.
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-- o singelo apelido que elizabeth havia lhe dado em meio aos sussurros foi o suficiente para que toda e qualquer tensão que estivesse sentindo sumisse imediatamente, principalmente com o sorriso dado ao final. damian gostava de ouvir a rainha sendo carinhosa consigo, não importava o quão pequeno fosse o gesto - provavelmente porque não tinha tantas pessoas as quais pudesse trocar gestos afetivos, e a amiga era o que o supria daquilo; era a sua melhor teoria. –
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       ❛ Quase isso. ❜ – comentou, misterioso, tentando segurar (sem sucesso) um sorriso tenro, em resposta à pergunta da morena sobre estar bonita ou não. era claro que ela estava lindíssima, provavelmente a mulher mais linda de todo o local - mas damian não era tolo o suficiente para poder escancarar seus pensamentos de maneira tão óbvia, assim. uma das partes interessantes de se conversar com elizabeth era o esforço mental que tinha de fazer, como se cada fala fosse uma jogada de xadrez. seus pensamentos, porém, foram cortados pela movimentação do indicador em seu pescoço, fazendo com que se arrepiasse por inteiro - e aí já não sabia se se fora o toque por si só, ou se era o medo de ser substituído voltando a bater à porta. –
      ❛ Eu prometo que vou me         esforçar para que eu possa         ser o melhor assistente que         já viu-- Não importa quantos         vestidos eu precise passar. ❜ – comentou, depois de acompanhar a risada da mulher, para em seguida se servir de outro gole da bebida, afastando o copo dos lábios para notar que aquele fora a última vez que bebia de lá, visto que o vinho acabara. oh, bem. passou os olhos pelos arredores, procurando outro garçom que pudesse lhe servir, quando encontrou o homem com o qual a rainha estava conversando antes, e que agora parecia ter encontrado outra princesa para matar de tédio. --
       ❛ Então... O que estava falando          tão animada com o rapaz ali? ❜ – apontou com a cabeça para o tal desconhecido. --
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spiozen · 5 years
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( anya )
                                                                         [ FLASHBACK ]
               Ora, Anya estava atenta às reações de Damian, portanto, quando este trouxera aos lábios um sorriso que dizia que assim como a própria mulher possuía em sua memória cada lembrança de outrora, ele também o tinha dentro de si. A vermelha, então, retribuiu-lhe com um sorriso satisfeito. Embora comportasse como uma senhora que estivesse presa aos bons momentos que passara por si, Lloris não estava necessariamente refém das memórias. Era apenas bom se lembrar de quando era mais fácil. Havia percorrido um caminho do qual não se orgulhava totalmente — e que não seria capaz de trazer-lhe nada realmente agradável, acreditava —, portanto, voltar por poucos segundos ao passado e trazer consigo aquelas sensações era uma bênção. Ainda absorta nas próprias lembranças — incluindo a vez que tivera transitando pela Oceania, onde fora pegos pela guarda australiana que quase os levara consigo —, Anya não pudera ver todas as emoções que passara pelo inglês até que ele voltasse a falar. O cotovelo da vermelha se colocara sobre a mesa, o queijo apoiado sobre as mãos enquanto ouvia atentamente os dizeres alheios. Embora a história não fosse tão longa quanto às histórias que a própria monegasca costumeira contava ainda fora capaz de levá-la ao ambiente; a imaginação de Zyanya sempre acompanhava o que os outros diziam a ela. Era um dos defeitos que sua mãe sempre lhe apontara e que, embora tenha se perdido aos poucos, ainda restara alguns resquícios. “Então a rainha salvou sua vida.” Não era necessariamente um questionamento, é claro; mas uma motivação para o porquê o inglês servia tão cegamente a outra. Bem, talvez Anya tenha pensado errado ao dizer “cegamente”, afinal, ele bem sabia o que estava fazendo: salvando a própria pele. E a de sua família. Pelo menos Damian tomara uma decisão em prol dos seus, enquanto Anya… Não fora capaz de fazê-lo. “Uma dívida muito grande a que você tem com ela.” Comentou, embora a própria possuísse uma dívida tão grande quanto aquela.
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              A aproximação de Damian fora acompanhada pelas íris negras da monegasca que, inconscientemente, inclinara-se um pouco mais na direção do homem, seus olhos fixando-se completamente nas íris azuladas — antes de se moverem para os lábios que lhe pediam segredo. Em resposta, ela erguera os cantos dos lábios em um sorriso malicioso, novamente fixando seus olhos nos olhos de Damian. “Não tem medo de arriscar a sua vida comigo?” O questionamento fora feito à medida que ela se aproximava do inglês, percebendo que tal como ela esquadrinhara-o, ele o fazia agora. A proximidade era tamanha que o aroma do vinho que o outro estava se embriagando invadira suas narinas. Entretanto, logo fora quebrada, principalmente com a menção de Gael. A postura de Anya era rígida, praticamente imóvel, entrementes, o olhar que ela ostentava era melancólico. “Gael… Morreu” — antes de continuar, pigarreou, afastando qualquer sinal emotivo de sua voz; a vermelha ainda não era capaz de falar do irmão sem trazer junto dele o luto e, de certo modo, a culpa. “Ele fez uma escolha ruim e, bem, não há muita benevolência em alto-mar. Na verdade, é por isso que estou aqui. Depois de quase morrer, fica fácil acreditarem que você realmente morreu.” Anya tivera de fingir que estava morta, ou, de fato, teria morrido. Entretanto, ser jogada em alto-mar com o corpo de Gael ainda fora uma provação. Ela ainda não sabia dizer como sobrevivera — talvez, e apenas talvez, fosse o desejo de reencontrar seu antigo capitão. “Não se encontrarão mais nessa vida.” E, ali, ela encerrou o assunto e, bem, esperava que Damian compreendesse que ela não desejava mais falar. Muitas foram às vezes que o outro lhe questionara algo que a monegasca simplesmente evitara. Embora Damian conhecesse mais de si do que muitos na ilha, ele ainda desconhecia algumas partes que Zyanya ainda não conseguia mostrar.
-- um suspiro melancólico escapou de seus lábios conforme anya lhe reafirmava a história triste do pacto entre o vermelho com a rainha. assentiu com a cabeça para ambas as afirmações - a de que, sim, ela havia lhe salvado a vida, e sim, sua dívida era monstruosa. monstruosa o suficiente para que ele pensasse nela dia após dia, torturando-se mentalmente a ponto de apenas boas doses de vinho conseguirem fazer os pensamentos ruins pararem de o incomodá-lo. todavia, depois de sua confirmação, não mais lhe disse nada, ficando em silêncio até que anya tomasse as rédeas da conversa novamente. –
       ❛ Eu confio em você o          suficiente pra isso. ❜ – afirmou, em meio a sussurros, quando ainda estavam perto um do outro, seus olhos focados nos lábios tão próximos aos seus (esperava que não estivessem próximos o suficiente para que ela conseguisse escutar as batidas de seu coração, também). todavia, a resposta da monegasca quanto ao paradeiro de seu irmão tomou-o de completa surpresa. comprimiu ambos os lábios e semicerrou os olhos, denotando que a falta de gael fora sentida por ele (e agora, toda vez que parasse para pensar no ocorrido, sentiria mil vezes mais). deixou com que ela lhe explicasse todo o ocorrido, bem como ela permitira que ele a contasse sobre a sua história com a coroa inglesa. queria fazê-la um milhão de perguntas (como? quando? que história é essa de fingir que está morta?, como alguns exemplos), mas era inteligente o suficiente para notar, mesmo ébrio, que ela não queria mais dar continuidade ao assunto; além do mais, fizera a mesma coisa com ela há poucos segundos atrás. uma das coisas que apreciava na companhia da mulher era o quão recíprocos eram - se um deles não estivesse confortável em seguir com a história, então ali bastava. era um dos motivos pelos quais damian parecia confiar tão cegamente nela, além de todo o saudosismo que a relação dos dois carregava - o inglês era perdido nas memórias do passado e atormentado pelo presente; a melhor combinação para resultar em um homem tão intenso quanto era. voltou com o copo aos lábios, tomando mais um tanto da bebida, conforme voltava com o rosto para o céu estrelado. o quão tenso havia ficado o clima? --
       ❛ Vou te contar uma coisa-- Eu          não me lembro da sua história          da Oceania. ❜ -- mentiu, descarado, conforme voltava o rosto para ela outra vez, exibindo um semblante mais tranquilo. ambos tinham compartilhado eventos extremamente pessoais e nenhum deles parecia ter ficado muito confortável com as próprias escolhas. tudo o que damian queria, porém, era um final de noite que fosse agradável e terminasse em sorrisos, tal qual a interação dos dois havia começado. --
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       ❛ Se importa de me contar outra          vez? ❜ 
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spiozen · 5 years
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– damian não era uma pessoa extremamente refinada que teve a chance de aprender a tocar vários instrumentos quando era menor. mesmo assim, tinha uma paixão por música inacreditável. gostava de cantar para seus irmãos mais novos dormirem, e acabou tomando gosto pela vocalização. todavia, não era uma pessoa que exibia seu talento com canto para todos - na verdade, tinha bastante vergonha do mesmo, e nunca cantava em público. naquele dia, pediram seu auxílio para poder vistoriar a aula de música dos alunos, ao qual aceitou com certa animação (o que era extremamente raro). bastou que todos os presentes saíssem da sala, incluindo o próprio assistente pessoal, para que ele lembrasse que havia esquecido seu casaco na sala. voltando para pegar sua peça de roupa, murmurando uma parte da música a qual ouvira durante o ensaio, acabou se empolgando e, aproveitando que a sala estava vazia, começou a cantar um trecho da canção; não estava o fazendo a plenos pulmões, mas deixara de murmurar a música fazia um tempo, tornando sua voz mais audível do que gostaria. estava terminando o refrão quando virou-se para a porta outra vez, preparando-se para ir embora, acabando por se deparar com uma pessoa que claramente não estava lá antes. sentiu a garganta se fechando e as bochechas ficando tão vermelhas que chegaram a doer pelo constrangimento. pigarreou, desviando o olhar da figura em sua frente. –
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       ❛ O-Oi-----!! Mil perdões, eu          não te vi... Hm... Há quanto          tempo está parado aí? ❜ – o desconforto era claro como água. --
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spiozen · 5 years
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( jesse )
Como sempre, Jesse estava no centro de treinamento, praticando e se aquecendo antes que o treino realmente começasse. Gostava de ter o espaço só para si por alguns minutos e achava, realmente, que o treinador não explorava seu potencial por completo e por isso ele mesmo tinha preparado alguns exercícios para compensar a aula deficiente. No entanto, o funcionário vermelho que lhe auxiliava não apareceu o que deixou o príncipe enfurecido. Muito pouco era necessário para o fazê-lo, mas quando alguém entrou ele deixou o saco de pancadas por um segundo. ❛ Finalmente! Achei que ninguém iria vir… Se importa em me ajudar aqui? Aparentemente alguns funcionários decidiram tirar férias… ❜
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– damian costumava passar os dias treinando sua pontaria com as facas e com seu arco-e-flecha, e, mesmo que fosse um bom arqueiro, tinha noção que tinha de treinar seu porte físico continuamente, também. por algumas conexões com vermelhos que cuidavam da academia, acabou descobrindo um certo horário onde quase nenhum azul usava o local, então poderia ir para lá treinar sozinho com tranquilidade. murmurando uma pequena canção, seguia para a sala, preparado para passar a próxima hora ali. quando pisou lá, acabou por escutar uma voz conhecida e extremamente desagradável. ah, não -  de todas as pessoas que poderia ter a coincidência de encontrar por lá, tinha de ser justo jesse? um suspiro irritado escapou de seus lábios no instante em que ele começou a falar. é, infelizmente teria de dar meia-volta e voltar para o arco-e-flecha; depois voltaria ali, quando estivesse mais seguro que o centro de treinamento estaria livre de babacas. –
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       ❛ Na verdade, eu me importo, sim.          A minha ajuda é realmente          necessária? ❜ -- apesar de todo o ódio e a vontade de cuspir nos pés do príncipe, o tom de voz do inglês saiu extremamente controlado, mesmo tingido de cinismo. --
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spiozen · 5 years
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( elena )
“Isso é bom, ter um dia calmo…” Disse, respirando fundo já que lhe tinha dado uma pequena dor de peito mas não era nada que se respirasse fundo não passasse a dor. “Nada interessante. A verdade, você é a primeira pessoa que tenho uma conversa ou algo se passa no meu dia.” Nada se tinha passado e era a verdade. Finalmente conseguiu sair do quarto e depois conseguiu que lhe colocassem um pouco nos jardins antes que fosse trancada novamente la dentro. A loira observou que o outro tinha um livro na mão e o titulo lhe fez sorrir “Estava a ler Alice no país das maravilhas? É um bom livro. Mas um bocado confuso para minha opinião. Os personagens são bem loucos e dizem loucuras!” Deu uma risada de seguida. Ela tinha lido aquele livro com cinco anos e na altura era engraçado mas mais tarde, ela achou uma confusão e nunca entendeu o porquê.
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-- chegou a perceber a inspirada profunda da azul, mas não pensou muito a fundo sobre; não sabia das condições da mesma, então acabou não pensando muito sobre. porém, chamou-o mais a atenção o fato de que ele era a primeira pessoa a qual a garota afirmou estar trocando algumas palavras no dia, e ergueu as sobrancelhas, surpreso. talvez era por causa de seu emprego que estava acostumado a conversar praticamente 24 horas por dia, mas paz como aquela lhe era extremamente comum, apesar de bem apreciada. depois da risada dela, acabou abrindo um sorriso, ficando animado com a leitura que iria fazer. –
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       ❛ Então somos dois com dias          calmos, imagino. Isso é          ótimo. E sim, Alice é um          livro bem maluco, pelo o que          eu ouvi falar... É a primeira          vez que estou lendo. Depois          de eu terminar, podemos          conversar sobre. ❜
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spiozen · 5 years
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( ishmael )
“ ––– Muito sábio da sua parte, mate.” Declarou, levando o copo aos lábios e sorvendo um gole da bebida amarga. Sentar, beber e conversar. Para Ishmael, não havia programa melhor, fosse com azuis ou vermelhos ––– ademais, os que o acompanhava nos diálogos, ele apreciava. Os que não o faziam mas preferiam continuar ali, ele debochava. Era uma troca justa. Contudo, apesar de tudo, o ex pirata não era considerado um alcoólatra. Podia contar nos dedos as vezes que ficara realmente bêbado, e não as apreciava. Geralmente, preferia se limitar a ficar alto, ou animado. Mas bêbado e sem controle? Não; afinal, sobrevivia a batalha o exército mais sóbrio, e durante os anos em alto mar, qualquer dia poderia ser dia de batalha. “ ––– Eu tenho certeza que sim. Se rum espanta demônios, talvez cerveja eleve nossas almas. Quem sabe. É a mesma lógica.” Concluiu, sorriso irônico ainda presente nos lábios.“
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– observou o azul tomando um gole do rum conforme apoiava o rosto em uma das mãos. seus pensamentos voaram para um tanto longe, no passado onde uma certa pirata o mostrara o gosto de rum pela primeira vez. por fim, a segunda frase de ishmael o despertou de seus ligeiros devaneios, acabando por fazê-lo soltar uma pequena risada, retribuindo ao sorriso irônico. quem diria; ao observá-lo de longe, jamais acreditou que ele pudesse ser uma pessoa com a qual teria esse tipo de conversa. não que estivesse reclamando, é claro. a brincadeira de associar bebidas alcoólicas com costumes cristãos estava o divertindo mais do que deveria. –
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       ❛ Vou precisar anotar isso          em algum lugar. Rum,          cerveja... Por acaso um          copo de vinho seria           equivalente a uma ida ao          confessionário, talvez?          Limpando os pecados de          cada dia? ❜
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