strangerqualquer-blog

[strangerqualquer-blog]

[strangerqualquer-blog]

verdades secretas

Janela de significados. Ocultos ou não, estão estampados, subescondidos apenas por uma cortina fina. Tudo que existe com significado de mais é demais para alguns entenderem. Me fere compreender tais coisas sozinha. Mas a solidão é uma condição e talvez seja a melhor escolha afinal. Quem misturaria água e óleo? Ninguém é capaz de atravessar essa linha. Restam apenas enigmas para decifrar e um coração demasiado carregado para amar.

[strangerqualquer-blog]

Futuro

Olhar além me faz futurista? O futuro são minutos que viram horas. Às vezes são segundos até virar passado. O futuro é esperado na rua ao lado, sempre próximo, mas nunca no endereço exato. E o que eu deveria fazer diante de variantes imprecisas?

[strangerqualquer-blog]

[strangerqualquer-blog]

Sinto-me vazia e sozinha. Procurei em pessoas traços de algo que imaginei. Fui tola. Sinto saudade de quem descansa em paz, mas evito falar sobre lembranças. Minhas palavras estão ficando condensadas e, por fim, serão esquecidas. O que resta é a sensação descrita no início. Não ser compreendida faz parte do combo, mas aceito os que prontamente se esforçam. Não sei quando exatamente me tornei tão limitada e desencorajada. Meu rosto se esconde enquanto meus pés recuam. É sempre um passo para trás. Pelo menos, é assim que me sinto. Não falo sobre expectativas porque elas não são suficientes agora. Não falo sobre o amor porque não consigo senti-lo. Não sou descrente, não sou. Apenas me tornei adepta ao vazio, ôca e sem sentimentos.

[strangerqualquer-blog]

Passado

Dizem que o passado morreu ou está morrendo a cada passo que damos no presente. Talvez isso se prove pela nossa memória falha que, realmente, esquece ou apaga "dados" antigos, movidos para a "lixeira". O problema é que tudo o que faço ainda é guiado pela "perspectiva falsa" do passado, algo que posso ter distorcido apenas para tentar manter o que não deveria. Isso quer dizer que vivo fora da realidade? Quer dizer que estou apagada ou apagando junto com o passado?

[strangerqualquer-blog]

Não quero ser instável até com minhas palavras. O que falei será cumprido. Realmente desejava que tudo ocorresse de forma diferente, mas está tudo igual. Nunca me senti tão ferida, sozinha e desesperançosa. Estou arrasada, mas a iniciativa não vai partir de mim, de novo não.

[strangerqualquer-blog]

Hoje faço 8 anos de Tumblr! 🥳

[strangerqualquer-blog]

[strangerqualquer-blog]

Era 13:00 da tarde quando a noite chegou, assim como o sol também pode surgir nas madrugadas. A história real é que o tempo não foi justo e, no fim, os pés não desceram os degraus por medo. Quando voei alto, vi coisas demais com valor de menos, como se o significado fosse oculto.

[strangerqualquer-blog]

Algum dia sua mente destrancará o tesouro perdido nas profundezas do oceano. Quando as palavras, por fim, fizerem sentido em sua cabeça, seus pés terão forças para sustentar seu corpo por mais um pouco. 

[strangerqualquer-blog]

O garoto mais triste do mundo

She: Você está preso ao relativismo

He: Isso é bom. Questionamentos nos move.

She: Sim, geralmente nos move dentro de um círculo.

He: Pelo menos estou me movendo.

She: Se isso é suficiente pra você... Mas preciso contar que encontrei as respostas que queria e sei que elas me levarão a algum lugar, um destino que sei muito bem qual é. Meu conselho: tenha propósito. Ache a verdade e saia do círculo que muitos vagam ignorantemente por acharem ser livres quando estão ocultando a verdade. A dúvida parece mais atrativa do que a verdade, afinal, ninguém ganha crédito pelo óbvio. Não estou dizendo que questionamentos não são necessários, até porque são eles que nos movem às respostas. Ache a verdade para se permitir convencer, acreditar e se entregar a algo que não seja a dúvida. O relativismo te leva à meias verdades. Meias verdades não são verdades, continuam sendo dúvidas.

He: Achei que não gostasse de frases de autoajuda.

She: Elas servem para alguma coisa afinal.

[strangerqualquer-blog]

Um sonho muito real

Contarei um relato ou para alguns uma história. Um fato curioso: você provavelmente terá pesadelos se pegar no sono enquanto aprecia um telhado. Então meu conselho é: esconda-se entre os lençóis, nunca baixe a guarda. Um dia desses adormeci da maneira errada. Meu rosto ficou exposto ao vento, à poeira e ao teto. Foi aí que uma tempestade aconteceu, com tanta poeira no ar que era difícil respirar, caminhar ou qualquer outra coisa além de pensar. Tentei enxergar, mas só vi algumas telhas bem distantes (bem distantes mesmo) quase na altura do céu. Só alguns raios de sol transpassavam as telhas, até que a tempestade as carregou. Então uma grande lona de seda cor de vinho cintilante se estampou, e num canto (como num desenho) estava o sol. Fiz o possível para ver mais um pouco aquele fenômeno curioso, mas meus olhos estavam dormentes assim como todo meu corpo que tentava se manter de pé diante da tempestade severa de poeira. Me estiquei um pouco mais, quase como uma ginasta ou bailarina. Senti todos os meus ossos esticarem e depois estalarem como algo sólido quebrando (talvez fosse o caso mesmo)...Apesar de todo meu esforço, o céu de fogo estava muito longe. Tudo o que sei depois disso é que acordei com uma baita dor nas costas e mais nada pra contar. Agora esperarei o ritual cotidiano ensolorado chamado de "dia" passar para saber o que acontece quando o sono voltar.

[strangerqualquer-blog]

Sobre fases

Na época, minha mente jovem e imatura excedeu a quantidade de dor. Eu precisava entender as coisas e, acima de tudo, me entender. Pensava que se o sofrimento pesa sempre mais na balança, então não havia motivos para continuar. Minha mente era fraca, não sei ao certo. Vivi na dor mais aguda com pouca dosagem de morfina. Às vezes não sentia absolutamente nada, quase em estado de inanição. Mas acho que ninguém vive sem expectativas. Sempre estamos esperando por algo, nem que seja o fim. Eu andei nas beiradas esperando o fim. Em um certo dia as coisas se complicaram muito e realmente cogitei a possibilidade de desistir. Já no fim, planejei fazer o que sentisse vontade, como andar na rua sem medo, encarar as pessoas, me encarar no espelho, tentar fazer alguma coisa que não fosse apenas existir. Foi aí que percebi que posso fazer isso sem planejar uma data - apenas viver o dia como se tivesse um prazo (e realmente tem, mas não somos nós quem determinamos). Enfim, eu respeito essa fase, embora não goste de relembrar. Vez ou outra me sinto triste e desmotivada, mas não penso imediatamente no fim, apenas paro para refletir que tudo isso é passageiro e eu só estou aproveitando a carona.

[strangerqualquer-blog]

Não há estabilidade quanto ao que sentimos. Geralmente, associamos alguém à um determinado sentimento, talvez seja por causa do que sentimos ao vê-la. Mas não há felicidade duradoura, tristeza que não se torne opaca e vazia ou conformismo sincero. É graças às mudanças, circunstâncias, pessoas e ao tempo, que nos adaptamos. Ninguém é tão previsível porque não dá pra saber o que estão sentindo realmente. E sobre os sentimentos, podemos sentir mais de uma coisa, um misto deles, mas sempre haverá um dominante e é esse que usamos erroneamente como definição absoluta. As lembranças ficam gravadas por muito tempo por um determinado sentimento. Às vezes mudamos nossa perspectiva sobre aquilo, e às vezes ela permanece como um trauma. Somos complexos demais para uma definição vazia.

[strangerqualquer-blog]

Na maioria das vezes, não consigo descrever o que realmente penso. Eu penso muito e expressar tudo isso verbalmente é muito difícil para mim. Há muitas possibilidades e preocupações. Acho que o problema é que não foco em algo específico e acabo esquecendo. Minha mente é uma bagunça e raramente consigo organizar. Creio que a inteligência está relacionada à ligação dos pensamentos, da comunicação e da ação. Você tem a ideia, cria uma linha de comunicação na sua mente para expressá-la de diversas formas. Se esse for o caso, na maioria das vezes não sou inteligente. Para mim, o problema começa no pensamento. São tantas informações que nem formo ideia específica para expressar. Em alguns casos raros, como agora, consigo descrever o que realmente penso com quase precisão. Meu fracaso é explícito, pois a comunicação, muitas vezes, é uma arte que não possuo. Não sou aprovada no julgamento prévio das pessoas e isso me irrita. É como se um russo tentasse se comunicar com um árabe sem ter noção da língua um do outro.

[strangerqualquer-blog]

"Era uma vez" ... Um rato cinza de esgoto.  O ratinho cinza vivia a mesma coisa todos os dias: evitar ser visto e procurar comida. Certa vez, quando a escura noite deixava o esgoto mais frio, o ratinho estava triste e queria muito fazer algo diferente, então ele saiu do esgoto bem devagar e deu de cara com a rua. Para sua sorte, saiu numa viela sem muito movimento. Correu em direção à ninguém sabe onde por algum tempo. De repente sentiu algo macio nas suas patas, era terra com um cheiro agradável de liberdade. Um jardim isolado de uma casa qualquer. Algo vivo e natural, além dos concretos da cidade. Algumas flores esperavam a luz do sol para se exibirem. Achou tudo muito bonito. Mas percebendo como estava correndo perigo, começou a olhar pros lados torcendo para não ter sido visto. Tentou voltar à viela, mas um grupo inesperado de pessoas apareceu no caminho. Decidiu se esconder em uma lixeira próxima. O sol já estava nascendo. O ratinho nem se deu conta de que passou mais tempo só tentando chegar a algum lugar. Enquanto esperava as pessoas irem embora, ficou distraído olhando como eram estranhas. Pareciam meio bobas e sorriam por nada. Não precisavam fugir ou se esconder, suas preocupações não transpareciam. Daí o sol nasceu de vez e ficou mais difícil pro ratinho voltar ao esgoto. Ele esperava o movimento passar, mas sempre tinha alguém por perto. Pensou em voltar para o jardim, finalmente poderia ver as flores, mas não queria correr o risco, então ficou lá até anoitecer de novo. Com muito esforço, quando finalmente conseguiu voltar ao esgoto, percebeu como era bom estar em casa e seguro. Aquele esgoto lhe dava mais liberdade que qualquer lugar. Nenhum jardim ou cheiro de liberdade externa valia tanto sua segurança e privacidade.