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eu a vi numa terça-feira, em um curso de cinema que eu honestamente nem queria fazer. na verdade eu a vi mesmo numa quinta, reparei no boné rosa que sempre vai me fazer morrer de amores por ela. e então em um dia que eu nem lembro mais qual foi, meu maço acabou e dividimos o cigarro dela. eu tava meio perdida naquela época, e quando eu agradeci por ter me dado o último trago, ela me olhou nos olhos e disse que sentiu que eu precisava. ali eu quis conhecê-la. e então foram várias conversas, viramos colegas e formamos a nossa rodinha do fumódromo. conversamos trivialidades e demos várias risadas. me perguntava na época se um dia seríamos amigas.
o curso acabou, a galera saiu pra comemorar o penúltimo encontro e após várias cervejas e cigarros e definitivamente muita maconha, brincamos com a ideia de montar uma marca. de alguma forma aquela ideia me confortou. e na hora da despedida, recebi um abraço e entendi o que tanto me intrigava nela. eu a queria.
na noite em que finalmente nos beijamos, no banheiro fuleiro de um bar super duvidoso, a simples presença dela me deixou muito feliz. foi uma noite maravilhosa, e a lembranças daquele beijo reverberaram na minha mente por bastante tempo. de alguma forma, eu acordava e dormia com a lembrança do rosto dela, eu precisava tê-la.
desde então foram muitas conversas sobre música, experiências, planos, sonhos, desejos, ex namoradas, amigos, futuros ex amigos, religião, crenças, pra falar bem a verdade eu não consigo pensar em algo que não tenhamos dito. o conforto da companhia dela me fazia querer vê-la sempre, e tivemos vários baseados e cigarros pra regar nossos assuntos. engraçado pensar que quase não bebemos, isso nunca tinha acontecido pra mim.
e aí fomos de estranhas para conhecidas para as amigas menos amigas que eu já conheci. o apreço que criei por ela fez a paixão chegar despercebida, nem vi quando tomou morada. foram vários comentários dos amigos do tipo “essa amizade de vocês é meio esquisita” e “tem certeza que não estão namorando?”. ignorei todos com firmeza, a tranquilidade sempre pairou na nossa relação, e eu estive tão tranquila que não percebi a paixão. o amor existia, existiu quase o tempo todo, meu coração é bem grande. mas a construção dele foi feita aos poucos, até que me vi tomada.tomada de amor e de paixão. meu coração palmeirense foi tomado pelo amor de uma corinthiana.
eu a vi numa terça mas não sou capaz de dizer em qual dia da semana a conheci. foi aos poucos, com calma e tem sido bom demais. essa mulher me dá vontade de saber tudo que sai pela boca dela. hoje eu sei que gosta de café na medida, nem tão forte nem tão fraco, que jogos do corinthians são um evento, que não existe modo de pilotar a bike que envolva sempre as duas mãos, que temos que olhar nos olhos a cada brinde e que o rosto que faz quando dorme é o mais lindo de todos. meus dias têm música o tempo todo, as playlists dela fazem parte da minha rotina, aprendi a beber chá com frequência, a (tentar) não andar descalço, a aproveitar os momentos de sol e tentar beber água com frequência. ela me estimulou a criar, e eu nunca estive tão confortável com as coisas que crio. graças à ela.
quando penso num futuro, penso nela, uma brasília branca, viagens pra praia, alguns gatos e por deus, até cachorros eu quero ter agora. quero casar e ter 4 cnpjs com essa maluca, pés gelados a noite e dormir com ela o resto da minha vida. não sei quanto ao futuro, mas quero estar ao seu lado o resto dos meus dias. quando eu falo de amor, penso sempre nela. é ela. eu amo muito a manuela.
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lembro detalhadamente da ultima vez que te vi.
tinha chovido muito, cheguei encharcada e já comecei a tirar a roupa molhada na porta
o seu olhar de malícia nunca vai sair da minha mente
{acho uma otima lembrança, no final}
naquele dia, eu te dei as últimas gotas de sentimento que me restavam.
a gente transou, fumou e se cuidou muito
foi um ótimo ultimo dia;
eu sempre vou ser grata por você preto
apesar dos pesares
e da nossa música ser pra sempre, nicole
você foi uma das melhores coisas que me aconteceu.
[obrigada por ter vindo e por ter ido também, fomos livres pelo tempo que nos coube e aquela era hora de ir]
adeus leandro.
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e, às vezes
eu lembro daquelas tardes em que eu ia te ver e passávamos o dia inteiro à toa
você acendia um beck depois do sexo e deitava no meio peito
deixava a fumaça entrar nos pulmões e me pedia pra cantar pra ti,
eu sempre escolhia elis.
e, durante a letra de como nossos pais
eu te acariciava e você dormia tranquilo
como se não houvesse nada no mundo além de nós.
sabe leandro
eu sempre soube que voce me deixaria, apesar de tudo
(até mesmo naquela noite em que tu disse que me amava enquanto achava q eu dormia).
e, mesmo assim
enquanto tu dormia no meu peito, eu pedia pra que alguma força maior te deixasse mais tempo comigo
eu rezava muito pra que o universo permitisse
mas, eu também sempre soube preto
que eles nunca me ouviriam.
(sinto saudades suas meu bem)
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quando eu tinha voce, eu acreditava.
em mim, na bondade
acreditava em planetas e destinos, em pessoas predestinadas, em outras vidas
eu acreditava fielmente que o horror que eu havia passado antes era justificado
tudo isso porque eu tinha você.
agora que você foi
depois de tudo
eu descubro de repente que você já jura amor a outra pessoa
amor esse que era meu
e depois de tudo o que voce me tirou
tenho que admitir que tu tirou isso também
Além do meu orgulho, autoestima e amor
você levou a minha fé no mundo.
E o que eu faço sem fé, Beto?
O que eu faço sem você?
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faz dois anos e o seu toque ainda é o único que eu procuro
o único que anseio
temo o dia em que minha pele será tocada por mãos que não serão as tuas,
porque só tu me conhece desse jeito, eu sei.
sinto sua falta meu bem.
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sonhei que me perdia de você e o abismo te consumia e acordei gritando seu nome.
será que esse efeito que causa em mim, algum dia causei em você?
não sei.
mas quando acordo, cruzo meus dedos e os beijo duas vezes pedindo pra que se cuide.
enquanto eu fico aqui
rezando pra que um dia você volte a me cuidar.
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se voce voltar eu prometo esquecer
prometo esquecer das noites de choro e da humilhação de ter sido traída.
se você voltar eu prometo ser melhor
eu prometo largar o cigarro e a bebida
prometo rir mais baixo e passar meus finais de semana sozinha, longe daquela antiga vida.
mas se eu me mudar inteira e apagar tudo o que você detestava em mim, sobra alguma coisa?
não importa tanto agora.
se eu sumir de mim, me promete que volta?
volta?
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aguardo desesperadamente o dia em que não saberei mais teu nome.
em que encontrarei alguém com o nome igual ao teu e não sentirei a garganta arder e as mãos tremerem ao pronunciá-lo.
no dia em que me deitarei e dormirei em paz, pois não me pergunto por onde andas.
e quando esse dia chegar meu amor
o mundo estará em paz
pois eu terei ido.
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saudade eu tenho é de mim.
ou pelo menos do que eu era antes de voce.
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eu quis te ligar.
eu quis ligar pra saber porque 1 semana depois de te deixar voce me ligou e a ligação não completou e voce nunca mais tentou me encontrar.
eu quis te ligar pra entender porque suas fotos sumiram e qualquer registro seu na minha vida também.
eu quis te chamar pra perguntar o porque sua mãe me mandou mensagem pra dizer que sentia minha falta, mas nunca tocou no seu nome.
eu quis falar com voce pra saber porque voce ainda atualiza a playlist que voce fez pra mim.
e eu quis te encontrar pra olhar nos seus olhos e entender o porque eu não quis ir embora
e ouvir você falar oi,
lembrar do tom da sua voz e do cheiro do seu pescoço e da cara que você fazia quando me fazia rir.
no fim eu não fiz nada do que eu quis
por que o que eu mais queria
é que voce tivesse feito.
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daqui a 1 mês faríamos 03 anos
se voce tivesse tentado mais e não me odiado a cada passo.
você me amava, mas nunca gostou de mim
e como isso poderia durar?
eu sempre derramei
sempre fui o meu máximo e voce vivia no seu mínimo
sonhei em sair voando e vivendo e chorando e amando
e você sonhou com o silêncio e o frio de alguém que nunca quis se comprometer.
hoje eu vivo em uma espécie dele
vivi na sua quietude e nas suas palavras vagas e nas suas declarações frias e no seu amor duro de receber
e agora sem você
eu vivo no silêncio de alguém que já amou muito e não tem mais pra dar, na lágrima de alguém que não chora porque ja fez demais, no abraço que eu preciso e não tenho.
eu continuo aqui
(e às vezes eu queria que voce também tivesse ficado)
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minha alma amava a sua
é por isso que dói tanto
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talvez eu deva parar de escrever sobre você. confesso que no ponto em que me encontro, consigo passar por dias sem lembrar da sua existência. semanas até. mas como um vício ou fraqueza, você sempre vem à minha cabeça quando meu cérebro precisa se apegar a alguma tristeza. não espero que você volte. espero que você não espere que eu volte. eu tento todos os dias, e confesso que ao menor sinal de bebedeira e solidão, abro o seu contato não salvo no meu celular e fico admirando a foto de perfil, que nem é uma foto sua, mas me lembra de quem você costumava ser. das piadas que me faziam rir, do carinho à noite que eu tinha e do único lugar seguro no meu mundo, o seu abraço. faz tempo né? e eu tô inteira, ou pelo menos eu tento estar. tenho salva a playlist que você fez pra mim naquela semana do nosso término em que você pensou ter me perdido de vez. aquele ato desesperado de quem não conseguia falar com a única pessoa no mundo que ainda se importava com você. mas você não me perdeu naquele dia. não. como algo que se procrastina, você me deixou ir aos pouquinhos, em algo tão demorado que nem mesmo tu se deu conta. mas voltando à playlist, eu entro nela às vezes, porque no mundo em que ela existe, eu e você existimos um pouquinho ainda. e hoje eu descubro que você adicionou mais uma música. aquela música do chico buarque que eu ouvia todos os dias de manhã e você dava risada. no fim, talvez eu ainda exista em algum lugar de você também. será que um dia existiremos de novo, no presente? será que essa saudade se finda em algo novo e bom? ou pelo menos se finda? eu não aguento mais esse sofrimento semanal que é lembrar de você.
enfim, eu sei que a resposta é não. e eu sei que isso termina em qualquer sábado à noite, com a minha embriaguez encarando seu contato não salvo no celular. eu sei que se finda em nós dois fingindo que o "nós" nunca aconteceu.
e talvez seja melhor assim :)
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eu nunca me senti pertencente a nada e quando eu finalmente me senti amada o suficiente pra pertencer a alguém, você me traiu
e foi embora
e o mundo tem sido vazio desde então
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