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gezr · 1 year
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o bom da vida é recomeçar — chico xavier 
o sorriso enorme que apareceria na tela claramente não era o de samih. havia algo infantil na figura que aparecia parcialmente mostrando apenas a boca com alguns dentinhos faltando na frente. em questão de segundos, um riso baixo e profundo soou no fundo da filmagem, a câmera tremeu e o zoom foi tirado, enquadrando agora o rosto de uma garotinha. sete, talvez oito anos? se questionada, alicia diria seis anos e meio as tranças bagunçadas e a face rosada eram uma prova do quanto já tinha corrido de um lado para o outro. provavelmente o que se seguiria iria surpreender a audiência mas a pequena sequer hesitou em subir no colo do professor gezer. os bracinhos rodearam seu pescoço e uma voz feminina soou então fora da imagem.
“alicia, querida, você tem que olhar para a câmera, não para o tarik." o carinho exasperado banhava aquela voz que chamava atenção da criança e que também prontamente tirou um riso da mesma. gezer, por sua vez, ajeitou a menina em sua perna para que ela ficasse de frente para encarar a lente. o rostinho inocente era marcado por uma cicatriz totalmente curada mas que tinha deixado para trás uma marca. uma marca de força, de sua persistência e coragem. "eu sei, mamãe. posso começar?" ela perguntou. fora da cena, certamente a mulher assentiu pois no instante seguinte, a criança começava a disparar. "não existem fantasmas na minha casa nova e o tarik cuidou de todos na casa antiga." a confiança na voz era perceptível. "uma vez, havia algo estranho em nossa antiga casa, era sempre muito frio. esse… hm.." o cenho franziu-se e os olhos castanhos procuraram rapidamente os do homem que a segurava, este, por sua vez, informou baixinho "Wisps." e a face da menina iluminou-se com a ajuda, assentindo antes de continuar: "sim, bisps…" o nome dito errado arrancou do professor uma risada que foi escondida atrás da cabeça de alicia para não atrapalhar a história. "... ele deixava minha casa toda errada e… eu tinha muito medo. eu me tranquei sem querer no quarto porque estava brincando e então eu não conseguia sair." a voz da pequena diminuiu um pouco, seu corpinho pendendo para trás em busca de apoio, o que samih forneceu rapidamente a abraçando.
"achei que eu não ia sair dali, estava muito, muito frio. tentei quebrar a janela e me cortei…" a mãozinha subiu para a bochecha onde a cicatriz marcava sua face, um suspiro baixinho lhe escapando. "... mas era muito alto, não dava pra pular. ainda estava tão frio mas então… o tarik chegou. ele me ajudou a sair dali e falou algumas coisas que fizeram o fantasma ir embora. mamãe não quis mais morar naquela casa, mas o tarik cuidou que a nossa nova casa estivesse protegida." ao fim da história, de maneira orgulhosa, a garotinha sorria. ela se remexeu no colo alheio até o ponto de conseguir abraçá-lo, ignorando as repreensões da mãe para que se aquietasse. logo aquela voz ganhou um rosto também pois a mulher entrou no campo de visão da câmera, os olhos castanhos como os da filha e os cabelos escuros também.
"o que alicia quer dizer é que se não fosse a academia, estaríamos perdidas. a academia enviou tarik com uma equipe para nos ajudar e eles nos salvaram." um sorriso gentil e então a filmagem estava sendo cortada.
quando foi ligada novamente, já estava em outro cômodo, um quarto pequeno, um pouco escuro e tinha apenas o rosto do gezer enchendo a tela. "o sobrenatural já estava na minha vida desde que eu posso lembrar, mas antes da academia… não havia ordem, não havia propósito. a academia existe para que pessoas como alicia e sua mãe sejam ajudadas por nós, alunos e mentores daqui. não somos perfeitos, mas fazemos nosso melhor." a feição cansada não escondia o quanto se esforçava não só para dar aulas para aqueles alunos que em breve seriam caçadores, mas também como eram difíceis as caçadas para si. as energias que os fantasmas deixavam para trás em si ao longo dos anos apenas lhe afundava, mas finalmente tinha um descanso agora que lecionava na instituição. sem saber como acabar aquele vídeo, samih apenas forçou um sorriso, o sotaque pesado em sua língua quando continuou a falar: "ninguém pode voltar no tempo e impedir tudo o que aconteceu até agora, mas podemos recomeçar e dar sempre um novo fim para as coisas. e é isso que a academia faz."
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gutierr · 1 year
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gezr · 1 year
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