#( w / @bakrci. )

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Closed starter com @bakrci.

No dia em que a profecia havia sido dita, Alina havia ficado completamente sem reação ao ver o irmão ser escolhido como um dos campistas que deveria viajar até o submundo. Pensou em pedir para que ele não fosse e até mesmo trancafia-lo dentro de um armário do chalé, mas quem ela queria enganar? Sabia muito bem que era impossível ele não ir, até porque seu nome havia sido citado em uma profecia. Sendo assim, pouco antes da partida, ela havia ido até ele, o abraçado com força e murmurado em seu ouvido que esperava vê-lo em menos de sete dias, do contrário ela iria ao submundo para dar um motivo além da profecia para que a alma dele ficasse por lá. Um tipo comum de demonstração de afeto entre os dois.

Conforme os dias passavam e ele não retornava, a ansiedade parecia tomar conta da semideusa, que parecia cada vez mais inquieta.

Quando o último dia chegou, ela foi uma das pessoas que havia optado por pular as refeições, pois tinha certeza que no instante que algo atingisse seu estômago já inquieto, não ficaria lá por muito tempo. Logo que o barulho ecoou, ela já se viu correndo em direção a ele, na esperança de serem os colegas retornando. Assistiu a todo o desenrolar da cena até que enfim conseguiu correr na direção do irmão, o abraçando com certa força. "Tek parça halindesin, değil mi?" (Você está inteiro, certo?) Afastou-se levemente para olha-lo por completo, em busca de quaisquer novos machucados. "Yaralandın mı? Yemin ederim eğer yaralanırsan seni oraya geri gönderirim, sana kendine dikkat etmeni söylemiştim…" (Você está ferido? Juro que se você tiver se machucado eu te mando de volta lá, eu falei para você se cuidar...) Alina era um misto de alívio e nervosismo, tanto que nem havia percebido que não estava falando em inglês equanto o analisava. "Eu ainda tô morrendo de raiva de você ter ido pra lá, mas eu tô ainda mais feliz que você voltou."

[misshcrror]

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Remzi foi um dos primeiros nome que surgiu em sua mente para a ajuda com seus poderes após a conversa com Quíron. Contudo, até então, a ruiva não estava sabendo de como o parceiro de patrulha estava após o fechamento da fenda. Foi em uma conversa aleatória com um outro campista que descobriu sobre o semideus, e desistiu de qualquer ideia de pedir ajuda ao rapaz. Ainda assim, decidiu conversar e prestar apoio ao rapaz afinal estavam na mesma equipe há tanto tempo e passaram por coisas demais para ser indiferente daquela forma. A verdade é que não o viu como incapaz por ter amputado a perna, mas algumas pessoas ao redor sim e isso pareceu deixar ele numa irritação notória. Pensando ser uma boa ideia, no fim, chutou o balde e o convidou para lhe dar tutorial sobre os poderes de maneira teórica. Estava tão sedenta em aprender mais sobre a manipulação com sombras que pensou que talvez pedir aquela ajuda fosse também ajuda-lo a não se sentir inútil. Então foi entre alguns resmungos que dias depois conseguiram firmar toda a ideia e agora Yasemin tinha um tutor para a prática teórica de sua evolução.

Foi com visíveis olheiras pela noite mal dormida que adentrou na biblioteca naquele dia. Não entendeu a razão do semideus a lhe levar para aquele local em questão já que não costumavam frequentar ali, mas apenas seguiu a orientação e se aproximou da mesa onde viu o rapaz. ❝ ― Então... Por que estamos aqui mesmo? ❞ — Perguntou com certa curiosidade enquanto se largava na cadeira com seu caderno de anotações ao lado.

[essalis]

sentiu o corpo estremecer com a ideia. era humana. ou ao menos tinha defeitos de humanos e era díficil não deixar os pensamentos vagarem até chegarem em lugares menos nobres, onde a dúvida e as suspeitas cresciam, o timing, no entanto, era mesmo uma coinscidência estranha. --- eu nunca achei você do tipo de teoria-da-conspiração. se isso for evoluir para coisas como 'se o onze de setembro realmente aconteceu' tipo de coisa eu gostaria de um aviso. --- desdenhou com um sorriso tímido, talvez ele só estivesse dizendo em voz alta o que todos pensavam, mas quando chegou na parte de terem sido poupado ela teve que rolar os olhos em exasperação. --- como se você não quisesse ter continuado com sua vida ao invés de tortura e experiências de quase morte. seja lá o que é que você estava fazendo antes de voltar.... isso faz de você um suspeito também? o que você estava fazendo na noite de quinta feira em novembro passado? --- no final, já estava encenando uma policial de um de seus seriados favoritos.

Mais amargo do que de costume, mesmo vivendo na pele a discriminação do Acampamento, não sabia ainda se deveria dar o benefício da dúvida aos recém-chegados. Não que estivesse prestes a começar um linchamento; apenas manteria um olho sobre eles, e esperava que os demais fizessem o mesmo. ' Não acha estranho que eles apareçam justo agora, depois da fenda, de termos um vislumbre dos planos de Hades e Hécate? É como se estivessem destinados a não participar de tudo isso ' ponderou, se referindo aos recentes acontecimentos. ' Ou talvez tenham sido poupados de propósito, se estiverem trabalhando com o inimigo '

[misshcrror]

❪ ⠀ ⠀ closed starter !!! ⠀ ⠀ ❫ this is for → @bakrci.

Remzi e Yasemin já sabiam como trabalhar bem juntos por dividirem a mesma equipe e patrulha, no entanto, também sabiam implicarem um com o outro sempre que possível. Foi inevitável que no trabalho voluntario acabassem se unindo mesmo que a turca ainda sentisse que Circe estava escondendo algo importante querendo todas aquelas armadilhas na ilha. ❝ ― Bem, estou com três na mochila e uma na mão. Agora só precisamos achar locais estratégicos para instalar tudo isso e finalmente ir curtir um pouco da praia. ❞ — Comentou enquanto chegava ao lado do semideus e ajeitava a mochila em suas costas junto ao boné que usava. O look mais despojado não combinava muito com a tarefa, mas era porque Yas tinha a intenção de realmente aproveitar o descanso que tanto precisava antes de possivelmente sofrerem com mais algum ataque ou algo que fossem deixar todos os campistas traumatizados mais uma vez. ❝ ― Então... Por onde quer começar? Pensei naquela parte onde a mata parece mais densa, mas também seria legal proximo ao mar também. ❞

[essalis]

não era o que ela tinha planejado para o seu retiro numa ilha dívina. mas devia ter imaginado que a prima iria encontrar algo para depositar toda a sua atenção e essie era péssima para lidar com a frustração alheia, tentava demais fazer a vontade dos outros para o seu próprio bem ainda mais quando a ruiva piscava os olhos azuis daquele jeito, ela se sentiria um monstro se dissesse não. --- acho que estamos passando a carroça na frente dos bois aqui. a gente não sabe se vai conseguir ajudar ele. --- todos sabiam que quando diziam a gente queriam dizer ela e ela não sabia se poderia ajudar a criatura, porque bem, ela não era uma expert naquilo e haviam vezes que ela falhava e então se sentia frustrada e pior ainda em desapontar os outros. --- claro, quando foi a natureza ajudou qualquer um de nós aqui? --- ponderou ela, pegando o pássaro entre os dedos e tentando sentir o que havia de errado com ele. não era especialista em fisiologia de aves mas imaginava que ele estava com os músculos contraídos e rígidos demaos. --- você precisa me dizer com detalhes o que aconteceu, mimi. sério. cada coisa importa. --- se ela iria tratar uma queimadura, eletrocussão ou um infarto ela precisava de detalhes.

@zmarylou

@bakrci @essalis

Mary usava sua melhor expressão de coitada, torcendo para que funcionasse tão bem com Remzi quanto sabia que funcionaria com Essie. Com as mãos escondidas atrás das costas, como se pudesse disfarçar o que estava segurando, ela tentou manter o mistério. Mas o pássaro em suas mãos piou, revelando sua presença. Sem outra escolha, ela mostrou o animal aos colegas de quarto.

"Primeira coisa, Essie, você precisa me ajudar," começou, com um tom que beirava o desespero. "Eu acho que ele feriu a asa… fiz o melhor que pude, mas eu tomei um susto e… ele pegou no sono e pftt caiu igual a manga madura." Os olhos azuis dela se encheram de lágrimas, fazendo a expressão de choro parecer ainda mais genuína.

"A gente precisa ajudar ele, por favorzinho?" implorou, esperando que a carinha de choro e o tom suplicante fossem suficientes para derreter os corações de seus amigos e garantir a ajuda que o pássaro tanto precisava.

[misshcrror]

Lidar com Remzi em patrulhas já era complicado com toda aquela arrogância dele, então sabia que não seria diferente naquela mentoria com o rapaz. O que não era um grande problema, já que aprendeu e sabia lidar com o temperamento do homem. Até sentia falta quando não estavam implicando um com o outro. A menção a mãe dele a fez erguer uma sobrancelha, desconfiada daquelas palavras. ❝ ― Pensei que servissem para calçar portas ou nivelar alguma coisa, também. ❞ — Respondeu referente aos livros, rindo e dando de ombros conforme relaxava melhor naquela cadeira. A pergunta seguinte quase lhe arrancou uma risada maior, mas se conteve pois não queria chamar atenção demais ali na biblioteca visto que já havia sido expulsa de lá algumas vezes por falar alto demais ou causar alguma pequena confusão. ❝ ― Pontos com você? Não mesmo. De tantas pessoas, não seria com você. ❞ — Provocou com um sorriso infame, se escondendo atrás do livro que lhe foi entregue como disfarce. Claro que com as perguntas feitas, Yas procurou manter sua atenção retomada para o semideus e em suas explicações sobre suas dúvidas expostas. ❝ ― Véu de escuridão? Pera, como funciona isso? ❞ — Claro que aquilo chamou a atenção de Solak que sempre procurava e tinha sede de poder. ❝ ― Acredito que meu maior problema tem sido a densidade, é como se elas tivessem vida própria, então é difícil controlar agora no inicio. O emocional ajuda, mas... Ainda é complicado no inicio. ❞

Remzi a encarou com ceticismo. Aquilo seria mais difícil do que havia imaginado a princípio. ‘ Vai mesmo questionar a autoridade da deusa no assunto?  Se Hades fosse o melhor, o livro seria sobre ele. E Nyx tem outros papéis além da escuridão, o que talvez tenha prejudicado seu desempenho ’   chutou, sem saber qual era o real motivo para isso. Talvez se a mãe não estivesse tão desesperada atrás de artefatos, fosse o nome dela na capa daquele livro.  ‘ É pra isso que servem os livros, até onde me lembro ’   falou, como se fosse óbvio, tentando conter o riso. Ele sabia que aquilo devia estar sendo verdadeira tortura para Yasemin, só não sabia que sentiria prazer em torturar. Talvez houvesse uma parte boa em passar aulas teóricas, no fim das contas. ‘ Está tentando ganhar pontos comigo? ’  questionou, achando graça, assim que ela disse que suas respostas poderiam ser melhores que as de Nico fucking Di Angelo. Ele duvidava muito. ‘ Wow, parece que você tem algumas... Muitas... Vamos por partes ’  franziu o cenho enquanto encarava o tampo da mesa, pensando a respeito. Ele também tinha dislexia. Não era tão simples assim focar em todas dúvidas e fornecer respostas satisfatórias. ‘ Fuja da luz. Suas sombras vão ser mais densas se tiver uma fonte. Ao menos pra mim só funciona desse jeito ’  tanto que o poder era praticamente inútil durante o dia. ‘ O limite vai depender da sua força e experiência, ou tempo de prática. Recomenda-se que iniciantes comecem moldando sombras próximas, dentro de um raio de cinco metros, dez metros. Conforme você for se tornando mais forte, essa distância pode ser ampliada. Tente  focar em ser precisa de início, não  necessariamente rápida. Você precisa ter controle absoluto sobre a densidade e forma da sombra antes de controlá-la no tempo que deseja. Mas sombras de tamanho reduzido  percorrem o espaço mais rápido, se quer uma dica. É uma questão de equilíbrio: concentre-se em pequenos movimentos primeiro e, gradualmente, aumente a velocidade, sempre mantendo o controle mental ’   não sabia o que Damon havia dito a ela, mas sendo o irmão um usuário de umbracinese, sua experiência superava a de Remzi. ‘ Se for atingida por luz mágica, tente encontrar outras fontes naturais de sombra no lugar. Você também pode gerar um véu de escuridão a sua volta. Mas isso requer muita energia. Não vamos pensar nisso agora ’

[misshcrror]

A pergunta a fez soltar um suspiro longo e bem profundo como se repensasse se era seguro falar sobre aquilo na ilha, afinal Circe havia deixado claro que estavam sendo totalmente monitorados. Seria possível que na mata também? Ainda assim, ousou levantar a questão. ❝ ― Talvez homens de um exercito inimigo, ou monstros. Possivelmente ambos. ❞ ― Era difícil fechar uma teoria total sobre o assunto quando tinha mais perguntas do que respostas, mas diante de toda aquela comoção e os últimos acontecimentos no acampamento, era óbvio que uma guerra estava a caminho. Levantar barreiras para evitar forças inimigas era o primeiro passo de uma guerra também. ❝ ― Adorável você pensar que iria conseguir me obrigar a algo. ❞ ― Tornou a debochar, revirando os olhos enquanto olhava o tablet mais uma vez para seguir o mapa corretamente. ❝ ― Pois é. Ela não quis poupar armadilhas, o que confirma que talvez minha teoria esteja certa. ❞ ― Sugeriu num tom mais abaixo, apontando para algumas rochas. ❝ ― Ali, talvez seja um bom lugar para uma. ❞ ― Disse ao tirar um braço da alça da mochila e a colocar no chão com cuidado, indicando que ele pegasse a armadilha para planta-la ali. ❝ ― Tome cuidado para não acionar antes da hora. ❞ ― Orientou enquanto voltava a mexer no tablet para entender o mecanismo da armadilha. ❝ ― Talvez? Acha que ela estaria com Hécate nessa? Ela parece ter um mommy issues, mas... Não sei. É difícil saber porque se ela estivesse com a mãe, ela já teria feito algo contra nós... Ou talvez esteja esperando o momento certo. Não sei se confio em muita gente, seja filhos da magia ou não, porque no final... Parece que ela pode manipular qualquer um. Pode até ser eu ou você e não termos lembranças sobre. ❞

O tom de desconfiança alheio fez com que ele repensasse. Até ali, não estava analisando a fundo o assunto, pois não queria ser o único a levantar a questão e, mais que isso, acusar aquela que lhes oferecia da boa hospitalidade. Ele era apenas um semideus, afinal, e Circe, bem, era Circe. ' Acha que ela está tentando pegar algo um pouco maior que um homem? ' a verdade é que não tinha palpites certeiros, mas esperava que a mente de Yasemin lhe iluminasse. Se estivessem certos sobre não estarem plenamente cientes das intenções da deusa, poderiam estar correndo perigo, e não apenas os semideuses do sexo masculino - ser transformado num porquinho-da-índia parecia o menor dos problemas naquele momento. ' Eu contava com o fato de que vou conseguir te obrigar se estivermos em um local isolado ' retrucou, para que ela não se mantivesse tão convencida. Não que Remzi se importasse, realmente, em ficar com o trabalho pesado - não tinha feito exatamente isso desde que chegara ao Acampamento? E, mesmo fora dele, quando queria apenas sumir da vista da mãe? A verdade é que não protestaria se a Solak quisesse mesmo se divertir com os amigos. ' Acho que ninguém está muito preocupado com a possibilidade de cairmos numa dessas armadilhas, uh? ' se ainda estavam no primeiro dia, e permaneceriam ali por mais dois dias, havia grandes chances de que alguém passasse por onde estavam instalando. ' Acredita mesmo que ela vai ensiná-los a fechar a fenda? Ela pode estar ajudando a mãe, de alguma forma. Nos enganando... Também não sei se podemos continuar confiando nos Filhos da Magia. De que vão fazer o que é necessário '

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Quando o livro foi exibido para si, o segurou com atenção para ler o titulo e estranhou, só então ouviu as palavras do amigo. Pra ser sincera, odiava a biblioteca e aulas teóricas, o que era péssimo já que em algumas missões acabou deixando a desejar, mas no geral aprendia mais na pratica mesmo. ❝ ― Melinoe? Sério? Pensei que isso ficava para Nyx ou... Hades mesmo, não sei. ❞ — Apenas comentou enquanto folheava aquele livro gigante e suspirava. ❝ ― Vou ter que ler tudo isso? Tipo completo? ❞ — Perguntou com certo pesar enquanto deixava o corpo cair na cadeira e jogava a cabeça para trás. O problema nem era a questão de ler e estudar, era a dificuldade de leitura devido a dislexia que lhe acompanhava já faziam bons anos. Ela tinha dificuldades até mesmo em compor músicas e ler partituras em seu tempo livre que se dedicava a sua banda. A pergunta do semideus a fez segurar seu caderninho outra vez e abrir, olhando para o colega novamente. ❝ ― Foram só algumas que surgiram enquanto estava praticando... Acho que sua resposta podem ser melhores que as de Nico e de Damon. ❞ — Relatou, focando novamente na folha para ler mais uma vez as próprias dúvidas. ❝ ― Qual a melhor maneira de estabilizar sombras quando se tem luz direta? Existe um limite de distância para controlar as sombras? Como posso aumentar a velocidade das sombras sem perder a precisão? O que posso fazer se as sombras forem bloqueadas por luz mágica? ❞

Pensando a fundo a respeito do assunto, ele não se lembrava de ter visto, a qualquer tempo, Yasemin sentada lendo um livro. Isso deixavam para os filhos de Atena, especialmente alguém como a ruiva, que estava sempre em movimento. No entanto, ele tinha de tentar. Foi por isso que deixou aberta a página que mais lhe interessava no "Sombras em Movimento: O Guia Definitivo da Umbracinese", por Melinoe, deusa dos fantasmas e dos espíritos, para que a Solak acompanhasse o que ele vinha lendo. ‘ Ninguém compreendeu melhor as sombras do que Melinoe. Nem mesmo o pai dela, antes que você diga alguma coisa. Se começar lendo isso, vai ter alguma base. Pode fazer isso quando não estiver praticando ’   ele sabia que ela estava treinando com Damon e com Nico Di Angelo, e os invejava pelo simples fato de que estavam inteiros o bastante para prestar esse auxílio. Ao ver que ela tinha consigo algumas anotações, o Bakirci arqueou uma das sobrancelhas, meneando o queixo na direção do caderno. ' O que tem aí? ' sendo tão difícil para ela quanto para ele pedir ajuda, imaginou que partirem dali seria uma boa alternativa. ' Podemos começar com suas perguntas '

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Os braços do irmão ao seu redor traziam de volta a calma que ela havia perdido no dia em que o mesmo havia partido na missão para o submundo. Ela se permitiu relaxar em seu abraço antes de direcionar um olhar fulminante na direção dele - que muito provavelmente não saiu tão assustador quanto o pretendido visto que os lábios estavam curvados em um sorriso que evidenciava sua felicidade em tê-lo de volta - quando ele disse para ela se acalmar. "Você quase me faz ter um treco e ainda tem a cara de pau de me pedir para ficar calma? Salak."

Precisou segurar o riso ao vê-lo jogar a cabeça para trás, sabia que preocupação demais o deixava sem saber muito bem como reagir, só que para o azar dele, incomoda-lo era algo que nunca perdia a graça para ela. "Que bom que você teve senso de não se machucar, eu não tava brincando quando disse que ia esconder a sua perna pra te forçar a ficar parado se voltasse machucado." Resmungou enquanto se libertava do agarre nos pulsos e cutucava levemente suas costelas. Do seu próprio modo, aquela era a forma que ela havia encontrado para dizer que estava feliz por ele ter voltado.

A fala seguinte, no entanto, a fez cruzar os braços em frente ao corpo e direcionar ao mais velho um olhar um tanto desafiador. "É óbvio!" Disse com convicção. "Eu já te vi sendo teimoso por muito menos, é o mínimo que eu merecia." Revirou os olhos de modo teatral e logo o puxou para um abraço lateral, se aconchegando a ele antes de inciar uma caminhada. "Vem, eu separei algumas coisas básicas pra caso você precisasse e uma poções de cura pra você poder fugir da enfermaria." Após a cirurgia da perna e também pelo laço familiar que compartilhavam, imaginava que ele iria preferir pular a parte da enfermaria, até porque os caídos pareciam precisar bem mais. "E relaxa que as poções de cura não foram feitas por mim, então você tem o dobro de chances de sobreviver. Fora que você tem que me contar como foi lá. Quero detalhes." O tom empregado deixava bastante óbvio que ele não teria escolha alguma em relação ao último tópico.

Não havia se dado conta do quão sufocante poderiam ser os domínios de Hades até que estivesse ao ar livre novamente. Pode ser, também, que ele não estivesse respirando até sair de lá. Ainda assim, os Caídos estavam em pior estado e precisavam de cuidados dos curandeiros de imediato, enquanto ele e Maya havia permanecido por muito menos tempo lá embaixo – não deviam ser motivo de preocupação. O Bakirci gostaria de ter escapado ileso - física e mentalmente – daquela missão. No entanto, sabia que não havia simplicidade no papel que desempenhara. Ainda havia raiva, temor, desconfiança e incômodo presentes nele quando pisou para fora da Porta de Hades; toda aquela alegria externa em descompasso com os sentimentos que experimentava. Havia assumido uma postura diante do deus dos mortos e talvez levasse um tempo para sair dela, mesmo que obviamente já estivesse em segurança.

Foi só quando sentiu  Alina em seus braços – depois de ser praticamente atropelado pela irmã – que o filho de Nyx relaxou um pouco, cerrando as pálpebras pela primeira vez naquele dia. Remzi a segurou firme, sem se dar conta que tinha aceitado seu destino antes de partir, mesmo que ele envolvesse nunca mais ver Alina e os demais – ela seria uma das poucas a sentir sua falta e chorar em cima de sua mortalha. Riso baixo e cansado escapou dos lábios de Rem após o breve relaxamento e o falatório que se seguiu. Aquele devia ser o verdadeiro significado de estar em casa. ‘ Canim, biraz sakin olmanı isteyecegim ’   disse, baixo, com um revirar de olhos, já que ela estava o tratando como uma criança que voltava do seu primeiro dia de aula.  ‘ Yok, yok, não estou ferido. Pare com isso, lutfen ’   falou, segurando seus pulsos para que não o inspecionasse mais, jogando a cabeça para trás.  ‘ Já falamos sobre isso... Você esperava que eu desafiasse o Oráculo e recusasse a missão por que você estava me mandando ficar em casa? ’   perguntou com indignação, embora sua boca se torcesse num sorriso.

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Não era difícil imaginar que receber instruções e aulas de um semideus resmungão e mal-humorado seria um desafio e tanto, como se o descontrole de um novo poder já não fosse o suficiente para lidar. A ida na biblioteca foi uma surpresa para a escolha de local porque imaginou que sairiam expulsos dali pelo alto volume e certamente de alguma implicância que poderia surgir como estava sendo com algumas aulas anteriores com o semideus. ❝ ― Tá bom. senhor mau humor. ❞ — Ergueu as sobrancelhas meio indignada e um tanto quanto derrotada, pegando o exemplar jogado para si e lendo o titulo da capa, folheando o exemplar em seguida. ❝ ― O que vamos ter para hoje? ❞ — Mesmo com o livro em mãos, tinha tantas dúvidas e perguntas que chegou a anota-las somente para não esquecer. Queria saber tudo o que fosse possível para encontrar um meio de controlar aquele poder o mais rápido que conseguisse. ❝ ― E não me olhe com essa cara... Anda, Remzi. Me ajude. ❞

tw: capacitismo

O pedido havia lhe pego de surpresa, tinha que confessar. Yasemin não era do tipo que pedia ajuda, ele bem sabia – tinha convivido com ela por tempo suficiente nas patrulhas e no Clube da Luta para descobrir. Nunca tinha cogitado, também, que a filha de Deimos fosse desenvolver poderes semelhantes aos dele que demandasse sua intervenção. Ainda assim, tinha se sentido isolado por tanto tempo no Acampamento, que era gratificante pensar que havia quem se parecesse com ele agora - fazia com que Remzi se sentisse mais como uma pessoa normal e menos com uma aberração. Ao mesmo tempo, aquele era o pior momento para que alguém cogitasse pedir sua ajuda. Vinha se sentindo tão imprestável que era surpreendente que ainda estivesse  no Acampamento. Se não servia mais para a posição de semideus e era incapaz de executar as funções que desempenhava, o que mais lhe restava senão viver como um inválido no mundo mortal? Talvez estivesse tão desesperado por voltar a ser o que era que a requisição para que passasse tutorias teóricas já fez elevar um pouco de sua auto-estima. Podia ter negado a princípio, mas quando encaminhou mensagem para ela naquela manhã, já estava na biblioteca, com um significativo número de livros espalhados sobre a mesa. Pensar sobre os poderes fazia com que focasse em algo mais além de sua condição física, e Nyx sabia o quão dependente de seus poderes o Bakirci se tornaria dali para frente. Não estaria ajudando apenas Yas com aquilo.

Era estranho verem-se justo na biblioteca, quando na maior parte do tempo estavam em campo, treinando ou lutando. Ele não pode deixar de reparar nas olheiras arroxeadas sob os olhos da ruiva, mas não teceu comentário. Era demais esperar que todos estivessem com o sono em dia com tudo o que vinha acontecendo. Por isso, se limitou a lançar um livro na direção em que ela estava, o exemplar pousando na mesa a frente da Solak. ' Para entender como as sombras funcionam. O que mais seria? '

[misshcrror]

As intenções de Circe em querer proteger uma ilha que as pessoas já evitavam por natureza era algo que tiraria o sono de Yasemin porque não fazia muito sentido que a deusa quisesse proteger seu território daquela forma. Ela era uma fucking deusa, afinal. Quem sabe compartilhasse suas suspeitas com Remzi ao longo daquela jornada de achar locais para armadilhas porque não era possível que fosse a mesma pensar naquela situação. ❝ ― Acha mesmo que é para homens? ❞ — Apesar do bom humor que tinha em zoar os amigos e colegas homens desde que pisou naquela ilha com as ações da deidade, que sempre os transformaram em porquinhos da índia ou fez algo pior, naquele momento questionou na intenção de tentarem levantar alguma teoria possível para aquela atitude. ❝ ― E acha que não vou deixar você com o trabalho pesado na mata só por não ter uma praia por perto? ❞ — Debochou enquanto tomava o tablet da mão dele, iniciando uma caminhada diretamente para a mata densa mencionava antes, olhando e analisando os locais mapeados ali. ❝ ― O pessoal fez um trabalho legal com as armadilhas, peguei umas bem legais para instalarmos. Só vamos precisar tomar cuidado com o grau de sensibilidade delas. Me pergunto como os filhos da magia vão sair daqui depois de aprender diretamente com uma deusa. ❞

Podia com frequência experimentar do lado espinhoso da filha de Deimos, mas a verdade é que trabalhavam muito bem juntos. Remzi prezava pelo bom desempenho, e era por isso que tinha se oferecido como parceiro quando Yasemin indicou que estava saindo a campo. Diferente dos demais campistas, ele estava aliviado  por se fazer útil e ocupar a cabeça naqueles dias, já que não queria atrair a atenção negativa da deusa que comandava aquela ilha – sabia o quão vingativas e sub-repitícias poderiam ser as deusas daquele tipo, que em muito lembravam sua mãe. ' Eu não fazia ideia de que eram tantas assim. Quantos homens mais ela está querendo capturar? E ainda diz que nos despreza '  foi inevitável para Remzi não debochar, ainda que em tom abafado, temendo que seus comentários chegassem até Circe. Porém, com um rolar de olhos de quem não levava a sério a preocupação exagerada da deidade, ele puxou um tablet da mochila – fornecido diretamente pelo pessoal de Circe - acessando o mapa da região que estavam. ' Fiz alguns mapeamentos dos pontos estratégicos na Central de Controle. O pessoal de Atena também deu uma olhada... ' deu de ombros, como se isso bastasse. ' Não me diga que já está pensando na folga, Solak... Acabamos de chegar '  provocou, estalando a língua. O fato de ele não gostar nem um pouquinho de praia explicava o motivo que estivesse prestes a se embrenhar na mata densa enquanto os demais estavam aproveitando o verão da ilha. ' Só por isso voto na mata. Não quero que fique tentada pela praia e me deixe com todo o trabalho pesado '