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#Quem são os Grupos terroristas da esquerda na Venezuela
DITADURA NA VENEZUELA. É REAL? ENTENDA A TRAJETÓRIA DE CHÁVEZ E MADURO
DITADURA NA VENEZUELA. É REAL? ENTENDA A TRAJETÓRIA DE CHÁVEZ E MADURO
Para entender a atual situação de um país, é comum dedicar-se aos acontecimentos que o sucederam. Para saber se há uma Ditadura na Venezuela, algo tão polêmico nos dias de hoje, não basta a história do próprio lugar. As fortes interferências internacionais e uma longa trajetória violenta foram indispensáveis para contar a história que, de alguma forma, começa em 1992. O que você vai encontrar…
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onilopolitano · 3 years
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Onde o narcotráfico e a política se encontram...
Rio - Uma entrevista exclusiva da jornalista espanhola Cristina Segui publicada pelo portal iG e pela edição digital do jornal O DIA, na terça-feira passada, pôs o dedo numa ferida para lá de sensível — que merece ser vista com cuidado pela sociedade brasileira. Segundo ela, uma rede narcoterrorista, com raízes na Venezuela e ramificações espalhadas pelo mundo, tem se utilizado do dinheiro obtido com o tráfico de drogas para financiar campanhas eleitorais e conquistar governos nos dois lados do Atlântico. 
A presença da Venezuela no centro das acusações tem uma razão muito rumorosa na Espanha, mas pouco discutida no Brasil. Dias atrás, foi preso em Madrid o ex-chefe da Inteligência de Hugo Chávez e Nicolás Maduro, Hugo Carvajal. Conhecido como Pollo, ou Frango, ele é uma peça fundamental nesse esquema. Hoje, ele aguarda a decisão da Justiça espanhola — que pode confirmar ou não o pedido de extradição feito dois anos atrás pelo Departamento Antidrogas dos Estados Unidos, o DEA.
Enquanto Pollo esteve foragido, o DEA e os serviços de inteligência de Israel sabiam de seu paradeiro e chegaram a informá-lo às autoridades espanholas. Nada, porém, foi feito para capturá-lo. De acordo com a jornalista, Pollo contaria com uma rede de proteção sólida junto aos governos de Madrid e de Lisboa. O líder dessa rede seria o ex-primeiro-ministro Jose Luis Rodriguez Zapatero, apontado por ela como o representante do chavismo na Europa.
Conhecida pela clareza com que defende suas posições, Cristina Segui não doura a pílula nem poupa de críticas os políticos que fazem parte dessa rede. Afirma com todas as letras que partidos importantes no país, em Portugal e na América Latina, inclusive no Brasil, são financiados com recursos do tráfico de drogas. Em troca, dão proteção às atividades ilegais. Se Pollo for extraditado e contar o que sabe às autoridades norte-americanas, muitos políticos próximos ao chavismo — inclusive no Brasil — terão suas reputações manchadas. TROCO DE PADARIA — Quem acompanha esses movimentos com atenção sabe que as conexões entre as atividades criminosas e a política são reais e poderosas. Não se trata, aqui, de “fulanizar” o debate nem de apontar o dedo na direção desse partido de esquerda ou daquele político de direita. O problema é muito mais profundo. Quem estuda essa questão já detectou conexões entre o Estado Islâmico — o grupo terrorista com base no Iraque e na Síria — e as máfias europeias. Também já foi identificada uma ligação estratégica entre o grupo Hezbollah e a facção criminosa brasileira PCC. Também já foram identificados alguns bancos conhecidos e empresas de fachada, utilizadas para a lavagem do dinheiro sujo e que também estão envolvidas na operação.
O problema está justamente aí: enquanto as pessoas comuns se dividem e trocam insultos em função de suas preferências políticas, os criminosos se articulam, lucram bilhões e ampliam seu poder, independentemente de quem esteja no governo. De acordo com o Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crimes, o narcotráfico movimenta cerca de US$ 500 bilhões por ano. No Brasil, esse valor é superior a US$ 17 bilhões. Os serviços de inteligência acham que o valor real ultrapassa, e muito, as estimativas oficiais.
Seja como for, convertido na moeda brasileira pelo câmbio atual, esses US$ 17 bilhões alcançam a soma de quase R$ 100 bilhões. Isso mesmo. Se apenas 10% dessa dinheirama toda for destinada ao financiamento das conexões políticas das organizações criminosas no Brasil, o valor já será cerca de cinco vezes superior a todo o valor destinado ao Fundo Eleitoral. Ou seja, perto do que os criminosos têm para gastar, os R$ 2,1 bilhões que o Estado brasileiro reservou para bancar campanhas e financiar partidos parecem troco de padaria.
Contas simples como essa ajudam a dar a dimensão do poder desses grupos e tornam ainda mais preocupante essa discussão. Na opinião de Cristina Segui, as conexões que transformaram o comércio ilegal de drogas em fonte de financiamento de partidos e políticos pelo mundo, é, por si só, uma ameaça à democracia. Ela está certa! A ideia de saber que há dinheiro sujo sendo usado para consolidar a presença de algum grupo no poder — e não importa se esse grupo seja de direita ou de esquerda —, por si só, já nos obriga a refletir sobre o risco que isso representa. DADOS SOBRE O TABULEIRO — A utilização de dinheiro ilegal para o financiamento de campanhas eleitorais é um fenômeno conhecido. Em troca da ajuda que recebem, os políticos beneficiados usam seu poder para proteger e defender os interesses dos criminosos que os financiaram. Isso é tão antigo quanto as próprias eleições. Não existe entre os países que elegem seus governantes pelo voto direto nenhum que possa se gabar de jamais ter levado a cargos importantes políticos eleitos com recursos ilegais.
Os exemplos são inúmeros. Ernesto Samper, que presidiu a Colômbia entre 1994 e 1998, jamais conseguiu se livrar da suspeita de ter tido a campanha financiada pelo Cartel de Cali. Depois da morte do traficante Pablo Escobar (outro que mantinha políticos em sua folha de pagamentos e até tentou se aventurar no Senado colombiano), essa organização assumiu o controle e dominou por muito tempo o comércio de cocaína no mundo.
Há outros casos. Não é segredo para ninguém a ligação umbilical que existe entre o Talibã, que voltou ao poder no Afeganistão, e os produtores e traficantes de ópio. Nos Estados Unidos, são famosas as histórias da ligação de políticos influentes com a Máfia e outras organizações criminosas. Mesmo com todos esses casos, o que está sendo discutido aqui é algo diferente: a utilização das ferramentas e das instituições da democracia para proteger as atividades criminosas.
Não se trata apenas de apoiar ditaduras nem financiar campanhas políticas em troca da garantia de que, mais tarde, as autoridades protegerão os bandidos ou fecharão os olhos para seus crimes. O que está sendo denunciado por alguns serviços de inteligência no mundo é a consolidação de uma estrutura em que os narcotraficantes e alguns governantes se misturam de tal forma que uns acabam se confundindo com os outros.
E o Brasil, como fica nessa história? Os serviços de inteligência mais ativos do mundo já detectaram atividades do grupo terrorista Hamas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Também registram que essas atividades têm conexões com o Comando Vermelho e com o PCC. Essas conexões, sem dúvida, também se confundem com as milícias que dominam áreas importantes, sobretudo, no Rio. Todos esses grupos são faces diferentes de um dado que, atirado sobre um tabuleiro, dá a vitória aos bandidos independentemente do lado que fique para cima. É preciso ter cuidado.
(Siga os comentários de Nuno Vasconcellos no Twitter e no Instagram: @nuno_vccls)
Via:O Dia https://onilopolitano.com.br/onde-o-narcotrafico-e-a-politica-se-encontram/?feed_id=28583&_unique_id=6163acd575243
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recantodaeducacao · 3 years
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Sendero Luminoso: conheça o grupo que realizou massacre no Peru e polarizou ainda mais as eleições
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A maior parte dos peruanos achava que o Sendero Luminoso nem existia mais. A crença geral era que o protagonista de um dos conflitos civis mais violentos da América Latina, que deixou pelo menos 69 mil mortos e desaparecidos entre 1980 e 2000, tinha sido praticamente extinto. Porém, a matança de dezesseis pessoas, incluindo duas crianças que tiveram seus corpos carbonizados, serviu como uma espécie de recado dos remanescentes do grupo no último dia 23. Para garantir que a mensagem tinha sido transmitida com precisão, os terroristas ainda deixaram um bilhete na cena do crime, um bar e bordel no meio da selva do Vale dos Rios Apurímac, Ene e Mantaro (Vraem). “Peruano, boicote as eleições burguesas, porque não é teu caminho. Não vá votar, vote em branco ou nulo. Quem vota em Keiko Fujimori é traidor, assassino do Vraem e do Peru“, dizia o panfleto. As palavras e ações remetem e ao mesmo tempo contradizem as origens da guerrilha, ainda na década de 1960, quando foi fundado pelo professor de filosofia Abimael Guzmán como Partido Comunista do Peru – Sendero Luminoso (PCP-SL).
Da inspiração maoísta ao narcotráfico
Diferente do marxismo, que defendia que o proletariado deveria ser a figura central da revolução, a vertente chinesa do comunismo acreditava no potencial dos camponeses pobres de realizar uma insurreição armada. Essa ideia, que ficou conhecida como maoísmo, se encaixou perfeitamente com o contexto geográfico e histórico do surgimento do Sendero Luminoso, na pequena cidade agrícola de Ayacucho e durante o regime militar. O fundador Abimael Guzmán chegou a estudar o idioma quéchua para integrar os povos indígenas tradicionais à luta. “Ele faz parte de um universo de grupos de esquerda comunistas da América Latina. A diferença é que aqueles que seguiram a linha da União Soviética eram mais reformistas, enquanto os que se inspiraram na China aderiram com mais ênfase à luta armada guerrilheira. O Sendero Luminoso pode ser comparado ao PCdoB durante a Guerrilha do Araguaia no Brasil ou às ideias de Che Guevara e Fidel Castro durante a Revolução de Cuba“, explica Alberto Aggio, especialista em história política da América Latina e professor de história da Unesp.
Porém, o Partido Comunista do Peru – Sendero Luminoso só ganhou relevância em 1980, quando se recusou a participar das primeiras eleições após doze anos de regime militar no país. Foi nesse contexto que o grupo começou a realizar ataques para boicotar o pleito e a atuar também nos centros urbanos. Um dos piores atentado executados pelos terroristas aconteceu justamente no bairro nobre de Miraflores, na capital Lima, onde a explosão deliberada de dois carros causou 25 mortes e deixou mais de 200 pessoas feridas. Além disso, um total de 1.823 casas, 400 empresas e 63 automóveis foram danificados. Outro incidente marcante foi a matança de 69 camponeses de origem ayacuchana em Lucanamarca, que prova a existência de comunidades rurais que eram contra a ideologia do Sendero Luminoso. Como os militares se concentravam em lutar contra o grupo em áreas urbanas, muitas regiões isoladas do Peru tiveram que combatê-lo sozinhas para se protegerem. “O Exército não deu conta de todo o território, então a autodefesa das comunidades rurais que viviam na serra e nas florestas passou a ser uma questão de vida ou morte”, explica Aggio. No final da década de 1980, o grupo já controlava grandes áreas do Peru, mas também tinha se afastado das suas origens maoístas e agora reprimia os próprios camponeses e suas tradições indígenas.
Após essa derrota ideológica, o grupo passou a sofrer perdas materiais com a chegada do ditador Alberto Fujimori em 1990. “Havia um temor real entre a população peruana de que o Sendero Luminoso vencesse a luta armada, mas isso não aconteceu porque o governo de Fujimori foi o mais eficiente no combate ao movimento, com uma combinação de inteligência militar e muita violência. Foi uma luta sanguinária, tanto por parte do Sendero quanto pelo Exército do Peru, que terminou com uma vitória do governo”, relata Aggio. Nos anos seguintes, os guerrilheiros foram praticamente extintos após a prisão de Abimael Guzmán e outros importantes líderes do movimento. Os últimos ataques relevantes do PCP-SL foram contra a Embaixada dos Estados Unidos em Lima no ano de 2002 e o sequestro de funcionários da Argentina que trabalhavam em um gasoduto de Ayacucho em 2003. Acredita-se que, de lá para cá, os poucos remanescentes do grupo utilizaram suas habilidades para proteger os plantadores de coca e os narcotraficantes nas regiões mais remotas do Peru.
A história se repete
Atualmente cumprindo pena de 25 anos por crimes contra a humanidade, Alberto Fujimori se viu obrigado a renunciar em 2000 após seu governo ser alvo de diversos escândalos, incluindo acusações de corrupção, sequestro e assassinato de opositores, influência em veículos de imprensa sensacionalistas e esterilização forçada de mais de 300 mil mulheres, a maioria indígenas e pobres, com ajuda dos Estados Unidos. Apesar de ser considerado um ditador e estar envolvido em tantas polêmicas, no próximo dia 6, sua filha Keiko Fujimori disputará o segundo turno das eleições presidenciais contra o professor e líder sindical Pedro Castillo. Uma das promessas de Keiko, caso seja eleita, é justamente tirar seu pai da prisão através de um indulto. O fato dela estar tão próxima do poder reflete a fragmentação política do Peru e o desespero da população por um líder que consiga certa governabilidade. O último ano foi especialmente conturbado, com três presidentes que não terminaram seus mandatos: o atual Francisco Sagasti entrou após a renúncia de Manuel Merino, que estava substituindo o impeachmado Martín Vizcarra, que por sua vez subiu ao poder após a renúncia de Pedro Pablo Kuczynski.
Porém, conforme destaca o especialista em relações internacionais e professor do Ibmec DF Ricardo Caichiolo, a instabilidade é regra desde a renúncia de Alberto Fujimori, há 21 anos atrás. “Essas duas décadas da política peruana foram marcadas por escândalos de corrupção e todo o sistema político foi afetado. Alejandro Toledo está nos Estados Unidos, livre graças ao pagamento de fiança, e tem contra si um pedido de extradição por conta da acusação de ter recebido propina da Odebrecht; Alan García se suicidou ainda quando corria processo contra ele também por acusação de recebimento de propina da Odebrecht; Ollanta Humala está em liberdade condicional enquanto tramita um processo contra ele que investiga lavagem de dinheiro. Por fim, Pedro Pablo Kuczynski está em prisão domiciliar, também acusado de receber propina da Odebrecht”, aponta Caichiolo. O especialista explica que esse cenário se deve em grande parte ao próprio modelo de governo do Peru. “Na prática, trata-se de um sistema que pode ser considerado semiparlamentar: os presidentes estão à mercê da possibilidade de destituição a partir do momento em que apenas 20% dos parlamentares de um Congresso unicameral [que tem apenas uma câmara legislativa] solicitem ao seu presidente a moção de vaga. Essa proposta precisa do apoio de 40% dos parlamentares para ser aceita e 66% para ser aprovada. Portanto, há uma permanente tensão entre os poderes Executivo e Legislativo”, afirma.
Agora, a polarização nas eleições para o segundo turno entre Keiko Fujimori e Pedro Castillo não só indicam a continuidade dessa instabilidade política como também trazem a possibilidade de implementação de um regime linha-dura, independente de quem for o vencedor. “Esse temor já está presente em boa parte da sociedade peruana. Em uma pesquisa realizada por uma consultoria do país no final de abril, 42% dos eleitores responderam que se Castillo vencer, o país terá um governo como o da Venezuela, enquanto 49% responderam que se Fujimori ganhar, o Peru terá um governo autoritário”, afirma Caichiolo. Para Alberto Aggio, a vitória de Fujimori seria uma espécie de regressão para o Peru. “Ela representa o sentimento de que o autoritarismo fujimorista é necessário para resolver os conflitos da sociedade peruana”, diz. Com o recente ataque do Sendero Luminoso, os apoiadores de Keiko tem tentado disseminar a ideia de que ela será mais efetiva no combate ao grupo terrorista, como seu pai foi no passado.
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Uma esquerda atípica
O concorrente de Keiko Fujimori, Pedro Castillo, é um professor sindicalista que já liderou greves em escolas e agora faz parte do partido marxista Peru Libre. Fã declarado do ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, ele está baseando sua campanha na promessa de mudanças estruturais que supostamente resolveriam os problemas econômicos do país. Porém, boa parte dos eleitores temem que essas reformas aconteçam de forma autoritária e sem avanços do ponto de vista social. “Castillo não compactua com inúmeras demandas da esquerda ocidental, como igualdade de gênero, legalização do aborto ou direitos da comunidade LGBT. Ou seja, ele é de uma esquerda em que ainda pesa o tradicionalismo. Para se legitimar, então, ele apela para radicalizações no plano econômico, com afirmações de que vai estatizar tudo ou implementar impostos sobre grandes fortunas, por exemplo”, explica Aggio. Ricardo Caichiolo acrescenta que, do ponto de vista internacional, Castillo recebe o apoio do atual presidente da Bolívia, Luis Arce, de Evo Morales, e do ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica. “Por outro lado, faz questão de se afastar ao máximo de qualquer tipo de apoio por parte do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Castillo recentemente declarou que não é nem comunista e nem chavista, e que não imporá a realização de uma Assembleia Constituinte, como fez Maduro. Ou seja, ele vem evitando qualquer sinalização de aceitação de apoio que poderá impactar negativamente sua campanha eleitoral”, afirma o especialista.
Da mesma forma, Castillo está negando as acusações feitas pelos apoiadores de Fujimori de que ele teria alguma relação ou proximidade com o Sendero Luminoso. O político não só foi o primeiro a condenar o ataque como também fez questão de afirmar que fez parte dos grupos rurais que lutaram para se defender do PCP-SL no passado. De fato, os especialistas entendem que o grupo comunista maoísta “ressurgiu” no último dia 23 não para apoiar Castillo, mas sim para rechaçar Fujimori, filha do ditador que quase causou o seu extermínio. Além disso, o Sendero Luminoso deixou claro no panfleto deixado na cena do crime que é contra a realização das eleições, relembrando que os seus primeiros ataques foram justamente para boicotar o pleito de 1980. “O recente ataque em Vraem foi uma ação deliberada dos remanescentes do PCP-SL contra o fujimorismo. Caso Keiko seja eleita, o grupo e suas ações terroristas devem voltar a assombrar o Peru de maneira mais agressiva. Porém, o Sendero Luminoso não necessariamente deixará de atuar com uma possível vitória de Castillo. É difícil saber ainda qual é a estratégia deles”, conclui Aggio.
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alvaromatias1000 · 5 years
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Uma Difícil Arte: Democracia contra Fascismo
Madeleine Albright, ex-secretária de Estado no governo Clinton (1997-2001), afirma no nono capítulo do livro “Fascismo: Um alerta”: “com a ajuda de seus amigos, contudo, a democracia quase sempre pode ser reparada, e então melhorada”.
Ao longo de um período de mais de três décadas, trabalhou inicialmente como vice-diretora e depois como diretora do National Democratic Institute (NDI). Conjuntamente com organizações irmãs nos EUA e em outros países, colabora com esforços locais para desenvolver instituições e habilidades democráticas.
Nesse papel, a organização supervisionou marcos históricos como a Revolução do Poder Popular que, em 1986, frustrou as tentativas do ditador filipino Ferdinand Marcos de fraudar uma eleição presidencial “repentina”; e, dois anos depois, o plebiscito que deu fim ao regime repressivo do general chileno Augusto Pinochet. O NDI também esteve presente durante a histórica eleição de 1994 na África do Sul que baixou a cortina final sobre o apartheid, e – na esteira da Guerra Fria – no renascimento da democracia na Europa Central e nas mais recentes transições na Indonésia, no Nepal, na Nigéria e na Tunísia.
O posicionamento do NDI é estritamente solidário. O instituto não advoga em prol de qualquer partido ou agenda política específicos nem vê a democracia como um sistema rígido cujas feições na Ásia sejam idênticas, por exemplo, às que teria na África ou nas Américas.
Dentro de uma estrutura formada por certos princípios elementares, a democracia é um meio através do qual povos muito diferentes expressam sua liberdade. A missão do NDI é ajudar autoridades e ativistas locais a lucrar com as experiências de outros, e fazê-lo cruzando fronteiras e regiões.
As lições aprendidas poderão facilitar um processo eleitoral livre das manchas da injustiça e da corrupção. Ou então oferecer ideias práticas sobre como:
modernizar uma legislatura,
profissionalizar partidos políticos,
abrir espaço para a sociedade civil ou
garantir mulheres, jovens e minorias terem representação justa na tomada de decisões.
O NDI faz questão de salientar: democracia não é apenas a escolha de um líder via urna eleitoral. É essencial, mas nunca o suficiente. Não há erro mais comum na opinião desinformada: presumir o vencedor de uma eleição ter o direito de fazer o que bem entender.
Em uma verdadeira democracia, os líderes respeitam a vontade da maioria e também os direitos da minoria – não adianta olhar só para um lado. Isso significa as proteções constitucionais ao indivíduo precisarem ser defendidas, mesmo quando tornarem-se inconvenientes para o partido então no poder.
O NDI e grupos similares fazem o contraponto ao tipo de arrogância comum em ignorantes neofacistas eleitos: “sua caneta” ser uma arma para contrariar a Constituição democrática e moldar o Estado como lhes convier.
Seus esforços são vitais porque, quando governos livres fracassam, encoraja-se o surgimento de líderes autoritários – e porque mandatários em muitas regiões estão comprometidos com a luta constante para atender às expectativas de seus cidadãos.
Cícero dizia: “governar uma república é uma difícil arte”. E não ficou mais fácil entre a época dele e a nossa. Entre as pessoas neste ano celebrando seu aniversário de 16 anos, praticamente nove entre dez o fazem em um país com condições de vida abaixo da média. Nos cinquenta países mais pobres do mundo, a população adulta mais que triplicará até chegarmos à metade do século. Em termos globais, mais de um terço da força de trabalho não tem emprego em tempo integral. Na Europa, o desemprego juvenil passa de 25% e a taxa aumenta quando se trata de imigrantes. Nos Estados Unidos, um em cada seis jovens está fora da escola e sem trabalho. Em termos práticos, salários estão estagnados desde os anos 1970.
Números assim seriam perturbadores em qualquer período, mas são particularmente preocupantes neste momento, quando a população de tantos países atinge a idade adulta na ânsia de dar início a suas carreiras, mas sem chances realistas de fazê-lo. Pense no candidato ao doutorado que vira motorista de táxi; no universitário diplomado que cava valas; no rapaz que abandonou a escola e não consegue emprego algum. As pessoas querem votar, mas precisam comer. Em muitos países, o clima de frustração de “jovens brancos raivosos por estarem desempregados e com baixa autoestima é semelhante àquele que, cem anos atrás, deu à luz ao fascismo italiano e alemão.
A inovação é o principal fator a gerar empregos, mas também a dar cabo deles. A tecnologia permitiu às companhias aumentar a produtividade – uma vantagem em preço possível de ser repassada para os consumidores, mas não para aqueles cujos trabalhos se tornam obsoletos.
É por isso há cada vez menos mineiros de carvão, lavradores, rebitadores, soldadores, sapateiros, caixas de banco, costureiras, serralheiros, datilógrafas, jornalistas de mídia impressa, caixeiros-viajantes e telefonistas – um déficit que não foi exatamente compensado pelo aumento da demanda por programadores, consultores, profissionais de saúde, terapeutas contra vícios e astros de reality shows.
O competidor mais ferrenho para qualquer trabalhador é uma máquina capaz de fazer o mesmo trabalho de graça. Essa disputa desigual entre invenções e força de trabalho baixou salários e roubou de milhões a dignidade de um emprego fixo – e com ela, a valiosa sensação de ser útil e o otimismo quanto ao aguardado.
Tal cenário dissipou o clima de celebração eclodido quando a Guerra Fria terminou. Em 2017, o Índice de Democracia da The Economistapontou o declínio da saúde democrática em setenta países, usando critérios como respeito ao devido processo legal, liberdade religiosa e o espaço dado à sociedade civil.
Pesquisas indicam: a maioria das pessoas continua a acreditar na democracia representativa por ela ter partes excelentes. No entanto, as mesmas amostragens registram uma curiosidade crescente pelas possíveis alternativas.
Em média, uma em quatro pessoas vê com bons olhos um sistema onde um líder forte governe sem interferência do parlamento ou dos tribunais.
Uma em cinco sente-se atraída pelo conceito de governo militar.
Como seria de esperar, o apoio a opções não democráticas, à direita ou à esquerda, é mais evidente entre aqueles sem educação superior e insatisfeitos com as circunstâncias econômicas – exatamente os grupos mais atingidos pelas transformações do mercado de trabalho. A crise financeira de 2008 reforçou essa tendência, levando muitos cidadãos a duvidar da competência de seus líderes e a questionar a justiça do sistema capitalista. Parece proteger os ricos e deixar todos os demais de lado.
Uma razão extra para o descontentamento com a democracia é a maior dificuldade enfrentada por autoridades para comunicar suas intenções e atos. Os velhos tempos quando uma pessoa transmitia sua mensagem a muitos foram superados por redes sociais capazes de conectar todos a todos. A cada dia, há mais gente com megafones na rua.
O aumento da conscientizaçãotraz benefícios, mas pode despertar também ressentimento nas pessoas ao verem o que os outros têm e elas não. O respeito pelos direitos de terceiros é um princípio elevado; a inveja é um desejo primal.
Enquanto isso, avanços tecnológicos nos legaram tanto a bênção de um público mais informado como a maldição de um desinformado– homens e mulheres convictos da verdade por causa do que leram ou ouviram falar nas redes sociais. O valor de uma imprensa livre diminui quando qualquer um pode posar de jornalista objetivo e disseminar narrativas extraídas do nada para fazer os outros acreditarem em sandices.
A tática dá certo pois quem está sentado em casa ou à toa na cafeteria geralmente não tem meios confiáveis para saber se a fonte do que está lendo é legítima ou um governo estrangeiro é um impostor agindo por conta própria ou um robô plantado com intuito malicioso.
O que já tivemos a oportunidade de testemunhar, em termos de campanhas de desinformação, é só o início. Ano após ano, mais Estados lançam mão de esquadrões de formadores de opinião para invadir sites – Coreia do Norte, China, Rússia, Venezuela, Filipinas e Turquia já figuram entre os principais praticantes dessa sombria arte. Movimentos políticos extremistas, entre os quais grupos terroristas, se utilizam da mesma prática.
Muitos conseguem gerar conteúdos nos quais pessoas – entre elas, políticos democráticos – parecem fazer algo que nunca fizeram e dizer algo que nunca disseram. Para maximizar o efeito, a informação fajuta é então distribuída a destinatários com base em perfis pessoais determinados a partir de posts em redes sociais.
Uma Difícil Arte: Democracia contra Fascismo publicado primeiro em https://fernandonogueiracosta.wordpress.com
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reaconaria · 7 years
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Odebrecht, a empreiteira de Lula e do Foro de São Paulo
Documentos da Justiça dos EUA mostram ação da Odebrecht junto a partidos aliados ao Foro de São Paulo
Em dezembro de 2016, o Departamento de Justiça dos EUA tornou públicos os termos do acordo de leniência firmado com a Odebrecht. O documento é uma confissão impressionante de como a empreiteira se tornara uma multinacional da corrupção. Mais do que isso, ela se instrumentalizou em favor da esquerda, especificamente do Foro de São Paulo.
Uma análise deste acordo evidencia como a ação Brasil(Lula)-Odebrecht encontrava uma rota de propinas pelos partidos do Foro de São Paulo (leia este resumo histórico sobre o Foro de São Paulo).
A empreiteira ganhava contratos em países governados por filiados ao Foro, ou financiava campanha de partidos-membro para que esses chegassem ao poder e a favorecessem. Vejam na imagem em anexo um trecho do documento do Departamento de Justiça dos EUA – em destaque, países em que a Odebrecht atuou junto a membros do Foro de São Paulo
Durante o período relevante, a Odebrecht, junto a seus co-conspiradores, pagou U$ 788 milhões em propinas relacionadas a mais de 100 projetos em 12 países, incluindo Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela
Outra evidência da associação PT-Odebrecht-Foro de SP é o fato da engenharia criminosa se iniciar em 2003, quando Lula chegou ao poder. O trecho abaixo do documento produzido pelo Departamento de Justiça dos EUA traz a afirmação peremptória de que o esquema começou no fim de 2003 e continuou ativo até aproximadamente 2016, quando Marcelo Odebrecht por fim desistiu de desarmar a Lava Jato.
O esquema era uma via de duas mãos. Ganhava a Odebrecht, que usava os canais do Foro de São Paulo para apoiar políticos de partidos de esquerda, e em troca era recompensada com projetos lucrativos. Foram mais de US$ 439 milhões (aproximadamente R$ 1,4 bilhões) em propinas e financiamento a políticos do Foro que retornaram quase R$ 4,24 bilhões para a empresa em contratos públicos.
Dos 12 países em que a Odebrecht pagou propinas para ganhar contratos na América Latina, incluindo na conta Cuba e El Salvador, apenas três não foram governados por partidos filiados ao Foro ou por políticos que agiram em favor da organização. Na Colômbia por exemplo, embora ninguém da organização tenha chegado à presidência, é nítida a guinada nas políticas de combate às FARC após a chegada ao poder de Juan Santos. Álvaro Uribe enfrentava a narcoguerrilha, Juan Santos está prestes a anistiá-la. E Juan Santos, quando candidato, foi financiado pela Odebrecht, como evidencia o acordo de leniência e recentes denúncias no país.
A lista de países do acordo de leniência não inclui El Salvador, cuja delação feita no Brasil inclui o aporte de R$ 5,8 milhões feito pela empresa em uma campanha de 2008 para Maurício Fortes, filiado a partido-membro do Foro.
Vale lembrar que a Odebrecht não precisou subornar políticos em Cuba pois ali vive-se numa ditadura plena, não há políticos, apenas membros do partido que comanda o governo. E a empresa ganhou lá também ótimos contratos, como a construção do Porto de Mariel.
Com base no documento do governo dos EUA, segue abaixo uma breve lista das propinas em países governados ou influenciados pelo Foro de São Paulo (resumo das informações de propinas por país publicado na página de Mateus Leitão):
Venezuela No período entre 2006 e 2015, a Odebrecht pagou ou fez com com que fossem pagos em propina aproximadamente US$ 98 milhões para funcionários do governo e intermediários para conseguir e manter contratos públicos.
Até pouco tempo o chavismo era visto como o principal patrocinador das ações do Foro de São Paulo pelo continente americano. Os métodos chavistas foram exportados para outros países administrados por partidos ligados ao Foro.
Argentina No período entre 2007 e 2014, a Odebrecht pagou ou fez com com que fossem pagos mais de US$ 35 milhões em propinas para intermediários com o entendimento de que os valores seriam repassados, em parte, para funcionários do governo. Associados a três projetos de infraestrutura, os pagamentos geraram benefícios de US$ 278 milhões à empresa.
Os governos Kirchner atuaram em favor do Foro de São Paulo e do chavismo na América Latina.
República Dominicana No período entre 2001 e 2014, a Odebrecht pagou ou fez com com que fossem pagos mais de US$ 92 milhões para funcionários do governo ou intermediários que geraram benefícios de US$ 163 milhões.
O país é governado pelo Partido da Libertação Dominicana, filiado ao Foro, desde 2004
Equador No período entre 2007 e 2016, a Odebrecht pagou ou fez com com que fossem pagos mais de US$ 33,5 milhões em propinas para funcionários do governo que geraram benefícios à empresa no valor de US$ 116 milhões.
Desde 2007 o país é governado pelo chavista Rafael Correa, da Allianza PAIS, partido filiado ao Foro.
Peru No período entre 2005 e 2014, a Odebrecht pagou ou fez com com que fossem pagos aproximadamente US$ 29 milhões para funcionários do governo para garantir contratos públicos, obtendo mais de US$ 143 milhões como benefícios.
O Peru foi administrado por Ollanta Humala, do PNP, filiado ao Foro, de 2011 a 2016.  A ascenção de Ollanta na política do país se consolidou durante o governo de Alan García Pérez (2006-2011).
Colômbia No período entre 2009 e 2014, a Odebrecht pagou ou fez com com que fossem pagos mais de US$ 11 milhões em propina para manter contratos públicos e teve benefícios que somam U$ 50 milhões.
A Colômbia nunca foi administrada por um partido filiado ao Foro de São Paulo. Porém, o atual presidente Juan Manuel Santos é investigado por ter recebido propinas da empresa. Desde o início de seu mandato, Santos rompeu a política de Álvaro Uribe de enfrentar as FARC e partiu para uma negociação que tenta, ainda hoje, anistiar a organização terrorista por seus crimes cometidos. Os pagamentos da Odebrecht coincidem com a ascenção de Juan Santos, que assumiu o seu mandato em agosto de 2010.
México No período entre 2010 e 2014, a Odebrecht pagou ou fez com com que fossem pagos aproximadamente US$ 10,5 milhões em propinas para funcionários do governo para manter contratos públicos e obteve US$ 39 milhões em benefícios.
O candidato chavista no México, López Obrador, não conseguiu se eleger em 2012 nem em 2006, quando perdeu por apenas 240 mil votos.
Panamá No período entre 2010 e 2014, a Odebrecht pagou em propina ou fez com com que fossem pagos mais de US$ 59 milhões para funcionários do governo e intermediários para garantir, entre outras coisas, contratos públicos. Obteve benefícios de US$ 175 milhões.
Guatemala No período entre 2013 e 2015, a Odebrecht pagou ou fez com que fossem pagos aproximadamente US$ 18 milhões em propinas para funcionários do governo para manter contratos públicos e teve benefícios de US$ 34 milhões.
Otto Perez Molina, que foi derrubado do governo por corrupção, não pertencia a partido ligado ao Foro de São Paulo.
SOBRE O FORO DE SÃO PAULO
Por muitos anos, falar do Foro de São Paulo no Brasil era se expôr à marginalização em debates políticos. Afinal de contas, eram teorias da conspiração, “coisa do Olavo de Carvalho”. Se no início se negava por completo até mesmo a existência de tal entidade, o passar dos anos, a popularização da internet e o crescimento de movimentos de resistência ao esquerdismo evidenciaram o que era claro: aquilo existia e era fácil prová-lo. Superada a fase da negação absoluta, o tema continuava diminuído nos grupos políticos influentes: o Foro seria apenas uma congregação de partidos políticos que têm os mesmos ideais e debatem idéias. Até que os anos mostraram os mesmos métodos de derrubada do regime democrático aplicados na Venezuela serem repetidos no Peru, Bolívia, Equador e República Dominicana. A materialidade política da ação se evidenciava.
Era difícil comprovar a influência financeira na política de países com partidos filiados ao Foro de São Paulo porque, na maior parte das democracias republicanas, existem leis que vetam influência externa em disputa em eleições. Financiamentos eleitorais se faziam por treinamentos de agentes políticos, ações coordenadas de sindicatos, influência sobre professores universitários e jornalistas. O que o avanço da Lava Jato traz de novo a esse complexo organograma polítoc-revolucionário, subversivo e criminoso do Foro de São Paulo, é a prova monetária. A Odebrecht foi o braço financeiro e empresarial do Foro.
Aqui no Brasil já sabíamos que a Odebrecht usava sua influência sobre Lula para ganhar projetos e contratos em países governados por aliados do Foro. Mas a verdade é que não era a empreiteira quem se aproveitava de Lula, mas o contrário. O ex-presidente usava seu poder sobre a empresa para arrecadar fundos para seu partido e para partidos aliados por todo o continente americano usando o BNDES como fiador.
Revisado por Maíra Pires @mairamacpires
Odebrecht, a empreiteira de Lula e do Foro de São Paulo was originally published on Reaçonaria
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recantodaeducacao · 3 years
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Secretário de Trump recoloca Cuba em lista de países patrocinadores do terrorismo
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O governo dos Estados Unidos, ainda sob a presidência de Donald Trump, voltou a colocar Cuba em sua lista de patrocinadores do terrorismo, da qual o país havia sido retirado em 2015 durante o segundo mandato de Barack Obama durante o processo de “degelo” na relação bilateral. Nove dias antes de Trump deixar a Casa Branca, o secretário de Estado, Mike Pompeo, anunciou uma decisão que pode complicar as chances de o presidente eleito, Joe Biden, retomar rapidamente a aproximação com Havana. “Com esta ação, vamos mais uma vez responsabilizar o governo cubano e enviar uma mensagem clara: o regime dos Castro deve acabar com seu apoio ao terrorismo internacional e à subversão da justiça americana”, disse Pompeo em comunicado.
O chefe da diplomacia americana justificou o retorno do país caribenho à lista “por apoiar repetidamente atos de terrorismo internacional, fornecendo abrigo seguro aos terroristas”. Ele defendeu que “o governo Trump se concentrou desde o início em negar ao regime castrista os recursos que utiliza para oprimir seu povo em casa e em combater sua interferência maligna na Venezuela e no resto do Hemisfério Ocidental”. Pompeo acusou o governo cubano de ter “alimentado, alojado e fornecido assistência médica a assassinos, fabricantes de bombas e sequestradores, enquanto muitos cubanos estão famintos, sem teto e sem medicamentos básicos”.
Especificamente, o secretário de Estado citou a recusa de Havana em extraditar 10 líderes da guerrilha colombiana Exército de Libertação Nacional (ELN) que viajaram a Cuba para participar de negociações com o governo da Colômbia. Eles são procurados pela Justiça do país sul-americano desde que a organização reivindicou a responsabilidade por um ataque a uma escola de polícia em Bogotá, que causou 22 mortes e deixou mais de 87 feridos. “Cuba é também o lar de vários fugitivos americanos procurados pela justiça ou condenados sob acusações de violência política”, acrescentou o secretário de Estado, ressaltando que o país caribenho voltou à lista “após ter quebrado seu compromisso de deixar de apoiar o terrorismo”.
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Empresas dos EUA cortam doações políticas após invasão ao Capitólio
Aparato de Cuba se infiltrou na Venezuela, dizem EUA
Ele também acusou Cuba de ter se envolvido em “uma série de comportamentos maliciosos em toda a região”, observando que seu aparato de inteligência e segurança “se infiltrou nas forças militares e de segurança da Venezuela” e ajudou o presidente do país sul-americano, Nicolás Maduro, “a manter seu domínio sobre seu povo”, além de apoiar dissidentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que se transformaram em partido político e deixaram oficialmente as atividades de guerrilha) e do ELN. A inclusão de um país na lista negra do terrorismo implica obstáculos ao comércio e mais sanções, mas todas essas restrições já pesam sobre Cuba devido ao embargo comercial e financeiro americano.
Desta forma, a medida de hoje visa sancionar “pessoas e países que se envolvem em algum tipo de comércio com Cuba, restringir a ajuda externa dos EUA, proibir as exportações e vendas de defesa e impor certos controles às exportações de produtos de dupla utilização”, em um momento de profunda crise econômica para os cubanos. Após sua chegada ao poder, Trump colocou freios no processo de normalização das relações com a ilha, iniciado em 2014 por Obama, de quem Biden era vice-presidente. Em 30 de novembro, o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, denunciou uma suposta “manobra” dos EUA para devolver Cuba à lista de países patrocinadores do terrorismo, o que ele alegou que tinha o objetivo de “agradar a minoria anticubana na Flórida”. Em maio do ano passado passado, os EUA deram um passo nessa direção com a inclusão de Cuba em sua lista de países que “não cooperam plenamente” com os esforços antiterroristas, que também conta com Venezuela, Irã, Coreia do Norte e Síria. O governo cubano então respondeu que seu país é “vítima” de terrorismo com cumplicidade dos EUA, em referência aos vários ataques (desde sequestro de aeronaves até planos de assassinato de líderes) atribuídos a grupos anticastristas nas últimas seis décadas, principalmente durante a Guerra Fria.
* Com EFE
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