Tumgik
#a eleição será em uma semana. Essa não é mais uma eleição
ocombatente · 4 months
Text
OPINIÃO DE PRIMEIRA
Tumblr media
  A ANTES INTOCÁVEL BR 319, AGORA TERÁ TRECHO PRIVATIZADO E ATÉ UM POSTO DE PEDÁGIO. DÁ PRA ENTENDER? Não é piada! O governo brasileiro, através de um projeto de desestatização de rodovias, pretende entregar à iniciativa privada, o direito de explorar estradas federais. No programa (pasmem!) está pelo menos um trecho da BR 319, inclusive com a previsão de implantação de um pedágio.  Não parece inacreditável? Esse é um daqueles assuntos que, caso não se pesquise a fundo, tudo fica totalmente incompreensível, como se fosse uma conversa de malucos. O mesmo Governo que quer a BR 319 intocável, com uma ministra que serve aos interesses das ONGs internacionais e ironiza o asfaltamento, dizendo que os amazônidas querem a estrada apenas para passear de carro, mudou radicalmente de posição? Toda a história da 319, da ministra e dos esforços para que ela jamais seja reasfaltada era apenas ficção ou o é agora, com essa história de privatização e posto de pedágio? Nessa semana, o presidente Lula anunciou que o novo sistema de privatização, incluindo pedágios, também beneficiará a ligação da rodovia que nos liga a Manaus. O projeto, dentro do Programa Nacional de Desestatização, que se estenderá por outras regiões do pais, também prevê mais um pedágio, agora BR 364, no perímetro urbano de Porto Velho. Neste momento, há boas ideia, projetos e boa vontade de realizar uma série de melhorias na estrutura das rodovias federais, em parceria com a iniciativa privada. Mas, para quem acompanha toda a recente história da 319, fica a questão:  como entender decisões tão controversas? O estranho caso da BR 319 exige explicações. Na verdade, a projeção de privatização será de um trecho, uma extensão da rodovia, que começa bem perto do hospital das Irmãs Marcelinas, próximo ao Posto da Polícia Rodoviária Federal, na 364, até o entroncamento com a avenida Migrantes, chamada de Contorno Norte, em Porto Velho. Ou seja, o futuro Anel Viário, que já está aberto e recebendo trânsito de caminhões pesados há bastante tempo, mas ainda longe de ser asfaltado. Na verdade, o anúncio oficial faz parte de um grande pacote de obras que incluiriam também, pelo menos mais dois viadutos dentro da Capital, um deles onde hoje está localizada a rótula próxima ao Hospital de Base, exatamente no trecho em que a rodovia federal passa por dentro da cidade de Porto Velho. Para se ter ideia do volume de dinheiro envolvido, apenas duas rodovias do Paraná, privatizadas como primeiro passo do programa, terão investimentos iniciais na ordem de 30 bilhões de reais. O pacote de grandes obras em rodovias e o projeto de privatizações e pedágios terá investimentos milionários, portanto. Por enquanto, contudo, não se tem ideia de quando ele será tornado realidade no país e em Rondônia. Haverá, até que as coisas comecem a se tornar realidade, uma longa estrada para trilhar, com o perdão do trocadilho!   A HORA É DA CONVERSA E DA NEGOCIAÇÃO POLÍTICA: FALTAM APENAS OITO MESES PARA A ELEIÇÃO DO NOVO PREFEITO DA CAPITAL Pesquisas pululam. No geral, elas dão resultados semelhantes, em Porto Velho. Os nomes mais citados (Mariana Carvalho, Marcelo Cruz, Fernando Máximo, Léo Moraes, Vinicius Miguel, Fátima Cleide) além de vários outros, ainda com menor potencial, aparecem na preferência do eleitorado. Como ainda não há definição do quadro definitivo de candidatos, já que isso ocorrerá provavelmente por volta de abril ou maio, antes das convenções de junho, o que se tem é muita especulação. Todos falando com todos menos os inimigos políticos, é claro, mas esses são poucos) cada um falando dos seus planos, mas apenas até onde o interlocutor, que no futuro pode ser aliado ou adversário, não conheça seus trunfos. Por enquanto, quem mais está conversando com vários possíveis candidatos é Confúcio Moura, o mentor e poderoso nome do MDB regional. Além de conversas internas, que conduzem o nome de Williames Pimentel como o pré-candidato ideal do partido, Confúcio já falou, entre outros, com Vinicius Miguel, do PSB e com Mariana Carvalho, do Republicanos, lideranças políticas totalmente opostas. Falará também com Fátima Cleide, que pode ter o apoio oficial do MDB, caso decida concorrer. Marcelo Cruz, Fernando Máximo e Léo Moraes já estão acertando caminhar juntos. Haverá ainda muitas conversas, antes do martelo ser batido. Faltam oito meses para a eleição. Mas parece que ela acontecerá amanhã!   BUSCA DE ESPAÇO, TROCA DE PARTIDOS, VOZ ILUSÓRIA DAS RUAS: CANDIDATOS À VEREANÇA CORREM ATRÁS DA ELEIÇÃO É, em alguns casos, a corrida dos desesperados! Há poucos meses da eleição de outubro, dezenas de candidatos às Câmaras de Vereadores percorrem suas cidades tentando avaliar suas chances reais, a maioria sendo iludida pela voz enganosa das ruas, todos fazendo cálculos, somando famílias e, em sua imensa maioria, tendo a mais absoluta certeza de que estão eleitos. Em Porto Velho, dos mais de 300 candidatos que vão disputar as 23 cadeiras da Câmara, pelo menos 250 já estão certos da vitória. Há outro grupo, contudo, mais experiente, que sabe exatamente o que vai enfrentar e que está tendo, pela frente, um obstáculo muito complexo. Cerca de cinco dezenas de candidatos, incluindo vários que têm mandato atualmente, que buscam desesperadamente uma mudança de partido. Fazem contas, observam como está o quadro dentro da sigla em que estão hoje e, na maioria das vezes, concluem que se a eleição será muito difícil, dependendo do quadro em que está, ela se tornará impossível. Só nessa semana, vários presidentes de partidos (principalmente dos médios e os de siglas de aluguel) figuraram entre os personagens mais importantes do atual momento de pré eleição. São eles e só eles (na maioria dos casos) que têm o poder de dizer sim ou não a alguma candidatura. Um $im, dizem, talvez po$$a valer muita coisa. Mas deve ser apenas maldade!!! PONTE DE 25 MILHÕES SOBRE O RIO JARU, COM EMENDA DE MOSQUINI, ESTÁ ENTRANDO NA RETA FINAL Há uma outra obra importante em Rondônia que está andando de maneira acelerada e deve ficar pronta dentro do cronograma. Ao custo de 25 milhões de reais, com recursos de emendas do deputado federal Lúcio Mosquini, a segunda ponte sobre o rio Jaru começou e não parou mais. Está dentro daquele percentual de grandes serviços públicos que deverão ser entregues dentro do planejado. A única ponte sobre o Jaru foi importante durante vários anos. Mas, com o crescimento do Estado e com o aumento significativo do tráfego naquela região, principalmente de caminhões que levam e trazem o progresso, ela se tornou pequena. Mosquini, um dos parlamentares que mais trazem recursos para Rondônia e principalmente para a região de Jaru, que representa, batalhou durante muito tempo, até que conseguiu, com o prestígio que conquistou em vários anos no Parlamento federal, a inclusão, no orçamento da União, da emenda necessária para a segunda ponte. "Desde que começou, a obra não parou um único dia", comemorou um morador da cidade que foi ver de perto como anda a construção. Lúcio Mosquini, atualmente quarto secretário da Mesa Diretora da Câmara Federal, também acompanha muito de perto o desenvolvimento do trabalho. Os pilares da nova ponte estão prontos e agora falta apenas um pequeno trecho de cobertura, para que ela alcance o outro lado do rio. Em breve, portanto, tudo estará concluído.   ASSEMBLEIA VAI RECEBER DEZENAS DE DEPUTADOS DA REGIÃO PARA POSSE DE LAERTE COMO PRESIDENTE DO PARLAMENTO AMAZÔNICO A Assembleia Legislativa prepara um grande evento para o próximo dia 29, quando acontecerá a posse do deputado Laerte Gomes, como novo presidente do Parlamento Amazônico. A organização regional reúne representantes das Assembleias Legislativas de Rondônia, Amazonas, Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima e Tocantins. O apoio do presidente Marcelo Cruz e dos demais companheiros de parlamento foram vitais para que Laerte conquistasse o espaço que coloca nosso Estado na liderança também dessa organização que defende com unhas e dentes os interesses maiores da nossa Amazônia. A estrutura da ALE rondoniense está se mobilizando na preparação do evento, que trará para cá, no dia 29, numa solenidade agendada pela manhã, dezenas de deputados, representando os mais diferentes Estados. Segundo Laerte, sua presidência na entidade será marcada por debates e busca de soluções para graves problemas regionais, como a questão da regularização fundiária, questões ambientais, mineração e produção rural, temas, aliás, já defendidos pela atual diretoria do órgão. Laerte Gomes, que como presidente da Assembleia na Legislatura anterior teve um mandato muito elogiado, é o atual líder do governo no parlamento estadual. INDÚSTRIA DE FERTILIZANTES INVESTE 82 MILHÕES E PRODUZ 40 MIL TONELADAS DE FERTILIZANTES EM PORTO CHUELO As coisas andam de vento em popa na economia do nosso Estado. Já estamos dando show no agronegócio, mas ainda engatinhamos na industrialização. Incentivos fiscais pesados (como os que permitem desconto de até 85 por cento sobre o crédito presumido do ICMS) ajudam a abrir essa porta que ainda precisa ser escancarada. Nesta semana, Rondônia recebeu uma boa notícia no quesito instalação de novas indústrias. Com um investimento de 82 milhões de reais, um dos braços do Grupo Amaggi instalou lima fábrica de mistura de fertilizantes, que poderá produzir até 40 mil toneladas/mês e abastecer todo o Estado e região com sua produção. No encontro, o governador Marcos Rocha afirmou que "a chegada desta indústria contribui para o fomento do agronegócio". Ressaltou ainda que é com esse conceito que esperamos continuar no caminho do desenvolvimento  " e lembrou que " Somos um Estado produtor de alimentos e assim estamos crescendo. Temos vários países como Arábia Saudita, Emirados Árabes, China, Japão e Coréia interessados em tudo o que produzimos". No total, são 55 empregos diretos gerados no empreendimento. Para a decisão de autorizar incentivos fiscais, o assunto é deliberado e aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado de Rondônia (Conder), que integra a estrutura da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, a Sedec, comandada pelo vice-governador Sérgio Gonçalves. Na solenidade da terça-feira, à frente o governador Marcos Rocha, ele recebeu os executivos da empresa (os diretores Claudinei Zenatti e Ricardo Tomckzik) que destacaram que a fábrica de fertilizantes, localizada em Porto Chuelo, em Porto Velho, já está em plena operação.    RODOVIÁRIA ANDA A MIL E SE NADA ATRAPALHAR, PODE SER ENTREGUE EM MEADOS DO SEGUNDO SEMESTRE DESTE ANO Cercado de convidados especiais, como o prefeito de Mirante da Serra, Evaldo Duarte; a vice de Alta Floresta, Katiana Gomes, secretários e assessores, o prefeito Hildon Chaves participou, nesta quarta-feira, o esporte que mais gosta: visitar as obras da nova Rodoviária de Porto Velho, que se tornou a menina dos olhos dele. Pode-se dizer também que está se tornando a menina dos olhos da cidade. Há muitas décadas não se via uma obra de tal grandeza andar tão rápido, em tão pouco tempo. Os trabalhos foram iniciados há apenas sete meses e já entram uma reta firme em direção à conclusão, com a colocação de pisos, vidros e outros detalhes técnicos. A grande jogada, lembrou Hildon, foi a precaução de agilizar todos os trabalhos externos e a colocação da cobertura, ainda no ano passado, porque agora, na temporada de chuvas, todo o serviço interno pode continuar firme, sem interrupção. O ritmo continua acelerado, com as empresas responsáveis dando tudo o que podem, dentro das condições que possuem, para que tudo esteja pronto muito antes do previsto. Não há, claro, um calendário definitivo para a entrega do prédio, todo pronto, para a comunidade. Mas, do jeito que as coisas estão andando, certamente ela será inaugurada muito provavelmente no segundo semestre deste ano.    VACINA DA COVID EM BEBÊS DE MAIS DE SEIS MESES: AI DE QUEM ALERTAR A SAÚDE NACIONAL DOS RISCOS DE EFEITOS COLATERAIS! Mais uma vez, a questão das vacinas está envolvendo um debate que menos tem a ver com a saúde e mais com a ideologia. A voz dos médicos não é ouvida, a não a dos médicos que concordam com os programas oficiais de vacinação contra a Covid, obrigatórias para crianças a partir dos seis meses. Quem acha que isso é um grande risco; quem apresenta exemplos já registrados em vários países de efeitos colaterais graves, incluindo mortes; quem protesta contra a falta de liberdade dos pais para decidirem se devem ou não vacinar suas crianças tão pequenas, com os riscos que eventualmente possam ocorrer, é ameaçado, inclusive de responder inquérito na Polícia Federal, ela, que, ao fazer este papel, corre o ridco de se tornar, infelizmente, cada vez mais uma polícia do governo e menos uma polícia de Estado. O caso do Conselho Federal de Medicina, que reúne mais de meio milhão de médicos do país, é sintomático. Embora faça campanhas constantes pela vacinação de todos os tipos em crianças embora assine todas as campanhas lançadas para que a imunização atinja o maior número de brasileiros, o CFM agora está na alça de mira do governo Lula apenas por alertar que, no caso da vacina contra a Covid, os riscos podem ser grande, principalmente para os bebês de seis meses em diante. A gente já viu esse filme há pouco tempo, durante a pandemia. Agora, a ideologia comandando a saúde pública está de volta. Tomara que no Brasil não haja um só caso de efeitos colaterais graves e que não percamos nenhuma criança para o discurso impositivo, onde quem ousar discordar deste governo, possa ser processado. Lamentável!   PERGUNTINHA Você que é usuário do estacionamento do aeroporto Jorge Teixeira, o que acha de pagar 23 reais por 45 minutos, enquanto os grandes aeroportos do pais, com muito mais estrutura, cobram em torno de 90 reais por dez dias?   Read the full article
0 notes
rodadecuia · 5 months
Link
0 notes
cbondurant · 7 months
Text
after last night, things look different in the pale moonlight (celric)
cmechathin:
A reação do Bondurant não foi bem a que esperava e o clima pesou um pouco. Nenhum dos dois voltou a falar por um tempo, cada um perdido nos próprios pensamentos, mas perto da metade do caminho o silêncio começou a ficar desconfortável. Então, Celeste tentou restabelecer uma conversa, olhando-o dessa vez. ー Como é… conviver com isso? ー perguntou e a imagem do rosto sombrio da moça voltou à sua mente ー Imagino que tenha sido difícil na infância, mas hoje, como você lida com isso? Pensou num Cedric criança amedrontado como Madeleine ficava. Teria pulado noites de sono, aterrorizado com o que seus sonhos poderia trazer? Tinha sido perseguido pelas ruas, prédios antigos e até mesmo sua casa? Mais do que assustador, a sensação que tinha experienciado era de peso, uma energia densa e esmagadora. Isso por que tinham visto apenas espíritos que pareciam calmos naquele cemitério e não como os que atacavam sua irmã mais nova. Seria fácil ignorar os mais tranquilos ou ele os despachava como fizera no primeiro encontro com Maddie? Ou tinha aprendido a bloquear sua própria visão, vivendo como uma pessoa que não tinha esse dom? Eram inúmeras curiosidade que tinha sobre seu poder, mas julgava que o Bondurant já tinha sido bombardeado a vida toda com essas dúvidas. Celeste ficou autoconsciente do que estava fazendo. ー Se você não estiver cansado de responder essas perguntas, é claro ー disse, abrindo um sorriso amarelo. Se fosse o contrário, será que Cedric sentiria a mesma curiosidade? Se soubesse do poder dela, gostaria de saber detalhes de como funcionava, como descobrira e as vezes que o utilizara? Um arrepio passou por sua espinha com esse pensamento. Claro, eram situações diferentes. A habilidade do mago era inofensiva, uma vez bem administrada, e podia machucar apenas ele mesmo, diferente da dela. O poder de modificar ー e controlar, se ousasse superestimá-lo ー os sentidos de terceiros e suas memórias era essencialmente nocivo. Não podia usá-lo para o bem. E se o que diziam era verdade, que os dons extraordinários, assim como os elementos, eram designados por afinidade, o que isso dizia sobre ela? Imaginou o que Cedric pensaria dela se soubesse. Mas essa conjuntura não tinha chance nem de ser cogitada a virar realidade.
Após certo tempo de silêncio, foi Celeste quem o quebrou. Diante de sua pergunta, Cedric se pôs a pensar. Estava dividido. Por um lado, o interesse genuíno de Celeste era lisonjeador, considerando sua resistência anterior em conhecê-lo. Por outro, após o momento que teve para refletir sobre a própria tolice, perguntava-se até que ponto era uma boa ideia continuar se expondo dessa forma, ainda mais em uma relação com data de vencimento e, principalmente, para uma Mechathin.
Se quisesse, a maga poderia tornar pública sua habilidade lúgubre e trazer uma morbidez indesejada à sua imagem pública. Ele seria o candidato que conversa com mortos, uma visão um pouco diferente da carismática e leve que tentavam produzir. Ele se dizia que também guardava um segredo de Maddie, mas mesmo se Cedric compartilhasse com o mundo o que sabia sobre a criança, quem estava no meio de uma eleição eram apenas ele e sua irmã mais velha… Estava cego, apaixonando-se sem medir consequências por alguém que poderia destruí-lo facilmente? Iludindo-se com uma possibilidade de emoção mais profunda que uma mera atração?
Voltou a fitar a Mechathin e seus olhos genuinamente curiosos. Suspirou, lembrando-se que não tinha resistência alguma a eles.
De qualquer forma, Celeste havia tido tempo o suficiente para tentar acabar com sua candidatura, mas não apenas mantinha seus segredos como o encontrava diversas vezes por semana e até mesmo se sentia segura o suficiente para deixá-lo se aproximar de sua irmã mais jovem.
Você já superou esse tipo de preocupação, disse a si mesmo, mas no fundo de sua mente uma vozinha ainda duvidava da sabedoria de tal ato.
ー Hm… ー Começou. Isso não era uma pergunta que respondia com frequência, não quando sua família havia esquecido de seu dom com o fim de seu treinamento, ainda na adolescência. ー Depende do dia. Eu até esqueço que nem todos veem o que vejo. E já me acostumei o suficiente com eles pra interagir somente quando posso ajudar de verdade.
ー Claro que às vezes é inconveniente ficar com um espírito atrás de mim em um evento público, ー voltou a abrir um pequeno sorriso ー mas é bem mais fácil de lidar hoje. Põe a vida em perspectiva também… ー Olhou novamente para Celeste e deu ombros. ー Lembro que a qualquer momento posso me tornar um deles.
0 notes
josephlambert · 2 years
Text
Tumblr media
Eleitores que só decidiram na última hora seu voto no primeiro turno da eleição presidencial foram às urnas frustrados com a radicalização política dos últimos anos e continuam reavaliando as escolhas que fizeram no último dia 2.
É o que sugerem pesquisas qualitativas realizadas pelo Datafolha na segunda (10) e na terça-feira (11) desta semana com dois grupos de eleitores que só definiram o voto para presidente na última semana da campanha do primeiro turno.
O objetivo desse tipo de estudo, em que as pessoas discutem suas preferências com ajuda de um moderador, é entender melhor suas escolhas. Os encontros foram realizados remotamente. Participaram 16 eleitores de diferentes regiões do país.
Os institutos de pesquisa mostraram que a maioria das pessoas definiu seu voto para presidente desta vez muito mais cedo do que em eleições anteriores, mas um número significativo de eleitores deixou a decisão para as últimas horas.
Segundo pesquisa feita pelo Datafolha na semana passada, 7% dos eleitores definiram o voto para presidente somente no dia da votação, 3% decidiram na véspera e outros 4% só fizeram sua escolha na última semana antes da eleição.
Analistas que examinaram os números das pesquisas afirmam que a definição tardia do voto e mudanças de última hora podem explicar a discrepância entre as pesquisas de intenção de voto da véspera da eleição e o resultado das urnas.
Os relatos dos eleitores confirmam essa hipótese. Alguns dos que cogitavam votar em Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) no primeiro turno afirmaram que os abandonaram para votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
Todos os eleitores desses grupos se disseram cansados das tensões criadas pelas disputas políticas dos últimos anos e criticaram Lula e Bolsonaro por terem se atacado nos debates da campanha, em vez de apresentarem planos de governo.
"Está muito estressante", disse uma mulher de 34 anos de idade. "É um enfiando o dedo na cara do outro por causa de política. A gente fica com vergonha de falar o que pensa, porque o outro já vem com sete pedras na mão."
Eleitora de Bolsonaro em 2018, ela gostou do desempenho de Tebet nos debates e cogitou votar nela. Na última semana, porém, decidiu reeleger o presidente por achar que ele teria mais força para impedir a volta de Lula ao poder.
Um eleitor de Lula, de 30 anos, flertou com Ciro, mas no fim achou melhor votar mais uma vez no petista, na esperança de que derrotasse Bolsonaro no primeiro turno. "Queria um nome novo, mas tive medo de tudo acabar nas mãos do outro", disse.
Eleitores que votaram em Tebet e Ciro disseram que agora não sabem o que fazer. "Uma amiga me disse que é como voltar para um namorado que batia nela porque o de agora quer matá-la", afirmou um dos que votaram em Ciro. "Também me sinto assim."
Segundo a pesquisa mais recente do Datafolha, Lula tinha 49% das intenções de voto para o segundo turno no fim da semana passada e Bolsonaro estava com 41%. Um novo levantamento será divulgado pelo instituto na noite desta sexta (14).
Os números sugerem que ambos ganharam votos desde o fim do primeiro turno, mas mostram que parte relevante do eleitorado ainda não se definiu. Na semana passada, 6% diziam querer votar em branco ou nulo e 2% estavam indecisos.
Como a diferença entre os dois candidatos se estreitou, pequenas oscilações podem fazer diferença. Segundo o Datafolha, 5% dos eleitores de Lula e 6% dos que preferem Bolsonaro dizem que ainda podem mudar o voto até a votação, no dia 30.
Como os dois candidatos têm altas taxas de rejeição, suas campanhas têm investido em ataques pessoais para desgastar a imagem do adversário. Conforme o Datafolha, 51% dizem que não votam em Bolsonaro de jeito nenhum e 46% repudiam Lula.
Os eleitores ouvidos nesta semana sugerem, porém, que a estratégia pode ser ineficaz. "Um foi preso, o outro está sendo acusado disso e daquilo", disse uma mulher de 55 anos, ex-eleitora do PT que cogita anular o voto. "A vida deles a gente já sabe."
Eleitores críticos do PT, para os quais a anulação das ações da Operação Lava Jato contra Lula não livraram o ex-presidente de responsabilidade pela prática de corrupção nos governos petistas, disseram que votarão nele mesmo assim.
"Não vou dizer que não teve culpa, mas a prisão dele foi política", afirmou um deles, uma mulher. "Não existe político que não faça essas coisas, ou deixe outros fazerem, mas não é contra a corrupção que o povo está votando."
Outros não perdoam os erros cometidos pelo governo Bolsonaro no enfrentamento da pandemia de Covid-19 e a falta de empatia do presidente com as vítimas do coronavírus, e por isso rejeitam sua candidatura à reeleição.
"Minha mãe estava internada, à beira da morte, e doía ver o presidente fazendo piadinhas na televisão", disse uma mulher que cogitou votar em Ciro, mas optou por Lula no primeiro turno. "Vou fazer tudo para Bolsonaro não ser mais o presidente."
Alguns dos eleitores que participaram do grupo e ainda não sabem como votarão no dia 30 disseram que ficaram mais confortáveis para apoiar Lula depois de analisar o avanço da direita bolsonarista nas eleições para Câmara dos Deputados e o Senado.
"A gente está vendo novas alianças políticas, e não sei se eu quero todo mundo do mesmo partido mandando", disse uma mulher de 28 anos, ex-eleitora de Bolsonaro que votou em Tebet. "Talvez seja melhor votar agora por alguém que tenha um contrapeso do outro lado."
Para outro eleitor, que pensa em anular o voto no segundo turno, a eleição para o Congresso mudou o cenário. "Se Lula ganhar, vai ter que convencer esse pessoal a ajudá-lo a governar", disse. "Pode ser que no dia da eleição eu mude e vote para desempatar."
0 notes
Text
#FIREHOSING #FIREHOSING por Alan Walnut Vamos compartilhar!
Amigos, atenção, por favor. O Bolsonaro está usando uma técnica que o Trump usou e usa com sucesso. Eu não sou o primeiro a falar disso aqui, nem serei o último, mas essa noção precisa se espalhar muito, e rápido.
Vocês já repararam na rapidez e variedade de mentiras, maldades e coisas ultrajantes que têm acontecido desde a eleição? Pois, é uma acentuação estratégica de um método de comunicação usado por Bolsonaro durante toda a campanha. Chama-se #firehosing. Firehose significa mangueira de incêndio, e o método, de origem russa, funciona assim:
1 - Eles jorram mil informações ultrajantes por semana sobre nossas cabeças. Num dia é o Bolsonaro falando para alunos filmarem e perseguirem seus professores; no outro dia é a fusão dos ministérios de meio ambiente e agricultura; no outro é a ampliação do conceito de "terrorismo" para abranger movimentos sociais.
2 - Do lado das pessoas que não gostam do Bolsonaro, e em partes da imprensa, isto gera reatividade, repulsa, gritaria, ofensas a Jair e seus eleitores.
3 - Aí ele volta atrás, ou modera o discurso, e os veículos bolsonaristas, como O Antagonista ou MBL, dizem que não é bem assim, que tudo é gritaria dos petistas ou da grande imprensa "comprada e persecutória".
4 - Nossa indignação histérica, regida inteligentemente por eles, gradualmente perde a capacidade de comunicar, de comover ou tocar qualquer um dos nossos amigos e familiares que votaram em Bolsonaro -- isto porque fica parecendo que estamos gritando à toa, e tudo que falamos é movido por uma reatividade ideológica e automática contra ele.
5 - A técnica de #firehosing também atinge as pessoas que votaram Bolsonaro de outra forma, inteligente e um tanto assustadora. Sabemos que quando defendemos uma posição em público, é muito difícil mudar de opinião. Ao serem bombardeados, de um lado pelos absurdos do próprio Bolsonaro, e do outro pela nossa gritaria incessante, estas pessoas se veem obrigadas a relevar ou naturalizar tudo de repulsivo que Bolsonaro faz ou diz. É a única forma de poder justificar, para si mesmos, sua escolha. Com o tempo, o que era repugnante vira natural.
E o que podemos fazer com relação a isso?
Bom, pra começar, podemos NÃO FAZER algumas coisas:
Não jogar a culpa nas pessoas que votaram em Bolsonaro ou nulo. Não agredir os eleitores. Não ofender ou sacanear os eleitores. Não bloquear os eleitores. NÃO FECHAR NOSSAS PONTES DE COMUNICAÇÃO. Por favor, eu sei que isso é difícil e vai exigir muita energia, mas é a nossa única possibilidade de sobrevivência enquanto sociedade. Fecharmos as portas de comunicação é TUDO QUE OS CARAS QUEREM. Estaremos dando para eles, de presente, um campo de milhões de brasileiros e brasileiras que só recebem a versão bolsonarista da realidade, sem contestação, sem olhares alternativos, sem ambivalência.
***
No mais, o movimento bonito da virada que foi criado nos últimos dias do segundo turno precisa continuar. Conversa amistosa, aberta, respeitosa, bem informada, dentro e fora da nossa bolha, de agora até 2022, e além. Pergunte as opiniões das pessoas, ouça com atenção e respeito, descubra o que vocês têm em comum. E compartilhe sua perspectiva, suas preocupações, mostre um lado que a pessoa talvez não esteja vendo. E tenha paciência, deixe a porta aberta para a conversa continuar, sempre.
Quantos mais brasileiros formos, informados e refletindo juntos (concordando ou discordando) sobre os passos do governo e os caminhos do país, menor será a força do autoritarismo, e melhor conseguiremos resistir a este movimento que conseguiu levar a face mais violenta e excludente de nossa sociedade à vitória eleitoral.
2 notes · View notes
ocombatente · 4 months
Text
OPINIÃO DE PRIMEIRA
Tumblr media
  A ANTES INTOCÁVEL BR 319, AGORA TERÁ TRECHO PRIVATIZADO E ATÉ UM POSTO DE PEDÁGIO. DÁ PRA ENTENDER? Não é piada! O governo brasileiro, através de um projeto de desestatização de rodovias, pretende entregar à iniciativa privada, o direito de explorar estradas federais. No programa (pasmem!) está pelo menos um trecho da BR 319, inclusive com a previsão de implantação de um pedágio.  Não parece inacreditável? Esse é um daqueles assuntos que, caso não se pesquise a fundo, tudo fica totalmente incompreensível, como se fosse uma conversa de malucos. O mesmo Governo que quer a BR 319 intocável, com uma ministra que serve aos interesses das ONGs internacionais e ironiza o asfaltamento, dizendo que os amazônidas querem a estrada apenas para passear de carro, mudou radicalmente de posição? Toda a história da 319, da ministra e dos esforços para que ela jamais seja reasfaltada era apenas ficção ou o é agora, com essa história de privatização e posto de pedágio? Nessa semana, o presidente Lula anunciou que o novo sistema de privatização, incluindo pedágios, também beneficiará a ligação da rodovia que nos liga a Manaus. O projeto, dentro do Programa Nacional de Desestatização, que se estenderá por outras regiões do pais, também prevê mais um pedágio, agora BR 364, no perímetro urbano de Porto Velho. Neste momento, há boas ideia, projetos e boa vontade de realizar uma série de melhorias na estrutura das rodovias federais, em parceria com a iniciativa privada. Mas, para quem acompanha toda a recente história da 319, fica a questão:  como entender decisões tão controversas? O estranho caso da BR 319 exige explicações. Na verdade, a projeção de privatização será de um trecho, uma extensão da rodovia, que começa bem perto do hospital das Irmãs Marcelinas, próximo ao Posto da Polícia Rodoviária Federal, na 364, até o entroncamento com a avenida Migrantes, chamada de Contorno Norte, em Porto Velho. Ou seja, o futuro Anel Viário, que já está aberto e recebendo trânsito de caminhões pesados há bastante tempo, mas ainda longe de ser asfaltado. Na verdade, o anúncio oficial faz parte de um grande pacote de obras que incluiriam também, pelo menos mais dois viadutos dentro da Capital, um deles onde hoje está localizada a rótula próxima ao Hospital de Base, exatamente no trecho em que a rodovia federal passa por dentro da cidade de Porto Velho. Para se ter ideia do volume de dinheiro envolvido, apenas duas rodovias do Paraná, privatizadas como primeiro passo do programa, terão investimentos iniciais na ordem de 30 bilhões de reais. O pacote de grandes obras em rodovias e o projeto de privatizações e pedágios terá investimentos milionários, portanto. Por enquanto, contudo, não se tem ideia de quando ele será tornado realidade no país e em Rondônia. Haverá, até que as coisas comecem a se tornar realidade, uma longa estrada para trilhar, com o perdão do trocadilho!   A HORA É DA CONVERSA E DA NEGOCIAÇÃO POLÍTICA: FALTAM APENAS OITO MESES PARA A ELEIÇÃO DO NOVO PREFEITO DA CAPITAL Pesquisas pululam. No geral, elas dão resultados semelhantes, em Porto Velho. Os nomes mais citados (Mariana Carvalho, Marcelo Cruz, Fernando Máximo, Léo Moraes, Vinicius Miguel, Fátima Cleide) além de vários outros, ainda com menor potencial, aparecem na preferência do eleitorado. Como ainda não há definição do quadro definitivo de candidatos, já que isso ocorrerá provavelmente por volta de abril ou maio, antes das convenções de junho, o que se tem é muita especulação. Todos falando com todos menos os inimigos políticos, é claro, mas esses são poucos) cada um falando dos seus planos, mas apenas até onde o interlocutor, que no futuro pode ser aliado ou adversário, não conheça seus trunfos. Por enquanto, quem mais está conversando com vários possíveis candidatos é Confúcio Moura, o mentor e poderoso nome do MDB regional. Além de conversas internas, que conduzem o nome de Williames Pimentel como o pré-candidato ideal do partido, Confúcio já falou, entre outros, com Vinicius Miguel, do PSB e com Mariana Carvalho, do Republicanos, lideranças políticas totalmente opostas. Falará também com Fátima Cleide, que pode ter o apoio oficial do MDB, caso decida concorrer. Marcelo Cruz, Fernando Máximo e Léo Moraes já estão acertando caminhar juntos. Haverá ainda muitas conversas, antes do martelo ser batido. Faltam oito meses para a eleição. Mas parece que ela acontecerá amanhã!   BUSCA DE ESPAÇO, TROCA DE PARTIDOS, VOZ ILUSÓRIA DAS RUAS: CANDIDATOS À VEREANÇA CORREM ATRÁS DA ELEIÇÃO É, em alguns casos, a corrida dos desesperados! Há poucos meses da eleição de outubro, dezenas de candidatos às Câmaras de Vereadores percorrem suas cidades tentando avaliar suas chances reais, a maioria sendo iludida pela voz enganosa das ruas, todos fazendo cálculos, somando famílias e, em sua imensa maioria, tendo a mais absoluta certeza de que estão eleitos. Em Porto Velho, dos mais de 300 candidatos que vão disputar as 23 cadeiras da Câmara, pelo menos 250 já estão certos da vitória. Há outro grupo, contudo, mais experiente, que sabe exatamente o que vai enfrentar e que está tendo, pela frente, um obstáculo muito complexo. Cerca de cinco dezenas de candidatos, incluindo vários que têm mandato atualmente, que buscam desesperadamente uma mudança de partido. Fazem contas, observam como está o quadro dentro da sigla em que estão hoje e, na maioria das vezes, concluem que se a eleição será muito difícil, dependendo do quadro em que está, ela se tornará impossível. Só nessa semana, vários presidentes de partidos (principalmente dos médios e os de siglas de aluguel) figuraram entre os personagens mais importantes do atual momento de pré eleição. São eles e só eles (na maioria dos casos) que têm o poder de dizer sim ou não a alguma candidatura. Um $im, dizem, talvez po$$a valer muita coisa. Mas deve ser apenas maldade!!! PONTE DE 25 MILHÕES SOBRE O RIO JARU, COM EMENDA DE MOSQUINI, ESTÁ ENTRANDO NA RETA FINAL Há uma outra obra importante em Rondônia que está andando de maneira acelerada e deve ficar pronta dentro do cronograma. Ao custo de 25 milhões de reais, com recursos de emendas do deputado federal Lúcio Mosquini, a segunda ponte sobre o rio Jaru começou e não parou mais. Está dentro daquele percentual de grandes serviços públicos que deverão ser entregues dentro do planejado. A única ponte sobre o Jaru foi importante durante vários anos. Mas, com o crescimento do Estado e com o aumento significativo do tráfego naquela região, principalmente de caminhões que levam e trazem o progresso, ela se tornou pequena. Mosquini, um dos parlamentares que mais trazem recursos para Rondônia e principalmente para a região de Jaru, que representa, batalhou durante muito tempo, até que conseguiu, com o prestígio que conquistou em vários anos no Parlamento federal, a inclusão, no orçamento da União, da emenda necessária para a segunda ponte. "Desde que começou, a obra não parou um único dia", comemorou um morador da cidade que foi ver de perto como anda a construção. Lúcio Mosquini, atualmente quarto secretário da Mesa Diretora da Câmara Federal, também acompanha muito de perto o desenvolvimento do trabalho. Os pilares da nova ponte estão prontos e agora falta apenas um pequeno trecho de cobertura, para que ela alcance o outro lado do rio. Em breve, portanto, tudo estará concluído.   ASSEMBLEIA VAI RECEBER DEZENAS DE DEPUTADOS DA REGIÃO PARA POSSE DE LAERTE COMO PRESIDENTE DO PARLAMENTO AMAZÔNICO A Assembleia Legislativa prepara um grande evento para o próximo dia 29, quando acontecerá a posse do deputado Laerte Gomes, como novo presidente do Parlamento Amazônico. A organização regional reúne representantes das Assembleias Legislativas de Rondônia, Amazonas, Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima e Tocantins. O apoio do presidente Marcelo Cruz e dos demais companheiros de parlamento foram vitais para que Laerte conquistasse o espaço que coloca nosso Estado na liderança também dessa organização que defende com unhas e dentes os interesses maiores da nossa Amazônia. A estrutura da ALE rondoniense está se mobilizando na preparação do evento, que trará para cá, no dia 29, numa solenidade agendada pela manhã, dezenas de deputados, representando os mais diferentes Estados. Segundo Laerte, sua presidência na entidade será marcada por debates e busca de soluções para graves problemas regionais, como a questão da regularização fundiária, questões ambientais, mineração e produção rural, temas, aliás, já defendidos pela atual diretoria do órgão. Laerte Gomes, que como presidente da Assembleia na Legislatura anterior teve um mandato muito elogiado, é o atual líder do governo no parlamento estadual. INDÚSTRIA DE FERTILIZANTES INVESTE 82 MILHÕES E PRODUZ 40 MIL TONELADAS DE FERTILIZANTES EM PORTO CHUELO As coisas andam de vento em popa na economia do nosso Estado. Já estamos dando show no agronegócio, mas ainda engatinhamos na industrialização. Incentivos fiscais pesados (como os que permitem desconto de até 85 por cento sobre o crédito presumido do ICMS) ajudam a abrir essa porta que ainda precisa ser escancarada. Nesta semana, Rondônia recebeu uma boa notícia no quesito instalação de novas indústrias. Com um investimento de 82 milhões de reais, um dos braços do Grupo Amaggi instalou lima fábrica de mistura de fertilizantes, que poderá produzir até 40 mil toneladas/mês e abastecer todo o Estado e região com sua produção. No encontro, o governador Marcos Rocha afirmou que "a chegada desta indústria contribui para o fomento do agronegócio". Ressaltou ainda que é com esse conceito que esperamos continuar no caminho do desenvolvimento  " e lembrou que " Somos um Estado produtor de alimentos e assim estamos crescendo. Temos vários países como Arábia Saudita, Emirados Árabes, China, Japão e Coréia interessados em tudo o que produzimos". No total, são 55 empregos diretos gerados no empreendimento. Para a decisão de autorizar incentivos fiscais, o assunto é deliberado e aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento do Estado de Rondônia (Conder), que integra a estrutura da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, a Sedec, comandada pelo vice-governador Sérgio Gonçalves. Na solenidade da terça-feira, à frente o governador Marcos Rocha, ele recebeu os executivos da empresa (os diretores Claudinei Zenatti e Ricardo Tomckzik) que destacaram que a fábrica de fertilizantes, localizada em Porto Chuelo, em Porto Velho, já está em plena operação.    RODOVIÁRIA ANDA A MIL E SE NADA ATRAPALHAR, PODE SER ENTREGUE EM MEADOS DO SEGUNDO SEMESTRE DESTE ANO Cercado de convidados especiais, como o prefeito de Mirante da Serra, Evaldo Duarte; a vice de Alta Floresta, Katiana Gomes, secretários e assessores, o prefeito Hildon Chaves participou, nesta quarta-feira, o esporte que mais gosta: visitar as obras da nova Rodoviária de Porto Velho, que se tornou a menina dos olhos dele. Pode-se dizer também que está se tornando a menina dos olhos da cidade. Há muitas décadas não se via uma obra de tal grandeza andar tão rápido, em tão pouco tempo. Os trabalhos foram iniciados há apenas sete meses e já entram uma reta firme em direção à conclusão, com a colocação de pisos, vidros e outros detalhes técnicos. A grande jogada, lembrou Hildon, foi a precaução de agilizar todos os trabalhos externos e a colocação da cobertura, ainda no ano passado, porque agora, na temporada de chuvas, todo o serviço interno pode continuar firme, sem interrupção. O ritmo continua acelerado, com as empresas responsáveis dando tudo o que podem, dentro das condições que possuem, para que tudo esteja pronto muito antes do previsto. Não há, claro, um calendário definitivo para a entrega do prédio, todo pronto, para a comunidade. Mas, do jeito que as coisas estão andando, certamente ela será inaugurada muito provavelmente no segundo semestre deste ano.    VACINA DA COVID EM BEBÊS DE MAIS DE SEIS MESES: AI DE QUEM ALERTAR A SAÚDE NACIONAL DOS RISCOS DE EFEITOS COLATERAIS! Mais uma vez, a questão das vacinas está envolvendo um debate que menos tem a ver com a saúde e mais com a ideologia. A voz dos médicos não é ouvida, a não a dos médicos que concordam com os programas oficiais de vacinação contra a Covid, obrigatórias para crianças a partir dos seis meses. Quem acha que isso é um grande risco; quem apresenta exemplos já registrados em vários países de efeitos colaterais graves, incluindo mortes; quem protesta contra a falta de liberdade dos pais para decidirem se devem ou não vacinar suas crianças tão pequenas, com os riscos que eventualmente possam ocorrer, é ameaçado, inclusive de responder inquérito na Polícia Federal, ela, que, ao fazer este papel, corre o ridco de se tornar, infelizmente, cada vez mais uma polícia do governo e menos uma polícia de Estado. O caso do Conselho Federal de Medicina, que reúne mais de meio milhão de médicos do país, é sintomático. Embora faça campanhas constantes pela vacinação de todos os tipos em crianças embora assine todas as campanhas lançadas para que a imunização atinja o maior número de brasileiros, o CFM agora está na alça de mira do governo Lula apenas por alertar que, no caso da vacina contra a Covid, os riscos podem ser grande, principalmente para os bebês de seis meses em diante. A gente já viu esse filme há pouco tempo, durante a pandemia. Agora, a ideologia comandando a saúde pública está de volta. Tomara que no Brasil não haja um só caso de efeitos colaterais graves e que não percamos nenhuma criança para o discurso impositivo, onde quem ousar discordar deste governo, possa ser processado. Lamentável!   PERGUNTINHA Você que é usuário do estacionamento do aeroporto Jorge Teixeira, o que acha de pagar 23 reais por 45 minutos, enquanto os grandes aeroportos do pais, com muito mais estrutura, cobram em torno de 90 reais por dez dias?   Read the full article
0 notes
rodadecuia · 7 months
Link
0 notes
boletimelenao-blog · 6 years
Link
[RESUMO] Enquanto parte importante da definição de fascismo depende do cumprimento de promessas, uma já foi realizada: a ampliação do espaço de verbalização e prática da violência, argumenta o autor, para quem não é preciso esperar a posse como presidente para definir o candidato do PSL como um fascista.
Na bibliografia sobre o fascismo, nas diversas tentativas de definição do fenômeno, geralmente aparecem referências à importância de aspectos como o elogio à violência, a xenofobia, a expressão do desejo de retorno a um estado anterior, a misoginia e o culto à hipermasculinidade, a vontade de punir e erradicar sexualidades periféricas, a narrativa de vitimização, a oposição à democracia e a louvação do autoritarismo.
Também é comum a menção à necessidade de identificar de maneira inequívoca culpados para o estado de coisas do presente, estimulando a passagem da ansiedade ao ódio, com esses mesmos responsáveis em seguida requeridos como o sacrifício necessário para a recuperação de uma pureza perdida.
A dificuldade de definição, então, não resulta de uma ausência de consenso sobre os elementos básicos a que se refere o termo, embora persistam divergências importantes entre a crítica (por exemplo, sobre a relação entre fascismo e liberalismo).
A dificuldade parece derivar de uma característica do próprio fenômeno que se busca delimitar. Composto por um conjunto de ameaças e promessas, o discurso fascista parece exigir do analista uma avaliação da probabilidade de que sejam cumpridos os juramentos feitos (e não apenas no contexto de uma campanha eleitoral).
Com a ampla circulação de discursos fascistas e falas de ódio na atualidade, orientados por ações políticas de força destrutiva, interpretar seu sentido seria um exercício inglório, pois requereria que se avaliasse quais, afinal, das numerosas ameaças deveriam ser levadas a sério.
O que pensar do brado que propunha fuzilar grupos de adversários políticos? E a garantia de que o ativismo seria exterminado? E o canto da torcida no metrô? E a inscrição de suásticas em portas, muros e peles?
Como escreveu Theodor Adorno em sua “Minima Moralia”, o dilema daquele que se vê diante da necessidade de determinar o alcance efetivo de ameaças é que não há exame razoável e ponderado de proposições que, sendo capazes de produzir movimentos paranoicos, serão necessariamente deslizantes e expansivas, gerando sempre novas presunções causais e culpabilizações.
Não há, sobretudo, como ter confiança de que se sabe quais serão exatamente os limites de uma manifestação paranoica qualquer, ou quais os limiares que não serão ultrapassados. (Como no romance “Graça Infinita”, de David Foster Wallace, a pergunta aqui também é: claro, sou paranoico, mas como saber se estou sendo suficientemente paranoico?)
Entretanto, se é verdade que só poderá haver certeza da existência de uma base real para um receio extremo num momento posterior, não há, ao mesmo tempo, a opção de aguardar para descobrir se as bravatas eram apenas isso, ou se algumas sim e outras não. (Mas quais?)
Mas há outro aspecto que caracteriza o discurso fascista que permite uma avaliação mais segura a respeito do movimento em curso no país.
Entre as possibilidades de significação desse discurso, está o fato de que a promessa principal é justamente a abertura de um espaço para a multiplicação vertiginosa de novas promessas de violência, contra sujeitos diversos, e nesse caso a promessa em si já deve ser entendida como um acontecimento.
No caso da variante contemporânea, seria importante reconhecer, tanto para entender suas características principais como para determinar o tipo de resposta que ela exige, que sua principal promessa já foi cumprida, com o alargamento do espaço disponível na sociedade para a prática e a verbalização crua da violência, neste caso com a repetição de convenções que incluem alusões à morte, à desaparição e à expulsão do território de grupos sociais vulneráveis.
Nesses termos, por mais relevante que seja aquilo que Bolsonaro pode fazer caso seja eleito à Presidência, não é necessário aguardar uma eventual posse para julgar se ele pode ser definido como fascista.
Uma característica adicional desse discurso é que a atração que ele gera se deve precisamente a seu excesso.
Em relação à ditadura, então, o que se ouve agora não é uma defesa ambivalente e envergonhada que busca tergiversar, afirmando, de modo já familiar entre nós, que o regime militar cometeu erros, mas também teve seus acertos, ou que era necessário naquele contexto porque a ameaça era grave. Não, a forma do discurso é a celebração do suplemento excessivo, do elemento mais brutal do regime: a tortura.
Da mesma forma, em vez da argumentação aparentemente razoável ressaltando o suposto caráter brando da ditadura brasileira, se comparada às de países vizinhos, o que se encontra é a asseveração infernal de que o erro da ditadura foi ter sido insuficientemente violenta, isto é, o equívoco foi não ter matado mais.
Um dado da construção do discurso a ser compreendido, aquele que parece ser responsável pela adesão arrebatada, é esse gesto excessivo, o prazer presente nesse excesso, mais do que uma noção convencional de “interesses” que seriam satisfeitos ou não após uma eleição.
Como tem escrito a respeito de Donald Trump o antropólogo William Mazzarella, não é, então, que os eleitores estivessem enganados ao preferi-lo, votando contra os próprios interesses (embora isso também ocorresse). É que seu desejo era pelo gozo do excesso, algo que se revela na disposição para até mesmo botar fogo no circo todo.
(Existem, certamente, algumas semelhanças entre Trump e Bolsonaro; a diferença decisiva, no entanto, como tem sugerido Marcos Nobre, entre outros, é que Trump, quando quer elogiar regimes autoritários, não consegue encontrar exemplos na história de seu país e precisa apontar para a Coreia do Norte e a Rússia. No Brasil, o apelo a voltar 50 anos no tempo encontra na história nacional uma ditadura militar plenamente instaurada.)
É esse o ponto em que o vínculo criado nessas relações pode parecer imune à crítica que aponta um erro no cálculo feito pelos envolvidos a respeito de seus verdadeiros interesses. A oposição ao fascismo precisaria também buscar intervir nessa experiência afetiva, substituindo-a por outra, contrária a ela, uma experiência baseada em outras possibilidades afetivas, algo diferente das comunidades criadas a partir do exercício da crueldade com os mais vulneráveis.
Também está programada na operação paranoica a possibilidade de sempre acusar o outro de exagero; primeiro provoque a raiva da vítima, para então acusá-la de reagir com exagero. E é por isso que a ascensão do humor machista, homofóbico e racista nos últimos tempos parece agora uma antessala para a situação atual.
Exigindo para si não exatamente o direito à expressão, embora assim se apresentasse, mas o direito a um dizer monológico, a um dizer sem resposta, a piada ofensiva também se reservava o direito de, diante de qualquer reação à violência implícita nela, agir explicitamente.
Como também ocorre com a lógica do humor, o discurso fascista busca se blindar com seu caráter excessivo, com sua fachada caricaturesca, até com a figura do bufão, que, convenhamos, certamente não poderia estar falando sério (ou, mesmo que estivesse, não teria a competência necessária para a implementação das políticas destrutivas que prega).
Nesse sentido acaba sendo útil que o líder fascista tenha algo de jocoso, até mesmo algo de risível, aumentando ainda mais o prazer que gera entre seus seguidores, sobretudo se esse mesmo elemento cômico (a cena de um tripé mimetizando uma metralhadora) gerar não o riso, mas a ira de seus opositores.
Como escreveu Lili Loofbourow, as proposições de rebaixamento e humilhação do diferente, configuradas em excesso, permitem provocar dor nos outros e ainda deslegitimar ou zombar de seu sofrimento, em cenário em que a crueldade parece ser um fim, não um meio.
A promessa não é evidentemente a de fornecer uma solução para a crise; é, na verdade, o compromisso com o provimento de bodes expiatórios, esses elementos estranhos e estrangeiros que na estrutura sacrificial estariam impedindo uma restauração do que teria sido perdido.
Essa promessa será infinitamente renovável, pois, dada a permanência da sensação de falta, o dedo que aponta os culpados poderá passar dos índios aos LGBTs aos imigrantes bolivianos aos negros aos ambientalistas às mulheres aos professores... Em contextos de crise, a fixação no obstáculo, e o prazer derivado dessa fixação, também ajuda a evitar que a energia crítica se dirija a esforços que busquem modificar o quadro existente.
Assim, embora indefinições e incertezas possam existir em relação, por exemplo, à extensão do programa de privatizações a ser implementado, ou quanto aos tipos de reforma pelas quais passará a educação, e por mais que a captura do Estado pelo movimento paranoico seja relevante, num aspecto crucial, aquele que não é negociável nesse quadro e o que tem se mantido estável ao longo da campanha, é possível dizer que já sabemos o que pode ocorrer com a eleição.
Inclusive porque essa forma de estimular e disseminar a destruição, que é velhíssima, já foi instaurada por todo o país nas últimas semanas, com a propagação de episódios de violência contra grupos específicos da população.
Foi cumprida a promessa, reorganizando o campo de tal maneira que um homem se sente autorizado a gritar da janela do ônibus, no meio de uma quinta-feira de sol em São Paulo, ameaças de morte às travestis que caminham pela calçada. No mesmo dia, mais tarde, numa feira perto dali, uma freguesa dirá à imigrante haitiana que trabalhava lá que o Bolsonaro estava chegando e ia mandá-la de volta ao Haiti.
Como responder à lógica do fascismo sem se tornar paranoico, sem espelhar a paranoia? Afinal, é preciso habitar o delírio para tentar antecipar seus próximos alvos. A violência que ecoa discursos fascistas que já estavam em circulação, mas legitimada hoje pelo nome de Bolsonaro (enunciado em muitos atos de violência), permite antecipar um fluxo de violência cada vez maior no país nos próximos anos.
Só depois saberemos quanto estávamos certos, mas o custo de subestimar o seu alcance é alto (e se descobrirmos, tarde demais, que a proposta meio tosca de implementar educação a distância no ensino fundamental —que essa, sim— era de verdade?).
A estudante sentada ao lado do homem que se debruçara para fora da janela do ônibus para gritar seus vitupérios fecha o volume da “História da Sexualidade” que vinha lendo, esconde-o discretamente na mochila. O que tinha que começar já começou.
2 notes · View notes
Photo
Tumblr media
Sonho de política externa de Bolsonaro esbarra na realidade
 ·        Antes de tomar posse, futuro governo já criou problemas com árabes, China, Mercosul e acabou com o Mais Médicos. A ideia de um Itamaraty ideológico provoca reações externas e terá graves custos
 As declarações sobre política externa por parte do próprio presidente eleito, Jair Bolsonaro, de ministros, membros do futuro governo e seu “braço direito”, Paulo Guedes, têm causado sobressaltos não apenas nos meios diplomáticos, mas também entre os agentes econômicos cuja atuação depende de boas relações internacionais com parceiros importantes para a balança comercial brasileira. Além das declarações polêmicas e anti-diplomáticas, as incertezas aumentam ainda mais com as idas e vindas.
O mais recente recuo partiu do vice-presidente eleito, o general da reserva Hamilton Mourão, que, em entrevista à colunista Mônica Bergamo, colocou panos quentes em questões relacionadas à China, Venezuela e outros temas, chegando a falar em pragmatismo. Ele relativizou as relações com os Estados Unidos e afirmou que “não podemos nos descuidar do relacionamento com a China”, entre outras avaliações.
A mais recente fala sobre o Mercosul, outro tema que tem preocupado meios diplomáticos e econômicos, partiu da futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendendo esta semana a revisão dos fundamentos do bloco sul-americano.
O fim da parceria entre Cuba e o Brasil que trouxe o programa Mais Médicos é o exemplo mais concreto, até agora, do que pode vir a ser a política externa de Bolsonaro. Para a pesquisadora Miriam Gomes Saraiva, do departamento de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), as declarações de Bolsonaro (e seus auxiliares) depois de eleito, apontando para uma política externa ideológica, de aproximação com os EUA e distanciamento de países identificados como de esquerda, tendem a sofrer um “choque de realidade” ao longo do tempo.
Em sua opinião, com os posicionamentos radicais e contrários à tradição da diplomacia brasileira, Bolsonaro “manifestou o que seria a política externa do sonho dele”. Porém, esse sonho enfrenta dois grandes obstáculos.
“Todas essas declarações causaram polêmicas, sobretudo no caso de Israel (a mudança da embaixada do Brasil para Jerusalém, o que causou reação dos países árabes). Mas uma coisa é a ideologia conservadora e de extrema-direita de Bolsonaro, outra coisa é o que vai acontecer com ele e com qualquer presidente que persegue esse caminho", avalia. "Quando começa o exercício do governo, vai esbarrar em questões bastante pragmáticas. Uma delas são as reações de parceiros externos, como a China”, diz Miriam. “Esse seria um dos elementos que puxam para a realidade.”
O outro elemento que deverá chamar o futuro governo à realidade é o que a professora chama de "custos internos", caso do Mercosul.
A proposta da deputada Tereza Cristina (DEM-MS), da bancada ruralista no Congresso, contra a tarifa externa comum do Mercosul pode agradar produtores de uva e arroz brasileiros, mas está longe satisfazer as expectativas da indústria, principalmente de São Paulo e da Zona Franca de Manaus.
As declarações desencontradas dos ministros, do presidente e vice-presidente eleitos mostram que o futuro governo “é como uma colcha de retalhos”, diz Miriam. “O diplomata Ernesto Araújo (Relações Exteriores), alguns militares, o Moro, por exemplo, estão desconectados entre si e não têm uma linha partidária. Então, o governo dele vai ser uma enorme queda de braço.”
Não imediatamente, mas na medida em que a realidade se imponha, a política externa de Bolsonaro deve se dobrar à realidade e aproximar do tradicional. "Não será, creio eu, de enfrentamento com árabes, China e outros, porque isso provocará problemas sérios.”
Enquanto Bolsonaro e futuros ministros dão declarações polêmicas e se desmentem mutuamente, os parceiros comerciais, vizinhos ou distantes, se movimentam.
Nesta sexta-feira (23), a manchete do diário argentino El Clarín online destaca encontro entre o presidente do país, Mauricio Macri, e o embaixador da China no país, Yang Wanming. O aperto de mão serviu para confirmar o acordo entre Buenos Aires e Pequim, que deve ser assinado em 2 de dezembro, com um “plano de ação entre os dois países para os próximos cinco anos”, diz o jornal.
A China criticou duramente Bolsonaro no dia seguinte à eleição, em editorial no jornal estatal China Daily, sobre o propalado distanciamento entre o Brasil e o país asiático e o alinhamento com Washington, defendido na campanha por Bolsonaro, chamado de “Trump Tropical”pela publicação.
 Os números: bons conselheiros
Está longe de ser sensato o Brasil criar problemas com a China, o maior parceiro comercial do país. Segundo o Ministério da Indústria e Comércio Exterior, em 2017 o Brasil exportou aos chineses 47,5 bilhões de dólares e importou 27,3 bilhões. O superávit é da ordem de 20,2 bilhões de dólares.
Com o Mercosul, o Brasil também acumula superávit importante em 2017, com exportações de U$ 22,6 bilhões e importações de U$ 11,9 bi (saldo positivo de U$ 11,7 bilhões).
E com a Argentina, a balança também é favorável, com vendas de U$ 17,6 bilhões e compras de U$ 9,4 bi. Saldo de U$ 8,2 bilhões em 2017.
Para Miriam Gomes Saraiva, é possível que o futuro chefe do Itamaraty, de início, faça mudanças, “até que a moderação e os contrapesos o puxem para a normalidade”. Se os ministros anteriores, José Serra e Aloysio Nunes, tiveram como marca mais conservadora a política contra a Venezuela e não foram muito além disso, Ernesto Araújo deve manter a agressividade com o país de Nicolás Maduro.
Mais do que isso, antes de começar, o governo já criou problemas concretos com Cuba, acabando com o Mais Médicos, e arestas ainda apenas verbais com os árabes, a China e o Mercosul. “É possível que crie também problemas mais velados com países europeus. França e Alemanha estão quietos, mas não devem estar gostando do que estão ouvindo”, diz a professora.
Uma conjectura é que o Itamaraty pode reviver o que houve no governo Fernando Collor. O então presidente nomeou Francisco Rezek, indesejado pela diplomacia brasileira, que tinha um discurso de aproximação com os Estados Unidos e países do Norte.
Insatisfeita, a diplomacia não se empenhou em aplicar as diretrizes. Já em abril de 1992, durante a crise, Collor o substituiu por Celso Lafer, muito mais respeitado no meio. E Lafer colocou a política em consonância com a diplomacia brasileira.
 Fonte: RBA
1 note · View note
ninabraga · 6 years
Text
The (Brazilian) Terminator?
(Não tão) Breves considerações sobre a nomeação do Juiz Federal Sérgio Moro para a chefia do Ministério da Justiça
Tumblr media
Enganou-se quem pensou que Javier Boulsonarro, o presidenciável mais popular desde o sumiço de “Ey, ey, eymael, o democrata cristão” e da possível candidatura do chefe do assistencialismo global, Luciano Huck, deixaria de ser polêmico após sua efetiva eleição para a chefia do governo federal. A bem da verdade, o viés polêmico continua, porém apenas mudou de endereço. 
Dessa vez, a batata quente foi queimar na mão de uma das figuras mais comentadas, exaltadas e odiadas - é como dizem, “nem Jesus agradou a todos” - do Brasil nos últimos dois anos: o juiz titular da Egrégia 13ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária de Curitiba - Paraná (estudantes de direito que entenderem a utilização da expressão “seção judiciária” ganharão meio ponto em cada matéria ao final do semestre), Sérgio Moro. 
Conforme amplamente prometido pelo candidato recém-eleito, a indicação do terminator paranaense foi efetivada no curso da semana de sua vitória nas urnas. O famigerado aceite, por sua vez, foi dado nessa quinta-feira (1 de novembro), tendo sido naturalmente fruto dos “pitacos” de estudiosos políticos, juristas, sociólogos, da minha avó e até do moço que lava semanalmente o meu carro no posto aqui da esquina de casa. 
O “frisson” em torno da informação não é pra menos: estamos falando da figura com maior simbologia anticorrupção do país desde a ascensão de Joaquim Barbosa, o último dos moicanos do Supremo Tribunal Federal - pra quem não entende muito o que eles fazem, são tipo o “Conselhos dos Ricks” da cidadela -, com sua atuação digna do recebimento de um Troféu Freddie Mercury Dourado, vulgo Oscar, no escândalo do Mensalão. 
Ao divulgar, em nota, sua decisão de aceitar o convite feito pelo futuro ocupante do Trono de Ferro brasileiro, o juiz manifestou-se no sentido de ter sido “convencido” pela “perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito à Constituição, à lei e aos direitos (...). Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior". Assegurou, ainda, que “a Operação Lava Jato seguirá em Curitiba com os valorosos juízes locais", afastando-se, porém, desde já da realização de novas audiências. 
Conversando com alguns amigos, me deparei com as mais variadas indagações a respeito do tema em comento. “O que vocês do direito pensam sobre a indicação?”; “O político Sérgio Moro está surgindo agora ou já existia?”; “E agora, teremos de fazer uma releitura de todas as decisões proferidas até então durante a Lava-Jato?”; “Consegue-se separar o Moro político do Moro juiz?”; “É uma indicação somente simbólica ou devemos começar a duvidar?”. Diante disso, procurarei externar via tumblr meus apontamentos sobre a situação e sobre as questões formuladas. 
“O que vocês do direito pensam sobre a indicação?”; “O político Sérgio Moro está surgindo agora ou já existia?”; “E agora, teremos de fazer uma releitura de todas as decisões proferidas até então durante a Lava-Jato?”; “Consegue-se separar o Moro político do Moro juiz?”; “É uma indicação somente simbólica ou devemos começar a duvidar?”
Primeiramente, com relação ao Moro juiz, ocupante de um dos cargos jurídicos mais cobiçados pelos concurseiros brasileiros - o de magistrado, ainda mais na esfera federal -, a competência me parece, em um primeiro momento, incontestável. Lembremo-nos, de início, que a conquista de uma cadeira no Judiciário Federal é extremamente morosa e despende dedicação ímpar por parte do candidato. As provas são extensas, elaboradas por bancas compostas pelos desembargadores atuantes no próprio tribunal e raramente chegam a contemplar (até onde eu sei) o preenchimento de todas as vagas oferecidas no certame, tamanha a dificuldade do concurso. Costumo dizer que “só de a pessoa ter passado num concurso desses, já virei fã”, e não é diferente no caso do Wagner Mo(u)ro. 
No mais, o currículo é deveras satisfatório: Graduado em Direito pela Universidade Estadual de Maringá em 1995, mestre e doutor pela Universidade Federal do Paraná, tornou-se Juiz Federal em 1996 (um ano depois de sair do college); É especialista em crimes financeiros e atuou em diversos casos envolvendo corrupção e desvio de valores públicos - dentre eles, o caso do “Banestado” e a Operação “Farol da Colina” (adoro esses nomes criativos de operações policiais). Foi, ainda, assistente da Ministra Rosa Weber durante sua atuação no julgamento dos crimes apurados no Mensalão. No mínimo, digno de aplausos calorosos!
No entanto, sua ocupação do cargo de Ministro da Justiça no governo “mito” é vista de diversas maneiras. As opiniões dividem-se entre aqueles que pensam ser exatamente aquilo que a Justiça brasileira precisava no atual momento e os que não veem com olhos tão bons assim. Depois de muito refletir, pensar e tomar minha dose diária de café, concluí que, na minha opinião, o acontecido é uma “faca de dois legumes”. 
Por um lado, penso que se pode - aliás, se deve  considerar o simbolismo construído em torno do juiz com relação à atuação contra a corrupção não só na Lava Jato, mas em "n" outros casos anteriormente citados e que são compreendidos pela mesma área jurídica. Querendo ou não, na minha humilde opinião, os brasileiros que elegeram Jair Bolsonaro à presidência (ao menos a maior parte deles), foram favoráveis, antes de qualquer coisa, ao seu discurso sempre "anti-petista" e à promessa de erradicação da corrupção da máquina pública. Para estes, o presidente eleito se tornou o maior símbolo de combate à situação atual do país que está se afundando em escândalos públicos, e com Moro não é diferente.
“O presidente eleito se tornou o maior símbolo de combate à situação atual do país que está se afundando em escândalos públicos, e com Moro não é diferente.”
Como já mencionado, o simbolismo criado em torno da figura do juiz compara-se àquele construído sobre o ex-ministro do Supremo, Joaquim Barbosa, pela sua postura durante a condução dos trabalhos envolvendo o escândalo mensaleiro. Com isso, produzimos em menos de 10 anos, dois super-heróis às avessas: à noite, pedem comida em casa e assistem seriados da Netflix; durante o dia, combatem o crime e as forças do mal que assolam nosso país.
Com relação a outro ponto da história, penso ainda que, por interesses pessoais, o juiz agiu traçando uma espécie de "plano de carreira federal". Javier disse que lhe seriam oferecidas duas opções: o cargo de Ministro da Justiça ou uma vaga no STF. Ocorre que o Supremo Tribunal Federal apenas será adentrado por um novo ministro na ocasião em que um de seus atuais integrantes efetivamente venha a se aposentar (descartando-se todas as hipóteses trágicas de eventual morte e incapacidade), o que não acontecerá até que o atual ministro mais velho (Celso de Mello) se aposente, em 2020. 
Desse modo, “penso eu que Moro pensou”: “Vou ficar, por enquanto, com a vaga no ministério pra já dar aquela garantida na vaga do Supremo dali a dois anos”. O problema é que, antes mesmo do início da corrida presidencial de 2018, nosso exterminador já havia se posicionado no sentido de nunca entrar para a vida política e é nesse contexto que a brecha foi não só aberta, mas escancarada. A direita não poderia ter ajeitado melhor a bola pra esquerda bater direto pro gol. 
Com a novidade, muitos acham que a nomeação de Moro como ministro poderá levantar ainda mais as suspeitas da agora oposição à sua parcialidade no julgamento do ex-presidente Lula. Mesmo depois do cumprimento da pena ter sido iniciado mediante autorização do próprio Supremo - recordemo-nos do julgamento do HC impetrado pela defesa de Lula contestando a legalidade do início do cumprimento de pena após o trânsito em julgado da decisão em segundo grau (não entendeu nada? Apenas siga), ocasião na qual Gilmar Mendes, o Darth Vader do plenário foi extremamente criticado pela postura tomada, mas isso é assunto pra outro vídeo, tá, meninas? - parcela considerável dos defensores do Partido dos Trabalhadores ainda alegam ter sido a condenação prolatada de maneira completamente política e não legal. 
“Muitos acham que a nomeação de Moro como ministro poderá levantar ainda mais as suspeitas da agora oposição à sua parcialidade no julgamento do ex-presidente Lula.”
Assim sendo, o fato de Moro aliar-se ao governo Bonovoxnaro fortalece e muito todas as sempre atuais falas no sentido de que teria sido o magistrado "comprado" para condenar, sem provas, o ex-presidente. 
Eu, particularmente, não acredito nessa tese. Parto do pressuposto de que uma condenação judicial deste importe não é construída tão somente pelo magistrado e por sua caneta caríssima. Para que tudo chegasse até seu crivo judicial, um amplo esquema de investigação policial precisou ser minuciosamente deflagrado. Além disso, o processo criminal em questão foi moroso em termos de instrução. Foram ouvidas dezenas de testemunhas, réus, apreciadas provas documentais, periciais e até mesmo astrológicas (brincadeira, essas não), para que se tomasse a decisão mais adequada diante dos fatos apresentados. Não creio que um time tão completo como o que atuou e ainda atua na Operação Car-Wash, composto pelos nossos respeitosíssimos agentes da Polícia Federal, Delegados, Analistas e Técnicos Judiciários, membros do Ministério Público Federal e, finalmente, por Moro, possa ter sido inteiramente maculado pelos interesses do sistema petista. 
Além disso, grande parte da opinião jurídica sustenta, ainda, que parcela considerável da Suprema Corte tupiniquim é contra a Operação Lava-Jato pela predominância de réus relacionados ao governo petista. Parte-se do pressuposto de que boa parte dos ministros que a integram foram nomeados ao cargo pelo ex-presidente Lula e pela “ex-presidanta” Dilma Roussef, ressalvados os casos dos ministros mais antigos - Celso de Mello teve sua nomeação efetivada pelo ex-presidente José Sarney, enquanto Marco Aurélio de Mello foi indicado à cadeira pelo Caçador de Marajás. Darth Vader, por sua vez, partiu da mão de Fernando Henrique Cardoso, porém em diversas oportunidades se mostrou, a meu ver, simpatizante do Império. 
“Não creio que um time tão completo como o que atuou e ainda atua na Operação Car-Wash, composto pelos nossos respeitosíssimos agentes da Polícia Federal, Delegados, Analistas e Técnicos Judiciários, membros do Ministério Público Federal e, finalmente, por Moro, possa ter sido inteiramente maculado pelos interesses do sistema petista.”
Recentemente, durante o julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa do réu mais famoso da Corte, alguns ministros se posicionaram de maneira deveras parcial com relação à situação do ex-presidente, na cara dura, sem nem disfarçar, inclusive alterando posicionamentos que adotavam há anos, sobre o mesmo tema, simplesmente pelo caso envolver politicagem. Diante disso, tem gente comentando aí no bairro que, com o afastamento de Moro da Lava-Jato, a operação corre sérios riscos de ser deixada de lado, fraquejar e até mesmo não dar em mais nada por não estar mais sob seu controle. Outra tese que, segundo minhas sinapses cerebrais, chega a ser, no momento, um tanto quanto conspiratória. Porém, lembro-me sempre que o Brasil foi o país que conseguiu passar pra trás os Efeitos Borboleta e Mandela. Por aqui, tudo é possível. Na terra que inventou a pizza com borda de coxinha e a Grávida de Taubaté, não se pode duvidar de mais nada. 
Pra mim, mera mortal e aspirante a 1% do que Moro se tornou, é esperar pra ver. Não serei hipócrita ou demagoga criticando a decisão tomada. Penso eu que se a mesma oportunidade fosse dada a mim, eu aceitaria de bom grado. Afinal, há maior tentação para um estudante de direito do que a capa preta mais importante do país? Creio que melhor do que isso, só um consórcio bem “da hora” com editoras jurídicas. 
Mas atenção, navegantes: Só não vale achar que a erradicação da corrupção está consumada com a eleição de Boulsonarro para a presidência e Wagner Mo(u)ro em sua manga. O buraco, como sempre, é beeeeeeeeeeeeeeeeem mais embaixo. 
Enfim, falei demais! Sendo assim, aos futuros Ministro da Justiça e Presidente da República, faço meus mais sinceros votos de prosperidade, sabedoria e força nessa nova jornada que se iniciará em 1 de Janeiro. Sem querer expor minha opinião política, mas já expondo, sou contra os desejos de que o país falhe apenas para que o insucesso do governo Bono Vox possa ser jogado no ventilador e gritado como vitória da esquerda a sete ventos. Até porque, como li em um “meme” essa semana, não adianta torcemos para que o avião caia somente por não gostarmos do piloto. Afinal, estamos dentro dele também e o Sol é para todos, né não?
Que a força esteja conosco!
1 note · View note
olimpianosfff · 3 years
Text
Epílogo
Leo
Quíron reunira todos os novos chefes de chalés, quer dizer, havia tido uma eleição e bem, eu comandava o chalé de Hefesto agora, Tiele o de Afrodite( chupa Drew), Grazy o de Ares( com o apoio incondicional de Jungkook) e Grace de Atena. Estávamos todos reunidos na casa grande quando Quíron entrou seguido de alguém.
Era uma garota, ele disse que o nome dela era Rachel e bem, ela detinha o espirito do oráculo de Delphos agora, se quiséssemos uma profecia, era só falar com ela.
-Estou dispensando profecias no momento, obrigado. – foi o que eu disse durante toda a reunião.
Alguns dias se passaram e nós voltamos para as atividades normais do acampamento.
Eu estava sozinho no bunker 9 do chalé de Hefesto quando escutei uma batida na porta. Havia umas duas semanas que tínhamos voltado da missão e eu estava evitando ao máximo a tal garota, Rachel, não queria que ela me mandasse para a morte eminente mais uma vez.
-A reunião dos conselheiros chefes vai começar Valdez. – a voz do outro lado da porta me fez derrubar os parafusos nos quais eu trabalhava e tropeçar na direção da porta.
-Hey! – falei ao abri-la de supetão.
Lizzy estava de pé, a camiseta laranja do acampamento contrastando com a calça jeans preta rasgada, ela usava um lenço também preto no cabelo e sorria pra mim, o meu sorriso ( sinto muito Jason mas eu cheguei primeiro).
-O que você está aprontando? – ela perguntou sorrindo.
-Nada eu juro. Estava apenas fazendo uns consertos em algo que encontrei por aqui. – falei sorrindo.
Eu sabia que estava todo sujo de graxa, suado e com os cabelos arrepiados, mas não me importei, Lizzy era uma das poucas pessoas que não se importavam se eu estava sujo ou limpo, ela gostava de mim da mesma forma.
Comecei a batucar com os dedos como sempre fazia quando estava nervoso, Lizzy pareceu notar.
-O que está fazendo? Eu sempre quis perguntar por que você batuca tanto esses dedos, eu notei que existe um padrão quando o faz, quer dizer, pelo menos os que estão próximos de mim o bastante para que eu os escute. Isso é código Morse, não é?
E então eu notei que sim, era, eu estava falando coisas em código Morse como costumava fazer com a minha mãe, ela me ensinara.
-Eh sim, desculpe é que eu costumava fazer isso com a minha mãe, ela me ensinou e bem, meus dedos falam sozinhos às vezes.
Tumblr media
Lizzy sorriu.
-Vocês tinham mensagens secretas, Leo?
Fiz um gesto positivo continuando a batucar.
-E você não tem mais ninguém com quem falar?
Fiz um gesto negativo com a cabeça.
-Quer me ensinar?
Ergui os olhos, aquilo era sério? Lizzy estava pedindo para que eu a ensinasse código Morse?
-Por que quer aprender?
Ela sorriu e deu de ombros.
-Gostaria de dividir algo com você, só isso, algo só nosso.
Eu não consegui responder de imediato.
-Valdez? – ela me encarou. – vai me ensinar ou não? Se não quiser vou entender...
Eu me aproximei e segurei a mão dela, Lizzy sorriu. Entrelacei seus dedos nos meus e os guiei para que “falassem” algo, depois que o fiz, soltei sua mão e a encarei, Lizzy tinha um sorriso nos lábios.
-Eu disse alguma coisa? – ela perguntou sorrindo, eu apenas fiz um gesto positivo com a cabeça.
Ela me encarava firme e eu me obriguei a sorrir.
-E o que foi que eu disse? – ela perguntou visivelmente interessada.
Eu respirei fundo.
-A primeira e última coisa que a minha mãe me disse... Você disse, eu te amo.
Pensei que ela me daria um tapa ou algo do tipo, eu estava pronto para aquilo, talvez Lizzy achasse que eu estava brincando, mas eu não estava, eu queria que ela aprendesse aquilo, eu queria que soubesse que toda vez que eu estava ao lado dela e meus dedos perdiam o controle, era isso que eles “diziam”.
-É assim? – ela perguntou, ignorando tudo o que eu imaginava e batendo os dedos no ritmo e nos compassos perfeitos, eu fiz um gesto positivo com a cabeça, ela sorriu.
-Você aprendeu. – falei simplesmente.
-Aprendi sim. – ela falou sorrindo e se virando para seguir bunker afora. – quero aprender mais depois, essa será nossa linguagem, minha e sua, certo?
Fiz um gesto positivo com a cabeça.
-Agora vamos lá Valdez, Quíron está nos esperando e eu não acho que seja com boas notícias.
Ela se virou para sair e eu a segui, mas não antes de “dizer” mais uma vez: Eu te amo, mas agora com uma palavra extra, o nome dela no final... Lizzy.
1 note · View note
musiconyoutube · 3 years
Text
Se eleição de 2022 repetir 2018, haverá cassação de registro e prisão, avisa Moraes
Tumblr media
© Reuters. 20/06/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) – Ministro que presidirá o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições do próximo ano, Alexandre de Moraes disse que não vai tolerar a repetição da prática de disseminação de notícias falsas no pleito de 2022 e alertou que a conduta, se ocorrer, poderá levar à prisão dos envolvidos e a cassação do registro da candidatura dos envolvidos.
"Se houver repetição, se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado e as pessoas que assim fizerem irão para a cadeia por atentarem contra as eleições e a democracia no Brasil", disse Moraes nesta quinta-feira, durante julgamento no TSE de ações contra a chapa vitoriosa na última eleição presidencial, Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão.
Moraes afirmou que é "notório" que a prática ocorreu nas eleições de 2018, mas não houve provas suficientes para cassar a chapa Bolsonaro-Mourão.
"A Justiça é cega, mas não é tola. Não podemos criar de forma alguma precedente avestruz. Todo mundo sabe o mecanismo utilizado nas eleições", disse.
"Uma coisa é se há a prova específica da imputação. Não se pode criar um precedente avestruz de que não ocorreu nada, é um fato notório", emendou.
Além de chefiar o TSE no pleito de 2022, Moraes também é relator no Supremo Tribunal Federal (STF) de investigações sensíveis para o presidente Jair Bolsonaro e aliados dele. Duas delas –os inquéritos da fake news e dos atos antidemocráticos– tiveram provas compartilhadas com as ações julgadas pelo TSE esta semana.
O magistrado é o principal alvo das críticas de Bolsonaro na cúpula do Judiciário. O presidente chegou até a pedir um impeachment dele ao Senado, mas o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rejeitou o pedido.
SEM SURPRESA
O ministro do STF disse que a Justiça Eleitoral e todo o Poder Judiciário não será mais pego de surpresa com a atuação do que chamou de milícias digitais.
"A Justiça aprendeu, fez a sua lição de casa, a Justiça Eleitoral se preparou e este julgamento deixa muito claro isso. Nós já sabemos como são os mecanismos", afirmou.
"Não vamos admitir que essas milicias digitais tentem novamente desestabilizar as eleições, as instituições democráticas, a partir de financiamentos espúrios e não declarados", reforçou ele, ao citar que empresários após financiarem esse esquema obtiveram vantagens no atual governo. "Não há almoço grátis", resumiu.
Ao destacar o papel das redes sociais, Moraes afirmou que o WhatsApp é a fonte primária de informação e disse que não se compara a força das mensagens diuturnamente passadas pelos eleitores pelo aplicativo em relação à televisão.
O ministro do TSE disse que pessoas ligadas à campanha do ex-presidente dos EUA Donald Trump foram importadas ao Brasil e trouxeram um "péssimo ensinamento", mas não entrou em detalhes.
"É muito importante esse julgamento porque não podemos criar um precedente, não vamos passar um pano porque essas milicias digitais continuam se preparando para disseminar o ódio, conspiração, medo, influir em eleições, destruir a democracia e não é só no Brasil", avisou.
O conteúdo Se eleição de 2022 repetir 2018, haverá cassação de registro e prisão, avisa Moraes aparece primeiro em Eu Vou Investir.
from WordPress https://ift.tt/2XSjizh via IFTTT
0 notes
yushentown-rp · 3 years
Text
Feira de Clubes
Tumblr media
Todos os anos a Yushen University oferece um evento interno para os próprios alunos durante as primeiras semanas de aula. A ‘Feira de Clubes’ está marcada e conta com a participação de todos os clubes do campus.
Essa feirinha funciona como uma vitrine das atividades que os clubes exercem. Sabem aquele aluno que preferiu não se unir a nenhum clube? Esse é o momento ideal para que todos possam expor seus trabalhos, conhecer como é participar de um determinado clube, as vantagens e coisas legais que envolvem essa participação, e assim poder atrair novos membros.
A adesão de membros é importante na hora de solicitar recursos ou maior verba da reitoria. Quanto mais relevante o clube for, é normal que receba maior atenção e verba. Por isso a dedicação dos alunos é de extrema importância nesse período, principalmente para descobrir e caçar novos talentos.
Também é durante a feira que os alunos podem se candidatar à presidência do clube, algo que será avaliado pela reitoria junto ao professor responsável.
As inscrições para o Conselho Estudantil também irão ocorrer durante o evento. Os interessados deverão deixar o nome para a reitoria, que irá organizar a eleição durante os próximos dias.
Informações
Dia: 11 de Setembro de 2021 Horário: Início às 13h, encerramento às 20h. Local: Pátio e Ginásio Principal do Centro de Esportes.
Da moderação
Oi, meus bens, como vocês estão?
Chegamos com um evento bem importante pra nossa comunidade e por isso que estamos dropando o mais cedo possível.
Como dito na descrição, os clubes farão alguma apresentação/exibição das suas atividades. Por isso, vamos precisar que os clubes se organizem e pensem em como isso será exposto.
Todos os clubes vão precisar entregar pra moderação uma descrição. Será apenas uma por clube, mas todos os membros deverão opinar e ajudar. Por exemplo: Como o clube de teatro apresentará suas atividades? Talvez montar um monólogo? Uma peça curta? Apresentações de algum musical? Isso será a critério dos personagens.
Nós como moderação vamos querer apenas uma descrição sobre qual a atividade que vai ser feita, até mesmo para que possamos compor a feirinha. Assim todas estarão postadas na timeline do evento e vocês terão acesso a descrição de todos os clubes.
Exemplo de descrição para enviar a moderação.
Clube: Nome do Clube Atividade: Descrição da atividade. Equipamentos: Vão precisar de quê? Membros e ocupações: O que cada membro vai realizar no dia. Candidatos à presidência: Nomes dos alunos que têm interesse no cargo.
Assim, o prazo para o envio será até o dia 10/09 às 23h59.
Para os alunos que participam de clubes, o evento é obrigatório. Para alunos que não participam de clubes, serão o alvo principal dos outros alunos. Para professores responsáveis por algum clube, será obrigatório participar com a organização. Para professores e outros que estiverem pelo campus, poderão prestigiar o trabalho dos clubes.
O trabalho dos alunos será avaliado durante o evento e isso poderá fazer a diferença na hora de definir o presidente. Por isso, dedicação é fundamental.
O evento também pode ser combinado com o selfpara de atividade de cada clube que precisaria ser postado até dia 10/09, porém para que não precisem postar antes do evento, vamos aceitar até dia 12/09 no máximo. Não é obrigatório falar sobre o evento, mas estamos esticando o prazo para quem preferir fazer dessa maneira.
Os critérios utilizados pela moderação serão de dedicação ao clube, bom histórico estudantil, talento pessoal e organização.
Conselho Estudantil
Estaremos também recebendo por esse formulário aqui candidatos para o Conselho Estudantil. Esse será mais detalhado futuramente, mas as inscrições já estão abertas, até mesmo para que a gente possa iniciar a organização da campanha. Lembrando que para fazer parte do conselho, o aluno não poderá estar participando de nenhum clube. Se o interesse no conselho for maior do que no clube atual, o aluno poderá deixar o clube para ingressar no conselho, caso eleito.
Qualquer dúvida, sugestão ou comentário, podem trazer diretamente no nosso chat!
0 notes
headlinerportugal · 3 years
Text
Especial: Foco headLiner com Krypto | Festival Rodellus 2021
Tumblr media
Em ano de pandemia, o Rodellus adaptou-se e preparou um cartaz dividido por 3 fins-de-semana consecutivos com duas bandas por cada um deles. A música feita em Portugal tem o seu devido destaque.
A sexta edição do festival Rodellus iniciou-se no dia 24 de julho com a presença de David Bruno e Hause Plants naquele que foi um arranque a plenos pulmões. Neste primeiro de três sábado consecutivos as expetativas não foram defraudadas e o público vibrou com os os concertos. A nossa reportagem pode ser lida e vista Rodellus é Resistência, Rock e Ruilhe | Reportagem - Dia 1 .
No passado sábado tocaram os Grand Sun e os The Twist Connection.
Será já no próximo sábado, 7 de agosto, o encerramento desta edição bem especial do Rodellus, festival que realiza-se em Ruílhe no concelho de Braga. No último dos três sábados teremos os Black Bombaim e os Krypto.
Os Krypto são compostos por Gon, Martelo e Chaka, formação com base no Porto e com elementos vindos de bandas como os Zen e os Greengo.
‘Eye18′ é o álbum que editaram em Janeiro de 2020 e que será apresentado neste concerto do festival bracarense. Uma edição pela Lovers & Lollypops.
Podem agora ler a conversa que tivemos com os Krypto. Além de servir de antevisão deste próximo concerto, permite melhor conhecer a visão da banda e as suas ideias acerca da situação atual e o seu impacto.
~  Entrevista aos Krypto
headLiner: Krypto é ainda uma banda desconhecida por muitos no panorama nacional. No entanto, para quem anda mais distraído, vocês contam com um dos vocalistas mais carismáticos da mítica banda punk dos anos 90, Zen, e mais recentemente dos Plus Ultra. Os Kryto onde nascem no meio disto?
Krypto: Antes sequer de imaginar Krypto a acontecer, já existia amizade. Gon é o mais popular entre nós, mas todos já contava mos com alguma experiência e marca no panorama nacional, tanto eu (Chaka) como (martelo) já passámos por algumas bandas de rock / metal sendo a nossa mais recente ----Greengo----- Krypto nasce num ano "complicado" misturado pela criatividade de uns e o caos de outros... estes dois deram facilmente origem ao nosso álbum Eye18
headLiner: O vosso disco de estreia ‘Eye18’ foi gravado no icónico centro comercial STOP, espaço de resistência e contracultura na cidade Porto. O quão importante é esse espaço para a cultura underground portuense e em especial para os Krypto?
Krypto: O centro comercial stop é, e será, enquanto existir um dos pontos mais importantes na cena musical no norte do país, aqui nascem coisas icónicas e a diversidade é muito grande. Para nós o Stop é de certa forma uma extensão da nossa casa, seja ponto de encontro,local de cervejas ou principalmente o local onde extravasamos as nossas ideias é onde passamos grande parte do nosso tempo.. daí ser bastante importante.
youtube
headLiner: Já vimos muitos discos editados por Portugal fora, mas nada parecido com a edição física que vocês lançaram. Uma banda desenhada, bastante gráfica, que é acompanhada com o vosso disco. Como surgiu essa ideia e o que tentam alcançar com esse suplemento gráfico extra?
Krypto: A ideia surge através do cruzar de amizades, alguém ouve o som e pensa de imediato que o som cola perfeitamente aos desenhos de Rui Moura (@ruicough) podem chekar a sua página no Instagram.
Depois de ver alguns dos seus trabalhos e de ele ouvir o nosso som, concordamos que a direção é a mesma, apenas com formas diferentes de expressão, pensamos porque não fazer um disco que desse algo diferente a quem o ouça, ver e ouvir, cada um vai por onde quiser, essa é a beleza disto.
Queríamos deixar também uma referência à Lovers & Lollypops e a Chilli Com Carne que editaram o disco.
headLiner: O vosso som é decididamente brutal, cru e psicadélico. Quais são as vossas bandas de eleição? Em que bandas se reveem como inspiração para este projeto?
Krypto: Todos temos um faro bastante versátil no que toca ao que ouvimos, ninguém se prende a nada, mas os mais importantes para nós já morreram.. este disco conta mais propriamente com situações pessoais das nossas vidas do que com possíveis cenas inspiracionais..
headLiner: Estavam no alinhamento para um dos maiores festivais de metal do país, o Barroselas Metal Fest, que infelizmente foi adiado mais uma vez. Dia 7 de agosto vão estar no festival Rodellus, um dos primeiros festivais que vão atuar como banda? É difícil de imaginar o rock/metal numa perspetiva de assistir na cadeira. Apesar disso, o que esperam desse concerto?
Krypto: Sinceramente o ano de lançamento do nosso disco prometia uma bela ascensão para Krypto, mas tudo o que havíamos alcançado veio por água abaixo.
Para Krypto será um dos primeiros fests, certo.. individualmente todos já passámos por vários festivais.. em relação ao pessoal estar sentado a ver concertos com este tipo de energia...pfff... É uma seca! Mas não temos medo de nada, pelo contrário espero que ninguém tenha medo do que pode acontecer, pois a vontade é virar as cadeiras todas.. esperamos basicamente dar um bom concerto e entreter a quem o vir..
Abraços e beijinhos
Tumblr media
0 notes
recantodaeducacao · 3 years
Text
STF conclui julgamento e, por 7 a 4, considera Moro parcial em processos contra Lula
Tumblr media
O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu nesta quarta-feira, 23, o julgamento envolvendo o ex-juiz Sergio Moro nos processos contra o ex-presidente Lula, considerando o magistrado parcial nas ações. A Corte já havia formado maioria pela decisão em abril deste ano, mas faltavam os votos dos ministros Marco Aurélio e Luiz Fux, presidente do STF. Os dois votaram contra a determinação e a favor de Moro, fazendo com que o placar final fosse de 7 a 4. Além de Marco Aurélio e Fux, votaram dessa forma os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Kássio Nunes Marques, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Rosa Weber votaram pela manutenção da decisão da Segunda Turma que considerou Moro suspeito. Com isso, o caso será investigado novamente e as provas já colhidas não poderão ser utilizadas novamente em um possível novo julgamento. Além disso, a determinação do STF faz com que Lula deixe de ser condenado, o que o torna elegível para disputar a eleição presidencial de 2022.
Durante seu voto, Fux disse que a decisão fez com que “sete anos de processo” fossem descartados. “[A suspeição] Municiou uma prova absolutamente ilícita, roubada que foi depois lavada. É como lavagem de dinheiro. Não é um juízo precipitado. Essa prova foi obtida por meio ilícito. Sete anos de processo foram alijados do mundo jurídico”, afirmou Fux. Marco Aurélio, por sua vez, ressaltou a transformação “do dia para a noite” de Moro em suspeito e disse que a suspeição seria uma admissão que “ato ilícito produz efeito”. “Sergio Moro surgiu como verdadeiro herói nacional. Então, do dia para a noite, ou melhor, passado algum tempo, encaminha-se como suspeito. Dizer-se que a suspeição está provada por gravações espúrias é admitir que ato ilícito produz efeito”, argumentou Marco Aurélio.
Leia também
Tumblr media
Guedes defende aumentar isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 2,3 mil
Tumblr media
Bolsonaro deve anunciar extensão do auxílio emergencial por mais 3 meses nesta semana, diz Guedes
Tumblr media
Para Carlos Zaratini, deputado do PT, reforma tributária deveria aumentar impostos de bilionários
The post STF conclui julgamento e, por 7 a 4, considera Moro parcial em processos contra Lula first appeared on Recanto da educação. from WordPress https://ift.tt/3qlzTVU via IFTTT
0 notes
Photo
Tumblr media
NÃO IGNORE AS MUDANÇAS DO BRASIL DE BOLSONARO
 O brasileiro votou em Jânio Quadros porque estava cansado da corrupção, votou em Fernando Collor porque estava cansado da corrupção, votou em Jair Bolsonaro porque estava cansado da corrupção. A corrupção que nos acompanha desde sempre é o maior cabo eleitoral de candidatos que se apresentam como antissistema e antipolítica, mesmo que sejam, eles mesmos, parte da mesma geléia moral que dizem combater. Jair Bolsonaro, apoiado por grandes meios de comunicação, por empresários milionários e por pastores poderosos é um candidato do sistema. Uma ponta diferente do sistema que costuma eleger políticos no Brasil. Mas, ainda assim, do sistema.
A campanha de Jânio, em 1960, talvez tenha sido a mais parecida com a de Bolsonaro: Jânio cobrava a moralização da administração pública e queria varrer os corruptos – sua música de campanha falava em uma “vassourinha” que faria o serviço. O “Brasil moralizado” que Jânio tentou implantar regulou o tamanho do maiô das candidatas à miss, a exibição em anúncios na TV de maiôs e peças íntimas de uso feminino e até o uso dos biquínis nas praias. Moralismo sobre a sexualidade. Alguma semelhança com Bolsonaro? Jânio admitia que o Brasil tinha crescido nos anos anteriores, mas falava – enfatizava – que a crise e a corrupção estavam destruindo a nação. Sim, muitas semelhanças com a campanha de Bolsonaro.
Bolsonaro passou anos viajando o país e ouvindo seus lamentos em meio à crise. Como nunca teve problemas em dizer barbaridades, foi inteligente em colher as barbaridades alheias e se tornar um megafone estridente de impropérios. Sim, há gente no Brasil que prefere um filho morto do que gay – e, para cada uma das frases que saem de sua boca, estejamos certos, há gente para aplaudir ou, no mínimo, relevar – entre os exatos 55% do eleitorado que o elegeu no dia de hoje. Bolsonaro é um de nós sem os freios do superego.
Mas a onda anticorrupção surfada pelo candidato não seria tão alta sem alguns fatores. O primeiro deles é óbvio: a corrupção existiu nos governos petistas e segue existindo no governo Temer. Desde 17 de março de 2014, primeira fase da operação Lava Jato, o país acompanha o desenrolar dos casos como uma novela com horário para começar, todas as noites, nos telejornais. E aqui não importa a avaliação interna que o Partido dos Trabalhadores tem sobre si – “são casos isolados, não somos o único partido corrupto” etc. O que importa é a percepção das pessoas sobre o PT. E a maioria delas queria Lula preso em janeiro e quer que ele siga preso hoje. As pessoas associam o PT à corrupção. O PT ignorou a voz do povo e imaginou que uma população amedrontada pela insegurança e que deseja redução da maioria penal, aumento de penas, endurecimento das condições do cárcere e fim de “privilégios”, como a progressão de pena, fosse votar em um… preso.
Fernando Haddad, em campanha, falou sobre os erros do PT, mas já era tarde. A pauta anticorrupção caiu no colo da direita enquanto o PT insistia em não sentar frente a frente com seus antigos eleitores, gente que confiou no partido e que queria apenas um sinal de que aquilo tudo não se repetiria. A maioria das pessoas que elegeu Bolsonaro não é fascista, e são as mesmas que votaram no PT nas últimas quatro eleições. Ninguém ganha nas urnas sem a classe média.
Mas o partido preferiu gastar mais energia na defesa de Lula do que na reconciliação possível com a população. A defesa judicial do ex-presidente – que é legítima e deve ser levada às últimas instâncias, como faria qualquer condenado que se julga inocente – foi misturada com a campanha de modo catastrófico. A presidente do partido, Gleisi Hoffman, atuou mais como advogada de Lula do que como cabo eleitoral de Haddad, muitas vezes atravessando o samba de quem pensava em votar no PT, mas não achava certo usar o mandato para dar um indulto ao ex-presidente. Em determinado momento, o partido pediu nas redes sociais que as pessoas votassem por Lula (#VotePorLulaVote13). Alguém sem emprego, alguém com subemprego, alguém que teve que deixar os estudos por falta de dinheiro… você consegue imaginar que essas pessoas votariam “por Lula”?
No meio do caminho, o PT queimou aliados porque não aceitava deixar o protagonismo. Zé Dirceu falou em “tomar o poder”. Lula soltou carta na última semana de campanha detonando a imprensa. Todas pareceram apenas energia desperdiçada que poderia ser usada na desconstrução de Bolsonaro e no fortalecimento de Fernando Haddad, um bom nome que pode apontar para o futuro do partido, mas que foi jogado na cova dos leões.
 O fim da internet
A mudança que sentimos na internet brasileira durante essa eleição pode ser comparada àquela vivida pelo blogueiro iraniano Hossein Derakhshan. Em 2015, depois de seis anos na prisão, ele tentou reativar seu blog de sucesso e notou que as redes sociais haviam destruído tudo. Escreveu ele:
“As pessoas costumavam ler meus posts cuidadosamente e deixar vários comentários relevantes, e até mesmo aqueles que discordavam de mim voltavam sempre para me ler. Não tinha Instagram, Snapchat, Viber ou WhatsApp. Em vez disso, existia só a web e, na web, havia blogs: o melhor lugar pra encontrar pensamentos alternativos, notícias e análises.”
A destruição da internet foi terminada este ano durante o período eleitoral. Candidatos usaram uma máquina organizada de distribuição de “notícias” em massa, a maior parte delas, enlatados com histórias pela metade, ou apenas mentiras em estado bruto. As fake news, que vinham mostrando força na web desde o impeachment, completaram o serviço em 2018. Pode-se dizer que ajudaram a eleger Jair Bolsonaro em alguma medida, mesmo que isso não explique a derrota do PT.
Estamos perdidos em bolhas de algoritmos cada vez mais decisivos. Ficamos dez horas por dia plugados na rede. A vida digital de muitos de nós já é maior do que a que vivemos lá fora, e nossos afetos estão quase todos no zap. Planos limitados de dados fazem com que a gente se informe sem clicar em links, sem ler nada além das manchetes. Viramos um arquipélago de ilhas surdas.
Em 2006, quando vivíamos o auge dos blogs e da utopia de que a internet seria o celeiro do jornalismo independente, eu não acreditaria que em 2018 a estética e o lema seriam usados por um dos maiores espalhadores de lixo digital do país, como o site Folha Política, que foi banido do Facebook. Hoje, esse e outros sites não são apenas uma realidade: eles influenciam milhões de pessoas e deverão ser premiados pelo presidente eleito com verbas estatais. Descontente com a imprensa que o investiga justamente, Bolsonaro vai criar sua própria imprensa.
Todo o caos fértil que a rede nos pareceu em meados dos anos 90 e depois, toda aquela libertação dos meios tradicionais nos anos 2000, se transformou em um engenho de algoritmos no qual nós somos os animais a empurrar a roda. Animais que votam com a cabeça entupida de desinformação.
  A direita venceu a guerra cultural
Você provavelmente desdenha do filósofo Olavo de Carvalho, mas ele venceu. A ideologia olavista de que a esquerda brasileira dominava a narrativa cultural para se impor politicamente encontrou eco em uma nova geração de jovens votantes que, por natureza, são antiestablishment. E quem foi o establishment brasileiro na última década e meia? O PT. Some isso à corrupção e à crise e temos uma geração de alunos dos cursos de Olavo de Carvalho que passam o dia repetindo suas platitudes pela internet, muitas delas em consonância total com as ideias de Bolsonaro.
A estratégia da direita para vencer a guerra cultural passou por algumas etapas. A principal delas foi forjar ou importar escândalos pré-fabricados e falsas polêmicas. Uma delas: “A esquerda defende a pedofilia”. Militantes de direita fizeram a mesma “acusação” absurda contra progressistas nos Estados Unidos. No Brasil, até mesmo a nadadora Joanna Maranhão, uma vítima de pedofilia, foi acusada de defender pedófilos.
Outra polêmica fabricada que conquistou parte do eleitorado é a crítica à lei Rouanet. Eu fiz um cálculo pra mostrar o quão pequena é essa pauta em termos de orçamento público: o custo anual da Rouanet equivale a uns 5 anos de cafezinho nos órgãos federais. Bolsonaro conseguiu usar um espantalho como cavalo de batalha, e todo mundo caiu.
Há uma coisa que deve ser aprendida com o olavismo: a exclusão das pessoas “menos letradas” do debate público por parte da esquerda ilustrada afastou o eleitorado. A marcha bolsonarista que venceu as eleições começou no oeste do Brasil, nos rincões povoados de gente que não tinha “nível” para saber o que era uma pessoa transgênero ou que não entendia por que ciclovias deveriam ser priorizadas em vez de políticas de emprego. Elas encontraram abrigo no YouTube da direita.
 A imprensa perdeu
É preciso também falar sobre a insistência da imprensa em conversar só com a elite intelectual. Sobre o linguajar complicado, a profusão de jargões, as matérias escritas para serem elogiadas pelos colegas jornalistas, para terem lugar cativo nas newsletter de iniciados, e para serem ignoradas pela população em geral. Esse sistema perdeu, foi humilhado por memes e notícias falsas. A separação antiga entre “jornalismo e opinião” – como se não pudesse haver “jornalismo” mentiroso e “opinião” informativa e embasada – perdeu o sentido. Porque não importa o que nós, jornalistas, achamos sobre esses velhos cânones, o que importa é a percepção das pessoas.
Estabelecer uma ligação com elas, daqui para frente, requer outro tipo de abordagem. De que adianta tentar se mostrar isento praticando jornalismo declaratório que, no fim, é totalmente parcial? O jornalismo que só faz repetir o que alguém disse será ainda mais usado como instrumento de propaganda daqui para frente. Não é mais possível construir uma manchete em que Bolsonaro acusa o PT de fraude nas urnas sem dizer que ele não tem provas.
Só 10% dos jovens confiam na imprensa. As pessoas não diferenciam artigo de reportagem e isso passou a ser irrelevante em um mundo de guerra cultural onde a regra é a mentira. Isenção e honestidade não são sinônimos, é perfeitamente possível se mostrar isento sendo desonesto, assim como é possível assumir a defesa de um princípio com a espinha ereta. O que o jornalismo precisa é de posicionamento claro, de transparência com o público e de um discurso honesto capaz de ser simples e convincente. O jornalismo precisa parar de fingir que não é parte do jogo e que existe só para “reportar os fatos”. Isso pode até parecer isento, mas é desonesto. A julgar pelas declarações de Bolsonaro – se ele não mentiu para seus eleitores – teremos anos pesados pela frente. É preciso tomar pé disso.
 Fonte: Por Leandro Demori, em The Intercept
1 note · View note