#a gente ignora o tamanho monstruoso???? vocês super podem/DEVEM diminuir!!

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Se fosse pensar melhor, Lyanna deveria ter ficado nos aposentos designados para si desde o início. Como sempre diziam, não passava de um ímã para problemas, e estava longe de detestar o título merecido. Pondo em perspectiva, talvez realmente fosse melhor que Nicholas a acorrentasse no próprio quarto, tal como uma criança de castigo. Bufou, inflando as bochechas exageradamente ao aproximar o rosto de uma das especiarias oferecidas pela barraquinha, as mãos ágeis esperando pela oportunidade certa para abocanhar o prêmio --- aquela caixa registradora parecia pesada, mas os olhos castanhos brilharam ante a expectativa de um mínimo de adrenalina. Depois de uma longa viagem, era só disso que precisava, e não de resmungos e lições de moral dadas pelo príncipe.  ❝ — Hm, vou querer um pouco de pimenta, por favor. Dizem que é ótimo para recém-casados.❞ Deixou escapar com uma risadinha debochada, troçando minimamente da forma como as damas agiam na corte a medida em que preenchia os espaços da conversa casual apenas para não levantar suspeitas. Há muito o sotaque stoniano parecia ter se impregnado nas palavras de Laris, e a morena sorriu docilmente ao distrair o homem, abrindo sutilmente a caixa e tomando algumas notas dali. Não como se precisasse do dinheiro para viver àquela altura, mas velhos hábitos demoravam a morrer, e ela não desejava, de fato, parar com o pequeno vício. Algo, contudo, chamou a atenção do outro o suficiente para que ele se virasse sem aviso e a encontrasse surrupiando seu dinheiro suado.

❝ — Ops.❞ Correr foi inevitável àquela altura, mas o salto parecia agir como verdadeiro inimigo da Laris --- sabia que devia ter mandado a costureira a lugares nada saudosos, e xingou alto o suficiente para deixar transeuntes constrangidos com sua falta de educação. Uma dama vestida tão finamente, e com aquele linguajar? Ultraje! O mero pensamento perpassou sua mente, trazendo consigo uma risada esganiçada antes de virar a esquina, costas contra a pedra fria do beco. O coração palpitava como não o fazia há muito, e a morena viu-se sorrindo, francamente excitada ante a descarga de adrenalina. Uma breve espiada, entretanto, trouxe-lhe más notícias, de modo que voltou a correr até o aglomerado de pessoas na praça, ideias pipocando na mente elétrica. Não esperou que o perseguidor chegasse próximo o suficiente, puxando a primeira pessoa sem ao menos voltar os olhos para ela. As mãos buscaram as bochechas dx outrx com avidez, fechando os olhos ao selar os lábios com os dx estranhx. ❝ — Ora essa, pare de se mexer tanto! Devia estar me agradecendo, na verdade, estava te olhando há tempos. Acaba de ganhar na loteria, se quer saber. Veja bem, é o destino.❞ Viu-se murmurando ironicamente, ainda que buscasse não gesticular muito. Não podia arriscar que o comerciante a reconhecesse, e aquela era a chance mais próxima de escapar com o ouvido, e mãos, sãos e salvos --- sabia quantas horas de bronca teria que escutar caso o ruivo ficasse sabendo.